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História Words - Childhood - História escrita por Allexyaa - Spirit Fanfics e Histórias
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História Words - Childhood


Escrita por: Allexyaa

Notas do Autor


Oiii Gente!!!

New Cap...espero que gostem!!!

Sobre a história, cada capítulo que irei postar será um ano na vida deles dois, começando com 09anos até chegarmos na adolescência (que terá uns capítulos a mais) e na fase adulta.
Espero que gostem da história :)

Boa Leitura!!!

Capítulo 2 - Childhood


Fanfic / Fanfiction Words - Childhood

 

Verão 1973 (Aos 10 anos)

 

Um ano havia se passado desde que Donna, em busca de um recomeço, se mudou juntamente com seu filho para outro bairro na cidade de Lafayete.

Seu marido havia ido trabalhar em uma cidade vizinha, porém lá se perdeu em vícios e mulheres, não aguentando mais as mentiras que ele contara quando voltava para casa. O dinheiro do trabalho era todo jogado fora em seus jogos de azar, deixando ela e seu pequeno Jeffrey quase na miséria.

Após inúmeras brigas, tomou coragem e se divorciou. Sabia que não seria fácil, sabia como as mulheres desquitadas eram julgadas, mas assim o fez, enfrentando o falatório das vizinhas fofoqueiras, que a acusavam de ser uma péssima esposa e não ter feito o possível para salvar seu casamento fracassado.

Fofocas e mais fofocas aliado ao fato de não conseguir pagar o aluguel da antiga casa, fez com que tomasse coragem para se mudar, então resolveu ir para uma casa mais simples, onde viveria apenas ela e seu único filho. E mesmo que continuasse em Lafayete, seria um novo bairro, novas pessoas e longe daquelas víboras que lhe falavam mal pelas costas ou de seus maridos sem vergonhas que lhe importunavam na rua.

Seu ex-marido havia se mudado definitivo para a outra cidade, mas ainda tinha um pouco de decência de mandar algum dinheiro para a criação do filho e de levá-lo aos feriados e férias para passar um tempo juntos. Algo que o menino adorava.

De um modo geral a mudança havia sido positiva, apesar das dificuldades e da morte repentina de sua mãe meses atrás, Donna sabia que tinha feito o certo em se mudar. Ela conhecia seu filho, tinha medo dele se fechar ainda mais após a separação e a perda da avó materna, Jeffrey não era um menino de muitas amizades ou de demonstrar o que sentia, mas algo ela não pode negar, apesar de seu receio no começo, Ellen acabou se tornando uma luz na vida do menino, e apesar de tentar no início, não houve como separar esses dois que criaram uma bela amizade. Não que não houvesse brigas, que segundo Ellen acontecia porque garotos eram bobocas e segundo Jeffrey porque meninas eram chatas.

Os dois estudavam no mesmo colégio e passavam o dia inteiro junto. Brincavam, conversavam, andavam de bicicleta até tarde na rua, dividia as poucas moedas que conseguiam para comprarem doces.

E como de costume na hora do recreio após pegarem seus lanches se encontravam no refeitório.

- O que trouxe? – Ellen pergunta pegando sua lancheira.

Jeffrey pega um pão enrolado em um guardanapo e o coloca em cima da mesa.

- Pão com atum. – Fita o pão sem a mínima vontade de comê-lo.

- De novo? – A garota admira.

- Mamãe estava atrasada para o trabalho. É o mais rápido de fazer. – Explicou.

- Pega, eu trouxe pão com pasta de amendoim e geleia e uma maçã, eu divido com você. – A menina parte seu lanche ao meio entregando ao melhor amigo.

- Jeffrey e Ellen sentados em uma árvore, os dois se beijando, beijando e beijando, primeiro vem o...

Algumas crianças passaram implicando com os dois que lanchavam e liam uma revista em quadrinhos.

- Sai daqui seus idiotas. – Jeffrey se levantou chateado com as brincadeiras dos colegas encarando os amiguinhos que saíram aos risos.

- São um bando de bobocas. – Ellen apenas rolou os olhos enquanto via algumas meninas na mesa ao lado rirem entre si.

-Ellen, se você quiser ficar com as meninas, sabe que não me importo. Você pode ir conversar com suas amigas. – O menino diz ao vê-la olhar para mesa cheia de garotas.

