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História Welcome to Mount Massive - Unindo o útil ao agradável. - História escrita por Anagassen - Spirit Fanfics e Histórias
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História Welcome to Mount Massive - Unindo o útil ao agradável.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


Anagassen: HELLOOOOOO LIROU FRIENDIX!
Vamos ao recado?
Como devem estar imaginando, WT2M está chegando ao fim. O próximo capítulo é o último, então se vocês acham que falta alguma coisa... Essa é a hora de se manifestar.
Espero que gostem do capítulo, terminamos ele por agora! Então se possível ignorem os erros de digitação :c
Hoje o capítulo foi certinho, Bruna até teve um pesadelo que perdia a hora de escrever comigo... (É o poder da força do pensamento e das pragas que a gente taca nos outros :v EAUAEIUHAIUEHIUAEHUAEUIHAEUHIAEUHAEUHA <3)
Uma boa leitura! <3

PS: a cena do Baekhyun acontece em paralelo com a cena do capítulo anterior! Naquele momento em que a Jihyun está no corredor e começa a ouvir risadas atrás de si.


AlmostLove: OLAR AMIGxs!
Bem, como esperado e como a própria Ana já avisou, estamos chegando no final. ç-ç É bem triste na verdade, porque apesar dos meus atrasos, eu estava adorando fazer isso. ehuehauheauh
Obrigado a todos pela paciência com os atrasos. -v- E bem, as pragas da Ana são forte viu, até pesadelos ando tendo. HSUAHUSAHSUAHSA
Espero que gostem e se manifestem sobre qualquer coisa. Ainda dá tempo ❤ shauhsauhsuahs

see ya o/

Capítulo 15 - Unindo o útil ao agradável.


Mais uma vez Baekhyun provou sua aptidão para a São Silvestre. Ele corria em zig-zag, o que dificultava a mira da atiradora, que o seguia furiosa. Baekhyun nunca fora do tipo que se destacava em algo com esportes, principalmente o que exigisse esforço, porém, naquele momento, o rapaz parecia um profissional.  O medo era maior que a curiosidade, o impedindo de olhar para trás. Ele não sabia mais para onde ir, muitas das salas tinham as portas de vidros lacradas assim como as do laboratório onde seu quase namorado ficou para trás. E depois de tanta correria, lhe ocorreu a brilhante ideia de um duto de ar. Ele procurava por um pelas paredes e após uma curva, conseguiu entrar em um duto que tinha a gradezinha danificada, entrando o máximo para dentro do mesmo e ficando quieto em silêncio, quando percebeu que não era seguido, continuou duto a dentro, tentando não gritar com nada que visse. O curioso era que até mesmo nos dutos aquele prédio conseguia ser mais limpo que os demais. E depois de muitas voltas e testar uma ou outra grade, acabou por conseguir abrir uma, dando de cara com um enorme telão com uma contagem regressiva de quarenta e oito horas marcada. Havia diversos monitores e algumas cadeiras. Não havia ninguém ali, nem mesmo um cadáver para contar a história.

– Viado do céu... Onde é que eu tô? – Baekhyun sussurrou para si mesmo tendo seus olhos semicerrados e a testa franzida. – Será que estou em Alagoinha? – Tentou girar a maçaneta da porta, mas bufou impaciente ao notar que estava trancada. Andou até os monitores e coçou a nuca. – Parece aqueles filmes onde o mais burro tem que decifrar o enigma inteirinho! – Murmurou incrédulo e sentou-se na confortável cadeira giratória. Olhou para o número quarenta e oito bem grande nas telas e apenas apertou um botão do teclado. As telas mudaram-se quase que instantaneamente após o rapaz pressionar um único botão. Os olhos acastanhados de Baekhyun se arregalaram ao perceber que podia ver quase todos os seus amigos pelas câmeras. – Por essa água de Jesus...

 

//

 

Muitas coisas passavam pela mente de Lee Jihyun naquele momento. Ela tentava montar as peças do quebra-cabeças que se estendia diante dela, mas ao mesmo tempo, se negava a tomar o único caminho que seu cérebro julgava possível. Ela não conseguia acreditar naquilo, nem mesmo estando na estranha situação na qual se encontrava. Amarrada com Boram diante de si mostrando um vidrinho de antidoto.

– O-O que você quer? – Jihyun engoliu em seco, os seus olhos demonstrando toda a confusão que sua cabeça tinha naquele momento. Ela não queria crer, mas aquele vidrinho, o tom de voz, a postura, as amarras. Eram coisas demais para ignorar. – O que você quer? – Perguntou com mais firmeza e um olhar sério, ela não mais ficaria em estado de negação, não quando era óbvio que tudo aquilo era culpa da mulher a sua frente. 

– Tentei matá-los usando a idiota da Kwon... – A médica rira pela respiração, preparando algo ao qual Jihyun não conseguia identificar. – Mas eu não contava que aquela inútil teria consigo uma foto da Jung e que se lembraria dela a partir disso. – Boram dera de ombros. – E então... Tentei empurrá-los para o canibal. Ele falhou, pois eu não contava que o Chanyeol iria ficar encantado com o primeiro garotinho delicado que adentrasse Mount Massive. – Explicava agora fitando-a pelo espelho. Ainda tinha aquele sorriso de canto nos lábios, o que a tornava assustadora. – Tentei matá-los com o Walker... Mas ele falhou diversas vezes. Um inútil. – Colocou o vidrinho do antídoto de volta na mala. – Pensei que um dia o estúpido e aspirante a cientista renomado Doutor Lee poderia me ser útil nesta tarefa... Mas ele atacou justamente quem eu não queria. – Ampliou o sorriso. – E como ele falhou... Você cuidou dele para a minha pessoa. – Pegou uma borracha para amarrar em volta do braço da mais nova, fazendo tudo com muito cuidado. – E então... Mandei o Super Soldado, pensei que este iria pelo menos matar metade deles. – Suspirou pesadamente. – Só que eu não contava que ele iria morrer da forma mais idiota justamente para o garotinho precioso do Park. Senti vergonha alheia quando o vi morrendo nas câmeras. – Dissera com asco.

