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História Why are you so obsessed with me? Minsung - Capítulo 38 - História escrita por OhayoKat - Spirit Fanfics e Histórias
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História Why are you so obsessed with me? Minsung - Capítulo 38


Escrita por: OhayoKat

Capítulo 39 - Capítulo 38


Dois dias se passaram desde que Min-seo visitou Han. Em Bucareste, Lee Know acordou cedo com os primeiros raios de sol atravessando as cortinas pesadas do quarto de hotel. O ar frio da manhã preencheu o ambiente enquanto ele saía da cama e seguia para o banheiro. Sua rotina matinal seguiu como de costume — escovar os dentes, lavar o rosto, mas hoje ele se sentia diferente. Não estava a fim de colocar um terno. Em vez disso, escolheu uma camisa branca simples, calça jeans preta com rasgos nos joelhos, e decidiu deixar o cabelo ao natural, com a franja caindo sobre a testa, sem o habitual esforço para ficar impecável.

Decidido, Lee Know tomou uma decisão importante: voltaria para Seul. Estava na hora de enfrentar Han, de resolver seus medos e inseguranças, de terminar de vez com a confusão em sua mente. Mas não só isso. Ele queria pedir Han em namoro oficialmente. O pensamento de finalmente dar esse passo trouxe um sorriso ao seu rosto. Depois disso? Bom, ele planejava dar um soco em Hyun-woo. Só de imaginar essa cena, ele riu.

Com as malas prontas, ele foi ao quarto de Hyunjin e Seungmin, que já estavam acordados. Hyunjin estava no celular, rindo de algo que provávelmente se chamava Felix e Seungmin digitava algo rapidamente para..provavelmente....Bang Chan. Lee Know revirou os olhos.

— Quanta gente apaixonada por aqui — murmurou, rindo baixinho ao perceber que agora ele também era um deles.

Despediu-se brevemente, avisando que estava indo para o aeroporto, e saiu do hotel. O clima lá fora estava mais frio do que nos últimos dias, com ventos fortes varrendo as ruas. “Será que vem uma tempestade?”, ele pensou, encolhendo-se no casaco enquanto dirigia até o aeroporto.

Ao chegar, comprou sua passagem. A espera era de uma hora até o próximo voo para Seul, o que o levou a buscar algo para comer. Ele entrou na cafeteria mais próxima. O local tinha um charme acolhedor, com paredes de tijolos aparentes e iluminação quente, e o cheiro de café fresco preenchia o ar. Lee Know sentou-se em uma mesa perto da janela, observando o movimento lá fora enquanto esperava seu pedido.

Depois de cinco minutos, o atendente trouxe uma bandeja com café e alguns pastéis. Lee Know olhou para a quantidade e reclamou para si mesmo:

— Um assalto... isso mal dá para duas mordidas.

Comendo devagar, seus pensamentos logo se voltaram para Han. Como ele reagiria ao vê-lo de novo? O que diria quando finalmente estivesse diante dele? De repente, Lee Know sentiu a necessidade de expressar o que estava sentindo e tirou um caderno da mala. Decidiu escrever uma carta para Han, uma que colocasse tudo para fora, sem reservas.

Ele começou a escrever.

Querido Han,

Eu nunca fui bom com palavras, mas há algo que preciso te dizer. Nos últimos tempos, o medo de te perder tem me sufocado. Minhas inseguranças parecem crescer a cada segundo, e elas pioram quando Hyun-woo está por perto. Eu me vejo em um conflito constante, tentando segurar você e ao mesmo tempo lidando com meus próprios demônios. Mas o que mais me assusta é o quanto você importa para mim, e o quanto eu não consigo imaginar a minha vida sem você. Vou admitir, desde que fui para Romênia, tenho tentado te afasta...por medo, talvez culpa? Sim, eu te culpei pelo que aconteceu, pela minha distração e por quase tudo que deu errado esses últimos dias...e pra falar a verdade, refletindo agora...sinto que eu menti para mim mesmo. Você não é culpado, nunca foi e nunca vai ser!

