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História War of Thrones ( Em correção e Hiatus) - Capítulo Doze. - História escrita por AlexParker - Spirit Fanfics e Histórias
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História War of Thrones ( Em correção e Hiatus) - Capítulo Doze.


Escrita por: AlexParker e AlexParker2

Notas do Autor


⏩ NÃO REVISADO E NÃO BETADO.

Capítulo 12 - Capítulo Doze.


  Dizem que o tempo cura dores. Mas depois de dois anos, Taehyung ainda não sabia dizer se acreditava ou não naquela frase. Dos dois anos que se passaram, poderia concluir que estava melhor e que em seu peito só restava à saudade e um amor que mal nasceu direito. Por outro lado, procurou ocupar sua mente com outras coisas e quem sabe, esquecer Jungkook. 

O problema era que ele não queria esquecê-lo. De alguma maneira, ainda se sentia conectado e esperançoso com o dia em que veria Jeon novamente. Claro, poderia ser algo que gostaria que acontecesse, talvez uma forma de confortar a si mesmo que algum dia, Jungkook passaria novamente por aquelas portas e tomaria seu coração novamente.

Falando assim parece fácil, mas no fundo, até mesmo ele sabia que não era. 

   A paixão - ou amor- que nutria em seu interior era muito verdadeiro e intenso para ele esquecer ou fingir de uma hora pra outra que nunca existiu. Jungkook em um período curto de tempo e com pequenos contatos fez com o príncipe sentir sede de quero mais. Jungkook fez Taehyung sentir aquele quentinho no peito com o coração batendo acelerado. Sentir o frio barriga enquanto ficava com um sorriso bobo. Jungkook estava sendo tão especial pra si que foi inevitável não se ver encantado pelo mesmo. Depois que ele se foi, viu que desde que pôs os olhos em Jeon Jungkook começou a sentir coisas que nunca tinha sentido antes. O fez perceber também que durante a primeira fase da seleção, estava nutrindo um amor platônico pelo mais novo. Sempre esteve ali lhe observando, lhe admirando e querendo sempre saber mais alguma coisa sobre ele. Mesmo que fosse pequenos detalhes. 

  Quando o beijou na sacada, a esperança de se conhecerem e mergulharem no sentimento harmônico e aquecedor lhe tomou de uma forma que quando viu, estava querendo que a segunda fase começasse logo para que pudesse sair com Jungkook oficialmente e conhecê-lo como sempre desejou e ainda deseja. Porque por mais que tenha se passado tantas lutas desde sua partida, Taehyung não conseguia tirar o moreno de sua cabeça. Sempre havia momentos em que se pegava lembrando do sorriso, da voz, do perfume, dos cabelos aparentemente macios, das pintinhas que apenas depois em sua mente pode perceber aqueles detalhes tão delicados e beijáveis. 

   Esperava o dia em que o veria de novo. Nem que fosse apenas para sentir seu cheiro ou ver se pelo menos estava vivo e bem. Para ele só de saber que o mesmo estava ali, vivo, já bastava.  

  Dois anos de seleção se completaram e apenas seis acabaram permanecendo, três meninos e três meninas. Estes se davam muito bem com o príncipe Kim, porém não era algo que Jungkook lhe proporcionou um dia e duvidava que tão cedo outra pessoa fizesse. Poderia casar com qualquer um ali e manter a relação saudável que tinham, entretanto, tinha uma força maior que o impedia de tomar uma decisão. Porque como dito, talvez seja sua mente e coração ainda esperançosos com a volta daquele único homem que chegou a acelerar o seu peito, suar suas mãos, pensar dia e noite nele e sentir saudade do beijo que um dia tomou. Todos os dias, naqueles dois anos, Taehyung ia à mesma sacada que tinha beijado Jeon pela primeira vez para observar o pôr do sol. O que ainda o motivava era a esperança. A esperança que um dia Jungkook voltaria ou quem sabe também estaria vendo o pôr do sol com ele seja lá onde ele estivesse, porque entre todos os meses que se passaram, não acharam Jungkook em lugar nenhum. Também tentaram ir atrás de sua madrinha, porém a mesma tinha sumido e ninguém sabia dizer onde os dois estavam.

