Edmundo é visto acordando de um cochilo antes de pegar sua espada e prendê-la em seu cinto quando fica em pé e correr por uma estrada enquanto prédios surgem atrás dele como fotos de um livro. Enquanto ele corre, várias cidades vêm e vão pelo cenário enquanto ele segue seu caminho antes de parar e usar seu poder Elemental sobre a Terra para criar um pilar de rochas que o levanta no ar quando ele pousa em uma cadeia de montanhas.
♪ Vai! ♪
♪ Você pode tentar! ♪
♪ Tudo transformar! ♪
♪ Um herói sem querer! ♪
Ao pousar no chão, o ruivo começa a correr em frente saltando de montanha em montanha. Porém ao pisar em falso em algumas rochas soltas, ele começa a cair e antes que ele atinja o chão, uma flecha dourada de energia é disparada em sua direção acertando sua camisa e cravando na beira da montanha impedido que ele continuasse a cair.
O rapaz suspira aliviado antes que cipós surjam abaixo dele que se solta da flecha e pousa nos cipós que o levam para cima antes de atirá-lo para o alto. Ele sobe um pouco no ar antes de pousar em uma área de selva com várias imagens de árvores atrás dele e ao olhar para frente o espadachim vê Evangelyne e Amália que o ajudaram momentos atrás enquanto atrás delas aparecem um quando com as duas juntas enquanto sorriam para a câmera.
O ruivo sorri para as duas enquanto os três se abraçam antes de seguirem em frente correndo juntos com Edmundo liderando enquanto a Cra e a Sadida seguem logo atrás.
♪ Vai! ♪
♪ A história escrever! ♪
Ao olharem para cima, o grupo encontra Ruel escavando o chão antes de encontrar uma pepita de ouro e sorri alegremente guardando o minério em sua bolsa enquanto um sistema de engrenagens atrás dele mostra uma imagem com seu rosto sorridente.
Edmundo então teletransporta ele, Evangelyne e Amália para o lado de Ruel que fica feliz ao ver os três enquanto dá gargalhadas alegres.
♪ A lenda é você! ♪
♪ Vem viver as aventuras! ♪
Pouco depois o quarteto é visto subindo por uma plataforma circular em movimento e então um vulto azul passa por eles acompanhado de um Tofu.
O vulto então diminui sua velocidade quando para em uma engrenagem e se revela Yugo seguido de Az que pousa em seu ombro. O menino e o pássaro então acenam sorridentes para câmera enquanto o sistema atrás deles abre uma bandeira branca que apresenta o menino de chapéu azul com um círculo mágico em sua mão prestes a criar um portal.
O garotinho então abre um portal ao seu lado por onde saem Edmundo, Evangelyne, Amália e Ruel que se reúnem sorridentes em volta do menino de chapéu azul enquanto o ruivo de faixa branca bagunça o cabelo do menor que sorri antes que o espadachim o pegue nos braços e o coloque em seus ombros enquanto Yugo sorri feliz com seu irmão quando o quinteto segue em frente.
♪ Vem! ♪
♪ Com a sua luz! ♪
Pouco depois, em uma área semelhante ao mar o grupo segue por uma plataforma antes de pararem na beira quando dois pássaros Tofu levantam uma bandeira vermelha mostrando Percedal com um sorriso no rosto erguendo sua grande espada Shushu no ar enquanto faz uma pose heróica e sorri vitorioso.
O Iop é visto caindo do céu, colidindo com sua bandeira e a derrubando com ele, ele então cai no mar molhando suas roupas. Ao ver isso, Edmundo usa seu poder Elemental sobre a Água para pegar seu irmão de armas e colocá-lo na mesma plataforma em que o grupo estava.
Em seguida, o garoto usa seu poder Elemental sobre o Ar para secar as roupas do jovem Iop Guardião de Shushu que aproveita a brisa para sorrir heroicamente e retomar sua pose de herói parecendo extremamente incrível com o vento soprando por ele enquanto os outros riem disso antes que o grupo siga em frente.
♪ O céu iluminar! ♪
♪ Tudo está nas suas mãos! ♪
Em seguida o sexteto agora é visto dividido em duplas, correndo enquanto enfrentam vários monstros em seu caminho. O primeiro é um minotauro risonho que é derrubado por Percedal com uma rasteira e em seguida Yugo surge de um de seus portais quando cai nas costas do minotauro antes de correr atrás do Iop.
Em seguida, Amália e Evangelyne são vistas em uma plataforma um pouco mais alta enquanto enfrenta um morcego vampiro que desviava das flechas que a Cra disparava contra ele apenas para que vinhas de cipós criadas pela Princesa Sadida o agarrassem por trás o imobilizando enquanto uma flecha congelante o atinge o congelando em um bloco de gelo que despenca enquanto as duas garotas sorriem uma para a outra antes de baterem as mãos em um “toca aqui”.
Na próxima plataforma, Edmundo e Ruel são vistos correndo em direção a um Gênio devorador de Kamas que ataca o espadachim que desvia do seu ataque enquanto usa seu poder Elementar sobre o Fogo para lançar uma rajada de chamas ardentes em direção ao Gênio que recuar levantando os braços para se defender e quando ele abaixa os braços, Ruel surge o acertando na cabeça com sua pá fazendo com que os olhos do Gênio girem em suas órbitas antes que ele caia no chão enquanto o Enutrof e o espadachim dão tapinhas um nas costas do outro se parabenizando pelo serviço bem feito.
♪ Chegou! ♪
♪ A hora de seguir! ♪
Agora reunidos novamente, o grupo se encontra em um fundo mais parecido com uma selva enquanto encaram cara a cara um grande golem gigante que resiste ao ataque de todos e dá um passo ameaçador em direção do sexteto enquanto ruge feroz para eles fazendo com que todos recuassem.
♪ Você vai...! ♪
Edmundo então toma a frente do grupo quando guarda sua espada antes de tomar a postura de luta defensiva do cavalo. Uma aura azul surge em torno do espadachim quando um brilho aparece em sua testa revelando a marca do dragão. Em seguida Edmundo reúne as mãos em formato de concha quando reúne energia Wakfu em suas mãos antes de disparar um poderoso raio de energia azul contra o golem o derrubando no chão.
♪ O futuro descobrir ♪
O grupo parabeniza o espadachim pelo seu feito quando eles de repente notam vários monstros com capuz se aproximando deles. De repente uma escada de cordas cai do céu enquanto o grupo rapidamente sobe nela conseguindo escapar de seus perseguidores.
Ao chegarem à próxima plataforma, eles encontram Serena, uma Eniripsa, e Adamai, um jovem dragão braço, que haviam jogado a escada e esperavam por seus amigos. A Eniripsa corre até Edmundo antes de abraçá-lo com carinho enquanto Adamai vai até Yugo e lhe dá um abraço antes que todos olhem para a tela depois um para os outros antes de saltarem para a tela enquanto Edmundo que estava no meio, desembainha sua espada quando a corta a tela no meio que se abre revelando uma única palavra.
♪ Uma luz vai te guiar ♪
Wakfu…
Depois que a fúria de Edmundo despertada pelas Rosas Demoníacas se acalmou e ele junto de Amália foram curados com o antídoto, a jornada mais uma vez continua enquanto nossos heróis estão totalmente descansados e com o estômago cheio.
Mas algo estava errado, pois o silêncio tomou conta da viagem enquanto todos simplesmente caminhavam se preocupando com tal mudança.
Nas profundezas da floresta, o sol estava se pondo lentamente enquanto Yugo e todos os outros estavam indo na direção que o mapa mágico disse, mas logo resolveram parar para dormir.
O jantar foi servido e todos comeram em paz e silêncio, mas tal calma e quietude estavam incomodando o grupo e a razão disso era apenas uma coisa.
O silêncio de Edmundo.
Desde que partiram do Vilarejo Obecalp, o jovem ruivo não disse uma palavra sequer seja pra contar uma história, contar uma piada ou cantar uma música para animar o grupo como sempre costumava fazer, simplesmente isso, nada além de silêncio.
Os outros não demoraram muito para perceber a repentina mudança de comportamento do espadachim e tentaram descobrir o que havia de errado com ele, mas não adiantou muito.
Ruel contou e repetiu suas histórias várias e várias outras vezes, mas em vão já que o ruivo parecia nem estar ouvindo ou se ouvia parecia pelo menos não ligar muito.
Percedal por sua vez não estava gostando do comportamento silencioso do seu irmão de armas, rival no amor e melhor amigo, afinal ele gostava de conversar com Edmundo já que os dois eram bem parecidos e tinham pontos de vistas semelhantes sobre as coisas.
Mas se a algo que um Iop não tem além de muita inteligência é paciência com as coisas e a do jovem Guardião de Shushu já havia se esgotado há incontáveis horas.
Decido a arrancar alguma coisa do seu parceiro, o Iop tentou começar uma conversa quando tentou fazer uma pergunta.
Percedal: Uh... Aí , Edmundo. Posso te perguntar uma coisa cara?
No entanto o espadachim apenas ficou em silêncio sem nem ao menos se atrever a olha para seu amigo.
Edmundo:...
Percedal: Isso foi um sim ou não?
Mas nada veio.
Edmundo: ...
Percedal: Vou considerar isso como um sim. Ok? *sussurra* Qual das garotas você acha mais bonita? Evangelyne ou Amália?
Edmundo: ...
O Iop olha para seu amigo por um momento e ao ver que não obteria resposta alguma ele volta a falar.
Percedal: Hm entendi, então você tá indeciso?
Edmundo: ...
Percedal: Não consegue escolher?
Edmundo: ...
Percedal: É difícil se decidir né?
Edmundo: ...
A falta de resposta logo começou a mexer com os nervos do Iop.
Percedal: Cara, cê tá me ouvindo?
Edmundo: ...
Percedal: Ficou surdo foi?
Edmundo: ...
O Iop suspirou frustrado ao ver que não teria resposta antes de se levantar.
Percedal: Tá bom então mano, eu volto quando cê quiser conversar.
Ele logo se afastou meio sem jeito por ter sido deixado falando sozinho por seu melhor amigo que mantinha a mesma expressão em seu rosto parecendo calmo e pensativo, mas ao mesmo tempo triste.
