Seungmin entrou na sala de Lee Know, tentando manter uma expressão neutra, mas era difícil não se lembrar do momento exato em que documentos foram arremessados em sua cabeça. Lee Know desde criança tinha essa mania de querer matar as pessoas lançando objetos. Estranho, mas Seungmin já havia se acostumado. Com uma pilha de papéis com gráficos e desenhos de produtos de esporte, ele fez o possível para agir como se tudo estivesse normal. Como sempre.
— Mi..Lee Know eu trouxe os materiais para a reunião com o pessoal do Brasil — disse ele, colocando a pasta na mesa. — Vai começar em alguns minutos.
Lee Know olhou para ele, um misto de seriedade e algo mais suave nos olhos. Lee Know sempre fora amigo de Seungmin. Quando menores, contavam tudo um para o outro, eram sempre a prioridade um do outro...porém agora, ainda amigos e tão perto um do outro, Lee Know sentia que estava o mais longe possível de Seungmin. E isso o deixava incomodado. Lee Know se perguntava se seria por conta do trabalho, da carreira ou da vida pessoal que quase nenhum tinha, mas teria outra razão para essa distância criada entre as duas partes.
Antes que pudesse responder, Han entrou na sala com uma bandeja, carregando uma torta olga e um café preto. Ele deixou os itens na mesa e começou a se retirar.
— Han, espera um pouco — disse ele, com uma voz mais suave. — Senta aí, por favor. Quero que fique.
Han hesitou por um momento, mas acabou se acomodando em um dos sofás. Seungmin, por sua vez, ficou parado por um instante, incerto do que fazer. Ele se sentou no sofá oposto, tentando ficar o mais discreto possível, enquanto Lee Know mudava a sua cadeira de lugar. Colocando-a no meio dos sofás, logo pegando uma fatia de torta. Posicionou o computador para sua frente, assim pegava todos da sala.
Depois de alguns segundos de silêncio desconfortável, Lee Know finalmente quebrou o gelo. — Seungmin, eu... — ele começou, respirando fundo. — Eu sei que as coisas não têm sido fáceis entre nós. Eu queria me de...scul..par pelo que aconteceu antes, quando eu perdi a paciência...eu estava irritado.
Seungmin ergueu os olhos, surpreso. Lee Know raramente se desculpava, e ouvir essas palavras era algo inesperado. Sabia que o amigo tinha problemas, mas quem é que não tinha?
— Eu sei que tenho surtos de raiva e às vezes sou agressivo. Não foi justo com você, e eu sinto muito por isso — continuou Lee Know, olhando diretamente para Seungmin. — Fico grato por você ainda estar aqui, como meu amigo, apesar de tudo.
Seungmin deu um pequeno sorriso, sentindo-se um pouco mais à vontade. — Todos temos nossos momentos ruins Lee! E apesar de tudo, somos amigos!
Han observava em silêncio, notando a sinceridade no rosto de Lee Know. Ele pegou uma fatia de torta e se recostou no sofá, sentindo que o ambiente, embora ainda carregado de emoções, estava um pouco mais leve. Seungmin, por sua vez, apenas acenou com a cabeça, aceitando as desculpas e relaxando um pouco mais na presença de seu amigo e colega.
O clima na sala ficou mais tranquilo, com Lee Know finalmente se sentando novamente e pegando seu café. Os três ficaram em silêncio por um momento quando a tela do computador de Lee Know se dividiu em várias janelas enquanto os participantes da reunião online começavam a se conectar. Do outro lado, estavam os representantes da empresa brasileira: Marcelo, o CEO, um homem de meia-idade com um sorriso caloroso; Ana Paula, a gerente de marketing, uma jovem profissional com uma aura de confiança e Felipe, o diretor de produtos, com uma expressão séria e concentrada.
— Bom dia a todos! — Marcelo iniciou com uma voz firme e autoritária. — Estamos ansiosos para discutir as oportunidades dessa parceria.
Lee Know respondeu com um sorriso confiante. — Bom dia, Marcelo. Vamos apresentar nossas ideias e ouvir as suas propostas. Seungmin, pode começar.
Seungmin se levantou e começou a apresentar os gráficos e desenhos dos novos produtos esportivos. Ele destacou as tendências de mercado, o público-alvo e as oportunidades de expansão. A equipe brasileira escutava em silêncio, sem expressar muitas reações, o que começou a criar uma tensão no ar.
