História Winter Moon (Taekook - ABO) - 0.4 Just a game

Jeongguk abriu a porta de seu quarto com cautela, procurando evitar qualquer barulho. Moveu-se na ponta dos pés até o quarto de seu irmão mais velho, abrindo a porta da mesma maneira e deparando-se com o alfa entretido no celular, ainda deitado na cama.

— Gguk? — Sussurrou, expressando confusão.

— Hyung, posso pedir um favor? — Perguntou, aproximando-se do mais velho.

— Claro.

— Sexta-feira passada, eu acabei dormindo fora, então o papai não vai permitir que eu chegue em casa fora do horário durante esta semana. Meus amigos me convidaram para assistir ao jogo e jantar depois — Falou em tom baixo, sem chegar a sussurrar.

— Direi que fui te buscar na escola e que saímos para algum lugar — Sorriu, observando o rosto de seu irmãozinho se iluminar — Mas lembre-se de me informar o horário amanhã para chegarmos juntos — falou com seriedade.

— Tudo bem! — Sorriu amplamente — Obrigado, você é o melhor Hyung! — Abraçou-o com entusiasmo, deixou um beijo na bochecha do irmão e desceu as escadas, pronto para ir para a escola

Comeu rapidamente, despediu-se dos seus pais e, com os fones de ouvido já nas orelhas, dirigiu-se ao ponto de ônibus. Permitiu-se sorrir ao encontrar um assento vago. Como todos os dias, desembarcou quando chegou ao seu ponto, caminhando uma quadra até alcançar a escola. Direcionou-se diretamente ao seu armário, pegou o único livro necessário e dirigiu-se à sala de aula.

— Oi — Jeongguk cumprimentou ao se sentar em sua carteira, percebendo Seokjin dar-lhe um rápido olhar.

— Vai conseguir ver o jogo? — Perguntou.

— Sim, o Hajun-Hyung vai me dar cobertura.

— Eu amo um alfa — Jimin comentou, arrancando uma risadinha do ômega.

— Meu irmão é o melhor.

— É meio difícil de acreditar que vocês dois são filhos daqueles... lá — Jin falou, revirando os olhos, recebendo um olhar repreensivo de Jeon.

— Eles ainda são meus pais — Respondeu emburrado, com um biquinho nos lábios rosados.

A conversa foi interrompida pelo professor, que começou a falar sobre o que alguns componentes químicos específicos faziam em determinada temperatura. Foram duas aulas seguidas daquilo, e Jeongguk teve que admitir que sentiu sonolência em alguns momentos. No entanto, como de costume, anotou meticulosamente tudo o que conseguiu, incluindo a piada do professor para ajudar a gravar a fórmula. Passou a tarde na biblioteca com seus amigos, dedicando-se a todas as listas passadas pelos professores naquela manhã para auxiliar nos vestibulares. Embora tenha ajudado Jimin em alguns exercícios, sabia que a maior parte do tempo foi gasto em conversas animadas e descontraídas.

Já próximo do horário do jogo, os alfas que jogariam já haviam ido para o local. Taehyung não passou a tarde com eles, então Jeongguk não tinha certeza se ele já estava lá, aquecendo, mas torcia que sim. Chegaram cedo e escolheram um bom lugar na arquibancada, no alto, garantindo uma visão privilegiada da quadra. Conversaram animadamente por cerca de dez minutos antes dos atletas adentrarem o campo.

Jeongguk sorriu amplamente ao ver Taehyung entrar na quadra e acenar para ele. Céus, como ele ficava incrível naquele uniforme. Ansioso, observou os jogadores se posicionarem, aguardando o início da partida com grande expectativa.

Baekhyun lhe ofereceu um gole de seu refrigerante, e o ômega aceitou, apesar de não estar com sede. O jogo foi incrivelmente intenso; o time adversário mostrou ser verdadeiramente habilidoso. Os pontos permaneceram sempre equilibrados, nenhum time conseguindo vantagem significativa por muito tempo.

