[...]
New Hampshire, White Mountains...
Dia seguinte...
– O R-Rossi o que? – Blossom perguntou chocada após ouvir a notícia de Mitch.
– S-Sim. Ele foi esfaqueado por Sedusa no estômago, mas não foi grave. Robin está com ele no hospital e disse que devíamos continuar com o caso. – Mitch informou mais uma vez.
A ruiva mordeu o lábio hesitante. Rossi não era um mal chefe e ainda aceitou sobre a investigação que ela estava fazendo sobre os RRB, então como uma mulher adulta, ela respirou fundo e assentiu para os dois homens que a olhavam com atenção.
– Certo, vamos continuar então. – Blossom saiu do hotel com as vestimentas adequadas, estava bastante frio após a nevasca de ontem à noite.
Mitch a seguiu, mas Brick continuou hesitante do lado de dentro, não querendo enfrentar a fria e branca paisagem.
– Anda logo, Jojo! – Blossom gritou irritada, virando-se para encara-lo.
– Q-Que tal se eu ficar e vocês forem? – sorriu sugestivo, mas logo seu sorriso sumiu com a expressão autoritária de Blossom. – Tsc. Ok. – o ruivo pegou sua mochila do chão e os acompanhou, seu pé pisando na camada branca da neve fazendo-o arrepiar-se por completo, mas não de frio.
O trio pegou um mapa do caminho que normalmente as pessoas faziam trilhas e onde os desaparecimentos ocorriam. Caminharam pelo caminho de placas, já que o próprio caminho estava coberto por neve. Brick forçava-se olhar somente para o céu um pouco azulado ou para Blossom e seus cabelos ruivos, longos e soltos. Sorriu minimamente com a visão, imaginando que se fosse passar férias com sua ruiva, preferia uma praia ensolarada, ao invés da neve branca e fria. Se bem que ficar abraçado com Blossom perto de uma fogueira era tentador demais para reclamar.
– Que estranho... – a voz irritante de Mitch atrapalhou seus pensamentos aconchegantes, fazendo-os parar a caminhada.
– Qual o problema agora? – Blossom perguntou séria, aproximando-se do moreno e fitando o mapa que estava em sua mão.
– Devia ter placas aqui, indicando a próxima direção. – comentou – Mas não há nada. – olhou ao redor, e Blossom também, procurando pelas placas.
Brick também olhou ao redor, tentando não focar no chão, mas foi impossível ao ver um pedaço de madeira verde que lhe chamou a atenção.
– Aonde pensa que vai, Jojo? – Blossom perguntou com raiva por ver o ruivo se movimentar, entrando na floresta. Logo ela e Mitch o seguiram, parando perto do pedaço de madeira que descobriram ser a placa que não devia estar ali.
– Parece que foi arrancada com força... – Mitch comentou abaixando-se e passando os dedos sobre a madeira arranhada – Por um urso? – perguntou ver os padrões de garras.
Brick negou com a cabeça e olhou mais afundo para a floresta.
– Estamos perto do território dele. – comentou aos dois – Acho melhor retornarmos. Entrar aí sem um plano ou reforços não é uma boa ideia.
– Tsc. Não temos tempo para isso. – Blossom tomou à frente. – Rossi e Robin já finalizaram a missão deles na mesma noite. Eu quero terminar logo também.
– Blossom, não seja imprudente, droga! – Brick repreendeu, mas a ruiva não lhe deu ouvidos. Mitch a seguiu e o ruivo não viu escolha senão a seguir também.
Continuaram a andar por mais alguns quilômetros, adentrando mais a floresta, porém, quando pararam para descansar, hidratar-se e comer algo, as nuvens começaram a fechar o céu.
– Acho que vai nevar de novo... – comentou Mitch terminando sua barra de cereais.
– Melhor voltarmos para o hotel. – Brick olhou ao redor, vendo-se perdido. – Mas por onde??
– Tsc. Não seja idiota. – Blossom revirou os olhos – O hotel fica para o leste, é só seguir a bússola e achar o norte.