– Foi você... – Jihyun a olhava completamente perplexa. Naquele momento, cada uma das vezes em que se sentiu culpada, se desfez, dando espaço a uma parte mínima e chocada da jovem residente que culpava Boram. Cada ataque, cada momento, até a quase morte de Hyomin. Jihyun não sabia como não percebera antes, o quanto era suspeito os ataques ocorrem nas exatas horas. Ela estava atordoada e não mais conseguia perceber quais estavam sendo os próximos passos de Boram. – Você vai tentar me matar também? É isso? Você estava esse tempo todo tentando matar todos nós? – A expressão da mais jovem era mágoa pura. O tipo de dor que ela sentia era nova. Ela se sentia traída, abandonada e fora justamente pela pessoa que mais amou na vida.

– Não estava tentando matar você, meu bebê. – Dera leves tapinhas nas bochechas da moça, fitando-a fixamente. – Eu jamais machucaria você. Meus planos sempre foram sair daqui com você e o meu próprio arsenal de drogas... Entretanto, eu não obtive êxito ao descer aqui, não contava que tudo iria dar tão errado. – A médica andou até a mesinha e pegou uma enorme seringa, fitando-a e depois mirando o olhar em Jihyun. – No meu plano final, você e a sua preciosa ficariam vivas. Os outros não me são úteis, não estão dentro da minha faixa de interesses ou sentimentos. – Explicava tudo de uma forma tão natural que chocava mais e mais a mulher a sua frente. – Não tinha a intenção de que Lee pegasse a sua namoradinha, pensei que ele iria se focar no Chanyeol ou na Irene, o que iria me dar uma brecha para agir com mais facilidade. – Aproximou-se e começara a procurar pela veia certa no braço da jovem. – Sabe o quão frustrante é para uma cientista tão genial quanto eu ter falhado diversas vezes? Criado diversos oponentes tão... Inúteis? Não, você não sabe, Jihyun. Quando vi que realmente iriam descer e vir ao meu território, é onde todo o meu plano começou a se encaixar. – Inseriu a ponta da seringa na pele da moça, vendo-a se remexer bastante. – O que quero de você é bem simples, meu amorzinho doce. – Injetou todo o líquido direto na veia da moça, fitando-a de forma estranha. – Você é o meu maior projeto e é hora de voltar para o meu lado. – Os olhos brilhavam em meio a maldade que demonstrava.

 

//

 

Baekhyun fitava os monitores com uma expressão mais calma. Aquela altura ele já compreendia onde estava e já sabia mais ou menos o que precisaria fazer, o problema era: Como?

O jovem olhava os monitores e o teclado com incerteza. Ele sabia que todos os outros dependiam dele. Afinal, ninguém estava em situação semelhante a dele. Chanyeol trabalhava em um antidoto para Hyomin, com Tiffany ao lado. Os outros, estavam todos com Irene. E Jihyun ele não conseguia encontrar em nenhum monitor, o que o fez se questionar o que exatamente acontecia naquele momento.

– O que eu faço? – Indagara-se desnorteado e tentando mudar algo apertando outra tecla aleatória. O que aconteceu foi que a sequência das imagens das câmeras mudaram, ocasionando uma nova perspectiva e novas salas e corredores. Inclusive... O corredor em que estava Jihyun. – Eita... – O rapaz tampou a boca com as duas mãos e arregalou os olhos, mas ainda sim não conseguiu impedir o próprio grito. – DOUTORA FALSIANE SAFADA! EU SEMPRE SOUBE QUE ERA VOCÊ, SUA DEMONIAZINHA DE MEIO METRO!

Tem alguém ai? Quem está aí? –  A voz de Chanyeol soou do bolso do rapaz, Baekhyun desviou a atenção dos monitores, para o próprio bolso, de onde tirou o walk-talk que ele nem mesmo tinha lembrança de ter ficado com ele. – Eu acho que não tem ninguém com o outro, Tiffany. Tem alguém aí? – A voz do psiquiatra soava preocupada. 

– GRAÇAS A DEUS! – Baekhyun gritou emocionado antes de atirar o walk-talk e responder. – Bichas do céu! Eu já nem lembrava mais desses aparelhinhos de Jesus! – Passou a mão na testa. – Pensava que estava sozinho, abandonado! MAS ACHEI VOCÊS, VIADOS! E Tiffany, arruma essa franja, viu menina? Tá meio tensa dividida assim... – Comentou com a uma careta quando olhou a câmera que dava no laboratório.

Como você sabe da franja? E como assim sozinho e abandonado? Onde estão Jessica e Taeyeon? – O psiquiatra perguntava tudo rapidamente, mal parando para respirar. –  Eu acho que consegui terminar o antídoto para Hyomin, pode avisar isso aos outros? – O homem pausou respirando profundamente. – Você não está com os outros, certo?

– Olha, bicha... Vou ser muito do sincero, viu? Eu falei pras manas que queria só dar uma olhadinha na sala da tal da Boram, né? Pra ver se o corpo ainda estava lá, muito bicha desconfiada sim. Pra mim ela sempre foi uma falsiane! – Exclamara como quem nada quer. – E então aconteceu uma coisa bem tensa, viados... O CORPO DA DOUTORA FALSIANE NÃO ESTAVA LÁ! – Chanyeol e Tiffany gritaram assustados do outro lado. – Minha gente... Só tinha um recado de Satanás dizendo que era menos três, no caso eu, Tae e Jessie... Pois eu fui muito do bicha louca e corajosa mesmo, porque eu sai correndo no corredor pra chamar a atenção do capiroto que tava armado! Aí eu corri, fiquei indo em zigue-zague... E enquanto isso Doutora Falsiane tentando ter mira pra atirar em mim, viu? Aí me taquei no primeiro duto de ar que achei, fui me arrastando por muito tempo até parar em uma sala muito estranha mesmo... Tem um monte de monitores, é a sala de segurança, viados! Aí tô aqui bem lindo vendo vocês pelo computador...

