História What is love? - Surpresas!

- Você gosta de vídeo game? – Perguntou LuHan em um momento depois do lanche que fizemos.

- Eu? – Apontei para mim mesmo, confusa.

- É, você gosta? – Ele sorriu.

- Um pouco, por quê?

 - Já jogou Tekken? – Perguntou D.O sentando de frente para mim, parecendo animado com o assunto.

   Eu sou fã, mas não sabia que os meninos gostavam de jogar.

- Uma ou duas vezes só. – Dei de ombro. Já sabia a onde isso ia chegar.

- Joga comigo? – Disse em uníssono Kris e o Tao.

Os dois trocaram olhares feios, me fazendo rir.

- Eu falei primeiro. – Protestou Tao.

- Eu sou mais velho, acabou. – Mostrou a língua e em seguida virou a cara e cruzou os braços, fazendo todos rirem.

- Ela vai me escolher, tenho certeza, sou mais lindo.

- Vou nem comentar sobre isso.

- Então vamos a deixar falar com quem ela vai jogar. – Ambos olharam para mim, me fazendo ficar tímida.

 Eu senti meu rosto queimar enquanto engolia seco. Eu pensei que o Kai me “salvaria”, mas escutei sua risadinha no fundo e isso me avisou que nem ele iria dizer nada. No instante seguinte, tudo ficou em silêncio. Encolhi-me, olhei para os próprios pés que estavam cruzados e então disse:

- Eu não jogo muito gente. . . Não vou escolher, por que não jogo muito.

- Aish! – Exclamou o Tao.

- Tudo bem. – Disse Kris abrindo um sorriso meigo e então correspondi com o mesmo.

- Chega de incomodarem a menina! – Disse Lay vindo em minha defesa. – Então. . .você estava me dizendo que sua amiga. . .

- Ah, assim você exclui todo mundo dongsaeng. – Su Ho avisou. – Por favor, deixe a gente entrar na conversa seu tagarela. – Todos riram.

- Normalmente, ele não é assim. – Comentou baixinho Xiumin comigo. Ele estava do meu lado.

  Logo mudamos de assunto e começamos a falar de algo em que todos poderiam participar.        

 O tempo passou rapidamente naquela noite.

 Os meninos eram muito infantis em certos momentos, mas Kris e SuHo, sempre ficam no pé deles, apesar de que os dois também são muito brincalhões. 

 De todos que conheci ali, pessoalmente, gostei mais do Lay. Criamos uma amizade ali do nada. Temos muito em comum e isso nos fez conversar muito, ao ponto de excluímos os outros. Kai ficou impressionado e, ao mesmo tempo, ele parecia me olhar com raiva. Ciúmes? Não sei.

 Olhando para todos eles, sinceramente, eu me senti muito protegida e um pouco mais legal que o normal, já que todos queriam falar algo comigo.

  Na hora da despedida, foi muito ruim, ainda mais para mim. Estava gostando de ficar ali, conhecendo eles. Eles são um tanto diferentes pessoalmente do que mostram em frente as câmeras. É incrível.

- Fica mais um pouco Min. – Pediu Lu Han balançando meu braço igual uma criança mimada. – Não vai agora Min.

- Mas... – Fiquei olhando sem saber o que responder.

- Lu Han. – Kai ficou olhando nós dois do outro lado da sala. – Você não acha que já saiu das fraldas? – Lu Han tirou as mãos de meus braços enquanto Kai se aproximava.

- Não liga Lu Han. – Coloquei minhas mãos em seus ombros.

- Bobo. – Kai segurou o garoto com toda força e começou a fazer cócegas no mesmo. Muito fofa aquela cena. – Posso pegar minha namorada agora? – Pediu.

- Está bem. – Sorriu. – Min. Volta sempre tá, venha depois dançar aqui conosco. Adoramos dançar. – Dei um abraço nele e me despedi.

- Fica bem tá. – Pedi. – Meninos. – Todos vieram em minha direção. – Fiquem todos bem, estarei sempre acompanhando vocês, agora que todos tem meu celular podem me ligar sempre. – Me curvei e abracei um por um me despedindo. – Adeus.