Eu não sou perfeito, você sabe disso, mas te amar me faz querer ser melhor. Você mudou tudo em mim, Han. A maneira como vejo o mundo, a forma como me importo com as coisas... Você me faz perder a cabeça. Estou obcecado por cada parte de você, da sua cabeça até seus pés. Há momentos em que só de pensar em você, sinto que não consigo respirar direito, e tudo o que quero é estar perto, mais perto do que qualquer pessoa já esteve.

Eu te amo tanto que chega a doer às vezes, e admitir isso para você é um desafio, mas admitir para mim, foi pior ainda. ....

Ele parou, pensando nas palavras, mas não teve muito tempo para se perder nelas. Seu voo foi anunciado mais cedo, e ele se apressou para pagar a conta e ir em direção ao portão de embarque. A viagem para o avião foi rápida, e logo ele estava acomodado em seu assento. A aeromoça começou a falar sobre as instruções de segurança, mencionando o uso do cinto, e ele seguiu as orientações. Assim que o avião decolou e ele teve um momento de paz, voltou a escrever.

...Se eu pudesse te descrever, Han, eu começaria pelo seu cabelo, que me fascina sempre que cai de um jeito despretensioso sobre sua testa. Sua pele... é tão suave, e eu adoro o jeito como ela brilha na luz da manhã. Seus olhos, Han... quando você me olha, é como se todo o mundo ao redor desaparecesse. E suas bochechas... como você fica lindo quando acorda de manhã, meio amassado pelo sono. Eu amo o seu cheiro, doce e único, e essa sua estranha preferência por sorvete de pistache,  algo que eu nunca entendi, mas que agora acho adorável, só porque é você.

Mas o que mais importa para mim é a sua felicidade. O jeito que você sorri, a sua risada... Eu daria qualquer coisa para te ver sempre feliz. Você é sensível, gentil com os outros, e isso me fez perceber que eu nunca conheci ninguém como você. Eu nunca senti algo assim antes, e por mais que eu lute com os meus sentimentos às vezes, uma coisa eu sei com certeza: eu te amo. E eu nunca te trocaria por nada nesse mundo. Eu vejo que só preciso de você!
Todos falam ou tem a impressão de que sou um cara afortunado e realmente sou, sempre tive tudo que eu queria na palma da minha mão...conseguia a maioria com dinheiro, mas você, seu amor, seu sorriso...Isso o dinheiro não pode comprar e estou disposto a fazer qualquer coisa para ter.

Lee Know leu o que tinha escrito, seus sentimentos transbordando nas palavras. Guardou a carta no bolso, sentindo-se um pouco mais calmo. Agora, só faltava encontrar Han e finalmente dizer tudo o que estava preso dentro dele.

Lee Know terminou de escrever a carta, observando cada palavra com atenção antes de dobrá-la cuidadosamente. Ele a guardou em um bolso interno de sua mochila, um lugar seguro, onde sabia que não a perderia de jeito nenhum. Fez isso com o maior cuidado, como se estivesse protegendo algo precioso. Ele pegou o celular antes de desligá-lo e enviou uma mensagem rápida para Hyunjin:

"Estou voltando para Seul. Avise minha mãe, por favor."

No exato momento em que pressionou "enviar", a voz do piloto ecoou pelo sistema de som do avião.

— Atenção, senhores passageiros. Estamos atravessando uma área de forte turbulência, com ventos intensos e tempestades. Pedimos que todos permaneçam calmos e se mantenham seguros em seus assentos. Caso percamos um dos motores, as máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Este é um bom momento para manter a fé e rezar para que nada aconteça.

Lee Know apertou o cinto, tentando manter a calma, mas sentiu seu coração acelerar. A aeronave começou a tremer com violência, e ele agarrou firme os braços da poltrona, o rosto ficando tenso. "Por favor, não agora", ele pensou. Não podia ser agora, não antes de resolver tudo com Han.


---

Um dia depois, em Seul.