Eu sei que isso não ocorreu a você, meu querido, mas a pessoa que está fazendo tudo isso, provavelmente voltará a essa sala em breve. Então, antes que isso ocorra, você poderia quem sabe me ajudar a desativar essa droga de trava de segurança contra riscos biológicos? – Chanyeol estava completamente calmo e era possível até mesmo sentir felicidade na voz do psiquiatra. Ele repetia mentalmente o mantra “Ele está vivo e bem!”. – Eu sei que ser corajoso é bom, mas pega leve nisso, ok? Não acho que vou aguentar ver você tentando salvar todos a cada vez. Pronto para desativar isso? 

– Viado... Acho que você não entendeu. – Baekhyun suspirou pesadamente. Tiffany apenas se mantinha calada e tentava ouvir bem a conversa de ambos. – É a Doutora Falsiane, viado. É a Boram! – Dissera convictamente. – Eu não virei para trás para tentar ver, mas tenho certeza que é ela. Vou procurá-las pelas câmeras, mas é aquela coisa, né? Eu não sei desativar o alarme, Chanyeol. Eu não sou a Hyomin. – O tom de voz se tornou mais sério. – Você vai precisar me ajudar desativar esse alarme, porque eu sinceramente estou perdido em Alagoinha!

Eu sei que é a Boram... –  A voz do psiquiatra falhou e ele logo pigarreou retomando o que dizia. – O que aplicaram na Hyomin é complexo demais para ter sido criado por outra pessoa além dela. Fora que, deixar tudo tão antecipadamente pronto? E o cadáver não parecia de um ano... Eu só, eu só não quis acreditar, mas agora com essa droga que usamos na Hyomin, está claro que é ela. E bem... Eu sinceramente tenho medo de não conseguir curar a Hyomin. Não sei se podemos depender da Boram para isso. – Mesmo com a dor visível, o psiquiatra não deixou mais a voz falhar. Fora firme e sério e acenou positivamente a ruiva para que ela fosse fechar a maleta com o antídoto que ele criara, eles iriam sair dali. – Eu preciso que procure a tela com o cronometro. Ao acha-la, aperte enter e tente a senha. O problema em si é esse... Não sabemos qual possível senha a Boram colocaria em algo assim. E não somos a Hyomin, logo, não sabemos hackear.   

– Façamos assim... Viado, eu sei que vocês estão seguros aí, mas suponho que a Doutora Falsiane saiba como entrar. Não tenho bons pressentimentos, entende? Não depois do que vi e passei por aqui. – Baekhyun aproximou-se mais do teclado e começou a olhar pelas telas. – Tem algum duto de ar aí? Se sim, procure algo para desparafusá-lo, tudo bem? Vocês tem que juntar com os outros, Hyomin está sem visão alguma, mas ainda tem consciência! Se você chegar até ela e a mesma me explicar o que tenho de fazer, aí nós vamos conseguir.

É uma ótima ideia. – Chanyeol passou o walk-talk para Tiffany, enquanto buscava pelas paredes e até mesmo no teto algum duto. Acabou por encontrar um ao lado do armário. A nova busca era por algo para desparafusar a grade.

 

//

 

Incialmente Jihyun apenas a encarou confusa, sem entender o que acontecia. Mas tão certo quanto aplicar fora rápido, o efeito também fora. O olhar da jovem residente ficou opaco e a mente dela tão em branco quanto o olhar apagado. Ela lembrava de três coisas.  A primeira era que Boram era sua mãe. A segunda que Hyomin fugira dela. A teceria que Tiffany lhe acertara nas costas e que aquilo não deveria ficar em barato.

Ela soltou-se das amarras com facilidade, quase quebrando a confortável cadeira no processo. Ela estava forte, se sentia forte e bem. Tudo em si estava aguçado, mas a sua mente, por outro lado, era confusa e bagunçada e só haviam aquelas três lembranças ali. Como um arsenal de três cartas. Ela só tinha aquilo e os instintos para se guiar.

– Eu quero buscar a Hyomin. – Sussurrou em seu tom rouco baixo e calmo, esperando pela orientação de Boram.

– Espere um pouco. – Boram a fizera sentar e pegou uma pequena lanterninha, apontando a luz direção do olho direito de Jihyun, fazendo o mesmo processo com o olho esquerdo em seguida. – Como você se sente? – Indagara com um leve sorriso. – Antes de qualquer coisa... Precisamos conversar sobre tudo o que aconteceu. Você se lembra de algo? Do que exatamente se lembra? – Puxou uma cadeira e se sentou na frente da moça e arqueou a sobrancelha. – Caso você não lembre... Posso muito bem lhe ajudar a esclarecer as dúvidas. – O tom de voz era tão reconfortante que Jihyun até mesmo pausou a ideia de sair pelos corredores atrás de Hyomin. – Preciso que você me escute com atenção. O Chanyeol é seu inimigo. É nosso inimigo. – Segurou em suas mãos com precisão, acariciando-as. – Ele é muito, muito mau, Jihyun. Ele... – Aproximou-se como se estivesse a contar um segredo para a mais nova. – Drogou a Hyomin.

Os olhos de Jihyun se arregalaram em meio ao terror e o ódio. Ela lembrou vagamente do mesmo quando Boram falou seu nome e naquele momento o associava a uma imagem distorcida de Hyomin ensanguentada e machucada em seus braços.