Outro sorriso brotou no rosto de Jeon, acompanhado de um rubor intenso nas bochechas, quando o capitão fez um ponto e apontou para ele, dedicando a jogada ao ômega. Jeon sentiu um aperto no peito ao testemunhar Taehyung sendo derrubado no chão; o juiz apitou, e falou algo com o outro alfa enquanto ajudava o Kim a se levantar. Embora não pudesse ouvir as palavras trocadas, viu o alfa retornar ao campo.

O jogo chegou ao fim com a vitória da equipe da casa, mas por uma margem mínima, os pontos decisivos marcados nos últimos minutos. Observou Taehyung arrancando a bandana com frustração, então se levantou, deixando a arquibancada. Correu em direção à saída da quadra, vendo diversos alfas deixando o local, até que avistou quem procurava. Segurou sua mão, percebendo-o dar um pequeno salto de surpresa, mas logo sorriu ao reconhecer Jeon.

— Oi — falou, parecendo cansado.

— Oi — o ômega sorriu delicadamente — Você pareceu irritado — disse, olhando para cima, fixando seus olhos nos do outro.

— Foi um jogo estressante, muitas faltas — revirou os olhos, sentindo o menor passar delicadamente as pontas dos dedos por seu braço, procurando algum ferimento — Eu tô bem — disse, mas logo em seguida, Jeon encontrou um arranhão.

— Tem que dar uma limpada, vai ficar doendo bastante depois — falou com um biquinho nos lábios, arrancando um sorriso do alfa.

— Me espera? Eu vou tomar um banho rápido, daí vamos jantar com o pessoal — pediu com os olhos pidões.

— Espero — concordou com a cabeça, sem nem pensar direito.

— Legal, eu não demoro — e saiu correndo até o vestiário.

Jeongguk se apoiou na parede, suspirando. Era incrível como perdia completamente a capacidade de pensar quando se tratava do alfa. Pegou o celular e ficou mexendo, observando os alfas saindo do vestiário à medida que o tempo passava. Até trocou algumas poucas palavras com Jimin e Hoseok, mas decidiu continuar esperando por Kim.

— Só o Taehyung está lá dentro — ouviu um alfa falar, tirou sua atenção do celular e focou no outro, vendo que era Jihoon.

— Tudo bem, obrigado — sorriu levemente e viu o outro sair andando.

Decidiu entrar no banheiro; se estava só Taehyung lá dentro, não teria problema. Adentrou o vestiário e se deparou com um espelho e pias logo na entrada, além da área com chuveiros e espaço para troca. Caminhou até ali, vendo Taehyung vestindo um conjunto cinza de moletom e secando os cabelos loiros.

— Desculpa demorar, o treinador pediu para eu passar um gel nas áreas que provavelmente vão ficar roxas; hoje foi violento — sorriu de leve.

— Tudo bem — sorriu de volta — Só me avisaram que você estava sozinho aqui, então não achei que teria problemas em entrar — olhou para o rosto perfeito de Taehyung, vendo-o arquear uma das sobrancelhas.

— E se eu estivesse pelado? — começou a andar em direção ao menor.

— Não seria nada do que eu já não tenha visto — Jeon falou calmo, suspirando quando sentiu sua cintura ser segurada pelas mãos fortes.

— E se eu estivesse com algo... errado? — Falou com a voz mais grossa que o normal.

— Provavelmente eu te ofereceria ajuda — falou baixo, vendo o Kim sorrir de maneira safada.

— E se... — Taehyung começou, abraçando a cintura fina do outro — Eu te convidasse para foder?

— Onde? — Jeon estreitou os olhos rapidamente, logo voltando ao normal.

— Aqui mesmo — sussurrou, rente ao ouvido de Jeon — Prensado contra o banco ou a pia — deslizou as mãos para a bunda — O que você me responderia?

— Sim — falou enquanto arfava, por ter sua bunda apertada.

— Ótimo.