Era quase Natal, e a cidade estava cheia de luzes festivas, apesar do frio rigoroso. Han e Felix estavam sentados em uma cafeteria próxima ao aeroporto, conversando enquanto Min-seo escolhia o que iriam comer. O ambiente estava quente mesmo com o frio intenso láfora, cheio de pessoas se preparando para as festividades. Han olhou pela janela por um momento, perdido em seus pensamentos, antes de virar para Felix.

— Eu preciso falar com Lee Know. Sobre... sabe, esses sentimentos confusos que estou tendo, sobre Hyun-woo. Eu preciso ser honesto com ele.

Felix o escutava com atenção, como sempre, oferecendo apoio com um sorriso suave.

— Vai dar tudo certo, Han. Você só precisa ser honesto consigo mesmo também.

Han sorriu de volta, sentindo-se mais leve por poder compartilhar suas preocupações com seu amigo. No entanto, o som da televisão chamou a atenção de todos no café. Uma transmissão urgente interrompia a programação normal.

Últimas notícias. Um avião que partiu de Bucareste com destino a Seul caiu no mar. Segundo informações preliminares, não há sobreviventes. O voo, que enfrentou condições climáticas extremas, perdeu um motor antes de cair. Equipes de resgate estão no local recolhendo destroços e pertences dos passageiros, que serão entregues às famílias.

Han sentiu o coração parar por um segundo. Bucareste para Seul? Lee Know estava vindo de lá. Ele olhou imediatamente para Felix, que estava pálido, enquanto ambos tentavam processar a informação.

De repente, o telefone de Min-seo tocou. Han observou à distância enquanto ela atendia, tentando entender o que estava sendo dito, mas as palavras se perdiam. Min-seo começou a tremer, e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, o copo de café que ela segurava escorregou de suas mãos, espatifando-se no chão. Ela começou a chorar desesperadamente.

Han e Felix correram até ela, o coração de Han batendo descompassado, o pânico crescendo em seu peito. Em meio aos soluços e prantos, Min-seo, com a voz embargada e mal conseguindo respirar, gaguejou:

— O Lee... o Lee Know estava no avião... que caiu...ele morreu...ele...

Três dias depois – Min-seo

Nunca pensei que um dia receberia os pertences de meu filho assim. Uma caixa simples, fria e pesada com o peso de tudo o que ele foi, ou o que restou dele. Os resgatistas disseram que uma parte do avião ficou fora d'água, como um milagre cruel, mas isso permitiu salvar alguns objetos. Entre roupas e pequenos pertences, estava lá. E está carta.

Eu me sentei em sua cama, aquele cheiro familiar que ainda pairava no ar, uma lembrança tão viva. Revisei cada item cuidadosamente, tentando encontrar qualquer coisa que me ligasse a ele por mais um segundo. O silêncio da casa era esmagador, mas me forçava a continuar, como se cuidar dessas coisas fosse a última tarefa de uma mãe por seu filho.

Lembrei de quando ele era pequeno, correndo pela sala com aquele sorriso travesso, sempre desafiando as regras com uma determinação que nunca o abandonou. A primeira vez que ele falou sobre Han, seus olhos brilhavam, e eu sabia que ali tinha algo especial. E agora... isso.

A carta, dobrada com precisão, parecia diferente de tudo ali dentro,  com um aspectoestranho e um cheirode água salgada, talvezpor ter molhado?
Eu a segurei nas mãos, meu coração pesado, mas não abri. Sabia que essa carta não era para mim. Era para Han, e mesmo com toda a dor que eu estava sentindo, essa era uma mensagem que precisava chegar a ele, gostaria que fosse para mim? Sim, mas não era.
Guardei a carta em um lugar seguro, junto de memórias que ninguém poderia tirar de mim.