Percedal caminhou até os outros que observavam sua tentativa fracassada e se sentou ao lado de Evangelyne que olhou para Edmundo sentado sozinho com a mesma expressão que ele tinha desde que participaram de Obecalp.
A jovem Cra gostava de paz e silêncio, mas a forma como o ruivo estava agindo estava começando a preocupa-la. Ela não via muita graça nas piadas de Edmundo, mas mais incomodante que isso era a quietude que a falta do brilho alegre que só ele tinha e isso estava deixando a Cra incomodada.
Foi quando ela se voltou para os outros chamando suas atenções.
Evangelyne: Tudo bem. Alguém vai dizer alguma coisa?
Os outros por outro lado resolveram se fazer de bobos.
Yugo: Sobre o que?
Evangelyne: Bem, sobre o óbvio.
Ruel: O que é óbvio?
Evangelyne: Estou falando... Grrrr!!!
A Cra gesticula na direção do espadachim solitário.
Evangelyne: Estou falando dele! O Ed não disse uma palavra desde que saímos de Obecalp e isso já faz dias!
Amália: Como se a gente não soubesse. Ele esteve... Muito quieto esse tempo todo. Tem alguma coisa muito errada aí.
Percedal: Foi mal pessoal, eu tentei dar corda no assunto, mas ele não quer mesmo falar nada. Vai ver ele ficou mudo e surdo.
Amália: *sarcástica* Sério? Mudo e surdo? Assim do nada?
Ruel: Bobagem! Aposto que ele vai começar a falar se eu lhe der um desses.
O velho Enutrof se levantou e andou até Edmundo com um único Kama na mão quando começou a acenar a moeda na frente do rosto do ruivo.
Ruel: Ei Edmundo~. Se você disser alguma coisa, eu posso te dar um kam-
No entanto, antes que o velho Enutrof percebesse, Edmundo em um movimento rápido arrancou o Kama das mãos dele antes de atira-lo com força em uma direção aleatória resultando em Ruel tendo uma expressão de pânico no rosto quando surtava ao ver sua preciosa moeda desaparecer entre as sombras da floresta a noite enquanto Edmundo voltava a ter a mesma expressão em seu rosto.
Ruel: MEU KAMA!!!!
Não demorou nem um segundo para que o velho Enutrof corresse desesperado para floresta atrás do seu precioso pedaço de ouro.
Os outros apenas observaram o velho correr atrás da moeda enquanto suspiravam cansados e balançavam a cabeça aborrecidos pela ideia não ter dado certo.
Foi a vez da Princesa Sadida tentar alguma coisa quando se levantou e caminhou até o ruivo silencioso antes de gentilmente colocar a mão em seu ombro e chamar sua atenção.
Amália: Você tá bem? Tem algo errado?
Edmundo, como já era esperado, não disse uma só palavra quando apenas desviou o olhar da Sadida quando virou o rosto para o lado.
Já cansada daquela greve de silêncio Evangelyne rosnou frustrada enquanto gemia aborrecida. Porém, uma ideia logo surgiu em sua mente.
Evangelyne: Já que você não quer falar por bem, vai falar por mal.
A Cra pegou seu arco antes de puxar a corda e mirar no rapaz quando disparou uma flecha não letal. O projétil de energia cortou o ar indo direto para a cabeça de Edmundo que por estar olhando para o outro lado não poderia ver o que estava por vir.
No último instante, quando a flecha estava para atingir a cabeça de Edmundo, ele por puro instinto ergueu a mão e agarrou a flecha no ar faltando poucos centímetros para que ela o atingisse.
Amália: E-Evangelyne! Você poderia ter machucado ele!
Evangelyne: Não se preocupa, não foi uma flecha letal, agora observe, isso deve arrancar alguma reação dele.
A jovem Cra e os outros olharam com expectativa para o espadachim esperando que ele dissesse alguma coisa. Edmundo que ainda segurava a flecha, voltou seu olhar para o projétil de energia em sua mão antes que a flecha se desfizesse em seu aperto. O ruivo apenas respirou fundo enquanto abaixava sua mão abrindo e fechando-a enquanto pequenos grãos de energia da flecha caíam de sua mão como grãos de areia.
Como já esperado, o rapaz voltou a desviar o olhar dos outros enquanto ficava de costas para eles deixando a garota loira confusa.
Evangelyne: O que...?
Amália: Bem, isso obviamente não funcionou.
Percedal: Estou começando a ficar muito preocupado com ele. Eu ainda acho que ele tá mudo.
Edmundo respirou fundo sentido uma brisa fria se aproximar do local onde estavam e sem dizer uma só palavra o garoto da faixa branca se levantou antes de caminhar em direção a floresta para catar lenha para fazer uma fogueira.
Evangelyne: Tá legal, agora eu tô preocupada.
[Timeskip com Amália colocando uma flor rosa na cabeça de Edmundo enquanto ele tinha uma sobrancelha levantada, mas deixou a flor lá apenas para Evangelyne revirar os olhos com uma pontada de ciúmes dos dois.]
A lua fez seu caminho em direção ao céu enquanto todos encontravam um lugar para dormir, Edmundo podia ser visto sentado no chão com as pernas cruzadas com apenas seus pensamentos mais profundos para lhe fazer companhia.
Ele tirou sua katana de seu cinto antes de olhar para o símbolo de dragão gravado na bainha e passar os dedos por ele. O ruivo então desembainha a espada apenas o suficiente para ver a marca gravada na lâmina, ele observou o símbolo com atenção ao ver o seu reflexo refletido na lâmina.
O espadachim olha ao redor e ao ver que todos dormiam ele leva a mão a sua testa e desamarra sua faixa branca antes de tocar sua testa nua apenas para sentir algo que ele escondia dos outros.
Edmundo suspirou cansado ao tocar aquela parte do seu corpo, mas ele não teve muito tempo para se preocupar com aquilo quando ouviu uma voz o chamar.
???: Ei...
Ao ouvir a voz o garoto ruivo ficou alerta e logo pegou sua faixa e rapidamente a amarrou de volta em sua testa, tendo feito isso ele olhou pelo canto dos olhos para ver Evangelyne parada atrás dele.
Evangelyne: Se importa se eu sentar com você?
O espadachim apenas respondeu com um aceno mostrando que não se importava enquanto a jovem Cra se sentava ao seu lado envolvendo os braços em volta dos joelhos sentido um pouco de frio antes de olhar para o garoto piadista.
Evangelyne: Você está bem?
Edmundo assentiu em resposta, mas a garota loira sabia que ele estava mentindo.
Evangelyne: Você sabe que pode falar comigo, certo? Somos amigos, não somos?
Ele apenas cantarolou em resposta enquanto Evangelyne suspirava para o silêncio dele, mas o rapaz não estava com vontade de falar e apenas ficou sentado lá, olhando para o chão quando sentiu um peso repentino se colocar em seu ombro.
Evangelyne não precisava que ele dissesse nada para saber o que se passava na cabeça do ruivo, um simples olhar nos olhos dele eram mais que o suficiente para que ela descobrisse o que ele tinha.
Evangelyne: Você sabe que não foi sua culpa, né?
Como esperado pela jovem Cra, o olhar de Edmundo e sua expressão vacilaram por um momento mostrando que ele ainda se sentia mal por ter atacado seus amigos no episódio anterior.
Evangelyne: Você é bem bobo às vezes sabia, Cabeça de Vento? Eu sei que você não queria nos atacar, afinal você nunca me machucaria, não é?
O espadachim voltou a cantarolar em resposta e a Cra olhou para ele com um pequeno sorriso sincero.
Evangelyne: Eu não sei que você viu naquela hora para mexer tanto assim com você, mas saiba que eu estou aqui se precisar, ok?
Ele acenou com a cabeça antes de olhar para a Cra e dar a ela um pequeno sorriso agradecido.
Uma brisa fria soprou pelo lugar e a garota loira tremeu com frio ao sentir o vento gelado roçar contra sua pele. Edmundo ao ver isso rapidamente tirou sua túnica antes de cobrir a garota com ela para que ela ficasse aquecida.
Evangelyne sorriu para o gesto dele quando sentiu suas bochechas queimarem um pouco quando ela fechou os olhos sentindo-se aquecida do frio por estar perto do ruivo.
Pouco tempo depois a jovem Cra dormiu nos braços do jovem aventureiro que a pegou com cuidado e a deitou em seu colo para que ela tivesse mais conforto durante seu sono.
Edmundo passou a mão pelas bochechas da Cra retirando um fio de cabelo do seu rosto quando finalmente falou depois de tanto tempo calado.
Edmundo: Durma bem, Eva.
Evangelyne apenas sorri em seu sono ao escutar a voz dele outra vez.
Edmundo logo sentiu o cansaço começar a afeta-lo e quando estava prestes a cair em um sono profundo ele sentiu outro peso em seu ombro quando ele abriu um olho e viu Yugo, dormindo com a cabeça encostada nele enquanto o ruivo sorria levemente finalmente e fechava os olhos indo para a terra dos sonhos.
Edmundo: (Pensamentos) Amigos...
[Timeskip com Yugo correndo atrás de Percedal e Edmundo enquanto os três se divertem brincando de Pega-Pega.]
Na manhã seguinte...
Ao brilho do raiar do primeiro raio de sol o nosso querido piadista espadachim é o primeiro a começar a acordar quando abre os olhos e se vê cercado por seus amigos.
Edmundo: Hmmm... Hmm?
Ele lentamente abre os olhos do seu sono tranquilo, apesar de não estar dormindo em uma cama quente, mas isso já não fazia mais diferença para ele, porém algo estava diferente.
Seus olhos se ajustaram enquanto ele sentia o peso em ambos os ombros e nas costas enquanto ouvia o ronco por trás e a respiração suave de frente. Alguém estava dormindo encostado em seus ombros e costas, além de que ele sentia um peso extra sobre sua cabeça enquanto Evangelyne ainda estava deitada em seu colo.
Edmundo: (Pensamentos) Ok, se bem me lembro, Yugo tá à minha esquerda... Evangelyne está no meu colo... Mas quem são esses dois? E o que é isso pesando na minha cabeça?
Ele ainda estava com as pernas cruzadas como antes quando virou o rosto para seu ombro direito para ver uma cor verde. Curioso ele cutucou aquilo apenas receber alguns gemidos aborrecidos em resposta.
