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História Words - Explanation - História escrita por Allexyaa - Spirit Fanfics e Histórias
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História Words - Explanation


Escrita por: Allexyaa

Notas do Autor


Capítulo novo... espero que gostem ❤️

Capítulo 59 - Explanation


Fanfic / Fanfiction Words - Explanation


Ellen

Ao ver a Escola de Artes de Los Angeles foi como se um filme tivesse passado na minha cabeça, trazendo lembranças amargas. Uma enxurrada de pensamentos tomou a minha mente, pensando no que teria sido da minha vida se tivesse aceitado aquela bolsa, se tivesse me mudado para Los Angeles, se...

Talvez as coisas tivessem sido diferentes...para melhor ou para pior...isso eu nunca saberia.

Ao mesmo tempo toda a tristeza que senti naquele fatídico dia que abri mão de um sonho, que estava devastada por dentro, pelas escolhas que fiz num momento tão confuso tomaram o meu coração. Era como se eu tivesse revivido aquele dia...o dia que por tanto tempo lutei para esquecer...mas por mais que quisesse fugir eu não aguentava mais...eu tinha que desabafar, extravasar toda a dor que eu tive que engolir aos poucos...sem resposta de nada, sem entender ou compreender o que havia acontecido...e aquele era o momento...o momento de uma vez por todas eu ter a minha resposta.

- Por que você me abandonou, Jeffrey? Por que me deixou no baile? Por quêee?!!! – Inquiri alto e atordoada, sentindo minha voz falha, mas carregada de mágoa e tristeza.

Jeffrey parou atônito me encarando na calçada, era nítido que ele não esperava por isso. Claro, para ele deve ter sido muito fácil esquecer...esquecer aquela cidadezinha pequena e insignificante assim como era nossa amizade.

- Me responde! – Ordenei, visto sua inércia.

Ele não falou nada, apenas me encarava sem esboçar nenhuma reação. Então, desabei no choro.

- Ellen, vamos entrar...eu pego um copo de água para você...você tem que se acalmar. – Ele vem até mim, segurando meu braço e tentando me confortar.

- Sai...não toca em mim! – Digo alto sem me importa com as pessoas que passavam pela gente em meio a calçada. – Eu merecia uma explicação, algo que talvez pudesse aliviar essa dor que senti por anos, esse peso no meu coração. E não me importa qual seria o motivo, se estava cansado de mim, se estava farto de tudo, o pior motivo que fosse, mas eu merecia que você tivesse falado alguma coisa.

- Melhor você se acalmar, esse não é o lugar para termos essa conversa.

- Não mande eu me acalmar. – Aponto o dedo em sua cara. – Já passou do tempo que todos davam ordem em mim. Além do mais, você tem razão, não é mesmo o lugar para termos essa conversa, o lugar foi há oito anos quando você foi embora com aquela tal de Loren. Você fugiu com ela...

- Eu não fugi com ela. – Ele me interrompeu. – As coisas simplesmente saíram do controle e...

- E convenientemente os dois vieram juntos para Los Angeles. – Digo irônica.

- Ellen...- Ele balança a cabeça de um lado para o outro um tanto atordoado. – Melhor entrarmos e você tomar uma água.

- Admite Jeffrey...admita que você foi covarde em me dizer que não estava a fim de mim, que não me queria mais na sua vida, que talvez eu fosse um empecilho para seu sonho de ser famoso, de sair daquele lugar, de... – Sinto meus olhos encherem de lágrima e paro um pouco recuperando o fôlego enquanto ele me encara calado. - ...que você não me quisesse mais, tudo bem. Que não queria firmar um compromisso, ter algo mais sério, era de se entender...éramos jovens...mas nem mesmo a nossa amizade você fez questão de manter, de salvar. – Falo.

- Ellen, as coisas não foram assim... – Ele diz.

- E como foram, Jeffrey? Não minta para mim. Deu para perceber que você me apagou completamente da sua vida. Conversando ontem com seus amigos, eles sabiam da Loren, do Mike, mencionaram até a Mônica...mas não sabiam nada de mim...de mim, Jeffrey. Eu era a tua melhor amiga. – Novamente algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto.

- Ellen....- Ele se aproxima, mas torno me afastar.

- Talvez eu tenha me enganado quanto a gente, eu pensei que te conhecia, que éramos amigos...mas...acho que não. – Falo.

- Nós éramos amigos, Ellen. Você era minha melhor amiga, a minha... – Ele para novamente de falar, se vira para o outro lado respirando fundo e quando me encara novamente o noto com os olhos cheios de lágrimas. Talvez um pingo de remorso ou dó da idiota que eu fui.

- Se éramos...então me responde...Por que foi que você me abandonou no baile? – Me aproximo dele o fitando no fundo de seus olhos.

- Eu... – Ele abaixa a cabeça se calando em seguida.

- Por muito tempo eu quis uma resposta que talvez me fizesse compreender, iludida que haveria uma explicação para o que aconteceu, mas agora eu vejo que simplesmente não há. Eu não era ninguém para você.

- Não diga isso, claro que você era...

- O que? Não alguém importante. – O interrompo.

Enxugo minhas lágrimas com minhas mãos, me recomponho e ajeito minha bolsa.

- Essa saída foi um erro. Adeus, Jeffrey. – Digo.

- Não, Ellen, espere. Eu te deixo no hotel, estamos muito longe, você pode se perder.