O funeral seria amanhã. Sem corpo. Não sei como as pessoas conseguem lidar com isso, enterrar o que não existe mais. Como mãe, é insuportável. Pensei em cada detalhe da cerimônia, em como ele detestaria uma despedida tão triste, mas como não seria? O que restava era a saudade e o vazio de um futuro interrompido. Ele se foi antes de eu ter tido a chance de dizer o quanto eu o amava, o quanto ele me fazia sentir orgulho. Amanhã, eu tentaria ser forte, mas hoje, só queria me permitir sentir essa dor.


---

Um dia depois – Han

Hoje era o dia mais triste da minha vida. Acordei com o peso de uma realidade que eu não queria enfrentar, uma dor que parecia me consumir desde dentro para fora.  Lee Know se foi. Essas palavras ainda pareciam surreais, como se a qualquer momento ele fosse aparecer, com aquele sorriso arrogante, pronto para me dizer que tudo isso não passava de um mal-entendido e que eu era para parar de ser besta.

Hyunjin e Seungmin voltaram para Seul depois do acidente, e estavam aqui hoje, ao meu lado. Felix, e até Hyun-woo estavam presentes. Min-seo, junto com o irmão mais novo de Lee Know, que eu sempre quis conhecer, mas nunca pensei que seria sob essas circunstâncias e seu pai, a expressão devastada, tentando encontrar consolo em meio ao luto. A maioria dos funcionários da empresa vieram,  assim como amigos próximos e sócios. Ao todo, eram cerca de trezentas pessoas, todas aqui para o funeral de Lee Know.

A cerimônia foi marcada em uma igreja, um lugar de arquitetura antiga, cheia de vitrais coloridos que refletiam a luz do sol de inverno com uma suavidade quase triste, Lee Know provavelmente odiaria. O cheiro de flores permeava o ar, o ambiente estava silencioso, exceto pelos murmúrios abafados e soluços ocasionais. As pessoas começaram a se levantar e ir até o altar para falar sobre Lee Know, suas memórias, seus gestos, suas palavras.

Olhava para frente, vendo aqueles rostos familiares e outros desconhecidos, mas tudo parecia distante. Cada discurso era uma facada no coração, uma lembrança dolorosa do que perdemos. Eu queria falar, queria dizer algo sobre o quanto ele significava para mim, mas as palavras simplesmente não vinham.

Então, antes de a mãe de Lee Know subir ao altar, ela se aproximou de mim. Min-seo estava abatida, mas havia uma força em seus olhos que eu admirava. Ela me entregou um papel dobrado com cuidado. Eu a olhei, confuso, e ela apenas assentiu, como se soubesse que eu precisava daquilo mais do que qualquer coisa naquele momento.

— É para você — sussurrou, antes de subir ao altar.

Com mãos trêmulas, abri o papel. Era uma carta, meio suja e com cheiro salgado. Min-seo começou a falar, e, enquanto ela pronunciava as palavras com dificuldade, eu li.

As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos, e eu não consegui mais contê-las. Cada palavra daquela carta era como uma confissão de amor que ele nunca pôde terminar.

Minha visão ficou embaçada, mas eu continuei lendo, sentindo a dor apertar mais a cada palavra.

Minhas mãos tremiam tanto que eu mal conseguia segurar o papel. Hyun-woo, que estava ao meu lado, segurou minha mão, me dando o apoio que eu precisava naquele momento. Mas nada parecia o suficiente para aliviar a dor.

"Eu vejo que só preciso de você!
Todos falam ou tem a impressão de que sou um cara afortunado e realmente sou, sempre tive tudo que eu queria na palma da minha mão...conseguia a maioria com dinheiro, mas você, seu amor, seu sorriso...Isso o dinheiro não pode comprar e estou disposto a fazer qualquer coisa para ter."

As últimas palavras da carta foram como uma lâmina cortando meu peito.
Eu soluçava, as lágrimas caíam sem controle. Quando terminei de ler, percebi que Min-seo já havia concluído seu discurso, e todos os olhares agora estavam voltados para mim. Era minha vez de falar, mas eu mal conseguia respirar.

Eu me levantei lentamente, ainda segurando a carta com força, tentando encontrar as palavras que pareciam presas em minha garganta.

