Estela pov on
O final de semana chegou e junto com ele veio o baile. As pessoas vieram para cá feito formigas indo catar farelos. Fiquei até surpresa com a quantidade de pessoas.
Como era esperado, me fodi e não foi no bom sentido. Meliodas estava se aproveitando do dinheiro enquanto eu e as outras estávamos trabalhando. Perdi uns 3kg só andando de um lado para o outro carregando cerveja para esses bêbados. Obviamente eu estava bebendo no processo também. Acha que eu ia aguentar isso tudo sóbria?
A porta da taberna foi aberta e mais um ser entrou ali. Sinceramente, chega. Acho que já tem gente o suficiente aqui.
Era o Arthur. Sim, o rei de Camelot, meu povo. Eu e as meninas trocamos olhares e sorrisos. Olha o boy da Manu chegando.
Advinha quem foi atendê-lo? Opção A: Manu. Só.
Não vou mentir, eu shippo.
[...]
Depois de tanto andar de um lado para o outro, dei uma pausa. Parou de chegar mais gente e estranhamente não tinham muitos pedidos, então eu simplesmente deixei que as outras fizessem o nosso trabalho enquanto estou sentada bebendo.
Isabella está se pegando na cozinha com o Zeldris, Manu está bebendo enquanto verifica o dinheiro sob o olhar do anão loiro, Mel está servindo todos com um sorriso no rosto (o que eu acho um absurdo. Ela está gostando de trabalhar assim? Porque se for, ela que trabalhe por mim também), Kiara foi buscar mais cerveja no estoque, Alice simplesmente sumiu (aposto que ela foi transar. Depois tenho que lembrar de perguntar nela porque caralhos ela some do nada e quem é o ser com quem ela anda se pegando, porque ela sai de madrugada é para isso) e eu estou fazendo nada. Os Pecados estão misturados na multidão. Geral está dançando ao som de uma música que eu não sei qual é. Incrível.
— Olá, Estela! – disfarcei o fato de quase ter engolido a garrafa - sim, estou bebendo direto da garrafa - no susto e me virei para ver quem me chamava. Zeldris, com um sorriso estranho no rosto.
— Acabou de se pegar com a Isa? – perguntei. Esse cara sorri desde quando mesmo? Aposto que está bêbado e dessa vez nem fui eu que quis testar os limites dele.
— Isso vou fazer mais tarde, mas antes queria te propor algo. – bebi um gole de cerveja e ergui uma sobrancelha. Que porra esse emo quer?
— Zeldris, curto mulher não. Sei que eu sou bem tarada, mas transar com você e com a Isa não me atrai. – cada coisa que me aparece…
— Podemos falar sobre isso depois… – esse cara está planejando fazer merda. – Que tal uma competição?
— Quem aguenta beber mais? – perguntei e ele assentiu. – Vamos. – ele pegou várias garrafas de cerveja e começamos.
Eu tinha que admitir, Zeldris não era fraco para o álcool. Nessas brincadeiras eu tinha que enrolar um pouco, fingir que estava bebendo muito, porque se eu fosse beber na mesma velocidade que ele, iria desmaiar logo no início. Eu esperava ele ficar bêbado o suficiente para me deixar vencer. Obviamente eu também ficava bêbada, mas não era tanto.
Ele estava com aquele maldito sorriso no rosto. Eu sinto que hoje vai dar alguma merda…
Isabella pov on
Não acredito que aquele emo está realmente deixando a Estela bêbada para fazer ela transar com o Ban. Isso é golpe baixo! Se ele acha que vou deixar isso acontecer, está errado
— Ban! – o chamei. Conhecendo o quanto ele era fraco para o álcool, só uma caneca seria o suficiente para ele ficar bêbado. – Não bebe.
— Está me dizendo para não beber em uma situação como essa? É exatamente o que vou fazer agora! – porra, que ódio desse cara.
— O Zeldris está deixando a Estela bêbada para convencer vocês dois a transarem. Ela não é forte pro álcool, mas aguenta bastante, então ele tem que fazer isso. – apontei para a cena da Estela e o Zeldris virando várias garrafas de cerveja.
— Isso é errado, não é? – ele perguntou.
— Sim! Isso é errado e você não pode beber, porque se beber vai estar fazendo o que ele quer! – praticamente gritei. Umas pessoas me encararam, mas foda-se.
— Por que você não vai controlar seu namoradinho o tempo que está me enchendo? – ele bebeu um gole de cerveja. Bati na minha testa.
— Eu vou é te encher de porrada. – peguei a caneca da mão dele. Ele bufou e rolou os olhos. O desgraçado pegou a caneca de volta.
— Eu não vou ficar bêbado e transar com a Estela. – ele afirmou e por um segundo eu pensei que ele estava falando sério, mas aí lembrei que o Ban é o Ban. Ele virou todo o líquido da caneca e já estava rindo para o nada. Porra.
— Sinceramente, que decepção… – suspirei.
A situação com a Estela não estava muito boa. A técnica dela não estava funcionando bem e a vagabunda estava bêbada já! Zeldris estava também, e os dois estavam bebendo ainda mais. Essa competição boba só vai acabar quando um dos dois desmaiar.
Se bem que… O Zeldris quer fazer a Estela transar com o Ban, então ela não pode desmaiar.
— Desisto! – escutei. Estava perto, não tanto, mas o suficiente para conseguir escutar um pouco do que eles falavam.
— A vitória é minha! – Estela gritou e levantou os braços, em seguida caiu do banquinho. Eu espero que ela não consiga transar…
Fui até o Zeldris disfarçadamente. Não posso deixar que ele faça isso.
— Já disse para não fazer isso! – praticamente gritei. Ele apenas sorriu e balançou os ombros. – Isso é mais do que errado, idiota! Será possível que você não percebe?
