pov narradora.
flashback on:
A castanha escrevia vorazmente no caderno encapado de couro com sua letra torcida e borrada, erros incontáveis surgiram nas paginas amareladas em questão de segundos. Deu-se por satisfeita quando havia acabado de contar sobre o tal presente que recebera naquela manhã de natal, na verdade tarde, considerando que horas ela acordou. Fechou o caderno e o enfiou no fundo da gaveta do seu criado mudo junto a o seu caderno de desenhos e alguns romances. Trocou-se, substituiu o pijama amassado por um jeans, tênis preto, uma camiseta preta de outra banda trouxa e por cima um moletom magenta. Saiu para tomar café.
As pressas saiu correndo pelos corredores enquanto tentava fazer um coque com o cabelo despenteado que escapava-lhe entre os dedos. Sobrou muita coisa do café, a maioria optou por comer doces que parentes e amigos lhes enviaram. Sentou-se na longa mesa dos grifinorianos, que estava completamente vazia, foi pegando tudo o que tinha um aspecto de comida típica do natal trouxa, incluindo um copão de gemada. Tinha um grupinho na mesa da lufa-lufa conversando alegremente, ninguém na mesa da corvinal, e um sujeitando louro na mesa da sonserina, ele comia animadamente um sanduíche recheado que lhe pareceu delicioso, salivou. Draco estava extremamente feliz, aquele bela lembrança que pendia em seu pescoço não lhe deixava parar de sorrir. A castanha gostou do que viu, aquele colar reluzente de aspecto caro e raro, pensou que ficaria muito bem com ele. Pegou seu prato e copo e foi-se sentar junto ao loiro solitário.
-Dracolino! - disse a castanha roubando-o de seu mundo fantasioso - feliz natal! - ele olhou-a com seu típico sorriso abestalhado e bochechas coradas
-Feliz natal Mionezinha! - ela se sentou ao lado dele.
-E esse colar ai? Muito bonito ele…
-Ganhei hoje, era da minha mãe.
-Realmente bonito. Você se importa se eu… - ela pensou se não seria chato da parte dela pedir, mas deu de ombros a sua própria voz da razão - Será que eu posso provar? Vai ter a festa de natal hoje a noite e eu acho que vai combinar muito bem com a minha- - foi interrompida.
-Não. - foi curto e grosso
-Mas eu prometo devolv- - foi interrompida de novo
-NÃO! - dessa vez vociferou, os lufamos olharam espantados o loiro. Primeiramente a castanha sentiu calafrios percorrerem-lhe a espinha, mas logo foi tomada por raiva.
-Porque não? - começou a berrar, um lufando preocupado foi chamar um professor. - só porque era da sua mamãe? - deu uma curta gargalhada - não brinca comigo! Me dê o colar agora.
Agarrou o colar com as duas mãos e puxou para si, a corrente enferrujada chegou ao seu limite, cedeu para o lado da castanha rompendo-se. Num movimento rápido ela se ergueu do banco e já ia indo embora quando o loiro retirou a varinha comprida do bolso do jeans negro e apontou para o rosto da castanha, ela gelou, o loiro não queria machuca-la, apesar do tamanho de sua fúria, por fim decidiu o que fazer. Gritou num urro com a varinha cinco centímetros do rosto dela, “Lumos Máxima!” A castanha largou o colar que caiu no chão, colocou as mãos sobre os olhos tentando enxergar algo, o loiro rapidamente pegou o colar no chão e saiu correndo, parecia medroso, um covarde, mas na verdade era corajoso, dentre os sonserianos provavelmente o mais corajoso, estava desafiando Hermione, era esse o momento certo para se vingar dela de todas as maldades que lhe havia feito no decorrer desses anos.
Hermione ao recuperar sua visão, furiosa começou a correr atras do loiro, os lufamos confusos, desesperados e um pouco cegos por causa do clarão, foram atras do seu companheiro que a pouco havia ido atras de um professores, para complementarem que a coisa estava feia.
A castanha pegou a varinha que guardava dentro do bolso do moletom e apontou para as pernas do louro, “Trip Jinx” gritou ela, ele caiu deixando o colar deslizar pelo chão de mármore, a castanha sem deixar de correr, pegou o colar e seguiu caminho, o sonseriano logo se recuperou e voltar a correr. Sacou a varinha novamente e apontou para a cabeça castanha de sua oponente, “conjunctivitus”, na mesma hora a castanha deu uns tropeções e começou a cambalear coma visão turva, uma aluna da corvinal que passava vagarosamente segurando uma pilha de papeis, esbarrou com a castanha levando as duas ao chão, em meio aos papeis voando pelo ar, o loiro pegou o colar, Hermione sem nem ao menos levantar e ainda meio zonza lançou um feitiço “Winguardium Leviosa”, nada aconteceu, ela nunca conseguia pronunciar certo, lançou outro tentando apontar para o colar em meio a dor de cabeça “engorgio”, sem sucesso, o feitiço atingiu a calça do loiro que tropeçou nela. Ele já ia se levantar mas ela fez seu terceiro feitiço seguido “Alarte Ascendare” , o colar começou a voar sobre a cabeção do loiro que com pulos tentava recuperar, como esperado, o colar caiu no chão, ou melhor, parecia ter se jogado.O cristal, de cores enigmáticas e forma perfeita, se quebrou em minúsculos pedacinhos na frente dos olhos cinzas de Draco, que instantaneamente se marearam que lagrimas que se recusaram com todas as forças e escorrer pelo rosto pálido do menino.
