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História When The Heat Comes - ShortFic - Capítulo 14 - História escrita por Lundgren - Spirit Fanfics e Histórias
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História When The Heat Comes - ShortFic - Capítulo 14


Escrita por: Lundgren

Notas do Autor


Escrevi esse capítulo em comemoração aos 100 favoritos 🎉🎊
Divirtam-se!

Capítulo 14 - Capítulo 14


O clima estava sobrecarregado na cozinha da casa dos pais de Emma. Cabisbaixo, David segurava as mãos da filha enquanto Mary Margaret olhava através da janela, observando os netos se divertindo com alguns amigos na piscina do jardim.

Regina estava de braços cruzados e encostada na moldura da porta que dava para a sala principal. O olhar dela flutuava entre os pais de Emma, estudando as reações de cada um deles, depois de lerem a carta anônima. 

A prefeita decidiu deixar os pais também cientes do conteúdo daquela carta, pois ela foi ensinada desde pequena a não esconder nada deles. Mesmo sendo uma mulher adulta e independente, Emma jamais perderia a condição de filhote daquele ômega e daquela alpha, e se a vida dela estivesse em risco, era justo que os pais soubessem para poderem protegê-la também. 

Obviamente, Regina não fez nenhuma objeção à decisão de Emma, pelo contrário, ela ficou ainda mais tranquila em poder contar com a ajuda de Mary e David na missão de manter Emma a salvo de qualquer ameaça. 

Como a pessoa mais emocional, David chorava há alguns minutos e puxou Emma para seus braços, num gesto instintivamente protetor e carinhoso, como se desejasse colocá-la de novo em sua barriga enquanto Mary seguia com sua postura firme e, aparentemente, imperturbável. 

— Está tudo bem, pai! — Emma o confortou, acariciando os cabelos bonitos e grisalhos dele. — Você e a mamãe vão nos ajudar a descobrir quem é o autor desta carta. Regina e eu já temos alguns suspeitos e queríamos saber a opinião de vocês, porque conhecem a maioria dessas pessoas mais do que eu.

Quando Emma terminou de falar, Mary saiu de perto da janela e andou em passos lentos se aproximando do marido e da filha. Ela estava com a cabeça abaixada, mas Regina percebeu os vincos mais profundos no rosto da mulher. 

— De quem vocês desconfiam? — a alpha grisalha perguntou diretamente, levantando o rosto para encarar a filha, antes de desviar o olhar até Regina. 

A alpha jovem viu o fogo nos olhos avelãs da mulher mais velha e soube que aquela alpha queimaria a terra para colocar as mãos em qualquer um que ousasse tocar de maneira errada num fio de cabelo de sua filhota. Era satisfatório saber que alguém compartilhava da mesma sanha violenta que Regina sentia toda vez que o assunto era o autor da carta. 

— No momento, estamos mais atentas ao sheriff Jones, Greg Mendell e Patrick Walsh. — Regina enumerou. 

Mary ladeou a cabeça, considerando os nomes. 

— Vocês suspeitam que um ômega pode ter escrito essa carta? — David se afastou um pouco da filha, direcionando o olhar surpreso para Regina. 

— Não acho que deveríamos descartar nenhuma possibilidade. Para mim, qualquer um pode ser suspeito, independente do status. 

— Concordo com você! — Mary falou — Embora acredite que desses três que você citou, o sheriff Jones seja o mais suspeito. Nunca gostei da maneira como ele passou a cercar Emma, depois que ela perdeu o Neal. — voltou a encarar a ômega — Você chegou a ter algum envolvimento com o sheriff, filha? — quis saber sem rodeios. 

Emma olhou de esguelha para Regina, antes de fitar à mãe, respondendo: — Mais ou menos. Durante um dos meus ciclos, cheguei a convidá-lo para a mansão, mas ele não quis usar camisinha e acabei dispensando-o. — ficou envergonhada em ter que confessar aquilo, afinal, por mais que tivesse uma relação aberta com os pais, ainda era estranho expor sua vida sexual para eles. 

Regina comemorou internamente ao descobrir que Emma jamais teve nada com o sheriff. 

“Bêbado safado!” — Xingou, pensando em dar uma lição no idiota da próxima vez que ele abrisse a boca fedendo a rum para contar mentiras sobre sua ômega.   

— Meu bebê sempre me deixa orgulhoso! — David proclamou num tom repleto de amor, antes de beijar a testa da filha — Papai fica feliz por você ter aprendido direitinho o que te ensinei… Alguns alphas são apenas cafajestes que querem fazer os ômegas de incubadoras, só pensando em nos amarrar para procriar. 

— Pai! — Emma exclamou num tom constrangido. O ômega parecia com a boca estranhamente solta e sem filtro naquele dia.

— Sinto muito — David pareceu se tocar —  Não quis te ofender, Regina — exibiu um ar de desculpas, antes de dirigir-se à esposa — Também não quis te ofender, meu amor… Sei que nem uma das duas é esse tipo de alpha.

— David, meu príncipe, acho que você deveria verificar seu aplicativo de monitoramento de ciclos, porque algo me diz que seu calor está chegando. — Mary suavizou o máximo a voz para não afetar ainda mais o humor volúvel do ômega.

Regina mordeu o lábio para ocultar o sorriso. Ela já se acostumara com o jeito calorosamente espontâneo de Mary e David. Também achava divertido como Emma sempre ficava ruborizada e fofa perto dos pais. 