— Não ligo. Você só está irritada porque eu vou conseguir fazer em poucas horas o que você não conseguiu fazer em semanas. – eu odeio o fato dele ser tão debochado. Eu posso, ele não!
— Você não vai conseguir! – ele apenas balançou os ombros e ignorou a minha existência.
Mel pov on
Minhas bochechas estavam doloridas de tanto sorrir para os clientes, mas no fim eu terei meu dinheiro e viverei feliz. As meninas nem sonham que Meliodas vai me pagar mais do que deveria só para ser mais amigável com os clientes.
Depois de um tempo percebi que só duas estavam realmente trabalhando, no caso eu e a Evie. O restante estava bebendo ou se pegando com alguém.
Estava indo para fora tomar um ar, quando a porta foi aberta e uma cabeleira rosa foi avistada. Gilthunder. O olhar dele foi diretamente para Evie que estava bebendo um líquido vermelho e estranho. Percebi a curiosidade de primeira e ele foi até ela.
A Alice vai gostar de saber que vai ter um trabalho de cupido. Não me julguem, foi impossível não shippar de cara. Nada a ver os dois mas eu quero muito que eles se peguem.
Evie estava o evitando, não sei porque; isso só aumentou minha vontade dos dois se pegarem.
É clichê e perfeito! Ela fica fugindo, mas acaba pegando ele! Clássico, previsível e eu necessito que esse casal aconteça hoje.
Gilthunder parecia fazer perguntas e ela apenas ignorava a existência do pobre coitado… Que casal perfeito!
Manu pov on
Todas as meninas tem alguém para se pegar de vez em quando, ou melhor, de vez em sempre, e eu só dei uns beijos no Arthur. Okay que a Estela não pegou ninguém ainda, eu acho, mas ela tem o Ban.
Injusto isso, produção.
Fui até o Arthur que entregou uns bagulhos para a Merlin. Não, não é droga. Possivelmente algo para as pesquisas e experiências dela. Ela agradeceu e sumiu, deixando um Escanor solitário para trás e um Arthur sem saber o que fazer.
— Aceita? – ofereci uma caneca de cerveja.
— Eu não acho que seja uma boa ideia… – suspirei. Lá se vão meus planos de pegar ela de novo.. – Mas já que você veio até mim trazer, mesmo não sendo seu trabalho, eu aceito. – sorri. É, meus planos voltaram.
É hoje!
Estela pov on
Tudo estava girando e até o vento parecia divertido para mim… É, acho que chega de bebida.
— Nossa, Estela… Você parece cansada. Por que não vai para o quarto? – Zeldris perguntou. Aquele sorriso estava começando me assustar.
— Estou de boa. – respondi desconfiada. Esse cara está planejando alguma coisa.
— Ele vai fazer você transar com o Ban! Idiota! Por que acha que ele está assim com você? – a voz da Isa ecoou na minha mente.
Ah, claro… Agora tudo está explicado.
— Eu vou só esperar o efeito do álcool passar e vou deitar. – deitar ele na porrada por tentar fazer isso comigo sem nem falar nada.
Ele saiu de perto de mim e eu fiquei sentada sentindo uma enorme vontade de fazer alguma coisa. O álcool me deixa assim. Fico com energia de sobra e horas depois praticamente desmaio de tanto cansaço. Estou longe de estar com sono, então… O que posso fazer?
— Vem, Estela! – as meninas me chamaram.
Dançar não é uma má ideia.
Evie pov on
Enquanto as garotas estavam lá dançando, eu apenas me concentrava em fugir do louco de cabelo rosa que cismou com a minha cara. Ele não tem nada melhor para fazer? Parece que não.
— Olha aqui, moço… – parei e me virei para ele. – Você está me irritando.
— Ah, desculpa. – ele falou envergonhado. – Eu só fiquei curioso.
— Outro dia podemos conversar. – falei e saí de perto dele. Finalmente ele me deixou em paz.
Passei perto do Pecado de cabelo platinado e ele estava sorrindo, olhando para o nada.
— Você – apontei para ele – é estranho.
— Não mais que você. – que audácia.
— Não sou eu que estou sorrindo para o nada! – ele apenas balançou os ombros.
— Até porque nem sorri. – saí de perto dele antes que eu o batesse com a bandeja.
A noite/madrugada estava sendo cansativa. Não imaginei que teria tanto trabalho assim.
— Porra, eu já disse que eu não ligo! – escutei alguém gritando. Por sorte não chamou atenção dos clientes, que estavam bêbados demais para se importar com as coisas ao redor.
Aparentemente, era a Estela gritando com a outra garçonete, Isabella. Aprendi uma coisa no pouco tempo que estou aqui; gritaria vindo delas é mais do que normal.
Estela pov on
Fui para o quarto morrendo de rir da cara da Isabella. Ela é tão manipulável. Adoro.
— Ban… – cantarolei. O platinado que estava jogado na cama abriu um olho e murmurou um "o que você quer?". – Tive uma ideia maravilhosa. – isso pareceu ter interessado ele, já que o mesmo se sentou na cama e ergueu uma sobrancelha.
— Suas ideias são horríveis… – ignorei aquilo para não querer socar a cara dele. Fui me aproximando lentamente dele e sorri.
— Está bêbado? – perguntei.
— Não tanto, a Isabella não me deixou beber. – ótimo.
— Então significa que você não vai dormir agora, certo? – ele estava me encarando tentando entender que merda eu estava pensando.
— Fala logo o que você quer, garota. Está estranha, mais do que o normal. – sorri.
— Vamos transar! – vi ele arregalar os olhos na medida em que a blusinha do uniforme caiu no chão.
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