Ai! Puta que pariu! Parece que um trem está passando em cima de mim. Principalmente em minha cabeça- que dói tanto que sinceramente acho que ela está parindo.
–Elena- Caroline diz com a voz abafada- Desliga essa porcaria de celular!
Depois que ela fala isso, percebo que meu celular toca, supostamente em baixo de algum lugar não muito afastado. Mas espera! Onde eu estou e o que diabos Caroline esta fazendo aqui? Abro meus olhos e me arrependo seriamente assim que a maldita luz solar me cega.
–ELENA CARALHO!-Tyler berrou- Ah porcaria do seu celular!
– Já vou!- Me levanto assim que digo a procura dessa merda que desperta sem parar. Olho a volta e percebo que estou no quarto do Tyler- Não me pergunte porque- Enfim, acho meu celular embaixo de um short feminino branco-Eu disse branco?!- Olho para minhas pernas e as vejo completamente nua! Eu me encontro em uma situação tão deplorável que quero sumir! Estou com a minha lingerie e por cima minha camisa aberta caindo para o lado direito. Mas por que diabos eu ficaria assim? Ah não... Flashs da noite passada voam em minha mente, e infelizmente começo a me lembrar de tudo.... Bebida, dança, drogas, jogo sacana... Ah merda! O que foi que eu fiz?
Pego a porcaria do meu celular que desperta sem parar informando que tenho prova, para minha grande sorte!
–Caroline! Acorda!- Berrei no ouvido da loira e chacoalhando a mesma.
–Ah não, Elena! Só mais cinco minutos!
– Vamos perder a prova de sociologia!
– Eu quero mais é que aquela vaca se foda! Agora cala a sua maldita boca que eu não aguento mais ouvir a sua voz!
É isso que dá você tentar ser uma boa amiga. Que seja, depois ela me paga por isso. Agora o que eu mais preciso é ir para a escola, sem passar em casa antes, afinal se a Dona Gilbert me ver desse jeito, a coisa não vai ficar bonita!
Corri para o banheiro do Tyler. Nunca tomei um banho gelado tão rápido na minha vida. Usei a pasta de dente umas quinhentas vezes e mais mil o enxaguante bucal. Vesti meu short branco, minha camisa rosa e coloquei sua parte da frente para dentro- Tenho que tentar me arrumar, ok? Coloquei a mesma sapatilha de ontem e fiz um rabo de cavalo mal feito. Resumindo: Se uma criança me visse agora, ela sairia correndo falando que viu o bicho papão!
Não me pergunte onde diabos eu enfiei minha chave. Peguei meu celular novamente e só agora fui reparar: Meu pobre Iphone 5 branco, com apenas 20 dias! Quem foi o filho da égua que fez isso com você bebe? Conseguiram trincar cada milímetro do meu pobre celular. Mais um motivo para ficar de castigo eternamente. Ok Elena, foco. Agora chega de drama e vamos em busca de sua chave.
Ao chegar no andar de baixo pude reparar que metade das pessoas continuavam aqui : Dormindo, vomitando, se pegando ou falando sozinho. A casa dos Lockwood’s estava uma zona. A sorte do Tyler é que ele tem mais de 500 mil empregados e seus pais estão viajando. Solto um suspiro ao encontrar minha chave coberta de pasta de amendoim ao lado do som, que tocava pela milésima vez a mesma música. Praticamente voei até meu carro mas freei ao encontrar o mesmo cheio de papel higiênico molhado. Pobre mini cooper! É, hoje definitivamente não é meu dia. - Vai, ta pagando seus pecados! Meu subconsciente fez cara feia pra mim, e eu simplesmente o mando calar a boca: Oras, todos sabem que eu não sou nenhuma santa! Meu pai bem que tentou me mandar para um convento, mas acho que seria expulsa na primeira semana.
–Senhora McLugh!- Abro a porta da sala de aula onde a professora explica impacientemente a prova de sociologia, cuja matéria não fazia ideia.- Com licença!
– Senhorita Gilbert- A sapa diz me olhando através de seus óculos anos 60- Espero que isso não se repita!