 Cada um por vez veio me cumprimentar humildemente. Receber o abraço de cada um deles me fez sentir completa, afinal, eu sou fã deles. Meu coração esquentou e começou a bater forte sem eu sequer perceber, quando vi, já batia aceleradamente.

- Espero que venha aqui mais vez. – Disse Lay assim que se separou do abraço que dávamos.

- Eu também. – sorri amigavelmente.

  Em seguida recebi o abraço forte do Chan Yeol que, estranhamente, ficou a maior parte do tempo quieto. Quando nos separamos, ele deu um leve aceno e sorriu. Ele parecia ser bem mais tímido que eu. Em seguida, eu me virei para o Kai.

  Ele sorriu para mim e então veio andando até perto de mim. Em seguida, sussurrou:

- Vamos amor. – Senti um arrepio percorrendo meu corpo.

- Vamos. – Respondi sem muita reação. Assenti ainda distraidamente.

  Su Ho nos levou até a porta. Despedi-me mais uma vez dele e o Kai fez o mesmo. Ele sussurrou algo no ouvido do mais velho que o olhou com cara feia, mas depois abriu um sorriso sacana. Os dois deram batidinhas nas costas um do outro antes o Su Ho entrar. 

  Pegamos o elevador em silêncio. Quando saímos pela portaria, meus olhos se arregalaram ao ver o crepúsculo na noite. Já era de madrugada. Um vento frio passou por mim me fazendo sentir um calafrio. Me encolhi dentro do casaco e fiquei assim até entramos dentro do carro. Todo o caminho ficamos em silêncio.

 As ruas já estavam desertas. Entrei no carro e esperei ele entrar do lado dele. Logo ele entrou e deu partida no carro. Coloquei o cinto e ele foi colocando o seu enquanto locomovia com o carro. Senti meus olhos começarem a pesar. Era sono. Aos poucos, os meus olhos fecharam e não me lembro de ver mais nada.

 - Amor? – Escutei sua voz com uma melodia para mim perto do meu ouvido. Ele desceu um pouco e depositou um beijo no meu pescoço, me arrepiando. Senti meu coração começar a acelerar.

- Oi Oppa – Respondi. – Já chegamos?

- Já sim. – Olhei pela janela do carro visando meu prédio. – Ainda tá com sono né? – Perguntou. Voltei a olhar para ele, ainda sonolenta.

 Estava com muito sono mesmo, não podia negar.

- Estou bem Kai. – Sorri. Em seguida bocejei. – Logo vou dormir.

- Está bem então Min. – Sorriu. – Fica parada só um minuto. – Pelo meu sono, eu somente assenti e fiquei imóvel.

 Senti seu corpo se aproximando mais do meu, me deixando assustada. Não sabia o que fazer enquanto seu rosto chegava mais perto do meu.

 Em seguida, meu cinto foi tirado, me despertando e me fazendo o encarar, ainda sem entender a onde ele queria chegar. Ele chegou bem perto do meu rosto e então desci meus olhos para seus lábios grandes e grossos. Senti um grande desejo de tomar aqueles lábios, mas não tinha coragem de iniciar um beijo. Hipnotizada, eu vi um sorriso surgir ali e em seguida ele se afastou, me deixando confusa.

- Adeus Kai. – Despedi-me confusa e sem graça. Abri a porta para sair do carro, mas logo senti sua mão no meu braço, me impedindo de sair.

- Espera Min! Deixa eu te levar. – Seus olhos suplicavam por atenção. Não sabia o que estava acontecendo com ele, mas, eu não podia negar.

- Está bem Jong In. Estacione seu carro e venha. – Vi um outro sorriso formando em seu rosto, ainda não tinha visto essa expressão em sua face, parecia que ele estava fazendo de propósito. - Estarei na portaria te esperando.

 Sai do carro e ele saiu com o carro para estacionar. Fui em direção ao meu prédio e entrei na portaria. Desejei boa noite para o porteiro que me cumprimentou com o mesmo e então fiquei esperando o Kai.

 Aos poucos o vi surgindo do horizonte. Quando entrou, ele veio em minha direção e disse:

- Vamos Min.

- Vamos seu besta. – Bati em sua cabeça, queria saber o que ele tanto queria.

Kai pov.