Jimin, em certa noite, disse se lembrar de uma conversa com Jungkook, resultando em seu choro e culpa que o corroía até hoje. Ninguém fazia ideia de que conversa era aquela e que fazia o príncipe acreditar fielmente que Jungkook não era um mentiroso ou um traidor. Estavam curiosos e nos dias que se seguiram, tentaram fazer o Park falar o que lhe afligia, mas nada dele saia. Dizia que não poderia falar o que sabia ou isso poderia botar tudo a perder. Os reis, como pais, se preocuparam muito com aquela resposta, ainda mais depois que souberem que tinha uma guerra e os Volturi no meio. E para completar, Kairós não tinha voltado em nenhum momento depois daquele dia, o que de certa forma, deixava todos no escuro a respeito do que estava acontecendo. Se Jungkook era inocente, porque se escondia?

Eram perguntas que não poderiam responder por si mesmos, mas esperavam pelo momento que as teriam.

Todos os moradores acordaram cedo naquele dia. Haveria uma reunião em poucas horas para revelar a nova prova que deveriam realizar. Como futuros reis e rainhas, eles precisam realizar eventos que seus respectivos postos exigiam. Seogwipo era um reino que tinha vários aliados e a cada ano, recebiam três reinos diferentes durante três semanas, onde faziam uma festa comemorando as alianças e aproveitavam para fortalecer os laços que tinham.

Daquela vez, os reinos Bengala Ocidental e Angola ficariam duas semanas no castelo. E, para provarem que eram adequados a estarem na elite, os seis selecionados deveriam fazer uma organização para receber e celebrar com as famílias reais.

Como eram seis pessoas, os meninos Wonho, Kihyun e Shownu ficariam com Angola. Jiwon, Sihyun e Eunji receberam os indianos.

Os dias que se passaram após aquela anunciação foi uma correria. Eram três pessoas para fazerem um baile para duas famílias reais totalmente diferentes, o que os deixava com cabelos brancos e em pé. Enquanto as meninas estavam buscando comidas típicas indianas para serem servidas, o outro trio se encontram indecisos como iriam organizar tudo em tão pouco tempo. Eram tantas cores, comidas e costumes que ficou difícil escolher apenas uma. Então, para evitar constrangimentos – caso fizessem algo que não deveriam já que não pertenciam a aquela cultura – e querendo explorar mais do reino tão bonito como a Angola, resolveram misturar tudo. Cores, comidas, músicas, vestimentas e ornamentação.

Angola, como a grande maioria dos países independentes da África, é um reino que abriga em seu território diversas culturas, com línguas, costumes e origens diferentes, que muitas vezes extrapolam as fronteiras políticas estabelecidas pelos europeus nos séculos passados.

Além do português, língua oficial do reino, Angola possui outros 42 idiomas regionais. O país é uma exceção dentro do continente africano, pois a língua européia vem conquistando cada vez mais espaço no meio cotidiano.

As tradicionais vestimentas usadas pelos povos africanos mostram a alegria que eles possuem na alma; mas um detalhe chama atenção: o uso de panos ou cangas, conhecidas como capulanas, para envolver os corpos das mulheres; e mais interessante ainda é saber que algumas pinturas são feitas à mão, possuem significados como: “eu ando mais rápido do que minhas rivais”; “eu e meu marido somos rápidos“. Ou seja, os africanos se comunicam através dos seus panos.

No salão principal, panos coloridos e brilhantes estavam por todas as partes nas cores vermelho, amarelo, preto e verde. Diferentes tipos de flores em vasos de barros ou com desenhos que contavam a história de Angola. Quando ela deixou de ser um reino colonizado para ser um reino independente e uma das maiores nações da atualidade.