Depois que Seungmin terminou, Ana Paula se manifestou. — Temos uma proposta para um evento de lançamento aqui no Brasil, com foco em uma campanha forte nas redes sociais. Planejamos usar influenciadores locais para criar uma conexão autêntica com o público jovem.
Lee Know assentiu, ponderando. — Uma abordagem interessante. — Ele olhou de relance para Han, que estava sentado mais atrás, tentando se manter invisível. — Han, você gostaria de compartilhar sua opinião sobre essa proposta?
Han, pego de surpresa, arregalou os olhos. Sentindo todos os olhares sobre si, ele engoliu em seco e se inclinou para frente. — Bem... Eu acho que a ideia de usar influenciadores é boa, mas talvez possamos fazer algo mais interativo... — Ele parou por um momento, nervoso. — Talvez possamos criar uma campanha onde os consumidores possam participar ativamente, como desafios ou competições. Poderíamos premiar os vencedores com produtos exclusivos ou experiências únicas. Isso poderia criar um engajamento mais emocional e uma conexão mais forte com a marca...
A sala virtual ficou em silêncio após a fala de Han. Os representantes da empresa brasileira se entreolharam, sem qualquer reação visível. Marcelo franziu o cenho, Felipe manteve sua expressão séria, e Ana Paula olhou para o lado, pensativa. O silêncio prolongado começou a pesar no ambiente, criando uma tensão palpável.
Han começou a se sentir desconfortável, interpretando o silêncio como desaprovação. Seu rosto ficou vermelho, e ele abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior, sentindo as lágrimas começarem a se acumular em seus olhos.
Marcelo finalmente quebrou o silêncio, mas de forma fria e profissional. — Obrigado, Han. Vamos considerar!
Lee Know percebeu a insegurança crescente de Han e interveio rapidamente. — Com licença, pessoal. Vamos precisar de uma pausa. Seungmin continuará a reunião por enquanto. Entrarei em contato mais tarde para discutir os detalhes finais.
Sem esperar por respostas, Lee Know desligou o microfone e se levantou. Ele foi até Han, que agora estava lutando para conter as lágrimas. Pegando a mão dele, Lee Know o conduziu rapidamente até o banheiro em sua sala.
Dentro do banheiro, Han desabou em lágrimas, sentando-se no chão frio.
— Eu estraguei tudo, não é? — Ele soluçou, cobrindo o rosto com as mãos. — Eles não gostaram da minha ideia... Eu fui um idiota por falar.
Lee Know se ajoelhou ao lado dele, tocando suavemente seu ombro.
— Han, não pense assim. — Ele falou com uma voz suave — Não foi sua culpa. Eles simplesmente estavam processando a informação.
Han olhou para Lee Know com olhos marejados, visivelmente abalado.
— Mas eles não disseram nada... Eles ficaram em silêncio. — A voz dele estava carregada de culpa e Lee Know odiava ouvi-lo assim, vê-lo assim.
Lee Know enxugou as lágrimas de Han com os dedos, seus olhos cheios de preocupação.
— Isso não significa que não gostaram da sua ideia. Às vezes, as pessoas precisam de tempo para processar novas informações. — Ele segurou o rosto de Han com as mãos, forçando-o a olhar diretamente para ele. — Você foi corajoso em compartilhar sua opinião.
Han fungou, ainda inseguro. — Você... você acha mesmo?
Lee Know deu um leve sorriso, inclinando-se para mais perto. — Eu acho. — Ele olhou nos olhos de Han, ainda segurando seu rosto. — Você é incrível, Han!
Han, ainda sentindo as lágrimas nos olhos, sorriu timidamente.
— Obrigado, Minho. — Ele murmurou, sentindo-se um pouco mais seguro e confortado, mas as lágrimas continuavam a cair. Jisung virou o rosto para o outro lado, onde Lee Know não pudesse ver. Ele estava com vergonha, talvez por ter chorado por algo bobo, talvez por não querer que Lee Know o veja daquela forma.
— Han, olhe para mim — disse Lee Know, suavemente, enquanto enxugava as últimas lágrimas no rosto de Han. — Você fez um excelente trabalho. Sua ideia foi brilhante, eu pessoalmente adorei. Não há motivo para chorar.
Han respirou fundo, ainda se sentindo um pouco inseguro. — Eu só... Eu só não queria estragar tudo. Achei que talvez tivesse falado algo errado...