Os dois homens se olharam.
– Bússola? – os dois perguntaram juntos, deixando-a surpresa.
– V-Vocês trouxeram uma bússola, né? – perguntou e os dois negaram, deixando-a ainda mais irritada. – Mas que... Eu mandei um de vocês pegarem a bússola!
– É, e eu deixei essa tarefa pro seu cachorrinho aí! – Brick apontou para o moreno, que arregalou os olhos.
– E-Eu não! Eu achei que tivesse falado com ele! – Mitch apontou para o ruivo que bufou em resposta.
– Argh!! Vocês dois são dois imprestá-
BOOM!
Blossom foi interrompida por um tiro que atingiu uma árvore próxima, assustando-os.
– O que é isso?? – Mitch gritou assustado.
– Droga! É ele! É ele, merda!! – Brick começou a dar passos para trás, todo o trio olhando para todos os lados a procura do vilão.
De repente, uma granada caiu no meio deles.
– CORRE!! – Blossom gritou e os três correram para lados diferentes o mais rápido que puderam, a granada explodindo atrás.
Mais tiros vieram, tentando acertar os três, que corriam desnorteados e tentando não cair por causa da neve. A figurava que atirava de um lugar alto, sorriu malvadamente, parando de atirar e levantando-se do chão.
– Desgraçados! Vão se arrepender por entrar na minha propriedade! – ele se afastou, pronto para caçar um por um.
[...]
Brick estava sozinho, encostado contra uma árvore e xingando toda a geração de Confusão. Ele sabia que o brutamontes possessivo e caçador tinha os separado para caça-los como animais. Ele adorava aquilo afinal de contas. E para piorar, flocos de neve começaram a cair e Brick sentiu seu corpo se arrepiar pelo vento gélido que atingiu seu rosto. Tudo ia ficar mais branco. Muito mais branco e aquilo não era uma boa notícia.
– Blossom... – murmurou preocupado e mesmo querendo somente fechar os olhos e se imaginar em uma cadeira de praia tomando um sol daqueles, o ruivo não conseguiria se a sua ruiva não tivesse com ele.
Brick não demorou em se afastar da árvore e tentar seguir o caminho que Blossom havia tomado. Conhecendo Fuzzy, sabia que o homem ia preferir caçar primeiro a presa mais fácil e fraca, no caso Blossom, que era uma mulher. Sim, além de assassino de aluguel com problemas de propriedade, Fuzzy era bem machista e isso irritava Brick. Blossom nunca foi fraca, e muito menos fácil.
Com cuidado, principalmente para não se encontrar com Mitch e ter que se juntar a ele em busca de Blossom, Brick andou para mais fundo na floresta. As nuvens tornando o dia mais escuro e novamente tudo mais branco.
– Concentre-se na Blossy. Concentra-se na Blossy. Você precisa encontrá-la! – repetia para si mesmo, com olhos e ouvidos atentos a qualquer som.
E assim, com muito cuidado, ele conseguiu ouvir uma respiração pesada e resmungos de dor femininos. Logo ele soube que era Blossom e logo ele estava correndo até os sons, ansioso por encontrá-la. E ele encontrou.
A ruiva estava caída no chão, sozinha e desesperada. O pé parecia preso nas raízes de uma árvore. Brick imediatamente se aproximou mais, chamando a atenção da ruiva, mas antes que ela pudesse gritar, Brick correu e tampou sua boca, ficando mais próximo do que Blossom realmente desejava. Ela poderia entrar em pânico a qualquer momento, e com medo de que isso acontecesse mais uma vez, Brick se afastou e seguiu até o pé dela, tentando puxar as raízes para solta-la.
– O-O q-que v-você...
– Eu só estou tentando te ajudar, Blossy. – ele lhe olhou com preocupação. – Por favor, não entre em pânico novamente. Juro que não te farei mal! – ele prometeu e voltou a tirar tentar arrancar as raízes geladas, machucando suas mãos no processo, mas liberando o pé de Blossom. – Consegue ficar de pé? – perguntou rápido, querendo ajuda-la, mas sua mão foi rebatida com um tapa.