– Eu vou mata-lo, mamãe. – Ela sussurrou num tom baixo e tão ameaçador quanto seu olhar, mas não moveu um músculo se quer. Olhou para a mãe com uma expressão menos irritada.  – Eu lembro de você. Da Hyomin e de uma ruiva que me bateu. – Sussurrou mecanicamente e depois suspirou cruzando os braços e fechando os olhos. Sempre que tentava lembrar de algo mais, sua mente parecia vazia e a imagem de Chanyeol já se desfazia aos poucos, ela só associava o nome a algo mal, graças ao que Boram havia dito. – Eu me sinto bem... Por favor, me deixa ir mata-los. Eu quero a Hyomin de volta.

– Não, não. Ainda não é hora, meu amorzinho. – Boram acariciou-lhe os cabelos antes de se levantar e pegar uma garrafa de água. A mesma que tentou oferecer antes. – Tome um pouco, sim? Precisa se hidratar! Mamãe viu que nos últimos dias você não se cuidou direito! Viu o que dá andar com o Chanyeol? – Indagara severamente. – Temos de agir com cautela, Chanyeol tem muitos ajudantes, Jihyun. Você sabia que e a irmã da Hyomin se aliou ao Chanyeol e... Namora a Médica? – O tom de voz era suave, mas falava tudo como quem nada quer, vendo a castanha ficar reta na cadeira e com um olhar deveras frio. – Somos apenas eu, você e a Hyomin... Mas ela está tão, tão mal, meu amorzinho... Quase chorei ao ver pelas câmeras da sala de segurança que o efeito da droga tirou a visão dela. – Suspirou pesadamente, tendo de algumas lágrimas a caírem pelo bem cuidado rosto. – Uma moça tão boa... Não merecia nada disso. – Fitava o canto da sala.

Jihyun bebeu praticamente toda a água da garrafa, devolvendo-a com apenas um dedo de água. O olhar da mesma praticamente implorava pela permissão de ir e a cada coisa dita por Boram, ela se tornava mais desesperada. Ela sabia que era sua querida e que ela estava em perigo. E apesar de mal lembrar de Hyomin, a vaga memória da mesma ensanguentada a deixava completamente fora de si.

– Quando eu vou poder ir buscar a Hyomin? – Perguntou impaciente, notando Boram sorrir de leve. 

– Antes de ir... Você precisa compreender que a sua amada Darling também foi muito traiçoeira contigo. – Boram dissera com grande calmaria, vendo Jihyun arregalar os olhos. – Ela fugiu de você... Ela tentou ajudar a médica... Ao invés de ajudar você. Aquela ruiva que te bateu... É amiga da Hyomin. – Cruzou os braços e dera de ombros. – E agora ela está drogada. Está falando coisa com coisa... Não dê ouvidos ao que ela falar, a pobrezinha está fora de si. – Levantou-se e voltou a andar pela sala. – Se achar alguém no caminho... Mate-o! – O tom de voz se tornou frio. – Apenas pegue Hyomin e volte até aqui, mas sem dar a nossa localização para os inimigos, sim? São muitos... Cerca de oito pessoas.

– Quando eu a trouxer, promete que vai curá-la? – Perguntou baixinho, tendo Boram a acenar positivamente. Levantou-se apressadamente e mal se despediu da médica, saindo as pressas pelos corredores. Ela sabia exatamente o que deveria fazer e se necessário mataria todos os outros para conseguir.

 

//

 

Chanyeol e Tiffany engatinhavam apressadamente pelos dutos, porém, sem fazer barulho, considerando que não queriam atrair atenção indesejada.  Depois de muitas voltas, o psiquiatra resolveu conferir por uma das grades.

– Andar lá por baixo teria sido tão mais fácil. – Sussurrou baixinho para Tiffany e a olhou pensativo. – Sabe... A Boram costumava ser incrível. Conhecemos-nos no ensino médio. – O homem falava tudo com uma voz torturada, enquanto continuava engatinhado, sendo seguido pela ruiva. – Ela quem me convenceu a cursar medicina e em seguida psiquiatria. Cursamos juntos. Ela quem me convenceu a vir para Mount Massive. E agora só penso no quanto tudo isso foi burro da minha parte.  Como é possível conhecer alguém por tantos anos e mesmo assim... Mesmo assim não conhecer?

– Talvez ela tenha se perdido em algum ponto, a ganância e o poder talvez tenha subido a cabeça dela. – Tiffany respondera com um sorriso reconfortante para o psiquiatra. – Eu sinto muito pelo o que você está passando, mas... Ela é a nossa inimiga agora, Baekhyun está tentando desbloquear as portas, porém ele não é bom nessas coisas. Espero que consigamos achar o grupo de uma vez, além do mais vocês deviam ter esperado todos nós pisarmos fora de Mount Massive para dar o antídoto para as três. Ao menos lá fora e em segurança você iria conseguir criar o antídoto correto para Hyomin.

– Eu não sei se conseguiria. Eu nunca fui bom em criar drogas e antídotos. Por isso nunca entendi que a Boram sempre me escolhesse para ajuda-la. – Ele murmurou baixinho e olhou mais uma vez pela próxima gradinha. – Eu sempre pensei que era por sermos melhores amigos... Agora só consigo concluir que só eu a considerei melhor amiga. Para ela eu fui só uma ferramenta. – Eles continuaram andando dutos por mais algum tempo, até ele finalmente olhar outra grade de duto. Finalmente estavam no corredor correto. – Bem... É aqui que descemos.

– Não acho que você deva se sentir mal com isso. – Colocou a mão no ombro do mesmo. – Pense por outro lado... Você tem a Jihyun, a Bae... E agora você tem o Baekhyun também. A Boram não é mais o centro, Chanyeol. Esqueça isso e se foque nos verdadeiros amigos, nas pessoas que realmente se importam. A Jihyun louca do jeito que estava veio até o prédio cinco para te socorrer! – Tiffany exclamara convictamente. – E bem... Você tem o nosso grupinho também. – Sorriu gentilmente. – Lá fora terá outra vida, algo muito diferente do Mount Massive.