Quando a noite chegou, as respectivas famílias chegaram no castelo depois de vários dias no barco em alto mar. As irmãs gêmeas idênticas, Zamira e Zira estavam vestidas, por coincidência, com um vestido até os joelhos nas cores vermelho e amarelo, as bijuterias típicas também eram semelhantes. Era difícil saber quem era quem, porém isso não as deixava menos belas. Suas peles negras tinham desenhos feitos à mão espalhados pelo corpo, enquanto seus pés permaneceram descalços, pois, segundo a cultura africana, estar com os pés sem nada permite uma ligação maior e melhor com os espíritos, deuses e seus antepassados. Principalmente na dança onde expressam seus sentimentos e se comunicam com aqueles que não estão mais na terra.

Yugyeom, Jaebum, Lisa, Jimin, Taehyung se juntaram aos membros do conselho e a família indiana nas caracterizações da comemoração. Não deixando sua cultura de lado, mas também valorizando a dos visitantes. Não eram obrigados a se vestirem para tal, porém estavam mais confortáveis daquela maneira, pois sabiam que se fosse ao contrário as rainhas iriam valorizar suas origens tendo o respeito acima de tudo.

- Eu não consigo acreditar que estamos desperdiçando tempo e comida com essas duas, aí. – Jiwon comentou ao lado de Eunji em um canto enquanto observavam as duas rainhas dançando com os outros membros da realeza e os quatro selecionados. Seus corpos se moviam de acordo com o som dos instrumentos, pulavam e gritavam em alegria. Alguns convidados – tanto angolanos, indianos e coreanos - também não se seguraram a participarem de se juntarem à dança e à música. As irmãs não se incomodavam com os passos errados ou se poderia ser considerado uma ofensa para algumas pessoas verem um mistura de cultura dançando, pois, para elas, era uma enorme alegria ver que não importava de onde vinham, o que vestiam, - ou qualquer coisa do tipo- para eles o importante era o respeito e a alegria que reinava todo o palácio. E isso era magnífico porque na época que estavam, muitas pessoas tinham uma idéia distorcida sobre negros e ainda mais quando eles eram parte da realeza como as gêmeas, que não precisaram se casar para assumirem o trono e reinar com sabedoria. O que assustavam os racistas não era só o fato de ver que a cada dia um negro ganhava visibilidade na sociedade. O que temiam era o conhecimento do poder que tinham. Porque se eles quisessem, reinariam e tomariam tudo assim como vários reinos fizeram com eles. Jiwon vinha de uma família que pregava o respeito para todos. Seus pais, reis do reino vizinho, eram muito queridos por Seogwipo. Mas Jiwon era totalmente oposta da família e a falta de respeito e superioridade sobre os outros era o que mais se destacava na mesma. Não entendia o porquê de estarem se juntando a aquelas duas e sua cultura. Não entrava em sua cabeça que elas eram poderosas, reinavam sem maridos, eram amadas, respeitadas e que além de tudo, tinham uma presença digna de RAINHAS NEGRAS.

- Elas são maravilhosas, Ji. – Eunji se opôs. Conseguiu conversar com as irmãs por alguns minutos e já tinha adquirido uma admiração e respeito enorme pelas rainhas. Eram amáveis, gentis e lhe deram um abraço tão gostoso que ela não pode evitar de lembrar de sua mãe e avós, que até aquele momento tinham os melhores abraços que recebeu em sua vida. – Queria ter esse empoderamento que elas têm. Além de serem lindas, dançarem bem e serem muito gentis e educadas, elas reinam sem nenhum marido e isso é incrível! Elas têm uma mente e visão tão revolucionária que me dá vontade de morar na Angola depois que a seleção acabar e eu não passar. Elas me-

- Cale a boca, Eunji! Eu não quero saber sobre elas, está bem? Recuso-me a estar nesta festa, e pensar que vamos ter que receber aquela outra família esquisita. – Jiwon fez careta enquanto falava, se referindo a Maya, Raj e seus dois filhos, reis e príncipes da Bengala Ocidental, que dançavam agora no ritmo de tambores uma música típica da índia com os demais, mesmo que não tenha nada a ver com a celebração Angolana, estavam aproveitando para aprenderem a mexer os quadris, mãos e pés ao mesmo tempo, o que de fato era uma cena engraçada de se ver.