Eu subi ao altar com as pernas pesadas, ainda segurando a carta que Lee Know me escreveu. A igreja estava cheia, mas o silêncio era quase ensurdecedor, como se o peso da perda pairasse sobre todos ali. Meu coração batia descompassado, e por um momento, olhei para os vitrais iluminados, tentando encontrar força nas cores suaves que a luz refletia.

Quando finalmente abri a boca para falar, minha voz saiu fraca, hesitante.

— Há pessoas que se amam, mas não ficam juntas... — comecei, sentindo as palavras se formarem lentamente. — E há aquelas que ficam juntas, mesmo que não se amem. Às vezes, elas permanecem juntas porque se odeiam, como se o ódio fosse o fio que as prende. E, por isso, passam a vida destruindo uma à outra. Talvez, pela familiaridade e rotina, possa nascer um amor...mas só talvez

Olhei para os rostos na multidão. Min-seo, chorando em silêncio ao lado de Felix, e Hyun-woo me observando com um olhar firme, como se quisesse me dar força apenas com sua presença. Continuei.

— Mas também há aqueles que se amam e ficam juntos... seja por um tempo, ou até o final do tempo. — Minha voz quebrou nesse momento, e eu precisei parar, engolindo o nó na garganta. — Eu queria ter tido mais tempo com ele. Nós ficamos juntos por um tempo, e, honestamente, isso nunca foi suficiente para mim. Eu queria o final do tempo.

Eu abaixei a cabeça por um momento, sentindo o peso de tudo aquilo cair sobre mim. As lágrimas já não paravam de escorrer, e a carta, agora amassada em minhas mãos, parecia quase queimar com as palavras de Minho.

— Lee Know... — continuei, respirando fundo, tentando me recompor. — Minho... Ele era muitas coisas para muitas pessoas. Um líder, um filho, um amigo. Mas para mim, ele era... — minha voz tremeu — ...ele era tudo. Eu gostava tanto dele, de cada detalhe seu, de como ele sorria para mim de forma torta, como ele ficava bravo por coisas pequenas, e de como ele sempre tentava esconder sua fragilidade, mas eu via. Eu via tudo nele.

Eu olhei para a carta novamente, como se aquilo fosse a única coisa que ainda o conectava a mim.

— Eu o amava. Eu amava Lee Minho, e mesmo que eu tenha falado isso poucas vezes, menos do que eu deveria e queria, eu sei que ele sabia. Eu sei que ele sabia... — As lágrimas caíam mais rápido agora, enquanto eu segurava a carta contra o peito, como se quisesse sentir Lee Know perto de mim, mesmo que fosse impossível.

O silêncio na igreja era absoluto. Cada pessoa parecia estar sentindo um pedaço da dor que eu carregava naquele momento.

— Eu daria qualquer coisa para poder dizer isso a ele mais uma vez — sussurrei, olhando para o alto, como se, de alguma forma, ele pudesse me ouvir. — Qualquer coisa.

Eu enxuguei as lágrimas com a manga do casaco, tentando recuperar o fôlego.

— Não importa quanto tempo passamos juntos, o quanto discutimos ou rimos. Eu o amava, e sempre vou amar. E sei que, de alguma forma, ele vai continuar vivendo em mim, nas nossas memórias, nos momentos que tivemos. Lee Minho foi o melhor de mim, e agora ele se foi. Mas eu vou carregar isso comigo. Sempre!

Min-seo, que até então assistia em silêncio, assentiu levemente com a cabeça, como se me entendesse de uma maneira que ninguém mais poderia. Eu desci do altar lentamente, as pernas trêmulas, e voltei para meu lugar, sentindo o peso de cada palavra que havia dito, como se estivesse entregando a última parte de mim para ele.

Hyun-woo apertou minha mão mais uma vez, silencioso, mas presente. Fechei os olhos por um instante, ouvindo apenas o eco do meu próprio coração, ainda preso no momento em que Lee Know se despediu sem realmente partir.

