História We Dont Care - What do you mean?

Katherine POV

Justin fazia questão de segurar a minha mão o tempo todo, não largava nem um segundo, o sorriso em seu rosto era tão enorme que poderia mover montanhas, eu também estava muito feliz, mas estava com receio, eu queria saber o que ele foi fazer quando saiu. Tenho certeza de que não foi apenas para vir aqui.

- Quer ir pra mais algum lugar? – ele perguntou me encostando na lateral de seu carro.

- Hum, acho que não, você pode me levar para a minha casa?

- Claro, mas preciso saber o caminho! – ele riu.

- Eu explico. – ele me puxou mais para si e me beijou.

Hoje o dia estava maravilhoso, nada me impedia de sorrir e olhar para o lado, ver o Justin, o meu Justin. Olhei para a rua e me lembrei que precisava explicar o caminho, assim que ele passou da saída colocou a mão sobre minha coxa desnuda e me olhou sorrindo.

- Você já sabe onde eu moro não é? – ele riu.

- Sim, como adivinhou?

- Sua cara não me engana, conheço seu psicopata interior! – tirei a mão dele de mim e ele me olhou confuso.

- Nós devíamos ir para o meu apartamento, assim você já se acostumaria com ele.

- Como assim me acostumaria? Mesmo estando namorando não irei morar com você Justin! – falei o encarando.

Estou tão confusa quanto ele, muitas vezes falo coisas sem pensar e sei que isso o atingiu de uma forma nada legal, ele apertou o volante e aumentou um pouco a velocidade. Adorava o provocar, mas não dessa forma, o magoando.

Droga! Praguejei mentalmente, eu não deveria ter falado isso, deveria ter explicado melhor, logo agora que estávamos indo tão bem.

- Se você não estava preparada para voltar comigo, era só ter dito não! – ele murmurou com o semblante de bravo.

- Quando a gente chegar nós conversamos, não quero que tenha um acidente e fique calmo! – acariciei seu rosto e beijei seus lábios. – Independente de qualquer coisa que eu lhe falar, você sabe mais do que ninguém que eu te amo. – ele franziu os lábios e eu suspirei.

- Já estamos chegando! – balancei a cabeça assentindo.

Peguei minhas chaves, desci do carro sem esperar o Justin e fui entrando em casa, estava um silêncio, então isso significa que a Miley não estava. Revirei os olhos ao ver um bilhete escrito de um jeito desajeitado, dei risada quando dizia "te amo kathzinha". Essa Miley, só por Deus mesmo. Justin entrou e fechou a porta trancando, deixou umas sacolas perto da mesa atrás de mim e chegou perto me abraçando.

- Onde você estava desde que saiu do trabalho? – ele me olhou com um semblante estranho e ergui minha sobrancelha.

- Eu fui ao shopping preparar tudo! – ele disse sem me olhar.

- Justin, não vou perguntar de novo. – me virei para ele.

- Katherine, eu já falei! – ele revirou os olhos. – Relaxa gatinha! – arregalei meus olhos.

- Você me chamou de que? – falei em um tom alto. – Acho que não ouvi essa palavra! – me desvencilhei dele.

- O que foi? – ele suspirou.

- Não me perguntei o que foi você sabe muito bem que odeio quando me chamam de gatinha, não sou um animal Justin! – bufei.

- Para com isso! – ele riu e me puxou.

- Para você, que coisa chata! – começamos a nos beijar.

Ele segurou meus cabelos com firmeza, me encostou na parede fazendo seus músculos definidos tocarem minha barriga, me contraí ao senti-los. Apertei seus braços, arranhei sua nuca fazendo-o gemer baixo entre o beijo. Em questão de segundos percebi que ele estava fazendo isso para eu me esquecer sobre onde ele estava, mas não será assim. Empurrei seu peitoral com pouca força e ele me olhou extremamente confuso, respirei fundo e perguntei novamente.

- Onde estava? Me fala logo, eu já disse que não iria perguntar de novo! – perguntei irritada.

- Apenas fui ao shopping, por que não acredita em mim? – ele segurou em minha cintura.