Taehyung nem deu tempo para o ômega reagir, se afastou bruscamente, indo até a sua mochila e pegando uma camisinha dali. Jeongguk enfiou a mão dentro da calça do alfa, passando os dedos pelo membro já ereto, preso no tecido. Suspirou quando viu o alfa desabotoando sua calça, logo sendo afastado e virado de costas.

Taehyung o deixou de frente para a bancada, onde não havia pia, mais para ajudar os atletas a se organizarem, o fazendo ter a visão de ambos pelo espelho. O alfa enfiou uma das mãos por dentro do moletom do omega, passando a mão por toda a pele macia, até chegar em um dos mamilos do menor, o massageando, sorrindo ao sentir Jeongguk deitar a cabeça em seu peito, suspirando.

A outra mão, já dentro da calça jeans, acariciava o membro pequeno por cima da cueca, deixando leves selares na nuca do Jeon, que só sabia suspirar e arfar. Taehyung o colocou apoiado em uma bancada, não conseguindo não achar fofo o fato do ômega não alcançar o chão. Puxou a calça do outro para baixo, junto da cueca, a vendo deslizar pelas coxas lisinhas até chegar nos joelhos.

Enfiou um dedo na entrada avermelhada, que estava melada de lubrificante natural, vendo Jeongguk se segurar nas bordas da bancada, enfiou outro, sentindo o quão molhado ele estava ao ler o líquido transparente transbordando para fora do corpo do outro. Os dedos se movimentaram por pouco tempo, sendo retirados, causando mais excitação do alfa ao ver a cena do buraquinho melado se contraindo e relaxando, necessitado por algo a penetrando.

Tirou seu membro da calça, abrindo o pacote de camisinha e a colocando em seu penis. Segurou uma das bandas do ômega e a afastou um pouco, segurando meu membro com a outra mão, a guiando para a entrada pulsante. Ameaçou adentra-la três vezes, observando as feições sôfregas de Jeongguk através do espelho, até que finalmente o invadiu, tendo que apertar a cintura fina do outro.

Jeon abriu a boca, soltando um grito mudo, aliviado por finalmente estar preenchido por algo maior que dedos finos. Sentiu Taehyung passando as mãos por suas costas, empurrando seu moletom para cima, deixando suas costas nuas, até segurar sua cintura com as duas mãos.

Os movimentos começaram lentos, mas o Kim não conseguiu se segurar por muito tempo, logo acelerando as estocadas, as transformando em fundas, fortes e rápidas. Não sabia se focava nas feições de prazer do menor ou na visão de seu pau saindo e entrando da bunda alheia, mas os gemidos baixos e manhosos eram bons demais de ouvir.

Jeongguk não conseguia manter os olhos abertos, apesar de gostar de ver o corpo do mais velho indo e vindo contra o seu. Sentia o volume de Tae entrando em si com cada vez mais agressividade, o fazendo sentir cada vez mais prazer, e teve que tampar a própria boca para que os sons que saiam de sua boca não fossem tão altos, não podiam se dar a esse luxo.

Taehyung acariciou as costas clarinhas, aproveitando para deixar apertos na derme macia, principalmente na cintura fina e na bunda cheinha, se segurando para não bater em uma das bandas da bunda do Jeon, já não estava sendo muito delicado ou focado no prazer do omega, não seria bruto daquela forma

Não demorou muito para que Jeongguk soltasse um gemido um pouco mais alto e comprido, mostrando que havia chego em seu ápice, junto do aperto que Taehyung sentiu em seu pau. Mais duas estocadas e o alfa veio, enchendo a camisinha com a sua porra. Tentou controlar seu fôlego, se retirando do menor, tendo que o segurar para não cair no chão.

Ao ter certeza que o Jeon estava firme, tirou a camisinha, dando um nó na ponta e jogando no lixo, colocando um papel por cima para não constranger ninguém, guardando seu pau dentro da calça. Se preocupou quando viu Jeongguk na mesma posição, ainda sem levantar as calças, parecendo cansado demais.