Eunji precisou respirar fundo antes de falar. Conhecia a Park e sabia a visão que a mesma tinha sobre outras culturas e isso lhe machucava o coração. Todos estavam se divertindo e ela achando nojento. Nojento é a atitude e pensamentos que ela tinha com aquelas famílias que não fizeram nada a ela.

- Você não é obrigada a ficar aqui assim como eu não sou obrigada a permitir que fale deles dessa maneira. Você não é maior do que ninguém só porque é uma princesa, Ji Won. Vai ter o dia em que pagará sua própria língua por ser dessa maneira.

- Não me venha com essas baboseiras, sua miserável. Se eu quiser eu saio e se eu quiser, eu fico. Você não manda em mim e não vai ser por essa dança e festa ridícula que vou mudar quem eu sou. Meu nome é Park Jiwon, princesa de Pohang, então você deve me respeitar. Ficar quieta e abaixar a cabeça enquanto falo, entendeu? Eu tenho o poder aqui, enquanto você não tem nem onde cair morta.

- Se é tão poderosa assim, porque ainda não casou com o Príncipe Kim e ganhou a Seleção? Porque ainda permanece nesse castelo como uma selecionada e não como uma princesa e futura rainha? – questionou Eunji com ironia. Olhava nos fundos dos olhos da mais velha, não se intimidando com a sua raiva ou que ela poderia ir para cima si e lhe dar uns tapas. Para Eunji, Jiwon era um nada. Já tinha tentado fazer amizade com a mesma, porém nunca conseguiu por conta de sua ignorância. E ela ofender daquela maneira os visitantes foi o estopim para que sua ficha caísse. Park Jiwon não prestava e não seria por conta de sua presença que iria mudar suas atitudes e pensamentos.

A princesa não respondeu aos questionamentos da mais nova, o que deu a chance para que a mesma continuasse a falar. 

- Irá se arrepender por seus atos, Jiwon. E não sou eu quem vai pagá-los, ou aplicar os castigos a você. O universo não deixa nada sair impune e estou tentando abrir seus olhos para que não se arrependa quando for tarde demais .

- Nunca é tarde demais para uma princesa como eu. Agora saia da minha frente ou vou arrancar essa sua língua grande, intrometida de quinta. – empurrou Eunji e saiu pisando fundo do salão para um dos corredores e indo só sabe os deuses onde.

Quando seus pés cansaram e a música agitada foi substituída por uma mais tranquila e baixa, todos foram se sentar e descansar. Estavam cansados e duvidavam que tinham dançado e se divertido tanto como naquela noite. Tudo estava bonito, alegre e os sorrisos não deixavam os seus rostos. Era de fato uma noite perfeita.

Depois de recuperar o fôlego perdido e seu pé parar de arder por conta de estar descalço, Taehyung foi a uma das mesas dispostas no grande salão pegar algo para beber e quem sabe tomar coragem e se juntar às crianças e dançar mais uma vez. Tinha realmente amado ambas as danças e já tinha em mente que precisavam fazer mais festas como aquela, ou até mesmo viajar para África e Índia qualquer dia depois de sua coroação. Desde pequeno tinha um certo encanto com as culturas diferentes da sua e sempre foi um desejo seu visitar um dos países que era tão apaixonado, como a Índia e o continente africano e outros reinos pequenos que várias vezes eram esquecidos.

Sua mente o levou em uma viagem aos países africanos onde Jungkook estava junto a si para aproveitar a paisagem e ficar tão encantado quanto ele pela cultura. Imaginou Jeon correndo e brincando com as crianças depois de encherem a barriga com a famosa mandioca. Ou em um mundo onde ele não tinha ido embora, se casaram e adotaram várias crianças de diferentes etnias para mostrar e ensinar que não importa de onde vinham desde que exista o respeito e amor.