O fim da cerimônia de Lee Know trouxe uma sensação agridoce. A dor ainda estava muito presente, mas algo dentro de cada um de nós parecia lentamente se abrir, como se, no meio da perda, houvesse um espaço para o amor florescer de formas inesperadas.

Han saiu da igreja e foi até o jardim, precisando de um momento para respirar. A carta de Minho ainda estava em seu bolso, e ele a tocava com frequência, como se fosse um amuleto que o conectava ao que restava de seu amor.
Hyun-woo apareceu silenciosamente ao seu lado, sem dizer nada no início. Ele apenas observou Han, sentindo o peso da tristeza que o outro carregava.

— Eu nunca imaginei que perder alguém assim seria tão devastador — Han disse, com a voz baixa, quase para si mesmo.

Hyun-woo se aproximou, hesitante, mas determinado. Ele colocou a mão no ombro de Han, e depois falou suavemente:

— Eu sei que nada do que eu disser vai trazer ele de volta... mas quero que saiba que você não precisa passar por isso sozinho.

Han olhou para ele, vendo nos olhos de Hyun-woo uma mistura de compaixão e... algo mais. Algo que ele nunca havia percebido antes.

— Eu não sei o que fazer com tudo isso, Hyun-woo — Han confessou, os olhos marejados novamente. — Parte de mim quer gritar, correr... mas outra parte só quer... seguir em frente, mesmo que isso pareça impossível.

Sabe, o amor pode machucar as pessoas Han, como também pode salvá-las..reconheço que você foi uma das que saiu machucadas, mas gostaria que confiasse em mim ..... e no que eu digo.

Hyun-woo sorriu, apertando a mão de Han em um gesto de apoio.

— Quando estiver pronto para seguir em frente, estarei aqui. Não importa quanto tempo leve. — Sua voz foi sincera, e Han sentiu uma pontada de gratidão. Não era sobre substituir Minho, mas sobre ter alguém que o ajudaria a se encontrar novamente.

Por um momento, Han se permitiu relaxar contra Hyun-woo, sentindo que talvez, um dia, pudesse aprender a viver de novo, mesmo sem Minho.

Ao olhar para o outro lado do jardim, viu Felix e Hyunjin....

Hyunjin estava de pé, observando o céu nublado com os olhos vazios. Ele não conseguia afastar o sentimento de vazio que a perda de Lee Know havia trazido. Felix se aproximou, percebendo a tristeza profunda que dominava o namorado.

— Hyunjin... — Felix começou suavemente, deslizando a mão no braço de Hyunjin. — Eu sei que está sendo difícil... você sempre foi tão próximo dele.

Hyunjin suspirou, sem conseguir dizer nada de imediato. As palavras estavam presas na garganta. Felix então se aproximou mais, abraçando Hyunjin por trás e encostando o queixo no ombro dele.

— Sabe, eu... nunca vi você se abater desse jeito. E isso me assusta um pouco, porque... eu também não sei o que fazer. Mas vou estar aqui, ok? — Felix apertou mais o abraço, querendo que Hyunjin sentisse o calor de sua presença.

Hyunjin finalmente cedeu, deixando as lágrimas rolarem pelo rosto.

— Obrigado, Lix... por sempre estar aqui. Eu só... às vezes sinto que posso perder tudo em um segundo. — Ele limpou os olhos rapidamente, respirando fundo. — Não quero te perder também.

Felix sorriu suavemente, beijando a bochecha de Hyunjin.

— Não vai me perder. Eu prometo. — Sua voz era uma garantia silenciosa de que, não importa o que acontecesse, ele permaneceria ao lado de Hyunjin. O amor deles era forte o suficiente para sobreviver a qualquer tempestade.

No meio do jardim, Bang Chan estava sentado no banco, um pouco afastado da multidão. Seungmin se aproximou devagar, sentando ao lado dele. O silêncio entre eles não era desconfortável, mas estava carregado de pensamentos não ditos.

Seungmin respirou fundo, hesitando antes de falar.