Ele voltou a cultucar as bochechas da morena que esfregou os olhos enquanto bocejava quando se virou para ele com uma cara emburrada apenas para que seus narizes ficassem centímetros um do outro.
Edmundo:...
Amália:...
A morena e o ruivo se olharam por um momento antes que o garoto colocasse a língua para fora enquanto arregalava os olhos e fazia uma careta.
...
...
...
Amália: U-uh- Aaaahh!
Por ainda estar despertando do sono, Amália se assustou por ficar tão próxima do ruivo e ainda mais com a careta que ele estava fazendo para ela logo de manhã.
O susto foi tão grande que a Princesa Sadida imediatamente se levantou quando dá alguns passos para trás antes de cair de bunda enquanto o espadachim gargalhava divertido, acordando todos enquanto Yugo esfrega os olhos.
Yugo: O que foi isso?
Evangelyne bocejou quando abriu os olhos para ver que estava deitada no colo de Edmundo que ria alegre por sua brincadeira. Ela logo se sentou esfregando os olhos antes de se espreguiçar e olhar para a garota Sadida assustada no chão.
Evangelyne: Amália? O que você tá fazendo no chão?
Amália: Por que eu tô no chão? Por que eu tô no chão?! Pergunta pra esse doido que quase me mata do coração!
Evangelyne ficou confusa com essa resposta ao olhar para Edmundo para ver que a risada dele havia se acalmado enquanto ele bocejava e percebia Az dormindo aninhado em seu cabelo.
Edmundo então cutuca o tofu que logo acorda sacudindo as penas antes de voar da cabeça do ruivo para pousar no chão e começar a cisca-lo atrás de minhocas enquanto o espadachim o observa antes de bocejar.
Evangelyne então percebe que estava vestida com a túnica de Edmundo quando suas bochechas queimam vermelhas antes que ela tire a túnica e estenda para o ruivo enquanto desvia o olhar dele.
Evangelyne: Uh... tá aqui a sua túnica, o-obrigado.
Edmundo pega a peça de roupa antes de vesti-la novamente e aproveitar para provocar a Cra.
Edmundo: Ei Eva, parece que você teve uma ótima noite de sono hehe.
A loira apenas cruza os braços enquanto bufa e desvia olhar do ruivo que da uma pequena risada antes de olhar para a Princesa Sadida.
Edmundo: O que foi Amália? Acordou com o pé esquerdo?
A garota Sadida rosnou com raiva pra ele quando falou.
Amália: Eu vou te mostrar o pé esquerdo!
Edmundo: Não obrigado, prefiro não morrer asfixiado com seu chulé.
A Princesa Sadida da um soco no braço do garoto que o esfrega com um sorriso divertido no rosto antes que de olhar por cima do ombro para ver Percedal encostado nele rocando enquanto um fio de baba escorria por sua boca.
Edmundo: Vamo lá parceiro! Acorda pra cuspir! A Aventura está lá fora e nos espera!
O chamado de seu amigo logo acordou o Iop que abriu os olhos e se espreguiçou antes se levantar e falar com animo na voz enquanto faz uma pose heroica.
Percedal: Aventura? Só se for agora!
Edmundo também se levantou quando esticou os membros para despertar seu corpo por completo quando o pequeno garotinho de chapéu se aproximou dele.
Yugo: Você tá bem Irmãozão?
Edmundo: Tô Irmãozinho, nada como uma boa noite de sono pra revigorar as energias.
Ele então da um giro no lugar olhando ao redor vendo que todos estavam lá com exceção do velho Enutrof.
Edmundo: Cadê o velhote?
Evangelyne: Provavelmente procurando pelo kama que você jogou fora.
Edmundo: Bom, ele vai ficar um tempo procurando.
Assim que diz isso ele mostra algo brilhante em sua mão revelando que ele nunca havia jogado o kama fora e que havia acabado de pregar uma peça em Ruel.
Edmundo: Acho que a moeda deu um perdido nele. *risos*
Os outros riram da pegadinha do ruivo antes de continuarem a seguir o caminho que o mapa indicava quando sumiram na floresta.
Ruel logo voltou pra onde todos estavam apenas para não encontrar ninguém no lugar quando perguntou confuso.
Ruel: Ué? Pra onde eles foram?
[Timeskip com Edmundo sem sua faixa de testa lavando o rosto na beira de um riacho enquanto Percedal é visto em cima do galho de uma árvore tentando ver o que seu amigo escondia apenas para se desiquilibrar e cair na agua do rio ficando ensopado no processo.]
Neste momento o grupo é visto já quase na saída da floresta quando garoto de cabelos vermelhos começa a farejar o ar ao sentir um cheiro apetitoso.
Edmundo: Tão sentindo esse cheiro?
Percedal logo foi o próximo a começar a cheirar e quando sentiu o dito aroma começou a andar de um lado pro outro procurando sua origem enquanto ficava com água na boca.
Percedal: O café da manhã tá pronto!
Logo os outros também começam a farejar antes que Yugo fale.
Yugo: Tá cheirando pão fresquinho.
Evangelyne: É verdade, eu também tô sentindo. Cadê o Ruel?
Percedal: Ele deve tá fazendo algo pra gente comer!
Amália: Seria uma surpresa, por que sempre que o Ruel tá por perto só cheira mal.
Edmundo então sussurra no ouvido de Yugo.
Edmundo: *sussurros* Mas é ela que tem um chulé mata mamute.
Ele e Yugo riem disso antes que Ruel apareça.
Ruel: Edmundo seu peste! Você me deve um kama!
Porém, ninguém pareceu dar atenção à fala dele o que o fez revirar os olhos antes de apontar em uma direção.
Ruel: Bom, enfim, o cheiro do pão está vindo do vilarejo, bem ali ô.
Amália explodiu com raiva ao saber que teve sua chance de dormir em uma cama arruinada pelo Enutrof antes de agarrar a barba do velho e gritar com ele.
Amália: Quer dizer que a gente dormiu fora com esse tempo sendo que tinha um vilarejo bem ali?!
Percedal: Viu? Eu tava certo, estamos perdidos.
Edmundo: Não foi a Amália que tinha ficado com o mapa da ultima vez? Mais atenção na próxima sua alteza.
A Sadida geme e rosna aborrecida para isso.
Amália: Eu juro que um dia, um dia eu ainda vou-! Grrrrr!
O espadachim de cabelos vermelhos então coloca a mão sobre a boca dela a impedindo de continuar sua frase antes de falar.
Edmundo: Vamos ficar aqui o dia todo? Saco vazio não para em pé e o meu estomago tá mais vazio que a cabeça de um Iop.
Percedal: Ei!
Edmundo: Sem ofensas, parceiro.
Logo...
Ao sair da floresta o grupo se depara uma vila ao longe antes que a Sadida fale.
Amália: Campos de trigo, é um vilarejo de padeiros.
Essa noticia logo anima o jovem Iop que levanta os braços em animação.
Percedal: Que beleza! Vamo nessa! De repente tem até um pãozinho de queijo!
Edmundo: Só se for agora!
Assim que ele está para dar um passo um tremor de terra é ouvido sacudindo um pouco o lugar enquanto todos olham confusos para os dois jovens guerreiros.
Edmundo: Marrapá eu tô com mais fome do que pensei.
Ruel: Cêis dois são mortos de fome viu.
Evangelyne: Não, dessa vez não foram nenhum deles. Olhem ali.
Voltando sua atenção para o vilarejo eles puderam ver uma criatura gigante e corpulenta feita de croissant carregando uma pessoa na cabeça. O monstro logo entra numa plantação de trigo quando começa a pisotear toda a colheita enquanto seu mestre ria satisfeito.
Edmundo: Me belisque se eu estiver sonhando, mas aquilo é um grande monstro do pão?
Ele sente alguém beliscar seu braço geme com a beliscada antes de olhar para ver Yugo o soltando com um sorriso brincalhão no rosto.
Yugo: Você tá bem acordado Irmãozão. Não é um sonho, eu também tô vendo.
Amália: Mas o que eles tão fazendo?
Ruel logo ri nervoso por não querer se meter em mais problemas.
Ruel: Hahaha nada, nada. Só tão brincando, tá vendo? Legal, agora vamos embora.
Ele se vira e começa a caminhar para seguir viagem enquanto os outros observam os atos da criatura.
Um padeiro saiu de sua casa com uma pá de forno na mão antes de avançar sobre o golem de pão e começar a ataca-lo, mas suas investidas não surtem efeito algum.
Percedal: Vamo fazer alguma coisa! Aquela pobre criatura tá sendo atacada por um padeiro sem noção!
O Iop puxa sua espada Shushu antes de correr em direção ao golem enquanto solta um grito de guerra.
Percedal: HAAAAAAAAAAA!!!
Os outros o observam partir como um louco enquanto Ruel dá um tapa no próprio rosto em desgosto.
Amália: Ele tá falando sério? Por que se for acabou de alcançar um novo patamar de estupidez.
Evangelyne: Não, acho que ele tava brincando dessa vez.
Edmundo: Eu não tenho tanta certeza.
Evangelyne: Por quê?
Edmundo: Veja você mesma.
Percedal acabou por cortar a pá do padeiro que pareceu não gostar muito disso, ele então se vira e abraça uma das pernas do golem de croissant apenas para ser atingido pelo monstro e voar para algum lugar.
O estomago de Edmundo ronca alto quando os outros olham para ele para o verem de olhos grudados no croissant ambulante enquanto um fio de baba escorre pelo canto de sua boca.
Edmundo: Tanta fome...
Ele então começa a caminhar em direção ao monstro, mas logo parou quando alguém agarrou seu pulso, olhando para trás ele vê Evangelyne o segurando com um olhar sério no rosto.
Evangelyne: Não tente fazer nenhuma loucura, ok?
Edmundo: Vou tentar.
A Cra o soltou e ele correu em direção à luta e quando se aproximou do monstro de pão gigante gritou para chamar sua atenção.
Edmundo: Ei!
O monstro do pão se vira para vê-lo parado não muito longe o encarando com um olhar faminto antes de falar.
Edmundo: Agora eu vou comer você!
Ele começa a caminhar em direção a criatura enquanto dá pulinhos e cantarola.
