- Apenas um objetivo? – Ellen perguntou. – Seria mais fácil se fosse um jogo bem elaborado.
- É aí que você se engana,querida. – Mary sorriu. – Vocês só precisam resolver a seguinte charada... – Mary desapareceu como um raio,mas um eco surgiu.
Misteriosa sem isteriosa ; Abandonada sem bandonada ; Rude sem ude ; Yanderu sem anderu. Dissimulada sua imagem,mas pincéis não existem.
A voz sumiu,assim como os companheiros de Mary.
- Uma charada? Não sou boa nisso. – Disse Aki.
- Charadas e a casa de Guertena versão gigante... – Aya olhou para o lustre,aquilo realmente aparentava ter o tamanho de uma casa.
- Tudo bem,vamos pensar. – Misao pediu. – Misteriosa sem isteriosa...
- Misteriosa,abandonada,rude e yanderu...sem as letras iniciais. – Ib comentou. – Essas palavras foram bem pensadas,até porque são características as própria Mary.
- Características? – Perguntou Aya.
- Quando eu a Garry a conhecemos,ela apareceu de repente e não revelou nada sobre ela mesma...”misteriosa”. Ela se sentia mal pela distância com o pai...”abandonada”. Quando descobrimos quem ela era,ficou completamente “rude”. Enquanto a “Yanderu”,significa doente,o que ela aparenta ser.
- Então Mary certamente tem algo com isso. – Disse Aki.
- Garotas. – Chamou Dio. – Nós temos de ir,o jogo é...com vocês.
- Entendo. – Disse Misao.
Se despediram,e se foram. Deixando ali as quatro meninas.
•
Andaram pela casa,passaram por dezenas de pinturas e esculturas de Guertena.
- Esperem. – Disse Ib. – Ouviram isso? – Uma voz cantarolava atrás de uma porta.
- Será a Mary? – Aya se perguntou.
Bem-vindo ao meu mundo, que é pintado com tristeza ; Não há luz do sol, lá você não pode ouvir qualquer som ; Aqui eu estou esperando em silêncio para você, pai ; Por que você estava tão cruel para deixar a pobre Mary sozinha?
- Esperem. – Disse Misao. – “Misteriosa sem isteriosa ; Abandonada sem bandonada ; Rude sem ude ; Yanderu sem anderu. Dissimulada sua imagem,mas pincéis não existem.” A resposta é...
- Mary. – Disseram todas juntas.
- Temos que entrar naquela quarto agora. – Ib foi em direção a porta com passos largos.
- Ib! – Aki a puxou. – Pode ser perigoso,por favor tenha cuidado.
- Ela tem razão. – Disse Aya. – Vamos com cautela.
Elas entraram pela pequena abertura daquela porta gigante. Lá estava Mary,em forma da criança que viram antes,e continuava cantarolando.
Bem-vindo ao seu mundo, que está deitado em cinzas ; Há um mar de fogo, não há nenhuma maneira de executar em tudo ; Ela só queria estar com seu pai ; Mas a pequena Mary está derretendo em seu abismo, sozinha...
- Mary. – Ib chamou em voz alta. – Você nunca esteve sozinha...você destruiu tudo o que amava,não Guertena.
- Eu não esta Mary,Ib.
- O quê? – Ib aos poucos foi ficando mais alta,junto com as outras. Ficaram em seus tamanhos originais.
- Eu sou apenas a filha de Guertena,não a pintura.
- “Dissimulada sua imagem,mas pincéis não existem.” A resposta é a Mary,mas a verdadeira. A filha de Guertena.
- Mary fez isso para me encontrarem. – Disse a loira. – Vocês precisam da Rosa,não é?
- Não sabemos do que se trata realmente,mas sim. – Respondeu Aya.
- Como já sabem. – Mary se levantou. – A Rosa significa vida. Mas o branco significa a paz. Mas do que vez a paz?
- Dor. – Disse Aya,erguendo rua rosa lilás.
- Medo. – Ib ergueu sua rosa vermelha.
- Tristeza. – Aki ergueu a rosa coral.
- Morte. – Misao ergueu a sua que era a mesma cor que a de Aki.
- Exato. – Mary respondeu,deixando aparecer uma rosa amarela. – Sua última dona diria “perda”.
- Yonaka. – Ib encarou a rosa amarela e a pegou.
- O que precisamos fazer? – Perguntou Misao.
- Façam Mary se lembrar. – A menina sorriu,lembrando que ela era apenas uma criança. – Lembrar do que fez. – O cenário desapareceu.
•
Se encontraram no lugar onde tudo começou: A Galeria.
- Então encontraram mesmo? – Era Mary,a pintura. – Como vão me derrotar agora?
- Mary. – Ib deu um passo a frente. – Fez três rosas se encontrarem e se perderem. Fez uma história cair em chamas. Fez uma bela máscara surgir. Fez uma bruxa lançar um feitiço. Fez um único amigo dizer adeus. Resultado? Todos ficaram sozinhos...como você.
- O que eu tenho com tudo isso?