Começo a prova e tento escrever tudo o que me lembro. A minha sorte é que na aula dela, ou eu durmo ou presto atenção. Acho que consigo um sete forçado e dramatizado.
Assim que acabo o que eu chamo de mapa do inferno, entrego a maldita prova para a professora que me olha torto e com nojo, sem ao menos disfarçar.
[...]
Depois do tempo rastejar mais lento que uma tartaruga, e eu e Bonnie ficarmos nos xingando baixinho com a cabeça deitada em todas as aulas, o sinal toca avisando que é a última aula. Saio desesperadamente. Preciso urgentemente de um banho e cair na cama!
– Elena!- Uma voz masculina me chama e um arrepio passa pelo meu corpo ao lembrar de nossos momentos íntimos de ontem a noite.- Não vi você por ai!
– Fiquei na sala- Disse fitando aquele par de olhos azuis calorosos- Dor de cabeça- Ele riu.
– Passou das contas ontem, Gilbert?!- Ele levantou a sobrancelha e percebi que queria falar sobre ontem.
– Olha quem fala!
– Quero conversar sobre ontem a noite!- Ele diz serio.Ah merda!
– O que quiser.- Eu disse um tanto nervosa.
– Bom- ele parecia tão sem graça quanto eu- Quero saber come vai ficar nossa relação depois de ontem.
Relação? Nós temos uma relação?
– Bom, espero que continue como sempre foi!
– Hum, seremos amigos então?- Ele diz piscando.
–É! Claro, por que não?- Digo sorrindo sem graça. Tava na cara que eu queria algo a mais mas nunca o teria. Damon era somente meu amigo, assim como Tyler, Elijah e os outros.
– Até então Gilbert!- Ele me deu um beijo na bochecha e saiu literalmente correndo. É,as coisas só vão piorar entre nós. Dou um suspiro pesado e vou até meu carro, a final meus problemas só surgirão quando eu chegar em casa.
[...]
– Elena Gilbert! - Minha mãe me encara em seu traje de enfermeira, com as mãos na cintura e uma cara nada agradável.
– Bom dia, mamãe!- Dou o sorriso mais falso que possuo.
– Quer me explicar onde foi ontem a noite? Onde passou a noite? Por que apareceu só agora? NÃO EXISTE CELULAR ELENA? FOI ATOA QUE COMPRAMOS O SEU?
Me encolho cada vez mais a seus gritos.
[...]
Depois de passar horas e horas ouvindo sermões sobre o quão irresponsável eu fui, e sobre como eu não tinha cuidado com o meu carro e como eu não estava nem aí com o meu celular. Ah, não posso esquecer de contar que ela não se esqueceu daqueles incidentes na escola. O castigo é o seguinte: Uma semana sem por o pé na rua- escola e casa, para meu desgosto. Na próxima semana sairei somente com a família feliz - se for necessário- e nada de telefonemas. A malvada tirou meu 3g por completo, roubou meu macbook, e fez a infantilidade de esconder meu Ipad. E tenho que acrescentar que ficarei duas semanas sem meu carro, já que segundo ela não vou precisar. Outra coisa: Ela não quer me dar mesada, e se eu quiser é para pegar meu dinheiro do cofrinho (emergência,digamos) para arrumar meu celular- Que não vai ocorrer, pois eu ainda posso precisar do mesmo para fugir de casa.
Agora estou aqui deitada na minha cama, morrendo de dor de cabeça, tendo flashs cada vez piores sobre noite passada- coisas que você realmente não quer saber. Estou com raiva de mais para dormir. E não posso nem mandar uma mensagem pelo whatsapp para minhas amigas, e nem ao menos posso ver friends.
Quando eu era bem pequenininha, costumava contar histórias para as pessoas e assim que aprofundei minha leitura e escrita, passei a escrever pequenas histórias em meu diário- isso é um hábito que faço todo dia. Mas o que mais me surpreendeu, foi o fato de pegar um papel e uma caneta qualquer e começar a soltar a imaginação como fazia antigamente.
[...]