- Justin, por favor, não mente pra mim, eu sei que você foi procurar algo sobre o Jason! – fechei os olhos com força esperando ele explodir, senti suas mãos saindo da minha cintura, ouvi ele bufar, murmurar alguns palavrões e abri meus olhos.

- Se você já sabia, por que falou o nome desse filho da puta?! – ele praticamente gritou. Seus olhos estavam em um tom avermelhado, algumas veias do seu pescoço latejavam e seus punhos estavam cerrados.

- Porque eu queria saber, eu queria ouvir da sua boca! Odeio quando você mente pra mim, primeiro me pede para ser sua e no mesmo dia já me deixa chateada! – suspirei sentando-me na mesa. – Você precisa me contar o que procurou sobre ele, anda conte-me!

- Não foi nada demais, apenas procurei saber onde ele se encontrava e sabe o que descobri? Que você foi visita-lo na cadeia, não só uma vez, mas sim duas! – ele gritou e eu me assustei.

- O que? Como assim? Você deve ter visto errado, eu nunca visitaria aquele filho da puta! – me levantei indignada e tentei me aproximar de Justin, mas o mesmo se desvencilhou. – Justin, eu não faria isso depois do que ele fez em você.

- Lá apareciam seus dados completos e, além disso, ele foi diagnosticado como psicopata por matar toda a família e foi encontrado com uma ex-namorada, que por um acaso se chamava Katherine!

- ENTÃO POR QUE VOCÊ ME PEDIU EM NAMORO DEPOIS DE VER ESSAS COISAS? – berrei.

- PORQUE EU AMO VOCÊ CARALHO! – ele bagunçou o cabelo e socou a parede.

Me escorei na mesa e fechei meus olhos com força sentindo uma ardência nos mesmos, lagrimas involuntárias saiam de meus olhos sem cessar, coloquei as mãos no meu rosto e senti Justin se aproximar, o mesmo me fez sentar na mesa e me abraçou forte, como se fosse o nosso último abraço.

Beijei sua nuca e seus pelos se ouriçaram, ele acariciou meus cabelos e me apertou mais ainda em seus braços, senti sua intimidade encostar-se a minha virilha e o puxei mais ainda para mim. Sua respiração ficou pesada enquanto eu arranhava suas costas, meu choro foi parando aos poucos e Justin foi me soltando, passou suas mãos em meu rosto limpando os resquícios das lágrimas.

- Eu amo você e nunca desconfiaria de suas palavras, me desculpa por esconder isso de você. Não chore.

Seus dedos acariciavam meu rosto de uma forma gentil, tentei sorrir, mas não conseguia, senti seus lábios rasparem nos meus me e em seguida me beijar com urgência. Apertei minhas pernas em sua cintura e ele me ergueu logo encostando-me na parede com certa força, nos beijávamos com rapidez, mesmo ficando sem folego não parávamos.

Dentro de mim estava uma confusão, uma angustia, eu sentia uma sensação horrível de que algo fosse acontecer novamente com o Justin, mas que dessa vez seria muito pior do que houve anos atrás. Espalmei minhas mãos em seu peitoral e finalizei nosso beijo, ele me colocou no chão e sua cara confusa voltou novamente, suspirei e sai de perto dele.

- O que houve dessa vez?

- Você pode dormir aqui? – perguntei indo para a cozinha e ele me seguiu.

- Esse era o meu plano, aliás, não só esse! – ele riu nasalado.

- Justin. – sussurrei e ele me olhou apreensivo se aproximando. – Estou sentindo uma sensação horrível, estou com muito medo.

- Medo do que? Estou aqui e não deixarei nada de ruim acontecer com você!

- Não é comigo que estou preocupada. – o encarei com a feição triste.

- Kate, eu sei me cuidar muito bem! Não se preocupe, acho melhor eu ir embora para casa e depois conversamos sobre isso. – ele foi se distanciando.

- JUSTIN! – gritei e o impedi de sair. – Você disse que dormiria aqui, então pode vir que no meu quarto tenho colchão de casal! – o puxei.

- Já falei que... – o interrompi.

- Faça o que você veio fazer!

- Não vou te forçar a.. – o beijei.

- Cala a porra da boca e me fode logo Bieber! – agarrei sua camiseta com força.