História What is your name? - Qual seu nome? Capítulo único

Um ano trabalhando na cafeteria Red Velvet proporcionava Seulgi manter uma rotina conhecendo a maioria que entrava e saia do local. Era um estabelecimento perto de um grande prédio executivo, uma escola infantil e um pequeno residencial. Não tinha muitas pessoas diferentes além de funcionários cansados, professores cansados e moradores idosos.

Taeyeon unnie sempre chegava cedo, antes do trabalho, e pedia 2 cafés para viagem. Ela era gentil, conversava um pouco e sempre saia resmungando algo como " Tiffany vai morrer de diabetes " O que fazia Seulgi rir.

Um casal de idosos chegava logo depois, pediam um expresso tradicional e ficavam surpresos com os novos sabores " sem noção " afirmando que era realmente um problema serio causado pela juventude, assim como as drogas " que não existiam na nossa época" .

As professoras que chegavam antes das aulas começarem eram normalmente as últimas clientes da manhã. Pediam doses bem fortes de café preto pra aguentar o dia. Uma em questão, Yuri, sempre era extremamente gentil e conversava com a mais jovem mesmo estando atrassada. Ela já até tinha prometido ver se havia alguma vaga para professora de dança na escola para Seulgi.

No começo da tarde, horário menos movimentado, Seulgi costumava ficar sozinha no balcão, pois ela almoçava mais cedo pra cobrir esse horário. Mas sempre tinha a companhia de SooYoung e Yeri, duas estudantes do ensino médio que tinham como passa tempo brincar com a sua cara e gastar todo o dinheiro da mesada em cafés e bolos muito doces. Aparentemente Yeri passava a semana com sua avó no residencial e Sooyoung era apenas grudada na mais nova.

Entre os raros rostos novos um chamou a atenção de Seulgi. Foi a alguns dias antes. Ela estava ensinando alguns movimentos de hip-hop para Sooyoung quando uma mulher,a mais bonita que ela já viu na vida, entrou. Ela usava um terno bem alinhado, saltos e os cabelos negros brilhantes cortados um pouco depois do ombro.

A mulher pediu mais ou menos 8 cafés para viagem, sorriu, agradeceu e saiu deixando uma *sapatão* Seulgi emocionada no balcão e duas adolescentes rindo alto da cara de babaca da funcionária. Desde esse dia a mulher foi uma presença constante no horário da tarde, sempre reservada e nunca abrindo brechas para que Seulgi pudesse puxar algum assunto fora do " obrigada / volte sempre". Fora o fato dela ser uma obra de arte saída do museu, Seulgi só sabia que ela era uma funcionária da SM, o grande prédio executivo da frente, pelas roupas que usava.

Foi em um dia em que o movimento estava incomunmente grande no período da tarde, o que obrigou a todas as funcionárias trabalharem, que Seulgi decidiu agir. A mulher entrou no mesmo horário de sempre (talvez ela tivesse memorizado o horário e passasse o dia esperando por esse momento? Sim. Mas jamais admitiria, não queria dar material para SooYoung e Yeri usaram contra si). Ela estava atendendo outra cliente quando observou Moonbyul ir atender a 8 maravilha do mundo .

Pedindo desculpas, Seulgi chamou Sunmi para atender a cliente e segurou Moonbyul antes que ela falasse o " Boa tarde."

" Moon, você pode deixar ela comigo."
Moonbyul lhe encarou por alguns segundos como se tentasse adivinhar alguma coisa mas depois deu de ombros e saiu. A morena na sua frente riu levemente. E por Deus, era a risada mais linda do mundo.

Seulgi ja havia memorizado os sabores e só perguntou " O de sempre?" fazendo a mulher a sua frente assenti ainda com um leve sorisso no rosto.

" Você sempre pede muitos cafés. Isso não faz mal a saúde?"

Ok. Seulgi sabia que essa foi a pior maneira de começar uma conversa mas uma mulher desesperada tinha que começar de algum ponto e cantadas nunca foi seu forte.

A morena ficou calada por alguns instantes meneando  a cabeça como se concordasse que muito café fazia mal a saúde. Ou ela apenas estava pensando como esse gancho pra puxar assunto foi péssimo.

"Não são todos pra mim, colegas do escritório, você sabe ."

" Você poderia me pedir pra anotar os nomes, seria mais fácil pra você diferenciar não?"

"Hm...Seria bom, obrigada."

O rosto da morena estava com uma expressão suave de agradecimento e Seulgi tentou não demonstrar o tremor nas pernas enquanto perguntava os nomes das pessoas para anotar nos copos.

" E este seria..."

" O meu."

Seulgi ignorou a decepção de não saber o nome da mulher e sorriu enquanto escrevia " Meu ♡♡" no copo.

"Pronto, um cappuccino para " Meu", acho que ficou um pouco melhor do que " SM Entertainment" escrito em todos."

A morena na sua frente ficou com as bochechas avermelhadas, o que fez Seulgi começar a sentir um pouco de vergonha também, mas logo ela riu levemente escondendo a boca com a mão e piscou com um olhar divertido dando um "Boa tarde Kang sem nome." apontando para seu crachá antes de sair com seus pedidos. Seulgi olhou para seu crachá sem entender até rir ao notar que o nome " Seulgi" estava com a tinta de marcador borrada.

Kang Seulgi achou que podia morrer naquele momento. Isso foi uma paquera? Definitivamente foi! E provavelmente aquela piscada foi um tiro porque ela não sentia mais o resto do corpo e seu coração ia pular pela boca. Provavelmente ela iria ficar divagando pelo resto do dia se Moonbyul n tivesse lhe dado um tapa na cabeça e Yeri não tivesse gritado " Ei Don Juan ! Vai trabalhar e me trás mais café e um bolo de chocolate extra !". Como diria Karl Marx, o proletariado não tem tempo de sofrer por mulher bonita.