Edmundo: Vou te comer
Vou te comer
Vou te comer
Vou te comer
Os outros olharam para ele com estranheza no olhar vendo seu nível de infantilidade, mas o ruivo estava com fome demais para ligar para algo assim.
Enquanto Evangelyne atirava flechas para distrair o monstro, Edmundo rapidamente se esquivou dos golpes da criatura antes de olhar para Percedal para vê-lo se levantando um pouco tonto da pancada que havia levado.
Edmundo: Uh Parceiro, você atacou a pessoa errada. Mas deixa pra lá.
Voltando seu olhar para o croissant ambulante, Edmundo agarrou o cabo de sua katana com a mão esquerda enquanto ficava em posição antes de fechar os olhos e respirar fundo prendendo o ar. Alguns segundos se passaram enquanto uma brisa soprou os cabelos do ruivo que soltou o ar dos pulmões antes de abrir os olhos com uma expressão determinada antes de avançar contra seu adversário gigante.
A pessoa que se encontrava no topo da criatura viu o ruivo se aproximar, mas antes que ela pudesse dar qualquer ordem ao croissant gigante, o som de algo sendo cortado foi ouvido por todos quando Edmundo atacou o monstro e lhe arrancou um dos braços que tombou no chão enquanto o mestre do monstro gritava com o espadachim.
Edmundo arrancou um pedaço do braço do monstro de pão antes de colocá-lo na boca e começar a comer com uma expressão feliz.
Edmundo: Delícia! Até que enfim alguma coisa pra comer.
O controlador do monstro irritou-se com o ruivo da faixa branca e estava para atacá-lo, mas logo se viu impedido quando um portal se abriu acima do monstro antes que Yugo passa-se por ele e pousa-se em cima do gigante.
Edmundo por sua fez ainda comia seu pedaço pão, totalmente distraído do que acontecia ao seu redor. Evangelyne ao ver isso decidiu chamar a atenção dele.
Evangelyne: Edmundo seu Cabeça de Vento! Para de cume!
Edmundo: Uh? Tá bom, chata. Hora do café dá manhã! Vamos nós! É hora do ninja!
Ele segura sua katana e se prepara para atacar novamente, mas logo para sua investida ao ver Yugo em cima do monstro.
Edmundo: Não posso atacar!
Evangelyne: Por que não?!
Edmundo: Se eu quiser derrubar essa coisa, ele tem que sair de lá de cima pra que eu possa-
Infelizmente ele não chegou a terminar sua frase quando o braço restante do golem croissant o atingiu com extrema força o atirando para longe.
O rapaz voou pelo lugar antes de colidir com a porta do armazém do padeiro antes de atravessar a madeira e colidir com a parede do fundo do lugar a atravessando no processo antes de quicar várias vezes no chão enquanto rola até finalmente parar deixando um grande rasgo no chão da vila enquanto sua espada era vista cravada no chão próximo ele.
Edmundo sentiu sua cabeça latejar de dor assim como seu corpo que tinha alguns machucados e arranhões enquanto seu cabelo estava sujo e cheio de grãos de trigo, pequenas pedras e lascas de madeira.
Evangelyne: Ed!
A Cra e os outros olharam com preocupação para o ruivo que gemia de dor caído no chão.
Yugo, que ainda se encontrava em cima do monstro, olhou para seu novo "irmão mais velho" com preocupação no olhar antes de quase ser atingido no rosto por um rolo de massa.
A pessoa que controlava o monstro de pão voltou a tentar acertar Yugo várias vezes com o rolo de massa, felizmente o garoto conseguiu se defender esquivar dos golpes antes de criar um portal no momento que seria atacado novamente o que resultou com o menino de chapéu azul conseguindo tomar o rolo de massa do seu adversário.
O ninja ficou surpreso com os poderes do menino e logo pulou para um moinho para tentar despistar o garoto. O ninja começou a rir de Yugo, mas o menino não estava disposto a deixar aquele desconhecido sair impune, não depois de machucar seu amigo sem memória e atacar inocentes.
O garoto de chapéu então fez um de seus portais quando pulou dentro dele para então sair por outro que se abriu acima de uma das hélices do moinho onde começou a perseguir o ninja de branco.
Enquanto ele fazia isso um grande estrondo foi ouvido quando todos voltaram seu olhar para ver o golem croissant destruído o armazém com o braço que lhe restava.
Amália logo decidiu agir quando fez várias vinhas de cipós crescerem do chão e agarrarem as pernas da criatura a imobilizando.
Ruel logo aproveitou essa oportunidade para lançar sua pá que cortou o ar girando antes de fatiar por completo o tronco do croissant que tombou reduzido a fatias no chão.
Porém, as fatias logo começaram a se reunir e ao ver isso Evangelyne logo puxou seu arco antes de disparar uma flecha de fogo para queimar o croissant até virar pó.
O que ninguém esperava, no entanto era que uma das fatias em chamas fosse começar a se mexer antes de saltar para dentro do armazém e atear fogo ao lugar deixando o padeiro em pânico.
???: MEU ARMAZENAMENTO DE TRIGO!!!
O pequeno ninja riu ao ver que tinha conseguido o que queria antes de jogar uma bomba de fumaça no chão e desaparecer da vista de todos enquanto o armazém continuava a arder em chamas.
???: Rápido! Temos que tirar o trigo antes-
No entanto, o prédio desabou no chão quando todos se sentiam mal pelo padeiro.
Edmundo por sua vez finalmente recobrou consciência quando se levantou gemendo de dor apenas para ver o armazém em chamas. O espadachim suspirou tristemente para aquilo antes de se levantar meio cambaleante indo pegar sua espada antes de se juntar aos outros sendo seguido por Percedal que recebeu olhares bravos dos outros.
Yugo: Por que atacou o padeiro?
Percedal: Ah sei lá, ele me parecia mais perigoso que o outro cara.
Edmundo: Dessa vez cê se superou parceiro, mas agora é tarde demais.
Evangelyne: Achei que tinha dito para você não fazer uma loucura!
Edmundo: Olha o lado bom, Elfa. Pelo menos ninguém se machucou.
Amália: Claro, por que você tá ótimo.
Os outros olham para ele de cima abaixo vendo os arranhões que ele tinha ganhado além de seu cabelo estar desgrenhado e cheio de poeira e farpas de madeira.
Edmundo: Isso? Que nada, só pegou de rasPÃO. *risos*
Ele ri um pouco de sua piada enquanto Evangelyne revira os olhos antes de caminhar até ele e arrancar uma farpa de seu ombro o que fez o espadachim gemer de dor enquanto um calafrio de dor percorria seu corpo.
Edmundo: Ai! Devagar mulher!
Evangelyne: Devagar nada, você tá sempre se machucando e ainda manda piadas sem graça pra fazer parecer que não foi nada!
Edmundo: E qual o problema, Elfa? Eu sou assim, lide com isso.
Evangelyne: Parece que você se machuca assim só pra chamar a atenção.
Edmundo: E tá dando muito certo pelo visto hehe.
A Cra desvia o olhar dele com um bufo aborrecido enquanto um leve rubor surge em suas bochechas fazendo com que o ruivo ganhe um sorriso bobo no rosto. Mas alguém não estava muito feliz com a interação dos dois.
Percedal e Edmundo eram melhores amigos, parceiros, irmãos de armas, o irmão que o outro nunca teve, rivais que disputavam para ser o mais forte, mas também eram rivais no amor disputando pelo coração da mesma garota e o Iop não queria ficar para trás e correr o risco de perder Evangelyne para o espadachim de cabelos ruivos.
Sabendo que estava ficando para trás, o jovem Guardião de Shushu decidiu começar a investir também antes de olhar para a jovem Cra e falar com um sorriso.
Percedal: Ei, eu também me machuquei. Será que eu não mereço um pouquinho de atenção também?
A arqueira apenas olhou para ele antes de revirar os olhos.
Evangelyne: Não viaja Cérebro de Iop, você bem que mereceu o tapa que levou.
Os outros do grupo seguraram o riso enquanto o Iop ganhava uma expressão sem vida ao levar um baita de um fora. Edmundo então da alguns tapinhas no ombro dele.
Edmundo: Foi mal parceiro, não é todo mundo que tem a sorte de ser um SONHO como eu. *risos*
Evangelyne apenas revirou os olhos para os dois rapazes antes de olhar para o pobre padeiro com um olhar culpado.
Evangelyne: Desculpe pela flecha de fogo.
???: Não não, tudo bem... sem sua ajuda, aquela coisa poderia ter destruído a fazenda.
O pobre padeiro continuou com sua expressão abatida no rosto quando sua esposa colocou a mão em seu ombro para conforta-lo antes de se virar para o grupo de aventureiros.
???: Como podemos agradecer a vocês? Podemos oferecer o café da manhã?
[Timeskip com Percedal olhando para Evangelyne para vê-la sozinha antes de ter uma ideia ao ver algumas flores antes de pega-las apenas para que várias abelhas saiam de dentro da planta e comessem a perseguir o jovem Iop enquanto Evangelyne olha para ele confusa.]
Logo os outros são vistos em frente a mesa de café da manha na casa de Xav o padeiro, cada um com uma cara animada e faminta sem saber o que escolher para comer dentre vários tipos de pão, desde pão açucarado até pão com creme delicioso dentro.
Edmundo por sua vez era visto brincando com os filhos de Xav que o ajudavam a tirar as lascas de madeira de seu corpo e toda vez que o ruivo arrancava uma das farpas ele acabava fazendo uma careta engraçada que fazia as duas crianças rirem ao ver as expressões divertidas que ele fazia e o gritos engraçados que dava.
Xav e sua esposa Helene ganharam pequenos sorrisos ao verem seus filhos se divertindo com o jovem espadachim que olhou para seus amigos para vê-los comendo como se não houvesse amanhã enquanto Evangelyne brigava com Percedal por não ter educação apenas para depois comer da mesma forma que ele.
Edmundo riu um pouco disso antes de olhar para Yugo e chamar sua atenção.
Edmundo: Yugo.
Yugo: Hum? O que?
Edmundo: Come de boca fechada e não fala quando estiver comendo.
Yugo: Ah, tá bom, desculpe.
Ele da mais uma mordida no pão, mas dessa vez mastigando de boca fechada.