O sonho de ser pai e adotar também era um desejo seu, porém não se via o realizando com nenhum dos seis selecionados que permaneciam naquela fase. Via que eles estavam dando duro para ganhar e quem sabe ocupar o espaço do seu coração, mas não os enxergava mais do que bons amigos. Todos tinham capacidade o suficiente para serem e conseguirem o que quiserem e não precisam exatamente de um casamento e serem da realeza para irem atrás do seus sonhos. Já tinha pensado em desistir de tudo e reinar sozinho, entretanto Seogwipo precisaria de herdeiros ou tudo que seus antepassados construíram seria perdido. E era pensando nisso que a ideia de fugir era descartada. Tinha o futuro de um reino em suas mãos e não poderia abandonar seu povo daquela maneira. Eles não mereciam aquele futuro. E era por eles que ainda permanecia com a seleção e pensava seriamente em quem iria escolher para reinar junto a si.

- Está perdido na própria mente, Príncipe Kim?

Ouviu a voz atrás de si e deu um pulo pelo susto, acabando por se engasgar com a bebida ao tentar respirar e tomar o líquido na taça ao mesmo tempo. Olhou para trás e viu Maya, rainha da Bengala Ocidental lhe encarando com um olhar divertido e sorriso nos lábios. Ela estava linda com um Sari vermelho com detalhes dourados, vestimenta típica da Índia. Usava algumas jóias pelo pescoço e pulsos, seus cabelos estavam soltos e seus pés descalços.

- Só estou um pouco pensativo, Majestade. – respondeu a mais velha.

- Pensa na tua seleção?

- De certa forma, sim.

- Está pensando em sua decisão final, não é mesmo? Soube que as duas comemorações foram feitas por três deles– comentou se aproximando e estendendo seu braço, convidando o mais novo a um passeio pelos corredores do castelo, iluminados pela grande lua e algumas velas espalhadas. – Eu conheci Raj em uma seleção. Ele era príncipe de um reino distante e estava sem muitas expectativas. Mas no primeiro momento que nos vimos, nos apaixonamos e hoje estamos aqui – sorrio Maya ainda mais. – casados e com dois filhos maravilhosos.

- A seleção era sua ou dele?

- Minha. Sou a mais velha de sete irmãos e eu queria cuidar do meu povo como uma rainha, mas para isso precisava me casar, e como nem eu e meus pais queríamos um casamento arranjado, começou uma seleção.

- Como soube que era ele o certo?

- Eu não sabia. – respondeu ela rindo. - Eu apenas sentia e via que ele era o certo pra mim e que me ajudaria no que precisasse quando tomasse o trono. Quando se toma uma decisão dessas, não se deve pensar somente em si, mas também no reino. Sei que Seogwipo é um reino muito próspero, então deve pensar em você, não é? Já que é você que vai conviver com o escolhido e é ela ou ele que irá reinar ao seu lado até que a morte os separe. – desceram as escadas dos fundos do castelo, começando uma caminhada pelo jardim enquanto a lua ainda continuava a iluminar toda a ilha de forma deslumbrante. - Está me perguntando isso porque está com dúvidas em sua decisão?

- Sim. Eles são muito bons. Educados, inteligentes e simpáticos. Dignos de futuros reis, mas...

- Não é o ideal pra você. - deduziu a mais velha. - Está apaixonado?

- Sim. – Taehyung respondeu de imediato, não pensando duas vezes.

- Então o que te faz pensar tanto?

- Ele fazia parte da seleção, mas por conta de uns problemas, ele saiu e não está mais em Segowipo há dois anos.

- E desde então continua apaixonado?

- Posso ser sincero?

- Deve! Estou à sua disposição.