— Sabe... a morte de Lee Know me fez pensar em muitas coisas. Sobre o que estamos fazendo com nossas vidas... sobre as chances que a gente deixa escapar.

Bang Chan franziu o cenho, olhando para Seungmin com curiosidade.

— Do que você está falando? — perguntou, sua voz suave, mas atenta.

Seungmin olhou para ele, os olhos sérios.

— Estou falando sobre a gente, Chan. Sobre o que sinto por você há tanto tempo, mas nunca disse. — Ele engoliu em seco, o nervosismo evidente. — Eu... eu amo você. Sempre amei. E vendo o que aconteceu com Han e Lee Know... eu percebi que não quero esperar até ser tarde demais.

Bang Chan ficou em silêncio, o coração batendo mais rápido. As palavras de Seungmin o pegaram de surpresa, mas ao mesmo tempo, soavam como algo que ele já sabia, lá no fundo.

— Seungmin... — Chan começou, com um sorriso suave se formando nos lábios. — Eu também amo você. Eu só nunca soube como dizer.

O alívio nos olhos de Seungmin era palpável. Ele pegou a mão de Chan, apertando-a levemente.

— Então vamos parar de esperar — Seungmin disse, decidido. — Vamos fazer isso acontecer. Eu não quero olhar para trás um dia e perceber que perdi você por medo.

Chan assentiu, sentindo o calor que as palavras de Seungmin traziam. Eles se aproximaram, as testas se tocando levemente, ambos sentindo a profundidade do momento.

— Estamos juntos nessa, Min — Chan sussurrou. — Sempre estivemos. E agora, é oficial.

Os dois sorriram um para o outro, e o peso do mundo pareceu diminuir um pouco naquele instante.


Apesar da dor imensa pela perda de Lee Know, os pequenos momentos de amor e conexão entre todos ali eram o que mantinham cada um de pé. Han, Hyun-woo, Felix, Hyunjin, Seungmin e Bang Chan — cada um carregava sua própria dor, mas também uma chama de esperança. O amor, em suas diferentes formas, era o que continuava a movê-los, mesmo nos dias mais sombrios.

A vida seguiria em frente, com saudades e memórias, mas também com a certeza de que, no meio da dor, sempre haveria espaço para o amor florescer. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Às vezes, a vida nos surpreende de maneiras que não estamos preparados para enfrentar, e a perda de alguém que amamos profundamente pode nos deixar sem chão. A dor parece interminável, e o vazio que fica pode ser insuportável. No entanto, mesmo em meio a essa escuridão, há algo que nos mantém de pé: as pessoas que ficam, que nos estendem a mão e nos ajudam a seguir em frente, passo a passo, sem pressa.

A morte nos ensina muitas lições, mas talvez a mais importante seja sobre o valor da presença daqueles que ainda estão ao nosso lado. Nossos amigos, familiares e até novas conexões nos oferecem apoio, compreensão e amor, exatamente quando mais precisamos. A superação não vem de esquecer, mas de aprender a viver com as lembranças e continuar honrando o que compartilhamos com aqueles que partiram.

Não existe um caminho certo ou fácil para superar a perda, mas é importante lembrar que você não está sozinho. Permita-se sentir, chorar e lembrar, mas também se permita ser amado e apoiado por quem está ao seu lado. Essas pessoas, como Felix para Hyunjin, como Seungmin para Chan, como Hyun-woo para Han, são as âncoras que nos mantêm firmes quando tudo parece se perder. Elas nos ajudam a encontrar luz em meio à dor e nos mostram que, mesmo depois da maior das perdas, o amor ainda pode florescer.

No fim, a presença dos que amamos — aqueles que se foram e aqueles que permanecem — é o que nos sustenta. E a vida, embora diferente, continua com novos significados, novos laços e novas formas de amar.

Então, não se apresse para superar, mas também não feche os olhos para o amor e a amizade que existem ao seu redor. Eles são o caminho de volta para a esperança.

Fim. 


Notas Finais


Leia o próximo capítulo também, é importantíssimo caro leitor!!!!


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