— Gguk? — Chamou, se aproximando e se agachando, puxando a calça e a cueca dele para cima — Eu te machuquei? — Perguntou confuso e um pouco desesperado, puxando o ômega para o seu colo, para conseguir colocar sua calça certinho.

— Eu só tô fraco — suspirou, aproveitando o colo do loiro— Você não me machucou Hyung.

— Fraco? — Franziu o cenho — Você comeu bem hoje? — Assim que viu os olhos do menor se abrindo, soube a resposta de sua pergunta — Gguk...

— D.desculpa— Falou baixo, não queria decepcionar o alfa, mas não tinha sentido fome durante a tarde.

— Me promete que irá jantar bem hoje, por favor—Falou, novamente com os olhos pidões.

— Prometo — Sorriu ao ser abraçado.

Como amava aquele alfa, especialmente poder sentir o seu cheirinho de chuva direto de seu pescoço, uma fragrância que o envolvia com paixão, acalmando cada fibra de seu ser e incendiando seu coração com um calor ardente de amor... de um amor não correspondido

Saíram do vestiário, com Taehyung sendo totalmente carinhoso com o menor, se sentindo um pouco culpado por ter sido bruto com o menor em um dia que ele não tinha se alimentado direito. Sorriu e cumprimentou de longe o alfa que gritou para Jeongguk, apoiado em um carro, e o reconheceu, mesmo de longe, que era o irmão mais velho do omega, se despediu do menor e assistiu o menor correr até o outro, e só passou a andar até o próprio carro quando viu que o Jeon estava dentro do carro do outro.

Jeongguk se sentou à mesa assim que chegou com o irmão, deixando a mochila no fim da escada e indo até os pais, mas logo se levantou novamente ao ouvir a mãe puxar uma oração. Após sua família terminar de rezar, o que não deixava de ser apenas um falatório sem sentido para o ômega, que não acreditava em nada daquilo, e tinha até certo orgulho em falar para os amigos que era ateu. Esperou seu pai se servir, para depois fazer o mesmo, havia passado o dia sem comer direito, e estava morrendo de fome, decidindo pegar um pouco mais do Bibimbap maravilhoso de sua mãe.

Tentou comer um pouco mais rápido, para seu pai não perceber o aumento de quantidade de comida, mas ainda sendo delicado. Não deveria ter transado com Taehyung sem ter comido, não pela fraqueza absurda que sentiu após gozar, mas por preocupar o alfa.

— Correu uma maratona? — Assim que ouviu a voz gasta do mais velho, Jeongguk sentiu um aperto no peito, uma mistura de ansiedade e medo.

— Perdão? — Manteve o tom de voz baixo, sentindo seu coração acelerado.

— A quantidade de comida em seu prato, você correu uma maratona para estar faminto assim? — Arqueou uma das sobrancelhas, sério, olhando para o filho caçula.

— Não, papai — Abaixou a cabeça, toda a coragem que tinha, toda a autoconsciência de suas virtudes, tudo parecia escorrer entre seus dedos quando seu pai falava consigo.

— Desse jeito irá engordar! — Aumentou o tom de voz — Um alfa deve comer bastante para ficar forte e sustentar tudo o que faz durante o dia — Apontou para o rosto do filho mais novo — Um ômega deve comer pouco para manter um corpo agradável para o alfa, e por não precisar de muita energia, já que vocês só devem cuidar da casa — Deu um tapa na mesa, fazendo Jeongguk se encolher — Então, meu filho, você não quer ficar gordo, não é? — Falou em um falso tom doce.

— Não, papai — Engoliu em seco, o nó em sua garganta mais apertado que seus olhos, enquanto se concentrava para não deixar as lágrimas escaparem.

— Você quer ser um bom ômega, e agradar os alfas, não é?

— Sim, papai — Jeongguk sentiu uma mistura de tristeza, frustração e resignação

— Então, o que você vai fazer?