– E-Eu estou ótima. C-Claro q-que consigo. – ela com certeza estava tentando se controlar com ele por perto. Brick ficou cabisbaixo, Blossom nunca aceitaria ficar perto dele novamente. E ele tinha tanto a lhe dizer, tantas verdades. Principalmente do que aconteceu no dia de seu sequestro.
Blossom tentou ficar de pé, mas caiu no chão, gemendo de dor pelo tornozelo torcido.
– Droga! Isso é sério? – perguntou irritada, quase gritando.
– Sshhhh! – Brick pediu silêncio, olhando ao redor. – Por favor, Blossom, deixa eu te ajudar. – ofereceu ajuda mais uma vez, recendo os olhos rosados irritados para si.
– Jamais! Jamais aceitarei ajuda de um abusador como você. – fortificou com raiva. Suas palavras e olhar deixando o coração do ruivo ainda mais rachado.
Não é minha culpa, Blossom. Não é. Eu juro que não é. Não era... Não era...
– Não era eu, Blossom! – deixou escapar, lágrimas aparecendo em seus olhos, deixando a ruiva surpresa. – Eu juro... Pinky... Nunca fui eu...
Blossom sentiu seu coração parar. Sua garganta secou. Por que as palavras de Jojo pareciam tão sinceras e sôfregas? N-Não... E-Ele está tentando me enganar. Brincar comigo!
– N-Não caio nesse papo de merda, Red! – respondeu no mesmo tom de antes, seus dentes rangendo-se.
– Não, Pinky... – Brick negou, as lágrimas quentes correndo por seu rosto frio. Ele não aguentava mais esconder. Ele precisava contar a verdade. – Eu não-
BOOM!!!
Outro tiro, dessa vez na árvore onde Blossom estava com o pé preso. Brick sabia que aqueles eram tiros de aviso. Aviso de que Fuzzy estava de olho e era bom eles começarem a correr se quisessem viver por mais tempo.
– D-Droga! – rapidamente o ruivo secou as lágrimas e pegou a ruiva no colo, por mais que ela lhe batesse e lhe empurrasse para solta-la. – C-Colabora um pouco, Pinky, por favor! – Brick pediu com cansaço de ter que carrega-la e correr pela neve.
– N-Não! Não me chame assim! Não encoste em mim! Tire suas mãos de mim! Tire!! – Blossom começou a chorar, podia sentir, mesmo com as várias roupas contra o frio, os dedos de Brick lhe segurarem com firmeza para não cair.
Blossom continuou se debatendo, mas Brick continuou a segurando com força, correndo para qualquer lugar longe de Fuzzy. Mas ele sabia que não ia adiantar muito. O homem conhecia a floresta melhor do que qualquer um e tudo só pareceu piorar quando a perna de Brick ficou presa contra uma armadilha de urso, fazendo-o cair e derrubar a ruiva no processo.
– Merda! – ele agarrou a própria perna, vendo-a presa e o sangue começar a escorrer.
Seus olhos vermelhos e turvos encararam a ruiva caída próxima a ele, em meio ao branco. Aquele branco vazio e gelado. Aquele branco solitário que lhe perseguiu por muitos anos. Aquele branco que fez dele quem ele era. Aquele branco que o transformou em um monstro.
Blossom se ergueu com dificuldade, ainda tonta pela queda repentina, mas feliz por não ter mais as mãos de Brick sobre si. Seu rosto virou para o lado e viu o ruivo preso em uma armadilha de urso, mas ao invés de tentar se soltar, Brick abraçava o próprio corpo enquanto murmurava coisas desconexas e deixava o trauma assumir o seu corpo.
– Jo- – Blossom iria o chamar, mas assustou-se com o som de galhos quebrando e de passos se aproximando. Com dificuldade, ela se rastejou até uma árvore afastada e se escondeu. Estranhamente sentiu seu peito se apertar por deixar Brick no meio do chão, começando a ter o que Blossom conhecia muito bem: um ataque de pânico.