Lee Know balançou a cabeça com um sorriso compreensivo. — Você não estragou nada. Na verdade, você trouxe uma perspectiva nova e criativa, você é mais talentoso do que imagina, e eu estou muito orgulhoso de você.
Han olhou para Lee Know, surpreso e tocado pelas palavras dele. A suavidade no olhar de Lee Know, combinada com o calor de seu toque, fez Han se sentir calmo. Ele começou a relaxar, sentindo-se seguro na presença do maior. Nesse momento, Lee Know se aproximou um pouco mais, sua voz baixa e carinhosa.
— Às vezes, você precisa confiar mais em si mesmo, assim como eu acredito em você.
Han sentiu um calor no peito ao ouvir essas palavras, e antes que pudesse responder, Lee Know inclinou-se suavemente para frente. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, Lee Know sentiu aquele gosto peculiar que sempre o surpreendia e encantava. Havia um leve sabor doce, misturado com algo que lembrava o frescor das frutas cítricas, como uma nota sutil de limão ou laranja. Era um gosto que Lee Know sempre associava à essência única de Han, um sabor que ele adorava e que trazia uma sensação de familiaridade e conforto.
Lee Know aprofundou o beijo, apreciando o toque macio dos lábios de Han e o sabor peculiar que sempre o fazia sentir um misto de excitação e desejo. Era como se cada beijo fosse uma nova descoberta, uma nova experiência que o aproximava ainda mais de Han, que o fazia querer ele mais e mais.
Quando se separaram, Lee Know manteve o olhar fixo nos olhos do moreno, sorrindo gentilmente. Han sentiu os últimas vestígios de tensão se dissiparem, um sorriso surgindo em seus lábios.
— Obrigado! — Ele disse, sua voz ainda um pouco trêmula, mas com gratidão.
Lee Know passou o polegar suavemente pela bochecha de Han, ainda mantendo o contato visual. — Sempre que precisar meu esquilinho! — Ele sorriu, antes de dar um último beijo suave na testa de Han, selando o momento com um gesto de carinho e proteção.
— Esquilinho?
Lee Know puxou Jisung para fora do banheiro antes que ele pudesse contrariar sobre o apelido que ele o dera. Ao passar para o escritório, Han ainda estava visivelmente abalado, mas parecia mais tranquilo após o breve momento de conforto. Lee Know manteve uma mão nas costas de Han, guiando-o de volta ao sofá.
Seungmin, que havia finalizado a reunião online, levantou-se ao ver os dois retornarem. Ele notou a expressão abatida de Han e a proximidade entre ele e Lee Know, algo que o surpreendeu, considerando que ele sempre foi de manter distância das pessoas.
— Han, você está bem? — Seungmin perguntou, tentando parecer simpático, mas com uma certa formalidade. Ele não conhecia Han o suficiente para ser muito íntimo, sua relação era principalmente profissional, visto que Han era apenas um colega de equipe.
Han forçou um sorriso, ainda um pouco tenso. — Sim, estou melhor. Obrigado por perguntar, Seungmin. — Sua voz estava um pouco hesitante, mas ele tentou parecer mais calmo.
Seungmin deu um sorriso breve, um pouco incerto. Ele hesitou por um momento antes de dar um tapinha no ombro de Han, mais como um gesto automático de apoio.
— Que bom. Não se preocupe, você fez o seu melhor. — Ele falou, tentando soar reconfortante, mas ainda assim distante.
O gesto pegou Lee Know de surpresa. Ele sentiu uma pontada de ciúme ao ver Seungmin tocá-lo, mesmo que de maneira amigável. Rapidamente, com um movimento sutil, colocou a mão na cintura de Han, puxando-o levemente para mais perto de si. Seungmin ao ver, entendeu como uma clara declaração de que Han era alguém importante para ele.
Ele levantou uma sobrancelha, confuso com a ação de Lee Know. Ele conhecia seu amigo desde a infância, mas nunca havia visto Lee Know agir dessa maneira com outro homem, ou com qualquer outra pessoa. "O que está acontecendo aqui?" Seungmin pensou, mas decidiu não questionar abertamente. Lee Know sempre fora um tanto imprevisível, e Seungmin preferiu não se meter.
— A reunião já terminou. — Seungmin informou, voltando sua atenção para Lee Know. — Eles gostaram das ideias iniciais e querem discutir mais detalhes em um próximo encontro. — Ele explicou, tentando retomar o profissionalismo da situação.