Faltam apenas alguns dias para o meu castigo acabar, e eu realmente tenho que admitir que esse tempo foi bom para mim. Descansei mais. Escrevi e li mais. Até estudar eu estudei mais.
Hoje a Kath vadia vai vir aqui em casa com seu papai, e diz ela que vai nos apresentar seu novo namorado. Ah, claro! Ela namorando? Nunca! Quem seria o idiota?
Optei por um vestido florido frente única leve e solto. Fiz uma trança de lado e coloquei uma sandália não muito chamativa. Fiz minha maquiagem e passei um perfume doce maravilhoso que meu pai tinha me dado recentemente.
Me sentei ao lado de Jeremy, que assim como eu estava com cara de tédio, pois era sexta e ele tinha combinado de sair com os amigos. O que é claro, nossa amada mamãe o impediu, pois Katherine estava namorando e todos tínhamos que conhecer o tal sortudo rapaz. Sortudo nada, me deu vontade de falar que ela iria botar dez chifres por noite no pobre garoto cego.
Meu pai estava em uma ponta, com minha mãe sentado ao seu lado, dois lugares vazios para a vadia e para o tonto,quer dizer, o garoto. Tio John sentava nervoso na outra ponta, como se ainda estivesse em dúvida se aceitava isso ou não. Sobre isso existem dois pontos de vista: O pra Katherine, que é bom que ela sossega um pouco o rabo e o do garoto, que como já citei, vai ficar chifrudo.
A campainha soou e pude ver Katherine surgindo toda elegante na porta da cozinha:
– Oi família linda!- Ela diz sorrindo vitoriosa e seu olhar voa de relance para mim. Vai entender!
– Oi meu anjo!- Tio John diz.
– Espero que gostem do meu namorado!
– Vamos amar esse sortudo!- Minha mãe diz e eu bufo.
–Tenho certeza que vão sim!- Ela diz e volta seu olhar de cobra para mim- Tenho certeza que você vai amar! Amor,pode entrar!
E quando ela fala isso, lá aparece ele todo sexy de calça jeans preta, blusa colada gola V branca e sua costumeira jaqueta de couro preta. Seu cabelo bagunçado sexy e seu olhar azul intenso.
Prendo a respiração e tudo o que eu mais quero é sair correndo, me trancar no meu quarto e nunca mais sair. Mas vou ficar firme, pelo menos na frente deles!
– Oi, Lena!- Seu sorriso irônico brinca em seus lábios e eu repreendo um suspiro de frustração. Tio John olha com orgulho. Meu pai como se nada tivesse acontecendo, mamãe fica toda feliz e Jeremy revira os olhos.
É, eu amo a minha vida!
–Então, Elena- o babaca do tio John me tira de todos os devaneios sobre como seria legal matar a cobra que ele colocou no mundo.- Como anda a sua vida?
– Minha vida?!- Eu disse espantada, bom vou ao menos tentar resumir o quão feliz eu estou.- Bom, minha vida é maravilhosa! Afinal como não ser não é? Eu tenho os pais perfeitos, o melhor irmão do mundo, uma prima que eu amo com todas as minhas forças. Tenho uma sorte agradável, aliás acho que eu sou a pessoa mais sortuda do mundo, não é Jeremy?- Minha voz podia estar doce e irônica mas meu olhar lançava chamas para todos os lados naquela maldita sala de jantar.- Não é Jeremy?- eu disse entre os dentes e todos estavam boiando na minha reação.
–Ah, é - Jeremy tentava argumentar algo, custava falar que sim?- Ela é realmente a pessoa mais sortuda do mundo!- Isso maninho, agora sim!
–E sua vida amorosa, Lena? Como vai?- Katherine perguntou enquanto fazia carinhos na mão de Damon.
– Ah meu amor! Eu realmente não acho que isso seja da sua conta!- Bom, sim eu estou estressada. Droga, nunca pensei que Damon fosse capaz de ter algo relacionado a ela, quanto mais um namoro! Não vou me render agora, por pirraça vou fazer de conta que não estou nem ai!
– Nossa prima eu só perguntei!