Edmundo: Muito bem, bem melhor. Ai!
Ele grita ao arrancar a última farpa em seu rosto enquanto Yugo ri dele fazendo com que o ruivo ganhe um pequeno sorriso no rosto.
Ruel, Amália, Evangelyne e Percedal estavam apenas comendo, quase como animais enquanto Edmundo pegava um pão e comia calmamente antes de fazer um cafune em Yugo para então dar aos outros um olhar que dizia "Se Yugo crescer como um de vocês... eu vou fatiar vocês vivos."
Xav sorriu ao ver a boa interação que o espadachim parecia ter com o menino de chapéu azul antes de falar.
Xav: Você e o garoto parecem muito próximos.
Edmundo: Heh, acho que sim. Ele é como o irmão mais novo que eu nunca tive. E mesmo tendo o conhecido há pouco tempo, eu acabei por criar um carinho pelo menino.
Yugo: Obrigado, Irmãozão.
Os dois trocam um soquinho enquanto dão seus sorrisos contagiantes um para o outro antes que o garoto de chapéu voltasse seu olhar para o padeiro.
Yugo: Obrigado pelo café da manhã, Xav. Eu nunca comi um pão tão gostoso. E na hospedaria a única coisa que meu pai não sabia fazer era pão...
Ruel: Bom, pelo menos você não era a cobaia quando ele tentou pela primeira vez, não é?
Yugo: Por que aquele baixinho te atacou, Xav?
Xav: É que ele queria me impedir de participar da competição.
Edmundo: Que competição?
Helene: A cada cinco anos os moradores organizam uma competição para ver quem faz o melhor pão, o vencedor consegue levar o seu pão para o rei de Bonta.
Yugo então ergue o punho fechado quando fala sorridente.
Yugo: Eu vou votar em você, Xav! Ah... se você for participar, é claro.
O padeiro então ganhou um olhar carrancudo enquanto virava o rosto.
Xav: Eu não tenho chance de vitória sem a minha farinha de trigo dourada.
Edmundo: Mais uma vez, eu sinto muito pelo seu estoque de trigo.
Xav: Está tudo bem rapaz, você fez o seu melhor para ajudar, o que me lembra que você levou um baita de um golpe. Não está machucado?
Edmundo: Nah, eu já levei golpes mais fortes, tem que ser MASSA grossa pra me encarar. *risos*
Ele riu de sua pequena piada enquanto Evangelyne revirava os olhos antes de falar.
Evangelyne: Pena que você não tem MASSA boa pra fazer piadas.
Os outros riram disso enquanto o ruivo fazia uma cara emburrada e beicinho para a Cra.
Edmundo: Você não perde a chance de QUEIMAR a minha onda, né Elfa?
Evangelyne: Eu sou uma Cra, já te falei seu baixinho!
Edmundo: Não me chama de baixinho!
Evangelyne: Então não me chama de Elfa!
Os dois se encaram nos olhos com expressões zangadas, Xav e Helene observaram os dois antes de se entreolharem e rirem um pouco deixando o espadachim e a arqueira uma pouco confusos.
Evangelyne: O que?
Helene: Nada, é que vocês dois nós lembram de como nós dois éramos antes de começar a namorar.
Edmundo e Evangelyne coram com isso antes de olharem uma para o outro e rapidamente desviarem o olhar enquanto Percedal ganhava uma expressão emburrada ao ver que estava sendo deixado para trás.
Percedal: (Pensamentos) Aproveita enquanto pode, Edmundo.
Xav: De qualquer forma aquele velho estragou tudo, sem a minha farinha dourada eu não estarei no grande nível.
Helene: Xav, isso é ridículo! Você não acredita mesmo que o Ratafouine estava controlando o monstro, não é?
Xav: Aé? Porque não?! Ele faria de tudo para ser o melhor confeiteiro do vilarejo, não se lembra que ele fez aquele plano para controlar a melhor agua da região?
Yugo e Ruel se entreolharam com isso enquanto o padeiro segurava um pão e aumentava seu aperto sobre ele cada vez mais.
Xav: Ele sabe muito bem que a qualidade da agua influi no pão! Mas dessa vez ele não vai se safar! Eu vou-!
Neste ponto a força do aperto de Xav sobre o pão era tão forte que ele acabou o esmagando em sua mão, coisa que fez o pequeno bebê se assustar e começar a chorar. A pequena filha do padeiro então espiou pela janela da casa para ver alguém se aproximando quando percebeu que era seu avô Ratafouine e correu alegre para recebê-lo com um forte abraço que fez o idoso sorrir alegre.
Ratafouine: Ehehe como vão todos? Quem está brincando com fogo?
Xav: Como se você não soubesse!
Xav logo caminhou para fora da casa sendo seguido pelos outros antes de olhar com raiva para seu pai.
Xav: Você não é um padeiro, é um trapaceiro de marca maior!
Helene tentou segurar seu esposo, mas ele escapou de seu aperto antes de encarar Ratafouine cara a cara enquanto seus narizes se tocavam e os dois rosnavam um para o outro.
Xav: Não tente me enganar! Você está com medo de me enfrentar na competição! Eu estou te avisando, VAI PAGAR POR TUDO QUE ME FEZ!
Ratafouine: Agora ele endoidou de vez! O cérebro do meu filho virou farinha!
Eles teriam continuado a discutir e trocar insultos um com o outro, mas logo pararam quando ouviram um choramingo quando olharam para o lado para ver a filha mais velha de Xav junto de seu pequeno irmão começar a chorar ao ver seu pai e seu avô brigarem sendo seguida pelo bebê que também começou a chorar.
Xav e Ratafouine se entreolharam vendo o que haviam feito antes que Helene brigasse com dois.
Helene: Chega! Já chega Xav! Onde já se viu fazer as crianças chorarem?!
Ele leva as crianças para dentro de casa antes de fechar a porta enquanto Yugo e os outros olhavam feio para os dois padeiros com exceção de Edmundo que tinha um olhar entristecido no rosto ao ver pai e filho brigando por um motivo tão idiota.
Ratafouine: Você pode acreditar ou não filho, não tenho nada haver com isso. Até posso dar a você farinha e agua se quiser competir.
Xav: Não, obrigado. Você pode oferecer pra outro participante!
Ratafouine: Ah isso não é nada legal!
Com isso dito o velho padeiro se retirou do lugar deixando Xav com os outros.
Percedal: É, não é aquela coisa, mas da pro gasto.
Xav observou seu pai partir antes de bufar e falar com raiva em sua voz.
Xav: Aquele velho nunca me perdoou por querer abrir meu negócio! Ele quer fazer o pão exatamente do jeito dele!
Yugo: Sério? Por quê? Tem outro jeito de fazer pão?
Xav: O que? Claro! Do mesmo jeito que se compõe uma sinfonia ou se escreve um poema. O meu pai era obcecado em fazer o pão com a casca crocante, enquanto eu prefiro fazer os meus pães mais macios por dentro.
Xav e Yugo começaram a se entreter na conversa enquanto o resto do grupo apenas os observavam conversar.
Ruel: Lá vai, se bem conheço esse moleque, daqui a pouco ele vai vir com olha só “Aí pessoal! Que tal a gente dar uma mãozinha pra ele hein, que tal?”.
Percedal: Perai, ajudar a fazer pão? Eu prefiro comer e ir bater um ronco.
Amália: E depois? A gente vai ter que dar uma mão pro vilarejo inteirinho é isso?
Evangelyne: Silêncio, ele vai ouvir.
Ruel: Tá, dessa vez ninguém vai amolecer. Estamos juntos nessa falou?
Edmundo por sua vez olhou para o chão pensativo antes de soltar um longo suspiro que não passou despercebido pelos outros.
Ruel: Edmundo? Cê tá bem aí guri?
Edmundo: Acho que sim...
Amália: Não tá não, você tá calado demais outra vez.
Percedal: Fala aí parceiro, que que cê tem?
O espadachim suspira antes de olhar para as nuvens do céu antes de ver uma família de passarinhos voando quando falou entristecido.
Edmundo: Eu não me lembro do passado, quem eu fui e quem eu sou... Quem era a minha família, pra mim isso é um segredo... Eu não sei se já tive pai e mãe ou alguém pra chamar de família... se sim, eu as vezes me pergunto se eles estão por aí me procurando e se sentem a minha falta...
Ele então volta seu olhar para o padeiro conversando com Yugo antes de falar.
Edmundo: E me entristece muito ver um pai e um filho que poderiam estar desfrutando da companhia um do outro enquanto ainda podem, mas ao invés disso preferem brigar, discutir e magoar um ao outro por causa de um motivo tão idiota e sem importância alguma.
Sem que ele percebesse Xav escutou o que o espadachim havia dito antes de olhar para o ruivo com raiva por dizer que o motivo de sua discussão com seu pai era idiota.
Xav: Eu ouvi bem rapaz? Você disse que é um motivo idiota e sem importância?
Edmundo: Foi isso mesmo que eu disse. E tenho dito.
Xav: Como você se atreve-!
Edmundo: Antes que o senhor comesse a me dar um sermão como se você o dono da razão por aqui, o que obviamente não é, deixa eu vou te mandar a real Xav o Padeiro que briga com o pai por causa de uma grande idiotice.
O espadachim da alguns passos à frente antes de falar.
Edmundo: Você acha que vale a pena brigar com sua família, magoa-la e cortar os laços com seu pai só por que os dois fazem o pão de um jeito diferente?
Xav: Bom, eu-
Edmundo: Calado, eu não terminei. Você acha que vale a pena desperdiçar o tempo que podia passar com seu pai discutindo quando poderiam estar aproveitando o tempo um com o outro, sorrindo e até fazendo pão juntos?
O espadachim volta seu olhar para o chão enquanto continua a falar.
Edmundo: Eu não me lembro se já tive um pai, mas se tivesse eu faria muito diferente de você. Agora Xav o padeiro, você vai conversar com o seu pai e se acertar com ele ou eu vou precisar deitar os dois na porrada pra que percebam que estão errados?
Xav: O que você acha que sabe sobre isso garoto?! Você mesmo disse que não tinha família!
Edmundo: Cara, você não sabe a sorte que tem.
Essa frase fez Xav dar a ele um olhar confuso.