Lee Know assentiu, ainda mantendo Han próximo a ele. — Ótimo. — Ele respondeu, mantendo um tom neutro. — Obrigado por finalizar tudo, Seungmin. — Sua voz era um pouco mais suave ao olhar para Han, ainda preocupado com o bem-estar dele. — Han, você pode se sentar um pouco, se quiser. — Ele sugeriu, tentando dar um pouco mais de espaço para ele se acalmar.
Seungmin observou a interação, ainda tentando entender o que estava acontecendo. A relação entre Lee Know e Han parecia mais íntima do que ele havia imaginado, mas ele decidiu não questionar. Lee Know era seu amigo, e ele confiava em seu julgamento, mesmo que a situação o deixasse intrigado.
Enquanto Han se sentava, Lee Know e Seungmin trocaram um olhar rápido. Não havia necessidade de mais palavras, a mensagem estava clara. Seungmin, mesmo sem entender completamente, sabia que algo havia mudado e que sua presença já não era mais necessária, porém ele tinha algo que ele gostaria de saber
— A propósito, você tem falado com Bang Chan? — Ele perguntou, lembrando-se do líder da equipe.
Lee Know se acomodou ao lado de Han no sofá, colocando uma mão carinhosamente sobre a coxa do moreno. — Bang Chan está em uma viagem de negócios. — Respondeu com naturalidade. — Ele volta em três dias, talvez um pouco mais.
Seungmin observou o gesto, percebendo a intimidade entre os dois, mas optou por não comentar. Ele sabia que, às vezes, era melhor deixar certas coisas passarem sem questionar, principalmente se o assunto era Lee Know. Em vez disso, ele se levantou, ajeitando sua gravata.
— Bem, eu vou me retirar agora. Preciso ir para a empresa do meu pai. — Ele disse, tentando soar casual. — E, Lee Know, sobre a proposta que meu pai fez na última reunião...
Lee Know levantou uma mão, interrompendo Seungmin. — Não é o momento para isso! — Ele disse, o tom sério. — Mas prometo que falarei pessoalmente com ele em breve.
Seungmin assentiu, aceitando a resposta.
— Entendido. — Disse ele, dando um último olhar curioso para Lee Know e Han antes de sair da sala, fechando a porta atrás de si.
Com Seungmin fora, Lee Know virou toda a sua atenção para Han. Ele apertou suavemente a coxa de Han, olhando-o com preocupação evidente. — Você está se sentindo melhor? — Perguntou, seus olhos vasculhando o rosto de Han em busca de qualquer sinal de desconforto.
Han sorriu um pouco, ainda se recuperando do choro recente. — Sim, estou melhor.. — Tentou tranquilizá-lo, mas o tom protetor de Lee Know persistia.
— Tem certeza? — Lee Know continuou, visivelmente preocupado. — Você precisa de água? Ou chá? Talvez uma massagem nos ombros? — Ele perguntou, rapidamente se perdendo em uma lista de possíveis cuidados. — Ou talvez um cobertor ou está quente demais aqui? Eu posso baixar o ar condicionado. E se você estiver com fome, podemos pedir algo para comer, qualquer coisa que você queira! — Sua voz era urgente, quase cômica em sua preocupação.
Han não conseguiu conter um riso suave, tocando o braço de Lee Know. — Lee Know, calma. Estou bem, de verdade. — Ele disse, tentando acalmar o maior que o olhava de olhos arregalados e fixos.
Lee Know fez uma pausa, olhando para Han com uma expressão incrédula. — Mas e se você não estiver? — Ele insistiu. — Eu só quero garantir que você esteja confortável. Não quero que se sinta mal por causa daquela reunião...
Han balançou a cabeça, rindo de novo.
— Você está sendo um pouco exagerado, sabe? — Ele brincou, seus olhos brilhando com diversão. — Mas é fofo ver você tão preocupado. Não sabia que você podia ser tão... cuidadoso.
Lee Know ergueu uma sobrancelha e soltou um suspiro exagerado, tentando esconder seu verdadeiro sentimento.
— Quem está preocupado? Eu não... — Ele respondeu, se fazendo de desentendido.
Mas seus olhos ainda carregavam uma preocupação não dita, revelando que, na verdade, ele estava sim, muito preocupado.
Sem conseguir esconder um sorriso, Lee Know se inclinou para frente e, pegou as bochechas de Han entre as mãos, apertando-as suavemente.