As semanas se passaram e Seulgi ja havia inventando mil maneiras de escrever " Meu" . Ela até aprendeu em outras línguas! Também deixava os copos pré prontos com alguns desenhos de coisas fofas ou da própria mulher. Alguns dias ela colocava mensagens como " Seu terno é muito bonito." "Cuidado com a chuva hoje " etc. Ela ficava empolgada pra ver a cara de envergonhada, a risada doce, as provocações do "Kang sem nome"( sim, ela deixou seu crachá borrado mesmo que a velha, dona lugar, ja tivesse puxado sua orelha algumas vezes. ) e suas malditas piscadelas. Algumas vezes elas ate conseguiam conversar um pouco mais do que o normal e a morena respondia suas mensagens do dia anterior. Seulgi estava viciada naquele pequeno joguinho que elas criaram silenciosamente mas tinha que admitir que estava mais empolgada pra quando esse jogo acabasse e ela finalmente soubesse o nome da mulher.

Já havia passado um pouco do horário normal. Seulgi estava sentada junto com Yeri e Joy encarando fixamente a porta. Ignorava as brincadeiras das mais novas pensando se deveria chamar a polícia em busca da funcionária da SM sem nome quando uma pessoa estranha entrou e se dirigiu ao balcão e ela correu para atender.

A mulher lhe sorriu abertamente, usava uma saia plissada e uma blusa social e Seulgi observou o crachá com SM escrito enquanto a mesma tirava um papel do bolso meio desengonçada.

" Boa tarde, eu queria os pedidos que estão nessa lista"

Seulgi olhou rapidamente, e como suspeitava, eram os mesmos.

" Você quer que eu nomeie pra você?" A mulher em sua frente olhou confusa pra Seulgi." A outra funcionária que vem aqui, eu acabo sempre atendendo ela." Seulgi tentou esconder a vergonha de parecer uma psicopata. A loira sorriu abertamente, diferente do sorisso reservado da outra, como se tivesse entendido algo e Seulgi tentou imaginar as duas trabalhando juntas em um escritório e era uma visão engraçada.

" Muito obrigada, Joo-hyun sempre vem mas hoje ela estava meio gripada e eu vim no lugar dela. Eu estava tão perdida. Sinceramente eu nem sei como ela lembra de todos de cabeça."

Seulgi sorriu da maneira mais boba e feliz que ela conseguiu. Lógico que ela estava triste em saber que Joo-hyun , meu deus ela agora sabia o nome dela, estava doente mas, novamente, meu deus agora ela sabia o nome dela. Tentando não esquecer os nomes pelo nervosismo, Seulgi começou a anotar. Provavelmente a pessoa a sua frente tinha certeza que ela era uma psicopata agora pois não parava de sorrir.

" E o seu seria..."

" O Latte."

" Então você deve ser a Wendy. Você é estrangeira ? "

" Morei alguns anos nos Estados Unidos, Wendy é meu nome ocidental. Na verdade é Son Seung-wan" A mulher contou enquanto Seulgi demorava pensando no que escrever no conhecido cappuccino. " Sabe, Joo-hyun estava muito relutante em me deixar vim hoje, agora noto que eu fiz ela perder um encontro bem importante."

Seulgi corou com o comentário de Wendy e terminou de escrever rápido no copo guardando ele em uma sacola separada.

Os sinos do Red Velvet tocaram anunciando a saída da loira e Seulgi se jogou no balcão quando a realização do que ela havia escrito no copo caiu em si.

" Eu acho que o ultimo neuronio dela pifou." Yeri disse de algum ponto distante.


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       Joo-hyun espirrou pela milésima vez no dia e seu rosto ja começava a doer. Talvez ela devesse escutar seus colegas e ir pra casa. A parte que mais lhe irritava era que ela foi impedida de ir na cafeteria. O que será que a Kang lhe escreveu hoje? Normalmente ela nem esperava chegar no escritório, abrindo seu café na calçada pra ler o que estava lá. Sua mãe veio lhe visitar um dia desses e achou extremamente estranho uma coleção de copos térmicos no armário. Wendy não voltava e sua cabeça ia explodir.

"Joo-Hyun! Conheci uma amiga sua hoje." Uma Seungwan extremamente animada pulou na sua mesa com um copo de café e Joo Hyun automaticamente sorriu e puxou o copo antes que ela terminasse de falar. A loira tinha um sorriso extremamente travesso na cara, como se estivesse pronta pra lhe encher o saco pela próxima década.

" Eu fiquei triste em você não aparecer no nosso encontro hoje, espero que melhore logo. Aparentemente eu ganhei Jong-Hyun♡♡"

Ass. Kang, voce ja sabia ,Seulgi.
Numero: XX.XX.XXXXX
Eu sei sobre um chá de ervas ótimo para gripe! Me mande uma mensagem. XOXO♡

Quando a reservada e séria Bae Joo-hyun riu em alto e bom som todos seus colegas de escritório resolveram obriga-la a ter uma folga. Ela, prontamente, aceitou para fugir de Wendy e seu sorriso diabólico.














♡♡Mais tarde naquele dia♡♡


[Jong Hyun]: Boa noite Seulgi, eu estou realmente interessada....
[Jong Hyun]: No chá, é claro .
[Jong Hyun]: Você pode me ensinar nesse fim de semana na minha casa. 

E Seulgi provavelmente morreu de um ataque cardíaco naquele momento.