 Eu realmente me pergunto como posso gostar tanto dela, depois do que quase aconteceu hoje, eu não consegui parar de desejar ela, meu corpo sente uma ansiedade diferente daquelas que já sentiu antes, pois, não sou alguém inexperiente.

 Há dois anos antes de meu debut eu tinha um caso com uma amiga da Choi. Seu nome era Alexandra, mas, nunca senti nada por ela além de atração, diferente da Min. Desejo a Min por quem ela é, pelo seu jeito fofo, e idiota de ser, entre...

- Kai? Está ai? - Min balançou as mãos em frente aos meus olhos, me fazendo corar levemente. – Chegamos, pode sair do elevador. – Respondeu. Eu sai lentamente, ainda distraído.

- Desculpa, estava pensando em algumas coisas. – Comecei a rir. Quem tinha mania de ficar pensando distraidamente era a Min e não eu. Invertemos os papeis.

- Tudo bem. – Soltou aquele sorriso que me encanta. – Obrigada por me trazer até aqui.

Min pov.

- Obrigada por me trazer até aqui. – Respondi. – Se cuida tá. Depositei um pequeno beijo em seus lábios. O beijo que não tive coragem de dar dentro do carro. – Bom, eu vou entrando. – Me virei. Coloquei a chave na porta, virei e então coloquei a mão na maçaneta e abri a porta.

- Min. – Senti seus braços percorrendo minha cintura. Apoiou seu queixo em meu ombro, fazendo eu novamente me arrepiar. - Me deixa ficar com você hoje, só hoje.

- Oppa. – Fiquei imóvel olhando para o interior do apartamento, senti sendo empurrada por ele, não sabia como reagir. – Kai, espera. – Pedi.

- Min, eu realmente pedi pra você não me provocar, não foi? – Seu olhar começava a me assustar. – Seja minha. - Virou-me para sua direção.

  Ficamos com os rostos colados. Senti pequenos beijos em meus lábios e então foram seguindo até o meu pescoço. Realmente percebi o perigo daquilo tudo.

- Kai. Es.. pera. – Pedi. – Preciso beber água. – Pedi novamente. Ele parou e me olhou confuso.

- Água Min? – Riu. – Só você mesmo.

 Deixei-o na sala enquanto fui à cozinha pegar um copo d’ água. Depois que enchi o copo é que percebi que nem tinha ligado á luz de tão distraída que fiquei com o que tinha acontecido. Não parava de tremer, não sabia e ao mesmo tempo sabia por que ele estava assim.

- Melhor eu voltar. – Pensei alto colocando as mãos em cima da pia.

- Voltar pra onde? – Vi um vulto atrás de mim.

- ARGHHH. – Gritei. Como reflexo, peguei a jarra que estava ali na pia, virei com ela e derramei todo a água da jarra na sombra atrás de mim.

   Ainda assustada, corri para o interruptor e liguei a luz.

- Min, cuidado. – Dei de cara com Kai na minha frente todo ensopado.

- Miane. – Não sabia aonde colocava minha cabeça. – Não o vi realmente. – Comecei procurar alguma toalha pra secá-lo.

- Calma Min, eu estou bem. – Ele começou a rir do meu desespero.

- Vem, deixa eu te secar. – O puxei para o meu quarto, lá tinha toalhas o suficiente. – Tira essa blusa, você tá todo molhado, eu vou pegar as toalhas. – Ele somente assentiu sem dizer mais nada.

Virei para o guarda roupa e tirei a primeira toalha que vi.

- Pronto, aqui está a to... – Ele estava sem camisa e nem dei conta que eu tinha pedido pra ele tirar. Por um momento, eu visualizei aquele abdômen completamente formado na minha frente.

“Como um menino com pouca idade já tinha aquele corpo?”, pensei enquanto meus lábios se entreabriram. Quando percebi que fiquei encantada com o corpo dele, corei e então fechei os olhos no mesmo momento.

- Min, o que foi? – Começou a rir.

- Nada Kai, nada. – Comecei a andar sem enxergar e joguei a toalha em cima da cama. – Bom, vou sair e se precisar de algo é só me chamar, eu vou colocar sua blusa no varal.

 - Boba! – Respondeu. Seguiu em minha direção com a toalha em seus cabelos ainda todo ensopado com o jarro de água que joguei. – Abre os olhos, por favor! – Pediu. Não resisti aquele pedido. Ele não parava de rir, estava se divertindo do meu desespero.

