pov. Hermione
Meus rosto estava molhado pelas diversas lagrimas que rolavam incansavelmente pela minha face, eu havia finalmente parado de tremer, talvez isso fosse devido, não creio que eu estou dizendo isso, mas acho que se eu não estivesse nos braços do Malfoy, não estaria tão bem quanto se fosse com Harry ou qualquer outro que nos estivesse esperando no campo. Chegamos em terra firme, doce, maravilhosa e perfeita terra firme. Todos nos olhavam preocupados.
-O que aconteceu? - perguntou Luna com os olhos arregalados.
-A vassoura da Granger parou de funcionar.
-Do nada? - perguntou Fred como se fosse uma desculpa estúpida. Harry chegou.
-E o mais interessante, a vassoura que a Granger estava usando era a minha. - Harry estendeu a vassoura quebrada para que todos vissem as iniciais dele esculpidas na ponta. - Ela nunca inda dado defeito antes.
-Tem primeira vez para tudo. - diz Luna tentando consolar Harry inutilmente.
-Não foi um defeito. - Disse o Malfoy com uma postura séria. - Eu vi um cara com o uniforme da lufa-lufa saindo do armazém da sonserina. - Harry se surpreende.
-Ele pode ter ido pegar algo emprestado. - diz Percy. Harry solta uma risada forçada.
-Uma semana antes do jogo final? Acho difícil.
-Alguém estava tentando sabotar você Harry! - diz Pansy com um olhar de terror.
-Avá! - diz o moreno num tom insolente. Pansy serra as sobrancelhas.
-Não comecem uma briga estúpida. - diz Rony mais sério que o comum. - Não sei quem foi que fez isso, mas quer o Potter fora da competição. Chame o seu time, verifiquem todas as vassouras e os outros materiais, a julgar pelo que eles fizeram com a sua vassoura, não me impressionaria se eles não ligassem para mais possíveis acidentes.
Depois disso Harry chamou o resto do time para verificar todo o material do armazém, pelo que a Pansy me contou mais tarde, outras duas vassouras estavam danificadas, e todos os bastões serrados e colados temporariamente. Enquanto os materiais estavam sendo testados, o Malfoy me levou para a enfermaria, só tinha mais uma pessoa lá, aparentemente alguém foi atacado por todos os mascotes dos companheiros de quarto enquanto comia um sanduíche na cama. Eu não tinha me machucado, fiquei só com um arranhão que a vassoura fez nos meus joelhos, e também estava com falta de glicose no sangue, por isso estava tomando soro na veia, nada muito grave ou que tivesse haver com magia, como eram a maioria dos casos que as enfermeiras eram obrigadas a tratar diariamente, eu só passaria a noite ali e elas limpariam os meus machucados, nada demais. O Malfoy estava sentado numa cadeira em frente a minha cama, eu estava debaixo dos lençóis brancos deitada na desconfortável cama. As cenas do momento no qual ele me salvou ficavam passando e passando na minha cabeça, o olhar de preocupação dele, o jeito que ele me abraçou, o jeito que ele gritou o meu nome… Só de pensar nisso meu rosto começou a corar, ele se levantou da cadeira e pôs a mão sobre a minha testa, aquele olhar preocupado de novo…
-Esta se sentindo febril Granger? - bati na mão dele que me tocava o espantando para longe.
-Eu estou bem. - digo com firmeza. Ele da um suspiro parecendo meio bravo. - Você já pode ir se quiser, não precisa ficar me vigiando. - ele me lança um olhar de descontentamento.
-Que pena para você, mas hoje eu não tenho nada melhor para fazer, então vou ficar aqui com você. - fito os olhos prateados dele, parecem uma tempestade, neles eu vi o meu próprio reflexo , os olhando de tão perto desse modo, me senti segura. As portas da enfermaria se abrem, por ela entra Parvati segurando uma sacola.
-Mione! - diz preocupa. Ela se aproxima de mim e me da um abraço aliviada. - Eu estava preocupada com você. Que bom que esta bem. Aqui. - ela me da a sacola. - Trouxe uma muda de roupa, um livro que eu peguei na sua gaveta, e espero que não se importe, também trouxe o seu diário, sabe caso você queira escrever nele. - lhe mostro um sorriso.