- Todas nós vimos as mesmas rosas. – Respondeu Ib. – Como eu sei? Visões. Todas as noites eu sonhei com cinco pessoas encontrando as mesmas rosas. A diferença entre as três,é que a amarela era sempre a mais visível. Você estava presente em tudo. Na escola de Misao e Aki ; No jardim da casa de Aya ; Na floresta que levou Yonaka até o Castelo e na casa de Ellen. Todos os lugares. – Ib respirou fundo,as outras ficaram de olhos arregalados como se não pudessem acreditar.
- Desde quando ficou esperta assim,Rosa Vermelha? – Mary fez um sorriso sarcástico.
- Desde o momento que saí da galeria. – Ib levantou o queixo. – Mas,por que deixaria todos sozinhos se você mesma sabe o quão ruim é?
- Queria que todos sofressem o que sofri.
- E Guertena ficaria feliz que a própria filha tem prazer de fazer todos sofrerem? – A pergunta fez Mary ficar calada,surgindo nela um olhar melancólico e solitário.
-E-eu... – Mary caiu de joelhos no chão. – Papai...eu só queria a sua atenção.
- E é assim que vai conseguir,Mary? – Ib olhou para ela,e percebeu algumas pétalas de cada flor no chão. – As rosas...como?
- As pétalas estão caindo... – Disse Misao. – Os sentimentos,que citamos para a Mary verdadeira.
- Dor. – Disse Aya,assistindo a última pétala de sua cor cair.
- Medo.
- Tristeza.
- Morte.
Todas repetiram as mesmas palavras,e todas as pétalas tinham caído.
- Perda. – As garotas olharam para trás. Era Yonaka.
- Yonaka! – As meninas correram em sua direção e abraçaram ela.
- Senti falta de vocês. – Disse ela. – Mary,sabe que não vim sozinha,não sabe?
- E quem...? – Mary se interrompeu,deixando escapar uma lágrima. Olhou através das meninas,o que fizeram elas olharem para atrás e se afastarem um pouco. – Papai... – Era Guertena,ele estava ali,na sua frente,como ela sempre esperou.
- Me perdoe,minha pequena. - Disse ele a abraçando.
- Papai...eu te amo... – Mary e seu pai desapareceram com um clarão que surgiu.
- Nós...conseguimos? – Ib observou as pétalas espalhadas no chão,estavam se levantando. – O que está acontecendo? – As pétalas e os caules começaram a se juntar,formando uma bela rosa branca.
- A Rosa Branca. – Disse Misao. Elas sorriram e se abraçaram. O cenário mudou,era tudo um fundo branco com rosas sem cor espalhadas.
- Vocês conseguiram,meninas. – Disse alguém.
- Senhora. – Misao se curvou.
- Ma...mamãe? – Disse Aya.
- Olá,minha querida.
- Foi a senhora que libertou Misao? – Perguntou.
- Sim.
- E serei eternamente grata. – Misao sorriu.
- E não só ela,como libertarei Yonaka e Garry.
- Jura? – Os olhos de Yonaka brilharam.
- Garry... – Ib disse baixo,ficando corada.
- Acho que vocês devem ir. – Disse a Senhora,a Dama de Azul.
- Obrigada,mãe. – Disse Aya,a abraçando.
- Eu te amo tanto,minha Aya...
•
As meninas se encontraram em um lugar calmo e familiar. Era um jardim perto da escola,podiam ver os alunos indo embora para casa...elas voltaram.
- Voltamos... – Disse Aya,sorrindo.
- Nós voltamos! – Aki deu um gritinho de alegria,todas deram juntas e se abraçaram.
- Podemos participar? – Era Defeituoso,que fez logo uma expressão de surpresa. – Yonaka...você...voltou?
- S-sim. – Yonaka se aproximou dele.
- VOCÊ VOLTOU! – Defeituoso a abraçou forte.
- GAROTO EU VOU CAIR. – Yonaka tropeçou e ambos caíram,o que resultou em um beijo.
- Awnnnn – As meninas ficaram encantadas com a cena.
- Ib... – Chamou Garry. Ib respondeu com um forte abraço.
- Tudo bem,acho que temos de dar um momento para os casais... – Disse Misao se virando,mas logo interrompeu sua caminhada.
- Oi Misao. – Era Kudoh,o garoto de cabelos verdes que apoiou Misao.
- K-kudoh? – Misao ficou vermelha.
- Acho que ela tem razão. – Aki deu uma risada. – Vamos gente.
- A Senhora me libertou. – Disse ele. – Eu sei que quando você estava naquele momento difícil eu não te protegi,eu sei que eu devia ter feito algo e... – Ele foi interrompido,Misao o abraçou.
- Eu entendo,eu te perdôo.
•
E então,todos ficaram livres dos fantasmas do passado. Finalmente encontraram a paz,a Rosa Branca foi a motivação que faltava para abandonar-los e não ter medo do futuro.
Depois do encontro;
Depois do jogo;
Depois da Rosa Branca;
Todas as histórias se uniram e finalmente encontraram a paz.
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