– Obrigado. Eu também me importo muito com todos vocês. Sinto muito que estejam nessa situação. –  O psiquiatra a ajudou a descer primeiro, pois ela carregava a maleta, em seguida, desceu cuidadosamente, tendo em vista que ainda estava machucado. Andaram lentamente pelo corredor, apesar da pressa, ele não conseguia ir muito rápido. Bateu na porta seguidas vezes. – Bae, abre logo isso aqui! – Foi tudo o que precisou dizer, logo a porta fora aberta e ele e Tiffany entraram. 

– Vocês conseguiram. Que ótimo. – Irene falou com animação, mas era possível ver a preocupação ao fundo do olhar da mesma. Taeyeon praticamente correra para a ruiva, a puxando para um abraço apertado.

– Fany. – Sussurrou baixinho dando um beijo nos lábios da mesma, apesar e rápido fora cuidadoso e doce. Em seguida a baixinha a apertou novamente em seus braços.

– Chega de agarrado. Vamos usar o antídoto, temos que tentar e sair daqui em seguida e muito rápido. – Yuri falava da maca, com um olhar impaciente. Tendo Taeyeon a lhe fitar mortalmente e Chanyeol a olhar para a mesma confuso, para em seguida perceber a ausência de Jihyun e como o bom psiquiatra que era, juntou dois mais dois para saber que teriam problemas em breve.

– Ela está com Jihyun. – Murmurou baixinho, tendo Irene a confirmar, mesmo que não fosse uma pergunta. A médica estava completamente impaciente, após pegar a maleta que Tiffany trouxera consigo, fora até Hyomin, pegando uma seringa e a preparando para receber o antídoto.

– Não temos certeza se irá funcionar, mas vale a tentativa, certo? – Aplicou o antídoto feito por Chanyeol cuidadosamente e a olhou com um sorriso. – Se sentir qualquer coisa, me avise.

– Cadê a Jihyun? – Fora a única coisa proferida por Hyomin, que ainda fitava o nada. Ninguém tinha a coragem de lhe dizer abertamente o que estava acontecendo, ainda mais com a castanha naquele estado.

– Acho que temos que nos locomover, ao menos procurar um local mais seguro. – Sehun dissera seriamente e Irene prontamente assentira.

– Vocês tem notícias do Baekhyun? – Jessica indagara receosamente e notando Chanyeol e Tiffany assentir.

– Ele conseguiu entrar na sala de controle, está esperando o nosso sinal. Precisamos levar Hyomin até uma sala mais segura e de lá ela tem que auxiliar o Baekhyun. – Tiffany prontamente explicou. – E temos de fazer isso rápido. – Ouviram o chiado do walk-talk no bolso do psiquiatra que o pegou no mesmo instante.

Hummmm... Bichas? – A voz de Baekhyun ecoou pela sala. – Estamos com... Probleminhas técnicos. – Dissera com um tom calmo, porém receoso.

– O que está acontecendo, Baekhyun? – Chanyeol perguntou com um olhar temeroso, enquanto todos os outros praticamente se amontoaram a sua volta para ouvir o que seria.

Digamos que tenha uma Jihyun chutando portas e quebrando-as no meio só nisso. – Baekhyun explicou suavemente. – Eu estou seguro, porque ela está bem longe do corredor da sala de controle, mas ela está se aproximando de onde vocês estão. Talvez eu consiga desativar o alarme da porta e vocês consigam entrar onde eu estou, porém devem ser ágeis, ok? A mulher não está bem não...

– Ela drogou a Jihyun. – Park e Bae disseram ao mesmo tempo com olhares chocados. Para em seguida, agilmente, começarem a juntar as próprias coisas juntos aos outros. Como água e comida que haviam estocado em uma bolsa que acharam por ali. Os casacos e até mesmo algumas seringas e a maleta de antes. Eles pegaram também um kit de primeiro socorros e encararam os outros seriamente.

– Não podemos nos perder dessa vez. – Irene tinha um olhar severo, enquanto ajudava Yuri a se levantar.

– Não podemos parar ou tentar conversar, porque talvez ela tenha drogado a Jihyun novamente. Considerando que ela está partindo portas. – Fora a vez de Chanyeol falar com seriedade, para em seguida, ajudar Hyomin a ficar em pé.

– Temos que correr, juntos, organizadamente. – Irene passava a bolsa para Sehun para em seguida pegar um dos suportes de metal para bolsas de sangue/soro, que pretendia usar como arma.

– E sem deixar ninguém para trás. Vamos – Chanyeol fora abrindo a porta devagar. – Baekhyun, por favor, tente abrir essa porta, contamos com você. – Falou através do walk-talk, para em seguida guarda-lo no bolso. Todos estavam saindo da sala apressadamente. Tendo Taeyeon e Tiffany a ajudarem Hyomin.

– DAAAAARRRLINGG! – A voz soou alta e clara, era possível sentir maldade na voz e a frieza estava estampada na expressão de Jihyun, que surgiu no começo do corredor os encarando friamente.

– CORRAM! – Taeyeon gritou saindo arrastando Tiffany e Hyomin consigo. Yuri, mesmo ainda estando sob efeito do antidoto, carregava Jessica nas costas, correndo tão desesperada quanto os outros. Quem estava na ponta do grupinho era Irene, que conhecia o caminho e tinha Sehun próximo a si.

Chanyeol estava mais por ultimo, vez ou outra olhava para trás, apenas para ver um olhar furioso de Jihyun. Ela estava para alcança-los. Ela estava mais veloz e mais forte. O que não era nada feliz, considerando que parecia odiar todos eles.

– É impossível a gente conseguir fugir em um grupo tão grande! – Jessica dissera rapidamente e assustada com a velocidade em que Lee Jihyun se aproximava. O olhar da mesma para todos eles causavam arrepios.