-Obrigada Parvati. - digo a ela, ela sorri de volta.
-De nada. - ela vira o rosto para encarar o Malfoy, ela aponta para. - Melhor cuidar bem dela ô magrelo. - vejo uma veia saltar momentaneamente da testa dele.
-Pode deixar. - diz forçando um sorriso. Ela se despede de mim com outro abraço e vai embora. Sinto os meus olhos se fecharem lentamente, tento os impedir. - Deve ser o efeito do tal soro. Dorme Granger, vai se sentir melhor depois. - ele estava se levantando da cadeira, mas antes que a minha consciência fosse perdida num mundo de sonhos eu o seguro pela ponta da manga da camisa, ele me olha.
-Fica até eu dormir? - nem eu acreditava que eu havia dito aquilo, mas ao perceber que a ultima coisa que eu vi antes de dormir foram os olhos cor de tempestade dele, me senti segura, e tive um sono tão doce quanto eu jamais havia tido em muito tempo.
pov. Draco
Lá estava ela, a minha frente, segurando a ponta da minha manga. Assim que os seus olhos se fecham a mão dela me solta e cai para fora da cama, ela tinha um sutil sorriso estampado nos lábios, era muito bonita. Coloquei a mão caída dela junto ao corpo, tirei uma mecha de cabelo do rosto dela, era um rosto tão sereno, sentei-me novamente na cadeira, aproximei-me um pouco mais da cama, debrucei os braços e a cabeça sobre a planize branca do lençol, e enquanto encara seu rosto, dormi.
Estava dentro de um lago raso, a água era meio esverdeada, brilhante, era a única coisa que imitia luz numa densa e escura floresta. Eu me sentia cansado, muito cansado, como se tivesse corrido sem parar por varias horas, minhas mão e a minha camisa branca estavam molhadas e sujas de sangue. Barulhos estranhos vinham se aproximando de mim escondidos nas sombras, eu sentia medo, muito medo, foquei meu olhar no lago, em seu reflexo, pude ver a mim e os seres das sombras, eram dementadores, me rodeavam por toda parte, sem pensar duas vezes pego a minha varinha do bolso e grito “Specto Patronum!” e num piscar de olhos, uma águia, de asas enormes feitas de luz, surge a minha frente, espantando cada criatura que me rondava, a águia permaneceu lá, virou seu pequeno rosto para uma jovem de cabelos cacheados que estava deitada na margem do rio. Ando até a margem, vou em direção a ela, tinha medo de saber seu rosto, tiro o cabelo da sua face, evito chamar seu nome pois tinha medo que o borrão que cobria o seu rosto revelasse que eu estava certo, continuo a chacoalha-la, mas ela não responde, sinto uma lagrima rolar pelo meu rosto, eu abraço seu corpo, já estava frio, seu nome escapa por entre meus lábios. “Hermione..”
Acordo.
Olho envolta esteárico, ainda estava na enfermaria, dormindo com a cabeça apoiada sobre a cama da Granger, a única diferença era que a castanha estava com a mão sobre a minha, ainda mantinha a mesma expressão tranquila de quanto pegou no sono, retiro minha mão de debaixo da dela da maneira menos notável possível. O que eu havia acabado de ter, foi o meu recorrente pesadelo, que aos poucos muda se tornando mais e mais próximo da realidade, mas essa era a primeira vez que eu via o rosto dela. Espreguiço-me na cadeira, olho pela janela, já era de noite, creio que seja melhor voltar para o meu dormitório, levanto-me. Quando estava prestes a ir, paro bem em frente a Granger que ainda dormia como um anjo, olho em volta, inclino-me para a frente, encaro seus lábios minimamente entre abertos, mas por fim, dou-lhe um beijo na testa. Da sacola, tiro seu diário, abro na ultima pagina que foi escrita, tinha um borrão e algumas frases que ela escreveu, pego a pena e sussurro um feitiço, faz com que a tinta que eu usar sera temporariamente invisível, molho a ponta da caneta, escrevo o seguinte no papel amarelado.
"Eu vou protege-la."
"Eu te amo" Malfoy
A frase some no papel assim que a termino. Guardo o diário e vou embora.
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