– Ora... Ora... – um homem se aproximou de Brick, o mesmo usava roupas de frio e tinha uma arma em mãos, era grande, mas de estatura baixa. Pesado demais para derrubar com um simples empurrão. – Se não é um Jojo na minha propriedade! – o homem se aproximou de Brick e o chutou no estômago, deixando-o sem ar e piorando o ataque do ruivo. Blossom pegaria sua arma, mas as mãos estavam tremendo. Ela estava assustada, com a adrenalina até o limite por ser caçada por um monstro e carregada por outro. – O que houve, hum, Jojo? – Fuzzy apontou a arma para a cabeça do ruivo. – Tsc. Assim não tem graça... – murmurou frustrado. – Seus irmãos também estão na minha propriedade? Hum? Estou louco para dar um tiro na cabeça de Butch! Aquele desgraçado roubou algumas armas minhas, sabia? Hein! – novamente o chutou, fazendo o ruivo ficar de barriga para cima. – Hã? Está chorando? Que maricas!! – Fuzzy gargalhou alto.
Blossom estava aterrorizada. Jojo provavelmente morreria em sua frente. E por mais que uma parte sua desejasse pela punição de seu sequestrador e abusador, outra parte estava confusa.
“– Não era eu, Blossom!
– Eu juro... Pinky... Nunca fui eu...”
A voz embargada pelo choro, os olhos, o tom, o jeito... O que Brick queria dizer com aquilo e por que aquela reação havia afetado a ruiva? E também, o que estava havendo com o ruivo? Por que ele parecia lutar contra... Contra... Contra um trauma interno?! Assim como ela!
Foi então que Blossom se lembrou. A foto que Rossi havia entregado para ela. Um jovem Brick em uma sala branca, completamente branca. Uma sala vazia, silenciosa e muito provavelmente gelada pelo jeito que o garoto se abraçava. Era isso. Brick havia passado pela Tortura do Quarto Branco. Ela já havia lido sobre isso há algum tempo, enquanto investigava sobre alguns serial killers que gostavam de mexer com o psicológico da vítima. Brick foi torturado de alguma forma. Brick tinha um passado afinal.
– Assim não tem graça, Jojo. – Fuzzy recarregou a arma. – Acho que antes de acabar com você... – seus olhos se voltaram para Blossom, que se petrificou com o olhar do homem sobre si – Vou acabar com essa garotinha. Hehehe! – Fuzzy começou a se aproximar e Blossom correria ou gritaria se seu corpo e voz obedecessem, mas ela estava desligada. Por mais que sua cabeça trabalhasse à mil, tentando assimilar tudo que estava descobrindo e teorizando, e vendo e ouvindo... – Aaargh!! – Fuzzy gritou irritado, seus olhos, assim como os de Blossom, seguiram para o rapaz ruivo que havia, de algum jeito, saído de seu ataque de pânico e mordido a perna de Fuzzy para mantê-lo longe de Blossom. – S-Seu merdinha! Merdinha! Merdinha! – o homem, com sua arma, começou a bater forte na cabeça de Brick para que o ruivo o soltasse.
Blossom olhou para a cena horrorizada. Viu o sangue escorrer pelo rosto de Brick, e o vermelho dos olhos molhados lhe implorando, não para ajuda-lo, mas para correr. Fugir. Escapar. Sobreviver.
Blossom não tinha memórias do olhar de Red. Ela tinha da voz e de suas mãos, mas... Brick parecia tão indefeso, perdido, fraco... Diferente do que Red era naquela época.
Por que? Por que? Blossom não sabia o porquê. Seu corpo reagiu primeiro que sua cabeça. Pegou a arma da mochila com agilidade e atirou duas, três, quatro vezes na cabeça de Fuzzy, fazendo-o cair duro no chão.
Ao abaixar a arma, viu os olhos de Brick se fecharem calmamente, mas não antes dele sorrir e murmurar um agradecimento antes de desmaiar. Blossom deixou a arma cair ao seu lado e antes dela mesmo desmaiar, ela ouviu a voz de Mitch os chamando, além de sua própria voz dizer: “Você o salvou. Você salvou seu abusador.”