– Me deixem pra trás e prossigam! – Hyomin vociferou, causando ainda mais confusão em meio a corrida. – É sério! – Tentou imediatamente se desprender de Tiffany e Taeyeon, conseguindo após um esforço maior e caindo sentada no chão. Todos pararam de correr e lhe fitaram com preocupação. – Achem o Baekhyun... VÃO! – Gritou ao ouvir os passos atrás de si ficarem cada vez mais próximos. A respiração estava descompassada e a moça apenas enxergava pouco, mas melhor do que antes. A visão estava turva. Ouvira uma risada estranha atrás de si e constatando que Jihyun não estava no melhor estado possível.

Chanyeol acenou positivamente e aquilo pareceu tirar o restante do grupo da letargia.

– Vamos dar um jeito nisso. Vamos! – O psiquiatra gritou, tomando a dianteira com Irene, o que fez todos os outros também reiniciarem a corrida. Jessica até mesmo tentara ficar, mas Yuri não lhe permitiu.

– Finalmente... Peguei você. – A voz de Jihyun era fria e irritadiça. A residente erguera Hyomin nos braços com facilidade. – Sabe, Hyomin, dessa vez... Dessa vez eu não vou poder pegar leve. – A expressão irritada deu lugar a frieza e calma, enquanto a residente apenas a jogou nos ombros, como se fosse um saco. – Dessa vez, você não vai fugir. E nem sua amiguinha ruiva vai me bater. Dessa vez eu vou matar todos eles! – Sorriu doentiamente, enquanto retomava o caminho as pressas, correndo tão rápido quanto podia. Ela queria mostrar a  sua mãe que conseguira pegar a sua querida. 

– Eu não estou bem e você também não... Agora a gente só senta e chora mesmo. – Hyomin murmurou com um enorme beicinho. – T-tá doendo a forma que você está me levando, Jihyun! Seja mais gentil! – Exclamara manhosamente e tentando inutilmente se desprender dos braços da residente. – Jihyun... Nós já passamos dessa fase! Já passamos desse tempo onde eu fugia de você, não se lembras de sair da sala? Quem me deixou lá para sair e buscar ajuda foi você.

– Minha querida. – A residente parou de andar, e a manobrou com tanta agilidade e velocidade, que Hyomin mais parecia uma boneca de pano em seus braços. A apertou entre si e a parede do corredor e deslizou a mão direita por toda a lateral do corpo dela, subindo até o queixo da mesma. – Claro que me lembro, meu amor. – Sussurrou baixinho, para em seguida se pressionar com força contra ela e a olhar friamente. – Você achou mesmo que esse truque funcionaria? Que iria me enganar? Você é minha. Independente de ter se aliado aos nossos inimigos. E eu a farei minha, nem que para isso tenha que matar todos eles. – Beijou-lhe os lábios com violência, ainda a prensando na parede. – Não tente esse truque novamente, eu realmente não quero ter que machuca-la.

– Jihyun, Jihyun... Eu nem mesmo consigo sentir o meu corpo direito, se você me largar aqui, eu vou cair direto com a cara no chão. – Hyomin tentava se explicar, segurando-se como podia nos ombros da moça. – Não estou bem... Eu me sinto tonta e febril. Não estou tentando te enganar, não estou entendendo é nada aqui! – E era verdade... Ainda quando estava na sala com o grupo, Hyomin nada conseguia entender ou compreender o que havia acontecido. Se tinha alguém que estava completamente desnorteada naquele momento, este alguém era Hyomin Jung. – Ai, Jesus... Tudo gira! – Exclamara sofrida e deitando sua cabeça no ombro alheio.

– Eu vou conseguir o antídoto e você não ficará mais confusa. – Jihyun falava tranquilamente, mas o olhar de desdém não saia da face da jovem. Ela acreditava que tudo aquilo eram truques e tentativas de Hyomin de enganá-la novamente. – Não adianta fazer manha ou mentir. Entendeu? – Murmurou pressionando o queixo dela com uma das mãos e a olhando nos olhos. – Não adianta mentir para mim... Dessa vez nada vai conseguir fazê-la fugir de mim, Hyomin. – Murmurou tudo ainda baixo e ameaçadoramente e a jogou nos ombros novamente. Porém, andava mais devagar, para não balançar tanto e não machucar a mais nova. Tentava conter toda a fúria e ódio reprimidos para o restante do grupo.

– Mas eu não quero fugir, pelo amor do maior, Jihyun! – Hyomin exclamara com a testa franzida. – Não dá pra você me ajudar a andar como uma pessoa normal? Essa posição machuca, você está me deixando enjoada, sabe? Aqui de cima balança muito... Eu já estou tonta, isso só piora! – O tom de voz era ainda mais manhoso, dando tapinhas nas costas da mais velha. – Sua grossa. – Suspirou em cansaço. – Eu só quero deitar, Jihyun... O pior nem é estar ou não estar confusa. O pior mesmo é a tontura, é a visão estar quase nula e o pouco que tem estar turva! – Dera um tapa mais forte nas costas da outra. Tudo bem que forte para Hyomin era como cócegas para Jihyun, mas o importante foi a tentativa. – Você não sabe como tratar uma mulher!

Jihyun a encarou com frieza, a pegando no colo de forma confortável e cuidadosa e voltou a andar. Ela não se deixaria provocar, não naquele momento, quando sabia que aqueles outros poderiam a seguir ou tentar algo.

– Hyomin, eu sugiro que fique calada.  – Murmurou com tanta frieza que mesmo que a jovem Jung não pudesse vê-la, poderia sentir a frieza na voz. – E não ouse repetir esse tipo de coisa. Você e eu sabemos que você levou minha paciência aos limites fugindo de mim em todos os momentos. E escolhendo os inimigos em vez de me escolher.