— Você é tão fofo, Jisungie. — Ele disse, com um sorriso entre os lábios. — Como alguém pode não se preocupar com você?
Han bufou, tentando falar com as bochechas apertadas. — Yah, Minho, pare com isso! — Ele protestou, mas havia uma risada em sua voz.
Lee Know soltou uma risada suave, finalmente soltando as bochechas de Han, mas não antes de plantar um beijo rápido na ponta de seu nariz.
— Você gostou que eu sei!
Han olhou para a mesa e avistou o restante da torta de Olga. Seus olhos brilharam, ele se levantou rapidamente e pegou um pedaço de torta, aproximando-se de Lee Know com um sorriso travesso no rosto.
— Olha só o que eu tenho aqui! — Disse Han, balançando o pedaço de torta na frente de Lee Know. — Um delicioso pedaço de torta para o senhor. — Ele falou de forma exagerada, como se estivesse oferecendo a sobremesa de forma cerimoniosa.
Lee Know o encarou com uma sobrancelha arqueada, uma expressão cética no rosto. — Senhor? Você está mesmo tentando me dar torta como se fosse um avião? — Perguntou, tentando não rir da ideia ridícula.
Han fez um barulho de avião com a boca, movendo a mão com o pedaço de torta na direção de Lee Know. — Ahn, ahn! Abre a boca, Lee Know Airlines está chegando para o pouso! — Ele disse, divertido.
Lee Know revirou os olhos, achando tudo aquilo uma grande bobeira. — Você é impossível, sabia? — Disse, tentando manter uma expressão séria.
Antes que pudesse continuar, Han rapidamente enfiou um dedo na barriga de Lee Know, pressionando levemente um ponto sensível. Lee Know soltou um grunhido de dor e surpresa, instintivamente abrindo a boca. Foi o momento perfeito para Han enfiar o pedaço de torta em sua boca.
— Aí está! — Han exclamou, empurrando a torta na boca de Lee Know, que arregalou os olhos de surpresa.
Lee Know mastigou o bolo, engolindo-o com um suspiro resignado. — Você é um caso perdido, sabia? — Disse, tentando parecer irritado, mas o sorriso em seu rosto traía seu verdadeiro humor.
Han sorriu, sentindo-se satisfeito com seu pequeno triunfo. — Talvez, mas você gosta de mim assim mesmo, né? — Ele perguntou.
Lee Know olhou para Han, seus olhos suavizando. Ele se inclinou mais perto, seu tom agora mais suave e cheio de ternura.
— Eu não gosto de você, Jisung. — Disse, sua voz calma e gentil. — Eu amo você, exatamente assim, com todas as suas travessuras e seu jeito especial de me fazer sorrir!
Han corou ligeiramente, seu sorriso se alargando. — E eu amo você, Lee Know. — Respondeu, a sinceridade em suas palavras clara como o dia.
Han sentiu seu coração disparar ao ouvir as palavras de Lee Know. "Eu amo você." Essas três palavras ecoaram em sua mente, reverberando como uma doce melodia que ele nunca esperou ouvir. A confissão de Lee Know trouxe uma sensação avassaladora que era completamente diferente de qualquer coisa que já havia experimentado. Não era como os sentimentos mornos que tinha com sua antiga namorada ou as lições de amor que sua mãe lhe ensinara.
Esse amor era diferente em todos os aspectos. Não envolvia uma mulher, como sua mãe sempre imaginara para ele, mas um homem — um homem lindo, gostoso e com um olhar que derretia seu coração. Han sentia uma mistura de excitação e nervosismo sempre que estava perto de Lee Know, algo que nunca havia sentido antes.
Ele lembrou-se de como seu relacionamento com a ex namorada era superficial, mais como um teatro. E sua família era o espectador. Desde a adolescência sabia que não gostava de mulher, mas sua mãe era contra, por isso nunca se atreveu a contar. Seus encontros com a antiga namorada eram sempre acompanhados de sua mãe, os presentes que dava a ela, escolhidos por sua mãe, era tudo previsível, seguro, quase como se estivesse seguindo um roteiro. Mas com Lee Know, era como navegar por um mar desconhecido, onde cada dia trazia novas aventuras e emoções. Não era apenas o fato de estar com um homem, era estar com ele, Lee Know, alguém que fazia seu coração bater mais forte com apenas um sorriso, com um toque...
Enquanto olhava nos olhos de Lee Know, Han percebeu que esse amor era tudo o que ele sempre quis, mesmo sem saber.
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