Edmundo: Pode estar com o seu pai sempre que quiser. Pode jantar, conversar com ele. Ele faria tudo por você! Sabe onde é que meu pai tá?
Xav: Não...
Edmundo: Eu também não!
Xav: Eu não vou pedir desculpa quando não estou errado!
Edmundo: Já pensou que vai chegar uma hora em que o seu pai não vai mais estar aqui pra você falar com ele?
Xav: Não vai acontecer com o meu pai-!
Edmundo: Acontece com o pai de todo mundo, menos com o meu, porque eu não sei onde se meteu!
O padeiro tentou pensar em uma resposta para ele, mas se viu sem palavras no momento.
Xav: V-Você não entende, Edmundo.
Edmundo: Eu entendo sim. Você e o seu pai são teimosos demais pra engolir o orgulho e se desculparem um com o outro. Vocês são egoístas!
Yugo e os outros ficaram surpresos ao verem seu amigo ruivo passar de um garoto brincalhão e distraído para alguém sério e realista como em um estalar de dedos. Edmundo manteve sua expressão séria no rosto enquanto todos ficavam em silêncio sem ousar dizer qualquer coisa.
Xav por sua vez percebeu que apesar de ser jovem, o espadachim realmente estava certo, mas ele não iria querer admitir isso para ninguém.
Vendo que ninguém diria nada, Edmundo soltou um suspiro aborrecido antes de cruzar os braços e estalar a língua.
Edmundo: *imitando Xav* “Olha só, eu sou um padeiro que queria estar em qualquer lugar menos aqui ouvindo esse fedelho de cabelo vermelho. Eu adoro brigar com o papai e ficar em silêncio quando me fazem ver que estou errado sobre isso, ponho a culpa no meu pai quando estou tão errado quanto ele, seguido por um pouco mais de silêncio.”.
O ruivo então fica a cara a cara com o padeiro enquanto os dois se encaram nos olhos.
Edmundo: Então como é que vai ser, ham? Um longo período de silêncio? Ou um comentário maldoso? Fala.
Xav o encara por alguns segundos antes de perceber que não havia como contradizer o espadachim antes de suspirar derrotado e responder.
Xav: Eu... não sei como responder a isso.
O jovem ruivo então levanta os braços em comemoração.
Edmundo: Aha! Viram só!
Evangelyne então põe a mão no ombro do ruivo para tentar acalma-lo um pouco.
Evangelyne: Já chega Ed, já falou o bastante.
O ruivo apenas bufa em resposta antes de virar o rosto enquanto Xav dava as costas ao grupo e voltava a observar sua plantação de trigo.
Yugo ao ver a tensão que havia se formado entre seu “irmão mais velho” e o padeiro, tentou pensar em algo quando uma ideia lhe veio à mente. Talvez ele pudesse ajudar Xav na competição e ainda resolver a briga entre ele e seu pai, coisa que faria o humor de Edmundo melhorar, mas para isso ele teria que achar um jeito de convencer seus amigos a ajudar.
Yugo: Ei pessoal, o que vocês acham de dar uma mãozinha pra ele?
Como esperado todos ficaram quietos com a pergunta de Yugo enquanto desviavam o olhar.
Vendo que pedir não adiantaria pedir, o garoto de chapéu percebeu que teria que começar a apelar.
Yugo: Se a gente ajudasse o Xav, ia dar pra tomar banho e dormir numa cama de verdade.
Amália logo se animou com isso e antes que todos percebessem, a princesa Sadida já estava abraçando o braço de Xav.
Yugo: E talvez ganhar um extra vendendo o pão dele.
Ruel logo parou ao lado do padeiro dando tapinhas em seu ombro, deixando assim apenas os dois jovens guerreiros e a garota Cra ainda de braços cruzados se recusando a ajudar.
Yugo: Mas vou avisando, talvez seja super perigoso, parece que tem alguns monstros bem grandes envolvidos.
Tal comentário fez o jovem Iop se animar e antes que Evangelyne percebesse, Percedal já estava carregando Xav nos ombros enquanto Ruel e Amália torciam por ele.
Vendo que haviam sobrado apenas ela e Edmundo, a jovem Cra perguntou com um sorriso.
Evangelyne: E eu? Você não vai nem tentar me convencer?
Yugo: Não, você é esperta demais, pra cair nessa história.
A Cra o encarou por um momento com os olhos semicerrados antes falar.
Evangelyne: Nada mal, pra um moleque.
E finalmente Evangelyne começou a caminhar para onde os outros estão enquanto Yugo olhava para Edmundo e falava.
Yugo: E... Uh.... Uh-oh.
A expressão de Yugo imediatamente mudou para preocupação, pois ele não conseguia pensar em algo para convencer o ruivo a ajudar.
Edmundo: O que foi?
Yugo: Ah...
...
...
...
Yugo: Por favor?
A expressão do espadachim continuou séria enquanto ele ainda tinha os braços cruzados e um olhar impassível no rosto.
Edmundo: Por que eu deveria?
Yugo: Por favor, Irmãozão.
O mais velho apenas suspira antes de se ajoelhar na altura do garoto de chapéu e falar.
Edmundo: Yugo, eu prometi ao seu pai que te acompanharia em sua viagem para lhe ajudar e te protegeria com minha vida se preciso, e a minha promessa vai prevalecer. Vou ajudar, mas apenas por que você me pediu.
Yugo ganha um sorriso no rosto com essas palavras antes que o ruivo ganhe um pequeno sorriso no rosto antes que os dois olhassem para os outros junto do padeiro.
Edmundo: Eu só gostaria que os nossos amigos ajudassem, mas não pensando em seus próprios interesses e recompensas que querem pelo serviço.
Yugo: Nah, eu sinceramente só disse aquilo pra convencê-los.
Edmundo: *risos* Hahahaha muito bem Irmãozinho. Mas deixe lhe dizer uma coisa. Um ato gentil de verdade, sempre gera mais gentiliza. Lembre-se disso quando crescer.
Yugo: Eu vou, Irmãozão.
[Timeskip com Ruel correndo atrás de Edmundo com um olhar maníaco querendo pegar seu Kama de volta enquanto o ruivo foge do Enutrof com um sorriso brincalhão no rosto.]
Edmundo agora era visto em frente ao que havia sobrado do velho depósito de trigo enquanto coçava a nuca pensando em como faria para consertar aquilo sozinho.
Edmundo: Eu sei que quebrei a porta e a parede dos fundos, mas foi só por causa daquele croissant ambulante que me acertou. Aposto que o Xav me deu essa tarefa por ter mandando a real na cara dele.
Helene: Não é totalmente verdade.
O espadachim logo se vira para ver a esposa do padeiro saindo da casa para vir falar com ele.
Edmundo: Senhora Helene, me desculpe por isso.
Helene: Não se desculpe. Na verdade, eu queria dizer obrigado.
Edmundo: Obrigado? Por destruir o depósito?
Helene: *risos* Não, pelo que você disse ao Xav mais cedo.
Edmundo: Hmm?
Helene: Embora você tenha sido grosseiro, as suas palavras realmente atingiram ele. Acho que o que você disse o fez pensar sobre o assunto.
Edmundo: Entendo, mas eu só disse o que pensava.
Helene: E eu te agradeço. Acho que talvez, depois que essa competição termine, talvez o Xav consiga se acertar com o Ratafouine.
Edmundo: Eu rezo pra que sim. Bom, mas se me der licença, eu tenho que POR A MÃO NA MASSA. *risos*
Helene balança a cabeça com um pequeno sorriso para a infantilidade do rapaz antes de se dirigir ao campo para ajudar a Cra e a Princesa Sadida, deixando o espadachim sozinho.
O rapaz voltou seu olhar para a construção carbonizada antes de apertar o nó de sua faixa de testa e ganhar uma expressão determinada.
Edmundo: Vai demorar um pouco, então quanto mais cedo eu começar, mais cedo eu termino.
Sem perder mais tempo ele fez um movimento com as mãos usando seus poderes do elemento terra para erguer uma parte do solo junto com os destroços antes de mover a pedaço de terra para o lado antes de inclina-la um pouco despejando os destroços em uma pilha.
Logo ele colocou o pedaço de terra de volta em seu lugar no solo antes de dar um pequeno salto e bater os pés com força no chão para então erguer as mãos com os punhos fechados fazendo com que uma parede de pedra brotasse do chão.
Ele repetiu sua ação mais três vezes criando novas paredes para o lugar. Já tento feito todas as paredes do lugar, ele caminhou até o lugar onde ficaria a porta quando estendeu os dedos indicador e maior de todos e movimentou a mão como se estivesse fazendo um desenho na pedra que ficou marcada no formato de uma porta.
Feito isso ele fez o movimento como se fosse dar um soco na parede e a parte marcada em formato de porta saltou para fora antes tombar no chão com um baque alto.
Edmundo repetiu o mesmo processo para fazer as janelas e tendo isto pronto e terminado, o espadachim começou a instalar as portas e janelas de madeira. Logo isso já estava pronto e tudo o que faltava era fazer o telhado, mas não demorou muito para que isso estivesse pronto.
Ao termino de seu trabalho o ruivo era visto inspecionando o mais novo armazém antes de limpar o suor do rosto e começar a caminhar para fora do lugar enquanto cantarolava uma canção.
Edmundo: Ed o construtor
Ele pode consertar?
Ed o construtor
Ele pode sim!
Ao sair do armazém e fechar a porta atrás de se ele olha ao redor antes de ver os filhos de Xav e Helene brincando na frente da casa. Infelizmente o bebê acabou tropeçando e caindo no chão antes de começar a chorar enquanto sua irmã tentava acalma-lo.
Helene que estava no campo de trigo perto de sua casa, ouviu o choro do seu filho e caminhou para pega-lo, mas parou ao ver Edmundo se aproximar do bebê e pega-lo no colo antes de tentar acalma-lo.
Edmundo: Shhhh, tudo bem amiguinho, já passou.
O bebê chorou mais um pouco antes que Edmundo começasse a balança-lo enquanto cantava uma musica de ninar.
Edmundo: Folhas da parreira
Caindo devagar
Como conchas frágeis
A flutuar
O bebê olhou para o ruivo que cantava com um olhar gentil no rosto enquanto a pequena criança começava a se acalmar.