– Não liga não, ela anda muito engraçadinha essa semana!- Minha mãe disse me fazendo virar para ela e querer afundar a cara dela naquele prato de salmão e tacar vinho por cima! Idiota!
–Não mamãe, só estou cansada!- Amo meu sarcasmo.
–É mãe liga não, até porque tudo o que ela quer nesse exato momento é subir e se trancar no quarto, não é maninha?- Jeremy perguntou sorrindo, tenho certeza que ele amou ficar sabendo que os dois idiotas estão namorando. Seu rosto triunfal se virou para o idiota do Damon, que por incrível que pareça não falou um “A” até agora.
Meu pai começou um assunto que pela primeira vez na noite fez todos ficarem interessados, até mesmo o Damon. Obviamente minha mente estava em outro local. Para disfarçar o nó que se formava em minha garganta, comecei a olhar a hora no meu celular- ainda quebrado- e percebi que 10 anos se passaria mais rápido que essa porcaria.
*Tenho que te contar algo urgente!– C
Recebi uma mensagem da Caroline e todos me olharam pelo barulho, dei de ombros quando Caroline diz algo assim, a coisa esta feia.
*Conta tudo AGORA!-E
*Lembra aquele papel do intercâmbio para Londres que a gente fez no final do ano passado?-C
* SIM! O que há de errado?!- E
*AGENTE CONSEGUIU!-C
Na hora, eu fiquei pasma. Larguei o celular com tudo na mesa e fiquei com cara de bocó. Vou me explicar, no final do ano passado, quando concluímos o terceiro ano, o professor de literatura- Edwin- passou uma lista para os interessados em fazer um intercâmbio em Londres, eu obviamente sem mais nem menos, me inscrevi, sempre fora meu sonho morar em uma cidade grande!
– Elena- Meu pai perguntou estalando os dedos fazendo eu voltar a realidade- Você está bem?
– Sim, pai!- Em choque é considerado bem?
–Elena, você está pálida e parece que vai desmaiar a qualquer hora!- Damon pela segunda vez na noite abriu a boca para falar comigo, na hora o choque passou e aquele aperto no coração voltou com tudo.
– Alguém te perguntou?- Perguntei indiferente e ele baixou o olhar.
– Credo Elena, você é mesmo bipolar!- A vadia começou a jogar seu veneno sobre mim.
– Não sabia que vaca opinava!
–Elena!!- Minha mãe fez eu me virar para ela.
– Eu atendo!- Assim que meu pai se levantou pude me dar conta que a campainha tocava e alguém ia vindo para cá.
–Com licença!- Stefan disse todo envergonhado encostado na porta e pude ver o rosto de fúria do Damon se transformar ao escutar a voz.
– O que você esta fazendo aqui?!- Damon perguntou praticamente cuspindo as palavras.
– Atrás de você que não é!
– Querido sente-se conosco!- Minha mãe disse indicando as cadeiras vazias para ele poder se sentar.
– Não, muito obrigado senhora Gilbert, mas eu já jantei!
– Ora nos acompanhe na sobremesa então!- Meu pai disse se sentando- Jeremy, por favor.
Meu irmão bufou e foi buscar a tal sobremesa que agora eu não tinha nenhuma vontade de comer mais.
– Mais uma vez obrigado, mas eu vim aqui somente para dar uma palavrinha com a Lena, se não for atrapalhar, claro!
– Nunca aprendeu a ligar para perguntar se as pessoas estavam ocupadas, não?- Damon perguntou.
– Querido, não se preocupe!- Minha mãe disse alguma coisa útil.
– Primeiramente, papai- Katherine começou- Esse é Stefan, irmão do Damon, e Stefan, esse é meu pai.
– É um prazer senhor Gilbert!
– Todo meu, Stefan!
–Stefan, você ia dizendo...- Me tira dessa mesa por favor!
– Na verdade, não pode ser em particular?- Ele perguntou tentando não deixar nenhum rastro de malícia no ar, o que foi em vão pois Jeremy foi o primeiro a pegar.
