Thomas acordou confortável ao ver que Newt dormia em seus braços, seus corpos completamente grudados pelo fato de estarem nus. Olhou para o corpo do loiro e percebeu que ele tinha tanquinho e um corpo bem definido, algo que era escondido pelos trapos que eles usavam na Clareira. Ao olhar para o pescoço de Newt, viu que havia uma marca vermelha e grande de chupão no local. Breves lembranças da noite anterior vieram na mente de Thomas e ele sorriu. Apesar de estar confuso com o novo experimento do CRUEL e desconfiado pelas coisas estarem normais demais, Thomas se sentia feliz, mesmo com somente 2 dias de namoro, sabia que Newt era seu grande amor e faria de tudo para aproveitar os bons momentos, antes que algo acontecesse.
— Tommy? — uma voz atrapalhou seus pensamentos, era Newt.
— Bom dia amor, nem percebi que ja havia acordado.
— No que estava pensando?
— Em um garoto loiro que tem o sorriso mais lindo do mundo, ele é meu namorado, é super gostoso e beija super bem, conhece? — Thomas perguntou.
— Hmmm, acho que conheço. Esse seu namorado deve ser lindo mesmo. — Newt sorriu e eles se beijaram. Thomas sentiu o quente e prazeroso gosto da boca do loiro. Aos poucos, Thomas foi descendo o beijo para o pescoço de Newt, que soltou um gemido baixo.
— Tem uma marca de chupão enorme no seu pescoço. — Thomas disse.
— Sério? Você deixou uma marca em mim, seu bruto.
— Deixei mesmo.
— Você fica lindo sem roupa, deveria andar assim pela Clareira. — Newt sorriu.
— Você fica mais gostoso ainda, só não vou dizer que deixaria você andar nu pela Clareira porque só eu posso te ver assim. — eles trocaram um sorriso e voltaram a se beijar. Newt passou as mãos sobre a barriga de Thomas, fazendo-o se arrepiar por completo.
— Bom dia Thomas, você ta melho.... MÉRTILA! — a porta se abriu e Minho entrou, colocou a mão no rosto ao ver que Thomas e Newt estavam em um momento pré-sexo. Os dois quase caíram da cama assustados.
— MINHO! Devemos bater na porta antes de entrar no quarto dos outros, sabia? — Newt disse.
— Acontece que nenhum trolho nunca namorou nem fez sexo com ninguém nessa maldita Clareira, como eu ia adivinhar? Se vistam logo. — Minho respondeu, ainda com a mão no rosto. Eles riram, levantaram da cama e vestiram suas calças.
— Pode olhar agora Minho. — Thomas riu.
— Nunca vi algo tão horrível em toda minha vida, acho que vou ficar traumatizado pra sempre com essa cena. Preferia ter visto dois verdugos transando. — Minho fez cara de nojo.
— Seu humor é contagiante.
— Bom, eu vim aqui para ver se o Thomas estava melhor, mas pelo jeito você esta ótimo né Thomas?
— Ótimo é pouco, ontem a noite foi muito bo...
— Poupe-me dos detalhes seu trolho. Agora parem com a viadagem e levantem, todos estão tomando café, menos vocês.
Thomas e Newt trocaram um breve sorriso e acompanharam Minho para fora do quarto. Chegando no refeitório da clareira, Caçarola serviu-lhes o café da manhã. O dia foi entediante para quase todos os clareanos e as garotas do grupo B, menos para Thomas e Newt, que passaram o tempo todo juntos, andando de mãos dadas e trocando carinho pelos cantos. O labirinto continuava a abrir no mesmo horário de quando eles vieram a clareira pela primeira vez, só que agora ninguém tinha interesse de ir até la, tinham que obedecer as ordem do CRUEL e esperar até que algo acontecesse.
— Sabe, eu to com inveja de vocês dois. — Minho disse.
— Inveja? — Newt arqueou a sobrancelha.
— Se você quiser se assumir não precisa ter vergo...
— Não é nada disso seus trolhos. Tenho inveja de vocês porque tem um ao outro e estão apaixonados. Eu queria ter alguém, quer dizer, UMA GAROTA pra mim.
— Ahhh sim, mas não se preocupe, quanto menos esperar você encontra alguém. Olhe para as garotas do grupo B, são todas gatas, alguma delas te atrai? — Newt perguntou.
— São todas gatas????? Como assim senhor Newt? — Thomas perguntou, se fazendo de ciumento.
— Você sabe que só tenho olhos pra você Tommy... — eles sorriram e trocaram um selinho.
— Parem de se pegar e prestem atenção em mim seus trolhos. Enfim, tem uma das garotas do grupo B que eu acho que me atrai. — Minho disse, envergonhado.
— QUEM????????????????????????????
— A Soya. Ela é tão linda, tão apaixonante, tão arrogante.... — Minho apontou para a garota, que estava sentada perto dos muros do labirinto conversando com Teresa.
— Por que você não fala com ela? Aproveita que essa mértila de labirinto está um tédio e não temos nada para se preocupar. — Newt disse.
— Ah, eu... não tenho coragem, sei la.
— Pode deixar, nós vamos bolar um plano para juntar vocês dois. — Thomas sorriu.
— Olha lá como vai ser esse plano de vocês hein... Mas obrigado, vocês são os melhores amigos do mundo. — Minho sorriu, pela primeira vez não estava sendo sarcástico.
Eles ficaram conversando por algum tempo, depois Newt foi ajudar Caçarola na cozinha para se distrair e Thomas foi para o quarto deitar um pouco, exausto de não ter o que fazer.
— Thomas? Posso falar com você? — Aris entrou no quarto e o chamou.