Edmundo: Pequeno soldadinho
Pra casa a marchar
Corajoso soldadinho
Não pode chorar
O bebê logo se acalmou antes de dar ao ruivo um pequeno sorriso ao espadachim que fez algumas caretas que arrancaram algumas risadas das duas pequenas crianças. Helene observou com um sorriso a interação do ruivo com as crianças antes de se aproximar.
Helene: Você é bom com crianças.
Ao ouvir a voz o ruivo se virou para ver a mãe das crianças caminhar até ele.
Edmundo: Hm? Acho que sim.
Helene: Que música era essa que você cantou?
Edmundo: Bom... sinceramente, eu não faço ideia. Não me lembro de já tela ouvido, me veio a mente do nada.
Helene: Você fez um belo trabalho com o novo armazém, obrigado rapaz.
Edmundo: De nada. Mas como estão indo com o trigo?
Helene: Venha ver.
Pouco tempo depois eles são vistos na plantação de trigo enquanto Amália está usando sua magia para cultivar as plantações que começavam a florescer. Infelizmente o esforço da Sadida não foi o suficiente e ela quase desmaiou antes que Evangelyne a pegasse para que ela não caísse no chão.
As plantas que nasceram não demoraram muito para murchar quando suas pétalas voavam livres ao vento enquanto Amália falava entristecida.
Amália: Me desculpa, é muito difícil. Eu não consigo.
Evangelyne: Eu confio em você, você consegue sim.
Edmundo: É bom que consiga mesmo, por que senão estamos fritos.
Evangelyne: Edmundo!
Edmundo: Eu não tenho culpa se ela não consegue ficar de pé e cai de maduro. *risos*
A Princesa Sadida olha para ele com raiva no olhar antes de falar.
Amália: Por que você não vai fazer a sua tarefa em outro lugar seu nanico?!
Edmundo: Já terminei a construção do armazém sua alteza, dá uma olhada.
A Cra e a Sadida então olham para o lado para ver o mais novo armazém construído pelo ruivo que tinha um sorriso orgulhoso no rosto.
Edmundo: Ficou muito legal, né? Como eu terminei a minha tarefa, pensei em vir aqui tentar ajudar.
Amália: Você não tá ajudando muito sabia?
Edmundo: Quer ajuda ou não?
Helene: Queremos com certeza.
Edmundo: Tudo bem, vamos tentar de novo sua alteza.
Logo...
Depois de algum tempo, Amália recuperou suas energias enquanto se ajoelhava no campo quando Edmundo ficou ao lado dela e colocou a mão em seu ombro deixando a Sadida confusa.
Edmundo: Eu tenho controle Elemental sobre os quatro Elementos, Stasis e Wakfu. Não tenho poderes sobre as plantas como os Sadidas, mas ainda posso ajudar compartilhando minha energia Wakfu com você.
Amália apenas acena com a cabeça enquanto começa a usar sua magia enquanto Edmundo transfere parte de seu Wakfu para ela que se manifesta em uma aura azul clara que envolve o espadachim antes de ir para a morena enquanto a energia azul ganha o tom verde da magia Sadida que envolve a garota em uma forte aura de energia.
A Princesa do Reino Sadida sentiu uma imensa quantidade de poder envolvê-la o que a deixou surpresa antes que ela olhasse para o espadachim procurando uma resposta para isso, para aquele aumento repentino de poder, mas o ruivo apenas deu de ombros já que não sabia explicar de onde ele tirava tanta energia.
Voltando sua atenção para o que estava fazendo, a morena se concentrou e o trigo logo começou a crescer enquanto Helene e Evangelyne olhavam admiradas para aquilo ao verem o trigo restaurado.
Helene: Bom trabalho pessoa, está perfeito.
Evangelyne: Amália! Você é uma perfeita princesa Sadida!
Edmundo: Conseguimos Princesa!
Amália sorriu não se sentindo muito cansada graças a ajuda que recebeu antes de levantar-se e agradecer ao espadachim.
Amália: Obrigada Ed... Ed?
No entanto, o espadachim não estava prestando mais atenção na Sadida enquanto seu olhar estava focado em uma direção diferente, na floresta, como se ele estivesse vendo algo ao longe o observando como uma fera esperando a hora certa para atacar sua presa. O rapaz semicerrou os olhos enquanto a Cra e a Sadida olhavam para ele com confusão no rosto.
Amália: Edmundo? O que está olhando?
Evangelyne: Ei Cabeça de Vento, o que foi?
Edmundo: Hmm...
Ele olhou a floresta mais um pouco com um olhar atento no rosto ao sentir que alguém estava os observando, mas não importava aonde ele olhasse ele não via ninguém. O garoto logo balançou a cabeça quando a sensação passou e ele respondeu.
Edmundo: Tive a sensação de estar sendo observado, mas não deve ser nada. Vou checar os outros.
Sem dizer mais uma só palavra ele se distanciou das garotas que olhavam para ele um pouco confusas com seu comportamento, mas resolveram apenas dar de ombros para isso.
Mais tarde naquele dia...
Percedal, Edmundo e Ruel agora eram vistos caminhando de volta a casa de Xav depois que o ruivo ajudou o Iop e o Enutrof com um Gobball Chefe que guardava a fonte de água, os três eram vistos voltando para casa do padeiro.
Percedal: Ufa, até que enfim acabou. Valeu pela ajuda, Parceiro.
Edmundo: Não precisa agradecer parceiro, só não entendo por que você não conseguiu lidar com um Gobball tão mansinho daqueles.
Percedal: Manso? Você por acaso viu o tamanho daquela coisa?! A minha vontade era de passar a faca nele e assar no espeto!
O espadachim segurou o riso antes começar a provocar o Iop.
Edmundo: Embora eu duvide que você seja capaz disso. Estou começando a achar que você não é um rival a minha altura. *risos*
Percedal: Não sou a sua altura?! Me desafia pra uma luta e vai ver só!
Edmundo: Muito bem, vamos lutar a qualquer dia. Mas estou me perguntando o que a Eva acharia da cena em que você corre com medo de um Gobball.
Percedal: Em nome de Iop, você nem pense nisso!
Edmundo: *risos* Calma, calma, eu vou deixar essa passar.
O Iop então desvia o olhar com uma expressão envergonhada enquanto coçava a nuca.
Percedal: Vamos combinar de nunca mais falar sobre isso, ok?
Ruel que observava os dois rapazes, não conseguiu conter o riso e começou desabar em gargalhadas.
Ruel: *risos* Hahaha! Vocês me matam de rir!
Percedal apenas deu um olhar emburrado para o Enutrof enquanto Edmundo olhava ao redor.
Edmundo: Algum de vocês viu Yugo?
Ruel: Yugo provavelmente está com o padeiro. Dentro da casa dele, eu acho.
Edmundo: Legal, vamos ver como ele tá se saindo ajudando o padeiro.
[Timeskip com algumas garotas da aldeia de padeiros conversando com Edmundo enquanto tem corações em seus olhos ao verem o ruivo, no entanto as garotas logo se afastam quando percebem uma presença assustadora emanada por Evangelyne que não estava muito feliz por ver as garotas dando em cima do espadachim.]
Edmundo: Hm... olha eu não sou de reclamar, mas já que a Amália tá quieta, eu vou falar. Todos nós estávamos trabalhando duro enquanto esses dois não faziam nada além de dançar?
Percedal: Eu disse a mesma coisa.
Percedal respondeu às suas palavras enquanto ele e a turma se reuniam ao ver Yugo e Xav com suas espátulas de madeira enquanto Xav falava.
Xav: Bem, já que todo mundo terminou suas tarefas, só nos retas ir até a competição e ganhar esse torneio!
Todos: Sim!
Edmundo: Boa sorte para vocês então.
Os outros olharam para ele para vê-lo se afastando do lugar e indo em direção à floresta.
Ruel: Onde cê vai?
Edmundo: Tem algo me incomodando e eu quero ver o que é.
Amália: Ah mas você não vai mesmo! Vai assistir com a gente.
Antes que o ruivo pudesse protestar, Evangelyne e Amália o agarraram pelos braços antes de começar a arrasta-lo para onde aconteceria a competição enquanto o garoto reclamava.
Edmundo: Espera aí! Ei! Me soltem! O que eu tenho que fazer é importante!
Logo depois...
Como esperado, o ruivo foi forçado a ir ao torneio com os outros o impedindo de investigar a sensação que o incomodava. Ele até tentou escapar, mas Evangelyne e Amália o seguraram e Percedal tratou de garantir que ele não saísse de lá como vingança pelo ruivo ter zombado dele antes.
Edmundo: Eu tenho mesmo que ficar, não que eu esteja reclamando ou achando ruim, mas-
Evangelyne: Oh, fique quieto Cabeça de Vento, o quão ruim isso pode ser?
Edmundo: Não estou dizendo que é ruim Elfa, eu só- Aaah! Quer saber? Esquece, agora é tarde demais.
Ele ganha um olhar emburrado e um beicinho enquanto cruza os braços com raiva antes de soltar um logo bocejo cansado.
Edmundo: *bocejo* Me sinto cansado... tô com sono...
Evangelyne: Você demorou pra ir dormir ontem a noite não foi?
Edmundo: Pois é, você é tão linda dormindo que eu perdi o sono.
O comentário do rapaz fez a garota loira corar enquanto desviava o olhar dele.
Edmundo: *risos*
Evangelyne: Você não perde a oportunidade de flertar comigo, né?
Edmundo: Não posso ficar pra trás quando eu tenho um rival na disputa.
Evangelyne: Rival? Disputa? Pelo que?
Edmundo: Você vai descobrir. *bocejo* Seja como for, me acorda quando o Yugo vencer.
Evangelyne: Tudo bem, tanto faz.
O espadachim então continuou de braços cruzados e fechou os olhos enquanto tentava ignorar o som de aplausos ao seu redor antes de começar a cochilar.
Um tempo depois o ruivo de faixa branca dormiu durante todo o torneio. Mas seu cochilo não durou muito quando a esposa de Ratafouine se revelou o ninja de mais cedo e ela não havia ficado muito feliz que Xav e Yugo tenham ganhado a competição.
Edmundo: Hum...
Amália: Ei ei! Acorda! Edmundo!
Edmundo: *ronca* Zzzzz me traz um sorvete de limão... zzz...