–Por que você quer conversar com ela em particular?!- Damon perguntou incrédulo se virando para o seu irmão. Era só o que me faltava!
– Desde quando você se importa?- Me intrometi antes que Damon voasse em seu pescoço.
– Desde que ...- Damon bufou e deixou a frase inacabada. É a noite só vai melhorar.
– Ah, que seja!- Stefan disse revirando os olhos- Caroline te contou sobre, você sabe!
– Sim!- Foi tudo o que eu consegui dizer. Eu não sabia se deveria ficar feliz, triste, animada, com medo, afinal eu nem avisara meus pais sobre isso. Nunca conversei com eles, seria bem fácil Miranda acabar com meus sonhos em cinco segundos.
– Sim?- Ele perguntou incrédulo.Que foi? Ta duvidando ?– Vai ser tudo o que vai dizer?
– É.
– Pelo amor de Deus Lena, se anime!
– Eu to animada! –Por dentro eu juro que eu to!- Só estou em choque!
– Eu também estou em choque, mas to exalando felicidade! A gente consegui !- Ahm? Ele também vai?! Ok Elena, respira.
–ELENA!!-Caroline chegou ofegante e gritando, não pude deixar de sorrir- Desculpa, gente! Credo Elena, que cara é essa?
– Eu avisei!- Stefan acenou a cabeça, como se quisesse dizer:“Viu? Ela concorda comigo!”
– A gente precisa comemorar, tipo agora!
– Sim! Merecemos!
Levantei da mesa e assim que nos abraçamos começamos a pular que nem umas retardas- não que nunca fomos- e gritar que somos as pessoas mais felizes do mundo. Por fim até o Stefan entrou na dança e os outros nos olhavam como se fossemos macacos fora da jaula bem no centro de Nova York.
– Mãe -disse ofegante- Sei que ainda estou de castigo, mas por favor isso é importante para mim! Deixe eu sair!
– Ainda bem que você sabe, não!- Ela simplesmente disse.
Caroline percebendo a tensão que causamos tratou de puxar Stefan junto com ela que se despediu rapidamente.- Parabéns, Lena! Você mereceu!- Ela disse antes de sair e eu dei um sorriso fraco, queria dar parabéns aos dois também, mas minha raiva e angustia estava me dominando completamente.
–Agora se acalme e senta!- Ela disse seriamente. Damon olhou para mim com súplica, ou seja, pra mim calar a boca logo e me sentar. Bufei e me sentei. Katherine não podia estar mais radiante, isso ninguém percebe. Tio John e meu pai continuava conversando sobre negócios como se nada tivesse acontecido. Jeremy praticamente dormia em cima do prato e Damon me olhava com uma cara que só me dava mais vontade de chorar. Mas eu vou suportar, pelo menos agora. – Então, Elena. Não vai nos contar por que está tão feliz?
– Não!- Disse emburrada.
–Por acaso tem algo a ver com aquele envelope que chegou mais cedo?- Jeremy perguntou me olhando.
– Que envelope? Eu não recebi nenhum envelope!
– Bom isso realmente não interessa, o que importa é que, bom eu li suas mensagens e parabéns maninha! Você merece!
– Jeremy, muito obrigada, mas aonde esta esse envelope?
Jeremy encarou minha mãe e ficou mudo. Que porra ta acontecendo aqui?
– Mãe, cadê meu envelope?!- Meu tom de voz aumentou e todos novamente se voltaram para mim novamente.
– Se for um envelope acadêmico, eu joguei fora!
–O QUE? Você só pode estar brincando!
–Não, não estou! Se você tivesse avisado antes, falado sobre o quão importante ele era eu teria te entregado, mas como você quis agir mais uma vez como se fizesse o que quer, eu não te entreguei!
– Miranda!- Meu pai respondeu por mim quando percebeu minha reação.
– Quer saber? Foda-se todo mundo! Eu odeio essa família feliz! E odeio mais ainda,você!–Disse me virando para ela. Poxa, ela ao menos deveria estar feliz!