- Ainda estávamos no início da seleção quando ele roubou meu coração. – suspirou - E quando nos beijamos pela primeira vez, ele foi embora dias depois. Eu nunca o esqueci. Sempre penso nele e ainda tenho esperanças que um dia ele tenha de voltar. Não me importo quando ou se ele já tiver com outro alguém, eu só espero que ele esteja bem e feliz, pra mim já é o bastante. – um sorriso apareceu ao se lembrar de Jungkook. – você precisava conhecê-lo. Ele era lindo, encantador, inteligente, simpático, o seu sorriso foi o mais bonito que eu já vi em todos esses anos. Ele é muito bom em arco e flecha, ama tortas de morangos e odeia coisas azedas. Acredita que ele prefere cenoura crua ao invés de cozida? – questionou perdido, arrancando uma gargalhada da mais velha, que percebia o brilho apaixonado no olhar do outro enquanto se perdia nas características do amado. – Eu estava e ainda estou muito apaixonado por Jungkook. Nunca o esqueci e a esperança que ele pode voltar bate todos os dias no meu peito junto com a saudade. Eu desejava que o estávamos tendo evoluísse para um amor, mas ele partiu e levou meu coração junto.

- É bonito o jeito que fala dele. E sei como se sente. Sou casada há sete anos com o amor da minha vida e não me arrependo das minhas escolhas. Mas para eu estar aqui, tivemos que esperar muito e ter paciência.

Taehyung soltou um suspiro.

- Não sei se ele volta. Não posso adiar a seleção para sempre. Eles são humanos e não animais selvagens para ficarem presos. – pensou melhor. – Na verdade, nem animais selvagens vivem presos. Eu preciso tomar uma decisão porque sei que Jungkook pode não voltar como eu tanto desejo. O conselho também já tem em mente alguém caso eu não consiga decidir. 

Maya entendia a confusão do mais novo. Compreendia o quão difícil e confuso era a situação que estava, pois já esteve em seu lugar. O medo de fazer o errado não só iria cair em cima de si, o povo também poderia sentir certas consequências por suas atitudes e isso era um peso que qualquer membro da realeza carregava.

- E como seu amado não está aqui, você teme sua escolha final, estou certa?

- Sim, está.

- Não sabe onde ele está?

- Ninguém sabe. Ele simplesmente sumiu do mapa.

- Espere. – disse Maya.

- O que?

- O tempo é o melhor remédio para a dor. Não importa o que aconteça, se vocês se amam de verdade, haverá o dia em vão se encontrar novamente e vão poder viver juntos. 

- Mas e se demorar? E se já for tarde demais?

- Nunca é tarde demais pro amor, meu bem. Porque não importa quanto tempo passe, se for verdadeiro, nada pode separá-los.

Taehyung ficou pensativo. A história dos seus pais tomando sua mente, onde sim houve um amor verdadeiro assim como os que vieram depois. Aprendeu e viu de perto que existem vários tipos de amores e que ele era o remédio de tudo. O destino não separa aqueles que se amam se não for juntar depois. Cada minuto da vida de um ser tinha um propósito e se Jungkook não estava mais ali, ele tinha seus motivos, mesmo que não entendesse. Jungkook iria voltar caso o amor deles fosse tão forte que nada os separaria. E se não se encontrassem naquela vida, tinha várias para se encontrarem. O destino não separa aqueles que nasceram para ficarem juntos.

- Obrigado! Eu realmente estava precisando ouvir isso. – deu um sorriso sincero a mais velha. Estava mais esperançoso que as coisas dariam certo. E mesmo que não encontrasse Jungkook agora, já tinha em mente o que iria fazer dali em diante.

- Não há de que meu querido. - retribuiu o sorriso. - Agora preciso ir, meu marido já deve estar enlouquecendo com as crianças. – disse ela rindo e voltando para dentro do castelo, deixando Taehyung no jardim observando a lua com um brilho no olhar.

- Por favor, Jungkook, volta pra mim...








[...]




O suor descia por suas peles mais escuras que o normal por conta do sol ardente de uma manhã ensolarada e abafada. Suas armaduras pesavam mais do que o normal, porém isso não impedia que os dois lutassem sem medo. As espadas já estavam no chão há muito tempo, permitindo que usassem suas habilidades para que apenas um saísse como vencedor.