– Ai que bicha falsa, agora fica me acusando das coisas... Se eu estou ruim, você está pior. – Hyomin não parava de resmungar um segundo sequer. – Sua grossa! Fica chateada comigo assim de graça, fica me destratando... Aí quer ver que depois vai estar toda Darling pra cá, Darling pra lá? Bicha falsa! – Encontrava-se nitidamente revoltada com a situação. – Se eu soubesse que você ia ser assim comigo, nem tinha falado pra me deixarem pra trás! Fiquei por sua causa, sua má agradecida!

– Enquanto não tirarmos essa droga de você, eu não poderei acreditar. – Jihyun tinha um olhar irritado e magoado, mas a carregava com visivelmente mais cuidado. – Você sempre prefere mentir para mim. Porque sempre escolhe os inimigos? Eu posso lhe dar amor e carinho. Eles não te dão nada e ainda te deixaram cega no processo! 

– Se eu estou ruim, você com toda certeza está pior e mais doida, eu não falo é nada... Eu me ferro e ainda por cima sou assim destratada. – Calou-se pelo restante do caminho, ainda sem nada entender. O efeito do antídoto fabricado por Chanyeol não fizera muito efeito, amenizou apenas um pouco da droga. Hyomin ouvira Jihyun abrir uma porta com sutileza, o que fora de se estranhar. Colocou-a deitada em um enorme e confortável sofá e quando a mais nova já ia se preparando para tirar aquele sono... Eis que sentiu a mais velha puxar suas mãos com rispidez e colocar um par de algemas. – Só porque eu estava feliz... – Hyomin fitou a direção onde avistou dois vultos, franzindo o cenho de imediato.

– Espera... Tem algo de errado. – Uma mulher ao qual Hyomin não conseguiu identificar sentou-se no espaço vago no sofá e virou uma lanterninha em sua direção, ligando uma forte luz em seus olhos. – Ele aplicou alguma outra coisa nela... – O tom de voz era sério. – Não vou poder aplicar o antídoto sem saber o que aqueles dois idiotas fizeram a mais.

Jihyun olhou para Hyomin aflita, em seguida para Boram novamente. E sentou-se ao lado da castanha, pegando uma das mãos algemadas.

– O que faremos agora? E-eu... Eu não posso deixar a Hyomin nesse estado. Eu preciso desse antídoto. Eu faria qualquer coisa por isso. – Jihyun falava tudo com suavidade, tendo em sua mente uma vaga memória de andar pelos corredores daquele prédio com a ideia fixa de buscar o antídoto para salvar sua querida. Essa ideia a estava preenchendo, assim como a memória ficando clara o suficiente para ela entender que salvar Hyomin era seu proposito. – O que você precisa para poder salvar a Hyomin, mamãe?

– Tempo. – Boram dissera com um tom mais suave e suspirando pesadamente. Levantou-se e fora até o pequeno vidrinho onde guardava o antídoto. Hyomin franzira o cenho, começando a processar toda aquela situação e perceber que aquele círculo definitivamente estava se fechando cada vez mais. – Compreenda... Eu tem o antídoto para o que eles aplicaram nela, a primeira droga. Nele contém tudo o que é necessário para reverter o efeito e limpar as falsas lembranças dela. O ponto é... Eu não sei o que tinha nessa segunda composição criada pelo Chanyeol, então é possível que tenha algo dentro do que ele aplicou nela que possa tornar nulo o efeito do meu antídoto. Ou pior... Dar um efeito negativo. Dependendo do que for, do que ele usou... Isso poderia matá-la. – Jihyun a observava com preocupação. – Eu preciso descobrir o que ele aplicou, assim que conseguir... Posso criar outro antídoto. Preciso de cerca de trinta e seis horas. – Boram dissera seriamente. – E enquanto isso você vai ficar de guarda por aqui. – A mais nova prontamente assentira.

 

//

 

Quando chegaram a sala de controle, tiveram a surpresa de encontrar a porta de vidro já aberta com um sorridente Baekhyun os esperando. Mas o sorriso se fora ao notar as expressões de derrotas de quase todos eles. Mais uma vez eles perderam Hyomin. E apesar da consciência de que Jihyun jamais a machucaria, eles sabiam que Boram machucaria.  Taeyeon abraçava o irmão, o prendendo em braços firmes e apoiando o queixo no ombro do mesmo. Ela estava cansada demais de sempre ter que se preocupar com alguém. De sempre ter alguém para trás. Era assustadora a sensação de impotência que ela tinha naquele momento. Logo Jessica estava sendo consolada por Yuri e todos eles estavam dentro da sala, tendo Baekhyun a trancar a porta novamente com dois cliques no teclado. O rapaz acidentalmente descobrira quais botões apertar e acabara por memoriza-los.

– Eu sei que isso tudo não foi planejado. Mas agora precisamos traçar o perfil da Boram e nos prepararmos para as possibilidades. – Yuri encarou a todos com uma expressão firme e suspirou. – Talvez seja hora de um pouco de sinceridade sobre o porquê de eu estar aqui.

Taeyeon mal a olhava, ela já sabia o motivo, então, se focou em abraçar Tiffany, escondendo o rosto nos cabelos ruivos.

– Vamos conseguir. – Sussurrou baixinho com uma expressão cansada. Naquele momento, saber que todos estavam bem, menos Hyomin era preocupante. Até mesmo com Jihyun ela se preocupava, não que fossem as melhores amigas.

– Verdadeiro motivo? – Irene tinha um olhar curioso e nada satisfeito, ela sentia que era a única que ainda não sabia o que realmente se passava ali e uma olhadela para Chanyeol bastou para confirmar que era de fato isso, afinal, ele parecia saber do que se tratava.

– Não que nós possamos ajudar em alguma coisa sobre o perfil da Boram, mas creio que pelo o que vimos... Ela não está tentando montar um exército. – Jessica dissera ainda com uma expressão cabisbaixa. – Claramente já conseguiu aplicar alguma coisa na Jihyun, principalmente depois do que vimos.