Sem mais nem menos, subi as escadas de cinco em cinco degraus entrei no meu quarto, me tranquei e joguei na cama com a cara enfiada no travesseiro e comecei a chorar. Chorei por tudo: Pelo fato de estar secretamente apaixonada pelo Damon, pelo fato do Matt ter feito o que fez comigo, mas é claro aquela dor física não chega nem aos pés dessa que eu estou sentido, agora que descobri que o Damon e Katherine estão juntos. Chorei pelo fato da minha mãe ter rasgado o meu envelope.
Eu iria precisar dele para entrar no colégio em Londres e ela simplesmente rasga? Que tipo de mãe não fica feliz ao descobrir que a filha foi aceita em um dos melhores colégio da Europa? Claro, a minha! Ela só fica feliz com algo relacionado a Katherine. Mas que saco, o que aquela vadia tem que eu não tenho?
Claro, ela sempre foi mais tudo que eu, e agora ela tem o Meu Damon! O Meu Deus faz isso parar de doer, por favor! Eu imploro! Porque eu tenho que me sentir assim em relação a ele? Por que aquele infeliz teve que ficar justo com a Katherine- Não que outra garota me fizesse feliz, mas- Porque? Eu não sou o suficiente? Claro que não sua idiota, ele tem a Katherine, todos tem a Katherine, por que iriam querer, precisar ou ao menos se importar com você se eles tem Katherine Pierce? Aquela que roubou sua vida novamente.
[Flash Back]
Ai meu Deus, como vou fazer isso? Eu não sei o que fazer, eu não sei seu eu quero fazer! Calma Elena, se acalma. Ele é seu namorado e já passou da hora de vocês darem o segundo passo. Respira.
– Hum- Damon disse se desculpando- Eu achei que aqui era o banheiro, os outros estão lotados!
– Não tem problema!- Eu disse ofegante- Pode usar o meu!
– Wow! Em que mundo nó estámos em que Elena Gilbert me deixa usar seu banheiro?!
– Babaca!
– Você está bem?– Ele perguntou se aproximando.
– sim! Você não ia no banheiro?
– Calma, to indo!
Damon foi ao banheiro me deixando sozinha novamente com os meus pensamentos tenebrosos. E se eu errar? E se ele não gostar? E se eu não gostar?
– Obrigado, Lena!- Ele disse parando ao meu lado e me encarando.
– Não há de que, Damon!- O encarei e ele estava bem próximo.
– Afinal, ótima festa!
– O que você quer, Damon?- Disse me sentando na cama e ele se sentou junto.
– Você parece nervosa, com medo, sei lá!
– Mas não estou, ok?
– O que há de errado?
Eu juro que não queria responder, mas naquele momento eu senti que deveria ser sincera com Damon Salvatore.
– Matt quer transar comigo!- Corei e olhei para o chão.
– E qual o problema?!– Corei mais ainda e não respondi- Elena! Você é virgem!?
– Sou, vai lá e conta para todo mundo!
– Não vou fazer isso!- ele disse levantando meu rosto e rindo suavemente- Posso te ajudar?
Somente assenti. Sabia o que haveria a seguir e meu coração acelerou. Damon se aproximou lentamente e em um pequeno movimento selou nossos lábios. Concedi passagem a sua língua e o beijo foi ficando mais quente e mais necessitado. Eu tirei sua camisa sem quebrar o beijo e no mesmo movimento, Damon desceu o zíper do meu vestido. Foi me deitando lentamente na cama e depois descendo meu vestido mais lento ainda.
Damon levantou o corpo para me ver semi-nua, somente de calcinha, seus olhos lançavam desejo e em seus lábios um sorriso malicioso. Corei. Damon se aproximou lentamente e me beijou novamente. Minha mão foi até a sua caça e nos livramos dela em um segundo. Era incrível como o meu medo tinha passado e a necessidade aumentado.