— Comer menos da próxima vez — aceitou a condição imposta pela figura paterna, mesmo que isso significasse sufocar suas próprias necessidades e desejos.

— Viu? Não é difícil — Sorriu, voltando a comer.

O mais jovem no ambiente não conseguiu conter suas emoções. Além de perder completamente o apetite e lutar contra as lágrimas, as náuseas começaram a se intensificar. Tudo o que ele desejava era sentir-se seguro e amado, mas não era isso que sua família lhe proporcionava. Sentia constantemente o desejo avassalador de voltar para casa. No entanto, ele já estava lá, preso em um lugar que deveria ser seu refúgio, mas que agora parecia mais uma gaiola sufocante.

O final de semana se resumiu a Jeongguk trancado dentro do quarto, estudando o máximo que podia. Ele fazia pausas quando se sentia cansado, lendo um livro não relacionado à matéria ou mexendo em seu celular. No sábado, ele realmente comeu menos, recebendo um sorriso satisfeito de seu pai.

Aproveitou o domingo para cuidar de si mesmo, aplicando algumas máscaras de argila no rosto e uma de hidratação para o cabelo. Pintou suas unhas das mãos e dos pés de um branco perolado, tudo nas pausas dos estudos. Ao fim da tarde, quando já vestia um pijama confortável, recebeu uma mensagem dele.

Era estranho o sentimento de satisfação que Jeongguk sentia quando recebia uma mensagem de Taehyung. Naquele momento estava andando até o fim da rua, indo encontrar o alfa que tinha ido o buscar. Quando o avistou, sorriu contido, vendo um sorriso cheio de segundas intenções surgir no rosto do maior. Ao chegar na frente dele teve sua cintura segurada firmemente.

— Oi — Jeon se arrepiou ao ouvir a voz grave e aveludada rente ao seu ouvido.

— Oi — sorriu, um pouco tímido — vamos para o nosso lugar? — perguntou, se soltando do maior para entrar no carro, ansioso para sair de perto de casa.

— Pode ser — o alfa concordou, também entrando no carro, colocando o cinto de segurança antes de dar partida no carro.

Jeongguk riu enquanto mexia na tela do painel, vendo as playlists do alfa ali, escolhendo uma que combinava mais com seu estilo musical, ouvindo o mais velho rir do seu jeito abusado. Não era longe o lugar deles, duas músicas e meia depois e eles tinham chegado, e ambos saíram de dentro do carro, o alfa foi para o banco de trás, e Jeongguk o seguiu, levando um pequeno susto ao ser puxado para dentro do carro, ficando sentado sob as coxas do Kim.

— Hyung...— Tentou chamar, mas ficou inerte por alguns segundos ao sentir o nariz de Taehyung passando por seu pescoço— Eu não quero — O alfa se afastou brutalmente, olhando preocupado para o Jeon.

— D.desculpa Gguk- ia continuar, mas foi interrompido.

— Eu não quero transar agora, mas gostaria de te aliviar — foi claro, realmente não estava bem para ser penetrado, mas não significava que não queria sentir prazer, e céus, amava chupar o mais velho

— Certeza? — perguntou, preocupado como sempre.

Jeon não respondeu, desceu de seu colo e abriu a calça do outro, empurrando seu peito para que ele deitasse no estofado de couro atrás do mais velho. O alfa ficou meio sentado meio deitado, sentindo sua calça ser puxada, apenas o suficiente para que seu membro duro fosse retirado da cueca.

Nenhum deles estava preocupado com alguém aparecer, era um lugar deserto, mas mesmo assim Jeongguk se ajeitou no banco para fechar a porta. Seu membro foi retirado de dentro da cueca box vermelha pela mão fofa, que logo começou a punheta-lo.

— Ah...— Taehyung arfou baixo, olhando nos olhos do menor quando ele se abaixou, deixando um selar na glande.