– Olhem, bichas... Eu acho que assim, a rapariga é muito da esperta mesmo, viu? Não acho que iria criar uma droga sem uma cura junto. – Baekhyun comentou com a testa franzida. – Até porque eu duvido que essa demônia saiba desbloquear todo esse sistema.

– Isso faz sentido, talvez ela mandou a Jihyun atrás da Hyomin para usar o antídoto e limpar todo o histórico dela. – Tiffany murmurou pensativamente e dando de ombros.

– Existe a possibilidade mínima de vocês terem atrasado elas? – Sehun indagara para Chanyeol e Irene, que franziram o cenho. – Pois vejam... Essa doutora é louca, mas ela seria tão extremista de aplicar um antídoto sabendo que foi aplicado algo por cima? Isso não poderia... Sei lá? Matar a Hyomin? – Nessa hora Jessica quase caiu da cadeira.

– Não só isso. Ela é perfeccionista demais para simplesmente aplicar algo por cima. Ela quer a Hyomin apenas com a finalidade de sumir com todos os dados sobre ela e Jihyun. – Irene tinha uma expressão fechada, o fato de mais uma vez ser a única a não saber de nada a incomodava. Era assim desde os tempos de Boram.

– Já sabemos que a Jihyun é importante para ela. E que a Hyomin é uma ferramenta. Ela quer sair daqui e vai levar a Jihyun com ela. –  Taeyeon falava com seriedade, mal olhava Yuri, o olhar estava concentrado em Tiffany, que estava em seu colo.

– Ela quer levar as drogas que criou. – Chanyeol parecia ter tido uma luz, sua mente clareou e ele tinha uma expressão séria. – Desde o começo tudo o que ela queria era isso. Por isso voltar ao prédio cinco mesmo quando poderíamos replicar a cura para Jihyun lá fora. Ela quer a Jihyun, mas ela quer levar cada droga consigo... Ela... Ela enlouqueceu. Só pode ser isso. Imaginem o que ela faria com drogas como essas lá fora? Isso seria...

– Certo, certo! Sabemos que ela quer sair com a Jihyun, que ela precisará descobrir o que Chanyeol aplicou na Hyomin antes de qualquer coisa. Que ela precisará vir a sala de controle com Hyomin e Jihyun, para desarmar tudo e sumir com todos os dados sobre ela. Sabemos que temos pouco tempo. E sabemos que ela é fria, manipuladora e um tanto quanto cruel. Jihyun está drogada e muito forte, porém, tão confusa quanto eu já estive. E entre nós temos dois feridos, Jessica e Chanyeol. – Yuri interrompeu o psiquiatra e cruzou os braços coçando o queixo com os olhos fechados. – Eu só vim aqui porque eu precisava salvar a Jihyun.  E eu só pretendo sair depois de fazê-lo.

– Agora é a hora que você conta a todos porque precisa salvar Jihyun. – A Kim mais velha se pronunciou encarando Yuri.

– Ah... Ela é minha irmã mais nova. Meu pai teve um caso anos atrás. – Yuri respondeu com uma expressão torturada. – A Boram me procurou quando meu pai parou de mandar ajuda para manter a Jihyun. E ele parou porque a minha mãe quase descobriu a existência da Jihyun e isso obviamente iria afetar o casamento deles. Ele não se importa com a Jihyun. Foi quando eu me ofereci para vir aqui salvar a Jihyun, a Bae o Park e obviamente a doutora Boram. Mas bem, vejam só. O caso é que eu fui tão enganada quanto qualquer um deles. Ela usou a minha irmã como isca. E acho que me usaria apenas para atrasar vocês dois. – Ela olhava os dois médicos pensativa e com um sorriso amargo. – Ela provavelmente mandou o doutor Lee para me ferrar naquele dia. E desde sempre tem sido ela nos fodendo sempre que uma oportunidade surge. Querendo ou não, demos exatamente o que ela queria. Jihyun e Hyomin.

– Então, temos que tirar dela a outra coisa que ela quer. – Irene tinha um olhar duro e irritado. Ela estava furiosa por ser a ultima a saber. Mas não só isso, ela queria se vingar de Boram por cada coisa, cada mentira, cada mágoa.

– Sair daqui... Vamos impedir que ela saia. – Concluiu Chanyeol com um olhar frio e um sorriso mínimo nos lábios.    

 – E como faremos isso? Yuri já não tem mais o efeito da droga no corpo e quem tem não está do nosso lado. – Jessica murmurou com seriedade e cruzou os braços, fitando o chão. – Pode parecer loucura... Mas temos que agir separadamente. – Todos lhe fitaram curiosamente. – Estamos em oito pessoas, um grupo fica aqui monitorando tudo, os outros dois saem e monitoram as saídas. E um último grupo... Esse último grupo procura a sala da Doutora-

– Doutora Falsiane. – Baekhyun completou naturalmente e levantando-se. – Eu vou procurar ficar monitorando as saídas que qualquer coisa pego um carro e saio atropelando aquela meio metro!

– Eu e Chanyeol não conseguimos andar bem... Nós monitoramos quem for tentar achar a sala da Boram. – Jessica continuou. – E creio que para essa missão deveríamos mandar a pessoa com mais sangue nos olhos... – Virou o olhar para a Irene, que rira pela respiração. – Se tem alguém aqui que pode achar essa mulher por conta do desejo de vingança... Esse alguém é você, Bae. Leve Sehun contigo, vocês conseguem facilmente fugir pelos dutos. Jihyun é rápida, mas não tem a noção de vocês e a habilidade nesse quesito. Tiffany e Taeyeon vão ficar de guarda na saída um, Yuri e Baekhyun vão ficar de guarda na saída dois. – A loira respirou fundo. – Talvez tenham mais walk-talks por aqui... Se tem uma sala completa, deve ser esta. – Apontou para o chão. – É tentar ou morrer, nenhum de nós é o interesse dela e se duvidar já deve ter dado a ordem para Jihyun nos matar.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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