Kyung-soo, mais conhecido como Hefesto, olhava o mais novo com um olhar desafiador que ajudava a despertar o lado mais audacioso do seu oponente. Estava de fato bastante eufórico com aquele treinamento. Esperou durante meses para que enfim pudesse usar suas verdadeiras habilidades com o seu atual oponente. A caminhada para chegar até aquele atual momento foi muito difícil, se arriscaria a dizer que ainda tinham muito chão para ainda percorrer, entretanto, já estava com o gostinho de satisfação na ponta da língua após dois anos em treinamento. Era certo dizer também que ver a evolução que conseguiram dava muito orgulho.

  Criou duas bolas de fogo e atirou contra o outro, não acertando uma mísera vez, que desviava de forma rápida e malditamente elegante. Peste.

  Hefesto é o deus do fogo, dos metais e da metalurgia. Sua figura também estava associada ao trabalho, pois era um grande forjador e joalheiro. 

  Não querendo ficar de fora, ergueu apenas um braço e lançou Kyung-soo no mar com a força do vento, apagando as bolas recém feitas e recebendo o olhar mortal do mais velho.

Se Do não tivesse molhado, com certeza tinha virado churrasco.

- Eu deveria mandar você pro quinto dos infernos, moleque abusado! – ralhou ele saindo da água salgada. – Vou mandar os meus irmãos irem atrás de você e comer teu rim, seu miserável! – continuou suas ameaças, arrancando risadas daqueles que assistiam de longe a batalha dos dois. – Tão rindo do quê, hein, seus palhaços?

- De você, oh senhor do fogo. – debochou Irene enquanto se curvava em um falso respeito. – Já estava com vontade de te afundar nessa praia desde de ontem, então me olhe com essa cara de cão que late e não morde, sim?

- Ele está mais para um cachorro molhado, noona. – debochou Chanyeol.

- Calado Park! Eu ainda posso te matar.

- Não se atreveria, au au. – continuou a brincar.

- Ora seu... – avançou sobre o outro, acabando por derrubar os dois na areia, onde começaram a rolar enquanto puxavam os cabelos e se xingavam.

- Eu acho bom os pombinhos pararem a agarração e irem logo comer. A Capitã tá chamando todo mundo pra almoçar. – uma voz interrompeu a pequena briga dos dois, que ao ouvirem “agarração” e “ casal” na mesma frase se separaram em dois segundos, fazendo os outros que assistiam rirem ainda mais. 

- Não estávamos nos pegando.

- E não somos um casal coisa nenhuma, Yeeun- completou Chanyeol – de onde vocês tiram essas coisas? – questionou quando começaram a andar pelo caminho longe de coqueiros e folhas. Um caminho este que os levaria onde todos moravam. Estavam indo para uma casa deveras grande para morarem 26 pessoas. Quer dizer, cada um tinha a sua, porém a que estavam indo era onde todas as refeições eram feitas e decoradas. 

- Vocês dois escondem o que todos sabem, mas não admitem. – Yeeun respondeu. – Não entendo vocês deuses. – estalou a língua no céu da boca enquanto negava com a cabeça- Complicando algo tão fácil.

- Me tire desse meio, hum? – Irene interviu. – Estou livre agora e não fico que nem esses dois aí, não.

- Pelo menos a nona é bacana e não tenta matar dragões inocentes e bonitões como eu. – Mushu disse pela primeira vez desde que começaram a caminhar.

- O problema é que Kyungsoo hyung quer matar todo mundo. – O deus ruivo disse. – Se tu me bater eu te afogo de novo, infeliz. – ameaçou ele quando o dito cujo tentou lhe bater.

- Ninguém vai matar ninguém aqui. E se matarem, ressuscitou quem morreu e bateu em quem matou e na pessoa que ressuscitou. – Hye entrou no meio da discussão quando o grupo se aproximou da mesma. A Park estava os esperando em frente à casa de palha com as mãos na cintura. De onde estavam, conseguiam ouvir a bagunça que a cabana estava por ter os piratas cantando loucamente enquanto comiam.