[...]
Duas semanas havia se passado. Brick se recuperava em seu quarto de hotel com vigia de alguns agentes. Rossi se recuperava em casa, com ajuda de algumas enfermeiras e Blossom se recuperava em seu apartamento. Estava com o pé enfaixado e sob uma almofada em cima da mesa de centro da sala. Seus braços abraçavam o próprio corpo, sua cabeça ainda estava confusa sobre todo aquele momento.
– Blossom, está me escutando? – sua psiquiatra perguntou preocupada.
Após todo o evento, a próprio Blossom a chamou para uma consulta em seu apartamento.
– Ah. Sim. Desculpa. Divaguei um pouco. – murmurou, suspirando logo depois.
– Tudo bem. Vamos com calma. – sorriu amigavelmente. Blossom estava sentada no sofá e a psiquiatra na poltrona ao lado. – Você disse que atirou no caçador quatro vezes? – a ruiva assentiu. – E como se sentiu?
– Por matar alguém tão friamente ou por salvar meu abusador? – Blossom rebateu a pergunta e logo depois se desculpou, passando as mãos pelo rosto, frustrado. – D-Desculpa, é que...
– Tudo bem. Tudo bem. – a voz calma de sua psiquiatra tentou relaxa-la. A mulher a ajudou com um exercício simples de respiração. E após mais calma, a profissional continuou – Está arrependida pelo o que fez? Pelo visto não está sendo fácil trabalhar com ele.
– N-Não sei se me arrependo. E não. Não está sendo fácil. – respirou fundo – Ele ainda tenta se aproximar. Falar comigo, me tocar... – arrepiou-se, sentindo-se levemente enojada – E as palavras dele... O que ele disse lá...
– O que acha que significam?
Blossom negou.
– Não sei. Não sei mesmo. É como se ele... Se ele quisesse me dizer algo, mas... Mas não pudesse... Como se... Argh! – respirou fundo mais uma vez, as mãos passando por seus braços – Eu não sei o que pensar. Eu nem devia estar assim. Ele é um assassino. Um sequestrador e um abusador. Ele e... os irmãos.... Butch é o nome de um deles... – murmurou pensativa, mas logo balançou a cabeça – Por que estou assim? Por que estou começando a duvidar de... De todas as provas que apontam para ele? Por que estou começando a criar duvidas sobre a pessoa que mais estragou minha vida? A vida da minha família? Eu não entendo... – sua voz saiu embargada, finalmente notando que chorava.
A psiquiatra suspirou e anotou algumas coisas em um bloco.
– Você anda muito estressada. Eu vou-
– Era ele! Eu tenho certeza que era! – Blossom interrompeu pensativa.
“– Não era eu, Blossom!
– Eu juro... Pinky... Nunca fui eu...”
– Eu tenho certeza que era... – murmurou – A voz... O toque... Tem que ser ele!
– Blossom, concentre-se em mim agora. – a mulher chamou sua atenção. – Eu vou receitar alguns remédios para você. São um pouco fortes, então tome com cautela. Também vou pedir para que descanse bem e tente se distrair. Nada de trabalho e nada dele em sua cabeça. – levantou-se pegando suas coisas e deixando as receitas em cima da mesa. Ela rodeou o sofá e tocou o ombro de Blossom. – Sei que vai ser difícil te pedir isso, mas descanse, ok? Me prometa que vai descansar.
Blossom assentiu lentamente.
– Eu prometo. – ela murmurou e a mulher sorriu.
As duas se despediram e a psiquiatra saiu, deixando a ruiva sozinha com o silêncio do apartamento, mas com os próprios pensamentos. Blossom tinha certeza que era ele. Era Brick Jojo. Red era Brick Jojo e ninguém mais. Ninguém mais.
“Numa perigosa caçada, quando se tem uma única bala, a melhor estratégia é usá-la no alvo maior, mais perigoso, mais destrutivo, de modo certeiro.”
Valdir Gomes
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