Jogou a cabeça para trás ao sentir suas bolas sendo acariciadas, e a cabecinha sendo lambida pelo ômega, como se fosse o seu doce favorito. Gemeu quando viu seu pau sumindo na boca do Jeon, sempre tão quente. Sua vontade era de segurar os cabelos negros e foder aquela boquinha com força, mas se conteve.

Precisando descontar seu prazer em algum lugar, focou sua visão da bunda empinada, decidindo dar uma atenção para o ômega também. Enfiou sua mão por cima da calça de moletom, até conseguir enfiar uma parte de seu indicador na entrada levemente úmida de Jeon, sentindo ele arfar, mandando vibrações gostosas para o seu pau.

Não demorou muito para Taehyung começar a ofegar e soltar alguns gemidos baixos, apertando o couro do banco traseiro de seu carro, estava tão perto.

— Gguk... ah... Eu to quase lá — Tentou falar.

Arregalou os olhos ao sentir Jeongguk forçando-se para baixo, engolindo todo o falo do maior, pouco se importando com a pressão contra sua garganta ou com a falta de ar que aquilo causava, tendo o gozo do maior sendo despejado em sua boca. Tirou seu dedo de dentro do menor e começou a respirar fundo, vendo o outro se sentar, mostrando os lábios inchados e vermelhos, juntos das bochechas, com os olhos levemente úmidos.

— Merda — O Kim resmungou ao ver o Jeon lambendo os lábios, querendo limpá-los e deixando aparecer parte do líquido branco.

Se ajeitou no banco, guardando o seu membro, agora mole, passando as mãos pelas bochechas cheinhas do dócil, limpando das pequenas lágrimas que escorreram.

— Que horas são? — perguntou arregalando os olhos, se lembrando que não poderia chegar depois do horário.

— 20:30 — Taehyung falou após olhar em seu celular, vendo o ômega fechar os olhos, como se estivesse ferrado — Eu te deixo em casa — Bagunçou os fios escuros, pulando para o banco do motorista.

Taehyung passou o caminho inteiro fazendo carinho em uma das mãos do menor, sua demonstração de cuidado, e o menor sabia disso. Se dispersaram e o menor checou se tinha pegado seu celular, a única coisa que tinha levado, e adentrou sua casa rapidamente, sem tomar cuidado para ver onde seu pai estava, se arrependendo em seguida.

— Jeongguk — O ômega se sentou no sofá, com medo do tom de voz doce que seu pai usou para falar seu nome.

— Sim?— Tremeu ao ver o mais velho se ajoelhando à sua frente, ficando da mesma altura.

— De quem era o carro que te trouxe para casa?— Segurou a mão do menor, fazendo um carinho ali.

— De um amigo — os olhos sempre brilhantes mostravam unicamente e puramente pavor.

— Um alfa? — o ômega negou com a cabeça — então porque eu senti cheiro de alfa? — Jeongguk prendeu a respiração, ficando em silêncio — não vai me responder?— perguntou, novamente recebendo silêncio — isso é uma ordem! — falou alto — obedece seus superiores — o pequeno sentiu sua bochecha arder, um leve queimação, havia levado um tapa. Virou o rosto lentamente, voltando a encarar o homem, sentindo a ardência de sua lágrima escorrendo pela região atingida— esse seu amigo, é um alfa?— repetiu a pergunta.

— Sim, papai.

— Da próxima vez que eu sentir o cheiro dele, vou fazer bem pior do que um simples tapa — Falou se levantando, mas curvou as costas, voltando a ficar cara a cara com o filho caçula. Segurou seu rosto com uma das mãos, apertando as bochechas, o obrigando a fazer um bico com os lábios — estou apenas te educando, papai te ama, hm? — selou a testa do ômega e soltou seu rosto, continuando a o olhar, esperando por uma resposta.

— Eu também te amo, papai— Jeongguk falou, deixando outra lágrima escorrer, vendo o alfa se retirar dali.

Ele só queria ser amado verdadeiramente.