- Não tem como matar de-

- Quieto! Vão lavar as mãos para comer antes que esfrie. – interrompeu enquanto antes de entrar na cabana e ver que realmente todos estavam cantando e bagunçando. Porém ignorou isso, sabia que eles iam limpar depois.

Porque ninguém iria contrariar a Capitã, certo? Certo!






Cruisin' For a Bruisin


Melhor sair correndo


Aí vamos nós


Estamos procurando por encrenca (Whoa!)


Ficamos na boa, sem grilo


Brilhantina no cabelo


Cara, as coisas estão esquentando


Estamos procurando por encrenca


Vamos mandar ver!




 Passaram-se dois anos desde que chegaram à bela ilha de Santa Lúcia e desde então, muitas coisas mudaram. Passaram a viver em casas espalhadas e simples, porém muito aconchegantes e bonitas; trocaram suas vidas para aproveitar o que aquela ilha tinha para lhes dar e além de tudo, estavam mais próximos e relaxados. 

  Jungkook estava mais do que satisfeito com a sua vida. Depois que os três deuses – Chanyeol, Irene e Kyungsoo – passaram a morar ali também, eles o ajudaram a se conhecer e explorar suas habilidades, que antes nem sequer sabiam que existiam ou que eram capazes. Tornou-se uma pessoa mais confiante, alegre e satisfeita consigo mesmo. Aquela sensação de estar preso já não existia mais em si, era um homem totalmente livre e que se conhecia.

Não negaria ao dizer que esqueceu Taehyung, porque nunca o esqueceu. Todos os dias ia à praia observar o pôr do sol, pensando que de onde estava, o Kim estava a observar o sol se despedir junto com ele. Nunca pensou em voltar a Segowipo ou se arrepende de estar morando em Santa Lúcia. Muito pelo contrário, foi ali que se encontrou e era onde sentia que era o seu lugar. Por mais que seu coração batesse forte ao lembrar-se do príncipe, dois anos tinham se passado e não tinha esperança que o mesmo ainda permanecia lhe esperando. Era muito tempo e nem sabia se ele próprio esperaria. Ele era um príncipe, tinha suas obrigações e não seria por conta dele que iria desistir de tudo para viver em uma ilha cheia de piratas malucos e três deuses ainda mais malucos que os humanos, certo?


Não pare, pare a música!

Vamos a mil por hora

Fazemos o que queremos

Na hora que queremos Oh sim, oh sim!

Não queremos viver de outra maneira!

Um, dois.. Um, dois, três

Quem vai na minha garupa

Eu tenho uma gangue de caras, prontos para sair por aí!

E vamos detonar, vamos detonar

Nós vamos detonar nas ruas Oh!

Não pare, pare a música!

Vamos a mil por hora

Fazemos o que queremos

Na hora que queremos Oh sim, oh sim!

Não queremos viver de outra maneira, Não

Não queremos viver de outra maneira! Oh não

Não queremos viver de outra maneira! Oh!




  De qualquer maneira, estava mais do que feliz com sua nova vida, assim como todos que passaram a viver ali. Não tinham com o que se preocupar e suas vidas não poderiam estar melhor.

Claro, de vez e nunca, pensaram em fazer uma visita a Seogwipo, porém logo também se lembrava dos Volturi e esquecia a ideia de voltar. Porque não era só o fato da origem do Jeon, também tinha o fato de que os piratas que também ali moravam eram procurados pelos vampiros que não hesitaram em arrancar-lhes a cabeça. Os deuses prometeram que não iriam deixar que eles o pegassem, já que segundo eles, todos precisavam estar vivos para um futuro não tão distante. Onde tudo mudaria e tudo de errado se consertaria. Não tinham certeza – na verdade não faziam idéia. – do que os aguardava, mas sabia que tudo iria se resolver e que chegaria o dia em que as máscaras iriam cair, as verdades seriam reveladas e aqueles que duvidavam pagariam com a própria língua.


 O universo há de fazer justiça e não demoraria muito para acontecer e tudo se resolver.




[...]






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