- Eu não quero ir conversar com aquelas meninas bobocas que só sabem falar da Barbie Malibu e sua casa de bonecas idiota. – Bufou. – Só se fosse para brincar de bombeira e tacar fogo na casa da Barbie, isso sim. – Riu.

- É que eu pensei...

- Pensou besteira. Somos ou não somos amigos? Ah não ser que você não queira mais brincar comigo e prefira ir jogar com os garotos.

- Claro que não, sabe que não sei jogar bola e eles caçoam de mim, me chamando de quatro olhos e magrelo. – Diz mordendo seu pão. – Diz que a bola vai passar por mim por eu ser um fantasma.

Os dois então caem na gargalhada enquanto comem e voltam a ler seu gibi.

...

Ao final das aulas, os dois voltavam a pé para casa. Iam brincando e pensando no que fariam no halloween. Queriam pedir doce, mas principalmente pregar peças nas casas dos outros, especialmente na casa da senhora Grover. Ellen era a mais arteira, já tinha em mente milhares de pegadinhas.

- Olha se não é o Gasparzinho quatro olhos. – Um garoto passou implicando com Jeffrey. – Quase não lhe vi, garoto invisível. – Caçoou.

- Me deixa em paz Fred meleca. – Ele rebateu.

- Do que me chamou? – O garoto deu forte empurrão em Isbell o derrubando e fazendo seu óculos cair no chão.

- Ei, deixa ele em paz. – Ellen gritou.

- Agora a namoradinha vai chorar? Você devia estar brincando de boneca, sua garota burra.

Ao ouvir as ofensas, Ellen não aguentou, partindo para cima do garoto. Apesar de todos os três terem a mesma idade, ela era um pouco mais alta e isso a ajudou. Deu diversos tapas no menino, que saiu correndo e chorando em direção sua casa.

- Você vai vê Elleno, vou contar para minha mãe. – O garoto gritou aos prantos.

- Você está bem? – Ela rapidamente se virou para o amigo.

- Você não devia ter feito isso. – Disse chateado pegando seu óculos e seus livros e se levantando do chão.

- Por quê?

- Porque não! – Esbravejou.

- Por que está zangado comigo? O que eu fiz? – A garota não conseguia entender que havia ferido o orgulho do amiguinho.

- Você é uma menina, não devia ter batido nele pra me defender. – A encarou emburrado. – Por isso te chamam de Elleno, porque você parece mesmo um menino.

A garota assustou-se ouvindo tudo que o amigo dizia, estava triste, porque não entendia o que tinha feito de errado.

Ele então saiu na frente, deixando Ellen para trás.

...

O dia havia terminado diferente. O quintal estava vazio, sem os sorrisos alegres que ecoavam todas as tardes pelo jardim.

Ellen estava triste em seu quarto, nem mesmo seus desenhos preferidos na TV a distraiam. Apesar de não se importar em ser chamado de Elleno, ouvir isso de seu melhor amigo era completamente diferente.

Já era noite quando ela ouviu um barulho em sua janela. Tentou não dar importância, afinal poderia ser apenas o galho da árvore batendo no vidro devido o vento. Voltou sua atenção ao Pernalonga, ria de suas trapalhadas, mas persistia aquele barulho irritante vindo de sua janela.

Ela levantou irritada da cama, afastou as cortinas e quando olhou melhor lá estava Jeffrey atirando algumas pedras.

- Ellen, desce aqui. Eu quero falar com você. – Pediu.

- Vá embora Jeff.

- Desce, se não vou passar a noite jogando pedra na sua janela.

- Sua mãe sabe que você estar aí fora?

- Não, eu saí escondido. Desce.

A garota fechou a janela juntamente com as cortinas. Jeffrey permaneceu parado e quando se preparava para jogar outra pedra, Ellen surgiu na porta da cozinha indo até o garoto.

- Diga logo, eu já ia dormir. – Parou chateada à sua frente, colocando as mãos na cintura e batendo o pé como se estivesse com pressa.

- Mas ainda são oito da noite. – Ele falou, mas a garota ignorou. – É..é...desculpa, por hoje mais cedo. – Ele pediu sem jeito.

