Estela pov’s on
Estava deitada em uma das mesas. As várias garrafas de cerveja ao meu lado estavam completamente vazias. Aquele havia sido meu “café da manhã”. Eu deveria ter comido algo antes de encher meu corpo de álcool, mas não comi.
Eu estava em um estado meio estranho. Estava acordada, mas ao mesmo tempo parecia estar dormindo. Nem eu entendi, mas tanto faz.
— Os enjôos voltaram. – alguém falou. Parecia ser a Mel.
— Quando acordei estava horrível. Pensei na possibilidade de me mudar para o banheiro, porque a vontade de vomitar não cessava. – Kiara, eu acho.
— Eu estou exausta. – provavelmente a Isa. – Não aguento mais vomitar. – continuei sem me mexer. – Por que a Estela está deitada na mesa? Parece estar morta.
— Ela está bem? – Mel perguntou. Aparentava estar preocupada.
— Olha essas garrafas. Ela bebeu demais. Vamos acordar ela. – Kiara falou.
Mel me chamou várias vezes, Isa balançou meu corpo e Kiara bateu no meu rosto, mas eu não queria acordar. Eu meio que estou acordada, mas estou com preguiça de me mexer.
— Ela morreu? – Kiara perguntou.
— Não fala isso! – Isa falou. Elas começaram a discutir. Eu queria mandá-las calar a boca, mas não tive forças para falar.
— Por que ela está assim? – alguém perguntou. Pela voz, parecia ser o King.
— Acho que ela bebeu demais. – Isa respondeu.
Senti alguém colocando a mão na minha testa. Não parecia ser uma das meninas. O King, talvez. Murmurei algo aleatório, mas não movi meu corpo.
— Ela está quente. – King falou. Foi ele mesmo que colocou a mão sobre minha testa.
— Febre. – Isa falou. Ela se aproximou de mim e bateu algumas vezes no meu rosto. – Ela está mal.
— Ela comeu algo antes de beber tanto assim? – King perguntou. Não, não comi nada. Quando cheguei na cozinha para comer, eu já estava bebendo, então desisti. Era isso que eu queria responder.
— Não sabemos. Quando chegamos, ela estava assim. – Mel falou.
Apaguei completamente.
(...)
Acordei novamente e já estava bem melhor. Não entendi nada, mas reclamar por quê? Eu realmente bebi demais e desmaiei, normal para mim. Desci da mesa e fui na cozinha pegar algo para comer, ignorei todos que estavam ao meu redor. Aproveitei e fui procurar pela torta que eu havia feito e tinha deixado escondida. Ela não estava ali. Será que a vítima já comeu? Depois vejo isso. Voltei para onde estava e Meliodas estava avisando algo.
— Vamos para Byzel. Pode nos levar, Merlin? – Meliodas perguntou. Merlin estalou os dedos e estávamos na cidade que Meliodas falou.
Eu gosto tanto do teletransporte.
— Essa não é aquela cidade que tem um festival de luta? – perguntei. Que foi? Sou viciada no anime.
— Sim, essa mesma. – Meliodas falou.
— E ela não foi destruída? – perguntei novamente. Meliodas me encarou estranhamente. Eu não sei o que se passa na cabeça dele e são poucas as vezes que consigo ler parte de seus pensamentos. Isso complica tudo.
A cidade de Byzel havia sido destruída, eu lembro disso. Como pode ser considerada uma cidade ainda? Tudo deveria estar em destroços. Bom, nada deveria estar do jeito que está. É quase como se toda a história desse uma pausa. Isso é definitivamente estranho.
— Cadê o Hawk? – Mel perguntou do nada. Todos olharam em volta. O Hawk literalmente sumiu. Não me lembro de ter visto ele. Será que eu acabei fazendo ele para o jantar e não lembro?
— Será que esquecemos ele? – perguntei.
— Estou aqui. – logo o porquinho apareceu. Se bem que não era um porquinho... ele estava enorme. – Fiquei preso no depósito por culpa do Ban.
— E comeu toda a comida? – Meliodas perguntou. Ele estava olhando de uma forma estranha para o Hawk.
— Só um pouco. Como queria que eu sobrevivesse, animal? – sei lá, o jeito que o Hawk fala com o Meliodas como se não ligasse para a própria vida é diferente.
— Vamos lutar! – Mel gritou animada, tanto para aliviar o clima quanto pela animação mesmo.
— Por que você está animada em lutar? – Alice perguntou. – Não sabemos nada.
— Vamos aprender, simples. – Mel falou. Errada ela não está, mas não sei se isso vai acabar tão bem quanto estamos pensando.
— E não seria melhor fazer isso treinando ao invés de ser em um festival de luta? – perguntei.
— Funciono melhor sob pressão. – ela respondeu. Balancei os ombros e saímos da taberna.
— Lembrem-se que o nosso foco é achar a... Que porra vocês estão fazendo? – Meliodas perguntou quando viu que eu e as meninas estávamos indo em busca do festival de luta. Arrastamos a Diane junto porque ela também é nossa parceira e tem que ser influenciada pela gente. O King foi sendo arrastado sem nem perceber pela Isa. Isso que acontece quando dorme à toa.
— Vamos lutar. – respondi sorrindo.
— Não é esse o nosso foco. – ele cruzou os braços.
— O nosso é! – eu e as meninas respondemos juntas.
— Vamos lá, Capitão. Ver elas apanhando vai ser um bom passatempo. – Ban falou e Meliodas se deixou ser puxado por ele.
Depois de andar um pouco, chegamos em uma espécie de arena enorme. Muitas pessoas estavam em volta gritando animadas.
É, achamos o festival.
Ainda não entendo como essa cidade ainda existe. Tudo deveria estar devastado aqui, mas não, a cidade está normal. Pelo que me lembro do anime, a arena não era tão grande e não tinha essa quantidade de pessoas. Porém, as coisas estão cada vez mais distante do anime aqui, então, tranquilo... Bom, tem o mangá também que eu li, e realmente falta muita coisa para acontecer.
Gente, será que o mundo “parou” quando entramos aqui? Eu não ia me surpreender. Isso tudo é estranho. Preciso falar com as meninas sobre isso depois. Muito provável eu não vou lembrar, mas disfarça.
— Vamos nos inscrever! – Mel gritou animada. Gritamos animadas também e fomos nos inscrever. Cada um colocou seu nome e seguimos para uma sala pequena para esperar nossos nomes.
— Como será que vai funcionar? – perguntei.
— Talvez seja igual no anime, mas está tão diferente, que eu acho difícil. – Mel falou.
— E vamos para as primeiras lutas! – uau, rápido. A voz grave ecoou por todos os cantos e a multidão gritou animada. – Esse ano faremos diferentes. Como podem perceber, a arena está maior e as lutas serão organizadas de forma diferente. Vai ser escolhido de forma aleatória até que só reste um vencedor. – não é tão diferente, mas okay. – Primeira luta...
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