Evangelyne: Não seu baixinho! ACORDA!
Assim que a Cra chamou o ruivo de baixinho, coisa que ele odiava, o garoto despertou de seu sono e abriu os olhos antes de falar com raiva.
Edmundo: Quem tá falando?! Eu já disse mil vezes pra não me chamar de baixinho! O que foi?!
Ele olhou ao redor para ver que as outras pessoas que assistiam o torneio haviam sumido do lugar. Virando o rosto ele viu o resto de seus amigos assim com Xav e sua família, logo depois dele estavam Ratafouile e sua esposa se abraçando.
Edmundo ganhou um olhar confuso antes de olhar para o lado para ver Amália observando a cena com encanto no olhar.
Amália: É tão romântico! Certo Edmundo?
Edmundo: Acho que sim? O que eu perdi? (Pensamentos) Acho que eu dormi demais...
Ele coçou a nuca confuso para o que estava acontecendo antes de sentir seu braço sendo puxado gentilmente. Olhando para baixo ele viu Yugo olhando para ele.
Edmundo: Ah, oi Irmãozinho? O que aconteceu? Cê ganhou, né?
Yugo: Sim! Até salvei um pão extra para você, Irmãozão!
O garoto de chapéu azul então mostrou um pão extra em suas mãos enquanto o ruivo sorria e esfregava a cabeça do mais novo.
Edmundo: Parabéns Irmãozinho! Mandou muito bem!
Eles sorriram um para o outro antes que Edmundo se agachasse na frente e ganha um olhar sério no rosto.
Edmundo: Mas Yugo... eu tenho algo a lhe perguntar...
Yugo: O que é?
Edmundo: Desde o que aconteceu em Obecalp, eu estive pensando... Você tem certeza?
Yugo: Uh... Certeza de que?
Edmundo: Que quer que vá com você daqui pra frente. Eu prometi ao seu pai que te ajudaria a encontrar sua verdadeira família e que te protegeria em seu caminho, mas você viu o que aconteceu quando eu enlouqueci por causa do veneno daquelas flores. Eu poderia ter machucado você e os outros... ou pior... do jeito que eu estava fora de controle... eu poderia ter matado vocês.
Yugo apenas olhava para o ruivo que abaixava a cabeça.
Edmundo: Eu acho que é melhor você continuar com os outros que não vão tentar te matar se ficarem com raiva. Então eu vou lhe perguntar mais uma vez... Tem certeza que quer que eu vá junto?
Yugo apenas acena com a cabeça enquanto ele balança os braços em volta do pescoço do espadachim e o abraça, o que fez o ruivo ficar surpreso com a resposta do garotinho quando gentilmente dá um tapinha nas costas dele ao ver Ruel à frente com um pequeno sorriso no rosto vendo que a relação dos dois lembrava da que ele tinha com Alibert quando eram mais novos.
Yugo: Aqui.
Yugo se afasta do abraço enquanto o entrega o pão que Edmundo gentilmente aceitou quando se levantou e tentou falar.
Edmundo: Obrigado maninho.
Yugo apenas dá a ele o maior sorriso enquanto o ruivo devolve o sorriso a ele antes de partir o pão ao meio e dar um pedaço ao garoto de chapéu que aceitou com um sorriso antes que os dois garotos saboreassem o pão com sorrisos alegres no rosto.
[Timeskip com Edmundo lendo um livro enquanto ele caminha sobre a água usando seus poderes Elementais enquanto Yugo e Percedal assistem com admiração quando o jovem Guardião de Shushu tenta fazer o mesmo apenas para acabar afundando e ficando molhado.]
Já no fim do dia, Edmundo, Yugo e Percedal eram vistos correndo na frente da casa de Xav enquanto brincavam com os filhos do padeiro. No entanto o espadachim ouviu uma voz chama-lo quando percebeu que Xav e Ratafouile estavam chamando ele.
Edmundo ficou um pouco confuso quando caminhou em direção aos dois padeiros para ver o que queriam com ele.
Edmundo: Eu posso ajudar?
Ratafouile: Para falar a verdade garoto, eu soube da conversa que teve com meu filho mais cedo.
Edmundo: Se vai me dar uma bronca por isso, já aviso que não lhe darei ouvidos por que não acho que estou errado e disso tenho certeza.
Ratafouile e Xav se entreolham antes de voltarem seus olhares para Edmundo com sorrisos no rosto.
Xav: Na verdade, queríamos dizer obrigado.
Edmundo: Obrigado? Pelo que?
Xav: Pelo que disse mais cedo, suas palavras me fizeram pensar bastante sobre os meus desentendimentos com meu pai.
Ratafouile: Eu confesso que ouvi um pouco da conversa que vocês dois tiveram mais cedo, e também comecei a pensar sobre isso.
Xav e Ratafouile: Percebemos que estávamos brigando por algo que não fim não tinha tanta importância, que estávamos criando raiva e ódio um do outro por algo que podia ser resolvido com conversa. Graças a você percebemos isso e estamos muito gratos. Obrigado Edmundo.
O ruivo piscou algumas vezes antes que seu sorriso surgisse em seu rosto e ele falasse feliz por ver que tinha ajudado pai e filho a se entenderem.
Edmundo: De nada, eu fico feliz que tenha ajudado hehe.
Os três então começaram a conversar com Xav e Ratafouile perguntando a Edmundo sobre seu caso de amnesia do qual ele disse que não se lembrava de nada antes de acordar com 10 anos em meio a uma floresta. Os dois padeiros também pediram para ver o símbolo na katana de Edmundo, mas infelizmente nenhum dos dois reconheceu a marca além de acha-la parecida com a cabeça de um dragão.
Depois disso os padeiros desejaram boa sorte ao espadachim em encontrar o seu passado e Edmundo logo voltou a brincar com os outros até que o jantar estivesse pronto.
Logo começou a ficar tarde e já havia chegado a hora de dormir, e o grupo de aventureiros iria dormir no quarto de hospedes e haveria cama para todos se compartilhassem, com exceção de alguém que teria que dormir no chão.
Yugo já estava dormindo com Percedal roncando ao lado dele, Ruel ganancioso como sempre se recusou a dividir a cama com alguém e Amália e Evangelyne estavam dormindo em uma cama, deixando Edmundo com uma cara emburrada e os braços cruzados.
Edmundo: E o gostosão aqui, vai morrer afogado?
Os outros apenas olharam para ele antes de se acomodarem para dormir sem dar atenção aos protestos do ruivo que suspirou aborrecido antes de caminhar para fora enquanto resmungava.
Edmundo: *sarcástico* Que ótimo! Eu levo um belo de um tapa de um pão ambulante, sou arremessado contra um armazém como se fosse uma bola de canhão, me ferro todo, depois tenho que construir um armazém sozinho, ajudo a Amália e a Eva com o trigo, ajudo o Percedal e o Ruel com a água e eles me agradecem me dando o chão duro e frio pra dormir. Que sacanagem comigo! Obrigado pessoal! Obrigado mesmo! Amo vocês! SÓ QUE NÃO!
Com isso dito, ele sai do quarto batendo a porta com força atrás dele antes de sair da casa e subir em cima do telhado antes de voltar seu olhar para as estrelas.
Edmundo: Sei que estou acostumado a dormir no chão, mas o que eu não faria por uma cama quentinha agora.
Algumas horas se passaram enquanto Edmundo observava as estrelas brilharem acima dele quando o sono e o cansaço começavam a consumir o rapaz. Ele sentiu a mesma sensação de estar sendo observado, mas estava cansado demais para pensar nisso quando desceu do telhado antes de silenciosamente entrar na casa e ir para o quarto de hospedes onde viu seus amigos dormindo confortavelmente.
O ruivo bocejou antes de retirar sua camisa verde que ficava por baixo de sua túnica azul para então coloca-la ao lado de suas marrons junto com suas braçadeiras, em seguida ele retirou sua espada de seu cinto e a colocou junto de suas outras coisas ficando apenas com sua túnica e sua calça.
Edmundo então usou suas botas como travesseiro e sua camisa como cobertor antes de se deitar no chão quando seus olhos piscavam se fechando cada vez mais enquanto ele olhava para os outros dormindo com conforto.
Edmundo: Eu sou bom demais pra vocês...
Seus olhos por fim finalmente se fecharam e ele começou a dormir. No entanto alguém gemeu de aborrecimento antes que duas silhuetas se levantassem e fossem até o espadachim antes de pega-lo nos braços a arrasta-lo a até a cama onde as meninas estavam dormindo.
As duas silhuetas que se revelaram Amália e Evangelyne olharam para o menino agora dormindo na cama delas antes de olharem uma para outra.
Amália: *sussurros* Tem certeza disso?
Evangelyne: *sussurros* Ele trabalhou mais do que todos nós juntos, vamos deixar ele aí, mas só dessa vez.
Amália: Ainda bem por que ele vai dormir do seu lado da cama.
Antes que a Cra percebesse, Amália tinha se deitado no lado esquerdo da cama enquanto Edmundo roncava do lado direito deixando apenas uma vaga no meio para a loira que suspirou antes de se deitar com um rubor no rosto que aumentou quando Edmundo em meio ao seu sono acabou abraçando a Cra pela cintura.
Evangelyne ficou tensa com aquilo e pensou em afasta-lo, mas ficou com medo de acorda-lo junto com os outros e acabar causando a maior bagunça a tal hora da noite.
A arqueira então se aninhou para dormir antes de sussurrar para o espadachim ao seu lado.
Evangelyne: *sussurros* Você deve tá adorando isso, né Cabeça de Vento? Aproveita enquanto pode.
Logo o sono invadiu o sistema da Cra que começou a fechar os olhos, mas não antes de falar.
Evangelyne: Boa noite, Ed.
Edmundo: Boa noite, Eva. Zzzz...
Evangelyne ficou um pouco surpresa por ele ter respondido, mas logo dormiu assim como todos os outros.
Desconhecido para o grupo, um grupo de sombras os observava o tempo inteiro tendo sua atenção no espadachim que dormia despreocupado.
???1: Finalmente achamos ele.
???2: Vamos avisar o Mestre Van Vilss.
Os dois então se retiram do local adentrando na escuridão da floresta enquanto tudo escurecia e o silencio tomava conta do lugar.
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