- Era só isso, pois boa noite. – Deu-lhe as costas.

- Não, espera Ellen. Desculpa por te chamar de Elleno e desculpa por gritar com você.

- Por que fez isso Jeff? Eu só quis te defender. – Interpelou. 

- É porque ... bem... você é uma garota. – Ele disse e a menina rolou os olhos. – Não...é que...eu é que tinha que te defender, eu sou o “homem”. – Explicou.

- Mas...não tem problema eu também te defender. – Ela ainda não entendia que mal havia em sua atitude.

Jeffrey apenas abaixou a cabeça, era difícil fazê-la entender, mas ele tentou esclarecer.

- Os garotos já me chamam de magrelo, frangote e outras coisas e agora todos vão saber que uma menina me defendeu. Vão me zoar ainda mais. – Explicou. – Eu queria ser mais forte e mais alto também. – Murmurou envergonhado, olhando para seus pés.

A menina deu um leve sorriso.

- Mas você vai crescer Jeff, eu só estou mais alta, porque segundo a mamãe as garotas crescem primeiro. Foi isso que ela me disse.

- Acha que eu ainda vou ficar alto?

- Sim. – Ela assentiu animadamente.

- Então, você me desculpa?

- Claro, eu desculpo o meu melhor amigo. – O abraçou fortemente dando um sorriso de alegria.

- Eu prometo Ellen que quando eu crescer e for alto eu irei proteger você, assim como se protege uma irmã. Pra mim, você é como minha irmã.

Os dois se abraçam e depois voltam para casa, felizes por sua amizade refeita.

...

Último dia de aula e todos já estavam no clima das férias de verão.

Os dois amigos saíram animados, aulas agora só no ano que vem. Ellen iria passar o verão na casa de sua tia Ayla e Jeffrey na casa de seu pai, Richard.

- Vamos Ellen. – Jeffrey chamou a garota. – Eu viajo daqui uns dias e você também. Talvez não consigamos mais ir se não for hoje. – Insistiu em tentar convencê-la.

- Está bem, está bem. – Ela concordou.

Os dois correram apressados entrando mata adentro. Conheciam aquela floresta como a palma de sua mão. Iam animados, um atrás do outro, até chegar ao lago que ali havia. Era um lago calmo, sereno, fechado por mato e pouco frequentando e os dois adoravam, sempre que podiam fugiam para ir brincar e nadar.

Despiram-se rapidamente, Jeffrey ficando apenas de cueca e Ellen de calcinha e uma regata branca que usava por baixo do uniforme. Correram até o velho cais abandonado e pularam na água fria. Não se importavam com o que usavam, eram apenas duas crianças sem malícia brincando e se divertindo.

...

- Já está tarde, melhor voltarmos. – Ellen olhou para cima vendo o céu nublado.

- Parece que vai chover. – Jeffrey concordou.

Ambos começaram a se vestir rapidamente.

- Se tivéssemos uma cabana podíamos ficar mais e nos proteger da chuva. – A garota diz para o amigo.

- Não sabemos fazer uma cabana. – Ele elucida. Ellen apenas torce o nariz contrariada.

Eles correm, mas não teve jeito, a chuva alcançou os dois que chegaram ensopados em casa, levando obviamente aquela bronca de seus pais.

No dia seguinte Jeffrey estranha a ausência de sua amiga, não havia visto o dia inteiro, imaginava que poderia estar de castigo. Apesar do receio e medo de também levar uma bronca da mãe de Ellen pela traquinagem do dia anterior, resolveu ir à casa da garota.

- Boa tarde senhora Collins, a Ellen está? – O garoto pergunta todo sem jeito.

- Olá Jeffrey, sim a Ellen está, mas está doente. Pegou uma gripe depois da chuva de ontem. Infelizmente está de cama e não pode sair para brincar com você.

- Eu posso vê-la?

- Não meu querido, ela estava com muita febre. Outro dia, está bem. – A mãe da garota responde gentilmente.

O garoto retorna para casa triste.

...

- Vi o médico saindo da casa dos Collins, parece que Ellen realmente está muito doente. – A mãe de Jeffrey retorna da padaria entrando na casa comentando com o filho que assistia TV.

- Será que ela teve que tomar injeção? Ellen morre de medo de injeção. – O garoto diz angustiado.

