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História When The Heat Comes - ShortFic - Capítulo 08 - História escrita por Lundgren - Spirit Fanfics e Histórias
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História When The Heat Comes - ShortFic - Capítulo 08


Escrita por: Lundgren

Capítulo 8 - Capítulo 08


Regina acordou cedo na manhã do domingo. Ela passou a noite na casa de Emma, mas não poderia ficar para o café da manhã, porque o fornecedor de bebidas estaria no Gina’s logo mais para realizar uma entrega, e a alpha dera folga a Ruby naquele dia.

Ruby era seu braço direito na administração do bar, sendo a pessoa com quem Regina contava, principalmente nas ocasiões que precisava sair uma vez ou outra na semana para se encontrar com Emma. Nada mais justo que a alpha procurasse maneiras de recompensar a jovem ômega, sempre tão prestativa e responsável. 

Depois de um banho rápido, Regina voltou para o quarto e verificou o relógio, percebendo que ainda faltava cerca de meia hora para o fornecedor chegar, conforme haviam combinado. 

Ela vestiu a roupa e sentou na poltrona perto da janela, olhando para a cama e se permitindo, por um tempo, contemplar Emma enquanto a outra seguia enrolada até a cintura num lençol amassado, dormindo mansamente. 

A ômega continuava de bruços e o olhar da alpha rastreou as pequenas sardas em formatos irregulares, espalhadas pelas costas, ombros e braços da outra mulher. 

Lembrou de certa vez no escritório da prefeita, quando quis beijar cada uma daquelas pintinhas com suavidade. Sorriu ao se dar conta que já realizara esse desejo muitas vezes.

Alcançando as botas no chão, calçou-as. Depois lançou outro olhar para a cama, antes de se erguer e andar na direção da ômega. 

A dona do bar se inclinou, acariciando gentilmente os cabelos despenteados da prefeita, curvando-se mais para deixar um beijo suave na maçã do rosto dela.  

Não havia qualquer vestígio de maquiagem no rosto de Emma, e ela ficava mais bonita assim, toda natural e relaxada. 

— Ei, preciso ir — a alpha sussurrou —  Mas espero que você tenha um ótimo dia. A gente se encontra mais tarde! 

A ômega emitiu uma espécie de gemido, parecendo concordar com o que a alpha falou. 

Regina sorriu discretamente.

— Uau… acho que acabei com você ontem —  brincou num tom envaidecido.

Emma pestanejou os olhos, entreabrindo-os devagar. 

— Oi — a ômega disse de modo arrastado e exibindo no rosto uma expressão de prazer, antes de se espreguiçar longamente na cama. 

— Oi — Regina devolveu com semblante igualmente radiante. — Eu pretendia sair sem te acordar, mas acabei não resistindo à vontade de ouvir sua voz — murmurou docemente, sentando-se na borda da cama para ficar mais perto da outra. 

— Por que você tem que ir tão cedo? —  Emma franziu a testa.

— Porque o sr. Smee vem deixar um carregamento de bebidas agora pela manhã. Comentei isso com você ontem, não lembra? — Regina observou, embora sem muita certeza.

Emma ficou pensativa. 

— Confesso que não —  sussurrou, erguendo a mão para acariciar o rosto da morena — Só lembro da noite maravilhosa que tivemos. Se não me engano, depois do jantar planejávamos assistir a um filme, mas você não parava de arrastar as mãos pelo meu corpo e eu acabei deixando que me comesse no sofá da sala. — mordeu o lábio com malícia.

A alpha mordiscou a ponta do dedo da ômega, retribuindo o olhar malicioso. 

— Não foi bem assim que as coisas aconteceram e você sabe — retrucou num tom rouco — Eu lembro que enquanto tentávamos assistir o filme, você subiu no meu colo e começou a se esfregar em mim, provocando-me deliberadamente…

Emma olhou-a com o rosto levemente corado. Esse era mais um detalhe que Regina achava adorável na ômega. 

— Está bem, admito que eu te provoquei primeiro — concordou —  Mas não tenho culpa de você ser tão irresistível… 

A alpha colocou sua mão sobre a da ômega, antes de levá-la até os lábios para beijar o dorso demoradamente, num gesto ao mesmo tempo suave e provocante. 

— Disse a mulher mais apaixonante do mundo — Regina devolveu o elogio, encarando Emma com olhos brilhantes.