— Oi Aris, claro. — Thomas sorriu. A última vez que haviam conversado foi quando estavam no Experimento do Deserto, desde então, quando voltaram ao labirinto, Aris e Thomas não haviam trocado nenhuma palava
— Estou feliz por você e Newt, um belo casal. — Aris sorriu.
— Obrigado, mas então, o que queria falar comigo, aconteceu alguma coisa?
— Não, é que... eu queria falar sobre Teresa. Bom, desde que saímos do deserto e voltamos para o labirinto, tenho me aproximado bastante dela, isso fez com que eu meio que... me apaixonasse. Quero falar com você porque não acho isso justo, afinal você é mais próximo dela que eu e talvez não aprove nós dois, sei la.
— Claro que aprovo, você e ela merecem ser felizes, fico feliz que tenha se apaixonado por ela, pelo jeito essa fase de ficar sem fazer nada nos fez perceber que somos apaixonados por alguém, né? Ma enfim, vocês estão namorando? — Thomas perguntou.
— Não, quer dizer... eu não sei se ela gosta de mim, é por isso que eu vim conversar com você. Poderia me ajudar a conquistá-la? Não sei como demonstrar meus sentimentos
— Tive uma ideia, um plano ótimo para juntar vocês dois, que por sinal será o mesmo plano que ira juntar Minho e Soya, confie em mim. — Thomas disse.
— Espera... Juntar Minho e Soya? Eles se gostam? — Aris arqueou a sobrancelha.
— É uma longa história... enfim, pode deixar comigo, amanhã falarei com Newt e vamos ajudar você a conquistar Teresa, ok?
— Okay, muito obrigado Thomas. — eles trocaram um aperto de mão. Aris saiu do quarto e Thomas ficou pensando no plano que havia bolado para juntar os dois casais.
Alguns minutos depois, a porta se abriu e Thomas ficou surpreso ao ver que Teresa havia entrado em seu quarto. Ela estava estranha, um olhar fixado nele, como se fosse um robô que não tinha controle de seus atos.
— Teresa, está tudo bem? — Thomas perguntou.
— Tom, eu te amo. — ela disse, sem qualquer sentimento na tonalidade da voz, uma frase simplesmente ditada.
— O que?
— Eu te amo, sei que você me ama também. Só está com Newt porque quer achar uma maneira de me esquecer, quer achar uma maneira de resistir aos meus encantos.
— Teresa eu...
— Eu te amo Thomas, você não precisa fingir ser gay, vamos ficar juntos... — ela se aproximou de Thomas, que ia dando passos para trás conforme ela chegava perto.
— Não Teresa, nós não vamos ficar juntos. Eu AMO o Newt, não estou com ele para te esquecer, estou com ele porque a verdade é que desde a primeira vez que cheguei nessa maldita Clareira me apaixonei por ele...
— MENTIRA! VOCÊ ME AMA! — Teresa gritou. Aquilo estava muito estranho, ela parecia estar sendo.... controlada por alguém.
— Teresa, o CRUEL está controlando você. Isso é mais uma variável, eles querem nos testar, só pode ser...
— Não Thomas, isso é a verdade. Você sempre foi apaixonado por mim, EU sou o seu primeiro e único amor.
— Você não... — antes que Thomas respondesse, Teresa tirou a blusa, ficando somente de sutiã. Aquilo fez Thomas ficar assustado, tinha certeza de que aquilo era mais um teste feito pelo CRUEL.
— Thomas, transa comigo. — ela disse, novamente sem nenhum sentimento na tonalidade da voz, com um olhar perdido.
— Para com isso Teresa, coloca essa blusa agora! Alguém pode entrar aqui e entender tudo errado. — Thomas gritou
— Você esta tentando resistir porque sabe que não vai conseguir ficar me olhando assim, sua vontade é de tirar toda a minha roupa, não é Tommy? — ela sussurrou, fazendo uma voz sensual.
— NÃO ME CHAMA DE TOMMY! Só o Newt me chama assim, entendeu? Para com isso Teresa, seja lá o que estiver acontecendo com você, coloca essa..... — antes que Thomas terminasse a frase, por um impulso Teresa correu em sua direção, lançando-o contra a parede e dando-lhe um beijo. Thomas se sacudiu como pode para afastá-la, mas era como se estivesse tentando sair de cima de um muro, a força que Teresa o pulsava na parede era inexplicável.
— Tommy? — Thomas ouviu uma voz vinda da porta do quarto. Era Newt. Conseguiu encontrar forças e afastou Teresa de seu corpo.
— Newt, nã-não é nada do que você;;;
— Eu não sou burro, posso ser um otário de ter acreditado em você, mas não sou burro Thomas. — lágrimas escorreram do rosto de Newt e ele saiu correndo dali. Thomas ficou sem reação, a palavra THOMAS saia estranhamente da boca de Newt.
— NEWT! — Thomas gritou, também chorando.
— Thomas, está tudo bem... — Teresa apertou o braço de Thomas, impedindo-o de se mover.
— ME LARGA, VIU O QUE VOCÊ FEZ? VOCÊ É UM MONSTRO GAROTA, UM MONSTRO. — Thomas correu para fora do quarto, ignorando a presença dela. Procurou Newt por todos os cantos, mas não conseguiu encontrá-lo.
— Thomas, o que aconteceu? — Minho perguntou, correndo em sua direção;
— O Newt... cadê o Newt? — Thomas perguntou, chorando.
— Ele passou correndo por mim e foi pra lá, o que houve?
— Pra onde ele foi?
— Pro labirinto. Ele entrou no labirinto.. — Minho disse.
— O que????? Os muros vão fechar a qualquer momento e... a perna dele, ele não consegue correr direito.
— Eu ia atrás dele mas.... — antes de Minho terminar a frase, Thomas correu. Correu até o labirinto. Correu para salvar Newt.
continua...
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