Hermione se levantara e agora sentia um profundo arrependimento, com o peito dolorido, tentou aproximar-se de Draco, que olhava os cacos espalhados pelo chão. Virou-se rapidamente apontando a varinha para a castanha que com olhos apavorados recuou alguns passos, “expelliarmus”, a varinha da castanha voou para longe, “flipendo” gritou o loiro novamente, Hermione caiu de costas no chão de mármore fazendo um estrondo. Se aproximando da castanha que tentava inutilmente recuar e o Draco lançou seu ultimo e fatal feitiço “deprimo”, disse ele num tom seco de superioridade, Hermione agoniada começou a contorcer-se no chão gélido, doía, doía muito, sentia seu corpo se comprimir, era como se tentassem explodi-la de dentro para fora. Felizmente, a Prof.Mcganagall, acompanhada de alguns alunos da lufa-lufa e uma aluna da corvinal, apareceram, a velha senhora apontou a longa varinha para o sonseriano e gritou “expelliarmus”, a varinha dele voou pelo ar até cair, a castanha que gemia de dor no chão deu um suspiro de alivio, mas ao ver o rosto de furia da professora sentiu que preferia ter sido explodida. Sem dizer uma palavra, Mcgonagall fez um sinal fazendo com que os dois alunos fossem atras dela, Hermione rapidamente voltou e pegou os pedaços quebrados do cristal espalhados pelo chão, depois seguiu a professora.
Mcgonagall os conduziu até sua sala, sentou-se em sua confortável cadeira atras da escrivaninha de carvalho claro, onde inúmeros papeis e uma caixa semi aberta estavam perfeitamente alinhados. A dupla se sentou em frente a ela em duas cadeiras de madeira de aspecto bem menos confortável que a poltrona da professora. Nada ela disse, mostrava para eles seu típico sorriso gélido e maldoso, Mcgonagall era o tipo de pessoa com a qual não se quer ter problemas, sempre sorrindo, um sorriso maldoso e diabólico, nunca gritava quando estava brava, seu simples silencio era o suficiente para esclarecer sua opinião sobre a situação. Esperou um dos dois dizer algo, estava louca para dar-lhes uma detenção, eles não abriram o bico, ia dizer algo quando a castanha colocou os cacos do colar sobre a mesa de carvalho, sujando os papeis.
-O que é isso? - perguntou a professora carrancuda.
-É o colar do Draco, eu o quebrei. - a velha ia abrir a boca para dizer algo mais, mas a castanha complementou - tem um feitiço para reparar objetos quebrados né? Você poderia concerta-lo não é? - A professora fez-se de pensativa, o loiro não demonstrava emoções.
-Sinto-lhe dizer srt.Granger, mas duvido que consiga, eu precisaria do cristal inteiro, e creio que ele tenha deixado mini fragmentos, seria realmente muito difícil de recuperar tudo.
-Mas…- - a professora vociferou
-Sem mas! Sr.Malfoy esta liberado, mas saiba que ira ganhar uma advertência pelos feitiços, pode ir. - sem dizer mais nada, o loiro saiu da sala sem olhar para trás deixando a castanha sozinha e culpada. - já você srt.Granger, vou te dar uma detenção também,além disso não poderá passar os feriados aqui em Hogwarts no decorrer deste ano, e se receber mais uma detenção esse ano, levarei o caso para o diretor Riddle! Estamos entendidas? - relutante a castanha balançou a cabeça positivamente. A professora se levantou da confortável poltrona - vou lhe fazer o favor de te arrumar um transporte para sair de Hogwarts, não passara o resto das ferias aqui.
Começou a andar em busca de algo nas prateleiras do escritório, pegou um telefone trouxa meio empoeirado e o ligou a uma tomada escondida atras de um baú. Em quanto a professora tentava lembrar-se como se usava o tal aparelho, Hermione abriu a caixa de madeira sobre a mesa da professora, por dentro, era aveludada de um belo amarelo mostarda meio brilhante, e no centro havia um colar dourado, muito bonito, seu pingente era uma pequena e delicada ampulheta de vidro envolvida por duas argolar brilhantes, era muito bonito. Verificou se a professora continuava distraída com sua ligação, pegou o colar dourado e meteu no bolço do moletom, fechou a caixa novamente e quieta esperou o retorno da professora. Após guardar o telefone da prateleira novamente, voltou a sentar na confortável poltrona.
-Pois bem, o trem vem te buscar amanha de manha, você tem o restante do dia para providenciar um lugar para passar o restante de sua ferias. Aproveite-as, srt.Granger. - sorriu maldosa - Está dispensada.
Agradeceu com um movimento da cabeça e deixou a professora em sua sala. Saiu correndo a caminho do salão comunal da sonserina onde esperava encontrar o loiro deprimido e furioso, queria pedir-lhe desculpas, e para isso pensava em dar para ele o colar tão bonito quanto aquele que era de sua mãe. Achou ele andando vagaroso pelos corredores, chamou pelo seu nome “Draco! Draco!’’, sem muita vontade ele se virou, ela retirou o colar do bolço e estendeu para ele.
-É para você, para recompensar o que eu quebrei, me descul- - o loiro já ia se virar para ir - Draco! - com olhos furiosos ele se virou para ela.
-Calada! - fez-se silencio. - Aposto que roubou esse também não é? - ela encolheu os ombros. - entenda uma coisa Hermione, não quero saber se esse colar é ou não é mais bonito que o da minha mãe, se não for o mesmo nem quero saber.
Ele se virou para ir embora, em suas ultimas palavras virou-se para ela com olhos mareados em lagrimas, que por fim cederam a rolar pelo rosto fino do loiro, por fim disse.
- Eu nunca vou te perdoar por isso.
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