— Podemos voltar a falar sobre os suspeitos? —  Emma pediu de forma enérgica, olhando para os pais.

— Claro, filhota! — Mary puxou uma cadeira e fez gesto para que Regina sentasse numa próxima. 

Emma e David também se acomodaram e eles retomaram o assunto. Diante das poucas pistas, todos sabiam que não seria nada simples descobrir a identidade do autor da carta. Como a vida íntima da prefeita era um assunto comum nas esquinas de Storybrooke, muitos poderiam conhecer cada uma daquelas histórias mencionadas na carta. Mas, da mesma forma que Regina, David e Mary também se preocupavam com a eventual ameaça que aquela figura anônima poderia representar para a filha deles. Com isso em mente, começaram a traçar o plano para manter Emma sempre sob proteção enquanto imaginavam estratégias para tentar chegar ao autor da carta.

///

Abrindo e fechando o isqueiro, o alpha pensava em Emma sentada, linda e imponente, na cadeira principal do auditório. Ela era uma prefeita tão competente… Muito boa para aquela cidadezinha, mas infelizmente poucos reconheciam isso, porque parte dos moradores de Storybrooke sequer a respeitavam enquanto ele queria apenas segurá-la nos braços para protegê-la da maldade de todos.  

Encostando a cabeça no encosto da cadeira e cruzando os pés sobre a mesa, ele voltou a pensar novamente na manhã da última terça, quando deixou tudo que tinha para fazer no trabalho e foi à reunião na prefeitura. 

Aquele era um dos raros momentos que podia ficar durante minutos olhando fixamente para ela, sem se preocupar se as outras pessoas percebiam como ele a adorava. Afinal de contas, todos os olhos estariam na prefeita de qualquer maneira. 

Ficou entediado apenas na parte que precisou fingir interesse no discurso de LeGume. A obra do shopping era irrelevante para o autor da carta. Como dono de um negócio estabelecido há anos na cidade, ele não tinha qualquer preocupação financeira, nem se imaginava fazendo algo diferente do que já fazia. 

Sorriu ao se lembrar dela arrumando a papelada na pasta com uma expressão concentrada, antes do palhaço do LeGume chegar e interrompê-la.  

Na noite daquela terça, foi jantar no Food Truck de Naveen, onde encontrou Gaston bebendo sozinho. Soube por ele que a prefeita agora namorava oficialmente e teve que se esforçar para se mostrar indiferente, porque aquilo significava duas coisas. 

A primeira, Regina poderia ter jogado a carta no lixo sem ler e a segunda: ela encontrou, leu, mas não deu importância ao que estava escrito. Essa era a pior hipótese. 

Acendendo novamente o isqueiro, olhou para a chama trêmula e recordou de parte da conversa com Gaston na noite de terça:

— Cara, eu cheguei a sentir o cheiro de alpha nela, mas não imaginei que alguém fosse suficientemente corajoso, ou burro, em assumir um compromisso com ela — Gaston disse com desdém —  Não me entenda mal… A prefeita é gostosa pra caralho, mas pelo que falam por aí, é bem rodada e eu jamais me envolveria com uma ômega assim —  tomou outro gole da cerveja. 

— É, mas parece que nem todos pensam como você — o autor da carta observou, bebendo um pouco de cerveja também. 

Gaston sacudiu a cabeça negativamente, antes de olhar para o homem do outro lado da mesa. 

— Mas, me diga, quem é esse guerreiro que namora a prefeita? — perguntou com sorriso debochado, cruzando os antebraços e se recostando na cadeira. 

O autor da carta fitou-o sem expressão. 

— O pessoal tem visto ela geralmente acompanhada da alpha dona do Gina’s — deu de ombros, pontuando que a fofoca não era dele, mas sim da cidade.

A expressão de deboche no semblante de Gaston mudou e ele abriu bem a boca, demorando alguns segundos para esboçar outra reação. Quando o fez, simplesmente jogou a cabeça para trás e gargalhou para o alto. 

— Claro que seria uma alpha — ainda rindo, pegou a garrafa e a levantou, propondo — Façamos um brinde a dona do Gina’s, então! Precisa ter muita coragem para assumir uma ômega que já passou de mão em mão. 

O autor da carta identificou facilmente o despeito nas reações e nas falas forçadas e sem graça de Gaston. No final das contas, talvez faltasse para todos os alphas que se envolveram com Emma, a maturidade que Regina parecia possuir. Todos eles a queriam desesperadamente, porém eram orgulhosos e tinham o ego frágil demais para lidar com a bagagem que ela carregava. 

“Bem, Graham poderia ser como Regina, mas eu o matei antes que pudesse descobrir.” — Refletiu calmamente. 

Erguendo a própria garrafa, o autor da carta exclamou: — Que elas possam ser felizes! — forçando um sorriso e batendo a garrafa na do outro. 

Voltando ao presente, ele apagou a chama do isqueiro, pensando que Graham e Regina, diferente de Gaston, Stella e de qualquer outro imbecil que rejeitou Emma, pareciam pessoas corretas e que mereceram estar com a ômega. 

“Mas, infelizmente para os dois, ninguém merece ela mais do que eu.”


Notas Finais


Bom final de semana e me digam suas teorias!


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