O rubor se espalhou mais depressa pela face da ômega e ela mordeu levemente o lábio, sentindo o corpo esquentar.

— Você realmente precisa ir, não é? — perguntou impulsivamente. 

Regina suspirou, curvando-se de novo e encostando sua testa na da outra.

—  Infelizmente…

Elas se beijaram com calma.

— Então, deixe eu me vestir para poder te acompanhar até a porta — a ômega pediu, depois do beijo. 

Regina assentiu e ficou esperando Emma ir até o banheiro. Dois minutos depois, ela voltou envolvida num robe preto e com os cabelos escovados, embora ainda não penteados como se fosse uma atriz dos anos 50.

As duas já estavam no corredor e perto do topo da escadaria, quando escutaram vozes no andar de baixo, detendo as passadas. 

Regina ficou preocupada e com medo que fossem ladrões invadindo a mansão. Instintivamente, ela se colocou na frente de Emma para protegê-la. 

Porém só levou alguns segundos para a ômega reconhecer aquelas vozes. 

— Droga… isso não pode estar acontecendo —  a prefeita resmungou meio irritada — São meus pais e meus filhos — disse entredentes, no momento em que Regina olhou-a por cima do ombro, pois continuava protetoramente na frente da outra.

A alpha arregalou os olhos.

— Sinto muito, não era para eles estarem aqui a essa hora —  Emma murmurou em modo de desculpas. Estava com receio que a outra pensasse que tinha armado aquela situação para forçá-la a conhecer sua família —  Mas acho que consigo tirá-la daqui sem que eles te vejam.

— Ei, sabemos que já estão acordadas. Ouvimos os passos de vocês aí em cima —  a voz de Mary Margaret subiu pela escadaria de repente —  Desçam logo, o café tá esfriando.

Emma arrastou a mão espalmada no rosto, querendo se enfiar em um buraco. 

As palavras de Mary foram acompanhadas de risinhos divertidos, e Regina também não conseguiu evitar sorrir, no momento em que contemplou o rosto lindo e extremamente corado da ômega. Emma parecia prestes a explodir de vergonha. 

— Ei, não fique assim — a alpha pediu se virando para ela — É normal que eles estejam curiosos para me conhecer. Mostra que sua família te ama e se preocupa com você. Achei fofa essa atitude deles. 

Emma soltou a respiração por entre os lábios.

— Não diga isso a eles, por favor. Senão vão ser ainda mais invasivos. — quase choramingou.

Regina sorriu, pegando as mãos da ômega entre as suas. 

— Não se preocupe… Também acho que já está na hora de conhecê-los. Pode ter certeza que eles vão me adorar. Quase tanto quanto você me adora! — brincou, encostando o rosto no da ômega carinhosamente. —  Vamos lá? 

Emma acenou com a cabeça, cedendo. 

Elas desceram os degraus de mãos dadas e entraram na cozinha. Enquanto Regina tentou mostrar sua expressão mais natural, Emma lançou à mãe um olhar ferino, suspeitando com cem por cento de certeza, que a ideia de chegar ali sem avisar partira dela.

Henry e Bailee estavam sentados numa ponta da ilha, devorando ferozmente o café e David permanecia sentado do outro lado, dedicando um olhar embaraçado para a filha. O ômega dizia sem palavras que tentou dissuadir a esposa alpha daquela ideia, mas quando a obstinada Mary Margaret tomava uma decisão, era difícil convencê-la do contrário.

Regina tinha visto os pais de Emma de perto apenas no dia de abertura do festival, mas era noite e ela não reparou muito bem nas feições deles. 

Agora, percebia como Emma era uma mistura perfeita dos dois. O ômega e a alpha não pareciam ter mais que sessenta anos e embora ambos fossem grisalhos, eles ainda preservavam uma aparência jovial. 

— Bom dia, filha! Como vai, srta. Mills? Sentem-se aqui, por favor! —  David foi o primeiro a falar, apontando as cadeiras desocupadas perto dele e sorrindo de forma calorosa por baixo da barba cheia que lhe cobria parte do rosto. 

Emma tomou a frente, puxando Regina pela mão: —  Bom dia, pai! —  inclinou-se para beijar amorosamente a testa do ômega, antes de soltar a mão de Regina e ir cumprimentar Mary também. 