- Talvez meu querido, mas se for para o seu bem. – A mãe vai até o menino que demonstrava uma cara de preocupação. – Vocês deviam tomar mais cuidado, assim que vissem sinal de chuva deveriam ter voltado para casa. – Alertou.

O garoto foi tomado pela culpa, lembrando que fora ele que insistira para irem nadar naquela tarde.

Subiu para o quarto indo até a janela, procurando ver se via a amiga, mas a janela de Ellen estava quase totalmente fechada.

Jeffrey sentia-se com um aperto no peito, então resolveu fazer algo que sua avó havia lhe ensinado. Ajoelhou-se no chão junto à janela.

- Meu anjo da guarda, eu sei que não falo com você faz muito tempo. Desculpa por ter brigado com você quando minha vozinha morreu, mas eu tenho me comportado bem, tenho sido um bom menino e não estou nem doente e nem em perigo agora e por isso queria pedir que ao invés de me proteger, eu queria emprestar você para a Ellen. Ela tá precisando muito que você cuide dela, não deixa ela morrer. – O garoto pede de todo coração.

Sem que percebesse sua mãe estava na porta do quarto ouvindo tudo, indo até o garoto e sentando-se junto ao filho.

- Foi muito bonito isso que fez, emprestando seu anjo para a Ellen. – Ela diz.

- A vovó dizia que os anjos nos protegem e podem nos curar. Então emprestei o meu para ela. – Ele explicou. – Não quero que ela morra como a vovó, mãe. – Ele disse aflito para Donna.

Sua mãe não conteve a emoção enchendo os olhos de lágrima. Via como seu filho havia ficado abalado pela morte da avó, afinal era a primeira vez que ele tinha lidado com a perda e agora temia que isso voltasse a acontecer.

- Isso não vai acontecer meu amor, a Ellen vai ficar bem. – Ela disse dando um beijo na cabeça do garoto.

...

Dois dias depois

O dia amanheceu com fortes raios de sol indicando que o verão estava em seu ápice. Jeffrey ainda dormia em sua cama, quando ouviu um barulho em sua janela. Ele se levantou cambaleando e indo até a mesma. Assim que abriu, pode ver a pequena loirinha de sorriso radiante segurando umas frutinhas em sua mão.

- Ai como você é preguiçoso, estou um tempão tentando te acordar. – Ela reclama com a mão na cintura.

- Ellen!!! – O menino dá um salto de alegria. – Você ficou boa? – Pergunta alegre.

- Fiquei depois que tomei uns remédios horríveis que o médico passou. – A garota relembra fazendo careta.

O menino apenas olha contente, feliz porque sabia que seu anjo havia feito o que ele havia pedido e que sua amiguinha não iria mais morrer como havia pensado.

- Quando você vai para casa do seu pai? – A garota indagou.

- Eu vou depois de amanhã. – Contou entusiasmado.

- Eu só vou na próxima semana para casa da tia Ayla. Vai ser muito chato ficar aqui sozinha. – Ela disse triste.

O garoto apenas suspirou.

- Vem para cá, brincar comigo. Eu não posso sair ainda. – Ellen pede.

- Será se sua mãe vai deixar? – Jeffrey diz receoso.

- Eu vou pedir para ela deixar nem que seja um pouquinho. – A menina sai animada da janela correndo até sua mãe.

O garoto imediatamente desce e fica aguardando na porta da frente da casa de Ellen. Assim que a senhora Collins abre a porta, lá já estava o garoto, ansioso para brincar com sua amiga.

- Mas você é muito rápido Jeffrey. – A mãe da garota ri.

O garoto sai disparado para dentro da casa correndo para as escadas onde Ellen o aguardava.

- Cuidado vocês dois, não vão correr e nem brincar com água. – A mulher alerta ouvindo apenas os dois subirem aos risos pelas escadas.

De certo passariam o dia juntos, brincando como de costume.

...

 

 


Notas Finais


E aí...o que acharam???
Não tenho muito costume de escrever com crianças...mas estamos aí tentando rsrsrs
Logo eles entram na adolescência e vamos vê nosso Izzy mudando hehehe
E qualquer coisa podem falar...críticas construtivas são sempre bem vinda!

Bjos e até o próximo ;)


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