Damon distribuía beijos quentes pelo meu pescoço, colo, barriga até chegar na minha virilha, ele arrancou com cuidado minha calcinha, abriu um pouco minhas pernas e eu pude ver a ansiedade- ou desejo- tomar conta de mim novamente, eu queria que ele fizesse isso e parece que somente com o olhar ele entendeu. A língua de Damon fazia caricias circulares maravilhosas, fazendo eu gemer e me agarrar ao lençol. Abri mais as minhas pernas para que ele pudesse ter mais acesso e Damon me penetrou com sua língua. Meu Deus, nunca senti algo tão bom na minha vida.
– Damon...- Tentei dizer que algo estava chegando mas fui interrompida por meus próprios gritos de prazer.
Damon subiu sobre mim novamente e sorriu na minha orelha, enquanto eu me recuperava. Passei minha mão pelo seu membro o acariciando lentamente por cima da sua cueca boxer preta, e pude senti-lo completamente duro e ereto. A necessidade tomou conta de mim novamente e tirei a sua cueca impacientemente e me assustei com o tamanho- como isso vai entrar eu não faço ideia, mas que vai, vai. Damon roçou sem membro em minha intimidade e eu soltei um gemido.
– Camisinha, não quero você grávida na sua primeira vez! -sorri.
– Nem eu!- estiquei o braço até meu criado mudo e tateei na gaveta até achar um pacote laminado e o entreguei. Damon colocou a camisinha e se preparou no meio das minhas pernas.
– Pronta?- Fiz que sim e fechei meus olhos agora sim estava com medo.- Não se preocupe, não vou te machucar, relaxe!
E assim relaxei e pude sentir ele entrar lentamente dentro de mim. Soltei um gemido de dor. Sim doeu, não vou negar. Damon não se moveu até que a luxúria tomou conta de mim novamente e eu comecei a rebolar contra ele. Damon entendeu o recado e começou a fazer movimentos lentos para frente e pra trás.
– Mais rápido- Damon continuou devagar- Não está mais doendo, por favor!
Damon me obedeceu e começou a meter mais forte, mais fundo e mais rápido, mas mesmo assim cuidadoso, carinhoso e atencioso.
Pude sentir meus gemidos autos se tornarem gritos,minha intimidade se fechar em volta do seu membro. Era meu orgasmo vindo violento pela segunda vez.Arranhei as costa de Damon, e ele soltou um grito de prazer e caiu ao meu lado.
Damon se deitou e me aninhou em seu peito. Ficamos assim até nossa respiração voltar ao normal e nos recuperarmos. Uns 15 minutos depois, comecei a distribuir beijos por seu peitoral musculoso e fui descendo até chegar em seu membro. Damon retirou a camisinha e a jogou não sei aonde, minha visão era em outro local. Como isso tudo coube dentro de mim?Não é a toa que doeu. Mas eu não estava nem ai, estava pronta e perfeita para outra.
Abocanhei seu membro de uma vez só, Damon se assustou mas logo relaxou. Pude sentir um prazer enorme ao ouvir seus gemidos de prazer. Eu, Elena Gilbert estava dando prazer a Damon Salvatore!
–Elena, eu vou...- Gritos de prazer impediu Damon de falar, mas eu entendi. Damon me puxou para cima e se sentou de modo que eu ficasse sentada em seu colo. Tateou até meu criado mudo e pegou outro pacote laminado, rasgou e colocou.- Pronta?
–Sempre!- Respondi maliciosa e ele riu.
Damon me colocou sentada em sem membro eu não pude evitar um gemido satisfatório ao ser preenchida por ele novamente.
Comecei a rebolar e Damon segurou em minha cintura, me fazendo quicar. Damon me estocava cada vez mais forte e eu rebolava cada vez mais rápido. Damon gemia alto em meu ouvido. Mordi seu ombro com força para não gritar tão alto.
Damon apertou com força novamente minha cintura e eu gritei. Nosso momento chegou novamente. Caímos exausto na cama e uma escuridão me puxou para a inconsciência.
Estava dolorida, mas feliz e completa.
[Flash Back]
Como se não fosse difícil suportar toda essa dor, eu ainda ficava me lembrando da minha primeira vez. O cansaço me dominou por completa e meus soluços foram cada vês mais longe até meus olhos - que já estavam inchados - se fecharem.
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