— Bom dia, sr. Swan! — a alpha respondeu educadamente, acomodando-se na primeira cadeira vazia, deixando a do meio para Emma sentar. 

— Já podemos parar com as formalidades — a alpha mais velha se pronunciou ainda segurando a filha num abraço — Pode me chamar de Mary, e ele de David. — encarou Regina com determinação.

A dona do bar levantou as mãos para cima, sorrindo —  Por mim tudo bem, desde que vocês me chamem de Regina. 

— A gente já te chama de Gina, que é como mamãe te chama às vezes! —  Bailee disse logo, parando de comer o omelete — Não é Henry? — perguntou ao irmão, que concordou com a cabeça, olhando timidamente para a alpha que namorava a mãe dele. 

— Sem problemas — Regina assentiu com expressão relaxada no rosto, sentindo-se cada vez mais acolhida. 

Ainda em pé, Emma amaldiçoou baixinho, experimentando emoções opostas a de Regina. 

— Pare de resmungar, filha, e vá sentar perto do seu pai e de Regina. Ele fez o chocolate quente e cremoso que você tanto gosta. —  Mary empurrou Emma para sentar na cadeira do meio, antes de contornar a mesa e se acomodar do lado da neta.

Olhando as duas assim de perto, Regina percebeu como Bailee parecia com a avó. 

— Quer chocolate quente ou prefere café? — Emma perguntou, ainda com o olhar de “sinto muito por tudo isso” no rosto. 

— Pode ser o chocolate —  Regina apertou carinhosamente a mão de Emma que descansava sobre a perna da ômega por baixo da mesa, mostrando que tudo estava bem. 

— Henry passe os marshmallows para Regina colocar no chocolate dela. Sua mãe não gosta, mas ela pode gostar. — Mary continuava comandando, naturalmente agindo como a alpha mais velha na mesa.  

Emma revirou os olhos e Regina agradeceu o garotinho, achando toda a situação engraçada. 

David entregou um prato de omelete recheado para cada uma delas e, por um instante, só se escutava o barulho dos talheres cortando a comida nos pratos. 

— Você gosta de pescar, Regina? — Mary perguntou e Emma levantou os olhos do prato, ainda mastigando um pedaço de comida,  para encarar a mãe. 

A dona do bar terminou de limpar os cantos da boca com o guardanapo, respondendo: — Costumava pescar quando morava em Nova York. 

— Ótimo! Nós quatro poderíamos ir pescar qualquer dia desses. Emma adora também. Ela já pegou um atum de 5 metros na orla daqui. 

— Ele tinha quatro, mãe. — a prefeita corrigiu a alpha mais velha. 

—  Quase a mesma coisa — Mary fez um gesto desinteressado com a mão. 

— Você nunca me disse que gostava de pescar —  Regina comentou, girando o rosto para encarar a outra. 

— Você também não — Emma sorriu naturalmente.

— Aww, que fofas! — Bailee disse numa voz exageradamente melosa e meio implicante, ficando mais parecida com a avó — Elas ainda estão na fase de se conhecer melhor. 

Henry escondeu o riso atrás da caneca de chocolate quente, no momento em que Emma olhou para Bailee com o rosto corado.

—  Bailee! — a prefeita falou num tom de protesto.

—  O quê? — a menina retrucou, nada intimidada pelo tom da mãe —  Acho que todos nesta mesa concordam que vocês são fofas! 

O comentário da adolescente foi seguido por risinhos abafados. Nem Regina se controlou.

Houve mais alguma conversa casual, porém a alpha teve que se despedir, quando percebeu que já estava atrasada para o compromisso com o sr. Smee, e o alpha baixinho era meio enfezado.   

Elas se despediram com um beijo na porta da frente e a ômega se desculpou mais uma vez com uma expressão preocupada, porém Regina deixou claro que tinha adorado conhecer os pais e os filhos da prefeita, mesmo que daquela maneira inesperada. 

A alpha ainda pediu para que Emma levasse todos para o Gina’s na noite de quarta, pois iria preparar um jantar especial e eles seriam os convidados de honra. 

Depois de se despedirem, Regina subiu na camioneta estacionada perto da calçada, seguindo para o bar e cantarolando uma música que tocava no rádio. 

Estava trinta minutos atrasada, porém sentia-se mais que pronta para aturar o mau humor do sr. Smee, depois de passar outra noite perfeita com Emma e uma manhã surpreendente com a família dela.



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