  Eu me virei para ele e revi a visão que tinha tido há poucos segundos atrás. Os pingos caiam avidamente pelo seu abdômen até chegar ao umbigo, os fazendo mudar de direção. Olhei para cima e vi seus cabelos molhados caírem até a nuca enquanto os pingos que caiam no fim do cabelo iam até o chão. Seus olhos brilhavam.

“Ele é tão perfeito. Até molhado ele continua impecável!”, pensei.  Ele me abraçou me molhando um pouco.

- Desculpa pelo que eu te fiz. – Pediu enquanto eu correspondia ao abraço dele, colocando as mãos em suas costas nuas. – Não sei o que me deu hoje, na verdade, eu sei, mas, não é assim, você está nervosa, percebi quando foi à cozinha. Não era essa minha intenção.

- Está bem Kai. – Respirei mais aliviada, não que eu não quisesse algo, mas, agora não é o melhor momento. - Araso.

  Acariciei seus cabelos molhados e, por minha própria vontade e com toda coragem, eu encostei meus lábios nos seus. Eles estavam com alguns pingos, molhando os meus lábios junto. Ele entreabriu os lábios e então nos beijamos. Quando minha língua entrou em contato com a sua eu estremeci. Em seguida, eu senti suas mãos em volta da minha cintura puxando mais para si. Como era bom estar nos braços dele. Meu coração voltou a bater rápido enquanto coloquei minhas mãos em sua nuca. Nossas línguas brincavam uma com a outra. Era incrível.

  Quando nos afastamos, ele riu, me fazendo rir em seguida.

- Acho melhor eu ir. – Respondeu enquanto estávamos abraçados.

- Mas já? – Perguntei.

- Melhor eu não ficar aqui, você sabe. Depois desse beijo eu sinto que tudo já valeu a pena. – Mordeu os lábios e em seguida mostrou seu sorriso que tanto gosto.

- Está bem. – Respondi triste. – Você vai ensopado assim? Vai dizer o que aos meninos? – Perguntei preocupada.

- Eles já estão dormindo provavelmente. Mamãe urso deve ter botado as crias para dormir. – Começou a rir.

- Então melhor você ir. A gente se ver amanhã. – Demos um pequeno beijo e o vi indo saindo pela porta de meu apartamento.

Senti-me triste, mas, nós dois sabíamos que cada coisa tinha seu tempo.

                                                            ~__||__~

- Professora, posso chamar os alunos Shin Min Seo e Kim Jong In na sala do diretor, por favor. – Pediu a senhorita Lee, inspetora geral da nossa Academia.

- Min e Kai, vocês estão dispensados. – Respondeu a Professora Park.

- O que vocês aprontaram dessa vez?  – Luna praticamente gritou fazendo toda a sala rir.

- Fica quieta Luna. – Pedi.

- Venha Min, vamos. Só vamos descobrir se formos. – Kai respondeu. Assenti.

   Saímos pela porta da sala e caminhamos silenciosamente até a sala do Diretor.

                                                          ~__||__~

- Espera! Como assim vamos ao Caribe? – Perguntei assustada ao Diretor.

- Vocês esqueceram que o prêmio do primeiro lugar do concurso era uma viagem ao caribe?

- Verdade. – Tinha me esquecido.

 Olhei para Kai e trocamos olhares assustados. É, parece que ele também não se lembrava disso. As emoções daquele dia foram tantas que não absorvemos todas.

- Miane Diretor. – Kai respondeu. – Mas, quando nós vamos?

- Semana que vem. – Respondeu. – Liguei para a SM Entertainment Kai e eles me falaram que daqui a 14 dias você não tem compromissos, então vamos usar para essa viagem, mas, se não quiser ir...

- Eu quero ir sim! – Afirmou rapidamente me assustando. – Claro que quero ir Diretor. – Suavizou a voz. Virou e olhou direto em meus olhos, novamente senti aquela sensação da noite anterior. Kai iria aprontar alguma.

- Pois bem, era só isso mesmo. – Respondeu. – Façam boa viagem e aproveitem o Caribe, mais tarde enviarei tudo que precisam. Estão dispensados. – Respondeu o Diretor.