- Eu não sou mais criança, Jeffrey. Sei me virar sozinha. Não me perdi nesses últimos oitos anos sem você, não vai ser agora que vou me perder. – Dou-lhe as costas e saio a passos lentos subindo a rua e virando a primeira esquina que vejo enquanto o vejo ficar parado em meio a calçada me vendo sumir ao longe.

...

Axl

Assim que a vi tive dúvidas, afinal ela estava realmente muito diferente, mas seu tom de voz agora mais firme ainda possuía o mesmo timbre, seus olhos castanhos a mesma doçura e seu sorriso mesmo que discreto ainda era capaz de iluminar toda a sala. Eu poderia estar completamente errado, poderia ser apenas alguém muito parecida com ela, mas eu não me contive, porque dentro de mim era quase uma certeza.

- Fran?! – Por impulso disse seu nome, com os olhos arregalados por ainda não acreditar.

- É doutora Francine Thompson para você. – Ela diz sentando-se a minha frente.

- Bem, agora que todos estão presentes, podemos prosseguir? – O juiz inquiri.

- Sim. – Baker responde.

- Axl, Axl? – Meu advogado me cutuca. – Responde. – Ele pede.

- Sim. – Respondo para o juiz ainda sem tirar os olhos de Fran.

Ela estava muito diferente, seus cabelos encaracolados agora lisos, sua postura antes retraída agora era confiante, altiva e seu ar de menina agora dera lugar a uma mulher... e que mulher!

- Não há interesse algum de conciliação entre as partes? – O juiz questiona.

- O meu cliente está disposto a uma conversa que leve ao desfecho rápido sem maiores prolongamentos, meritíssimo. E que também seja benéfico para ambas as partes. – Doutor Goulart propõe.

- Mas a minha cliente não, meritíssimo. A senhora Baker ainda não se recuperou do trauma após a violência infligida por este indivíduo. – Novamente ela aponta para mim.

- Dá para parar de apontar esse dedo pra mim! – Digo alto.

- Está atrapalhando a minha defesa, peço que se cale.

- Eu não vou me calar...

- Chega! – O juiz nos fita sério. – Senhor Rose peço que se contenha e deixe a Dra. Thompson concluir sua fala.

- Como eu ia dizendo, Gabriele apenas quer justiça, meritíssimo. Foi agredida verbalmente e com um pedaço de frango. Pelo visto algo que se tornou rotineiro na vida do senhor Rose, agredir pessoas com comida. – Franzi o cenho sem entender do que ela estava falando.

- Eu não a agredi com um pedaço de frango, eu me defendi e o frango acabou por bater na cabeça dela. Um desperdício devo salientar. – Dou um risinho sem conseguir esquecer a lembrança do frango voando para a cabeça de Gabriele.

- Viu, ele não consegue ficar calado. – Fran diz para o juiz que me olha torto e novamente pede para que eu me cale.

- Eu quero justiça. – Diz Gabriele com a voz trêmula. Dissimulada. – Depois desse episódio sou motivo de chacota no prédio, esses dias até deixaram um balde com frango frito na porta do meu apartamento. – Ela diz pegando um lenço e secando essas lágrimas de crocodilo.

- Um pedaço de frango na cabeça? – O juiz nos olha surpreso. – Cinco anos de faculdade, mais três de pós, mais cursos e mais cursos e olha o que tenho que julgar. – Ele murmura baixinho.

- Não tenho culpa se o pessoal do prédio tem bom humor. – Rio.

- Senhor Rose fica quieto, por favor. – Dr. Goulart me pede.

- Viu senhor meritíssimo, para o Senhor Rose isso tudo não passa de uma brincadeira. Debocha da vítima e pouco demonstra respeito nesse fórum. Peço que medidas mais rígidas sejam tomadas contra sua atitude infante.

- Calma Dra. Thompson, tenho certeza que o senhor Rose irá se portar melhor, não é mesmo? – Dr. Goulart intervém. Novamente o juiz me olha de cara feia e eu apenas dou um sorriso sem humor “concordando”.

- Assim espero, pois não somos palhaços aqui para a diversão do senhor Rose. Espero que pelo menos a partir de agora tenha uma atitude madura. Posso esperar que você seja assisado, Rose? – Ela se volta para mim.

- Claro que não... – Ergo minha voz revoltado.

- Rose, Rose...responda que sim. – Imediatamente o meu advogado me diz.

- Quer dizer...sim. – Falo para todos. – Mas que merda é assisado? – Questiono baixo para o Dr. Goulart. E se antes eu tinha ainda duvidas de que aquela era realmente a Fran, agora tinha certeza.

- Só diga sim. – Ele pede.

- Serei assisado aí...como disse a Fran...digo... Dra. Thompson.

- Tudo bem. Como vejo que não haverá conciliação, seguimos com os autos e peço que se preparem para a audiência. Reúnam provas, depoimentos e tudo que for de interesse de seus clientes. Sendo assim, declaro essa sessão encerrada e em breve nós veremos no julgamento Thompson contra Rose. – O juiz bate o martelo finalizando a audiência.

Rapidamente Fran e Gabrielle saem pela porta lateral enquanto acompanho a morena sair conversando com sua cliente.

- Não se preocupe, Axl. Ganharemos essa causa, eu devo ter pegado informações erradas a respeito do tal advogado, ou melhor, advogada. Duvido muito que uma mulher tão bonita tenha tamanho prestígio assim, se é que me entende. – Dr. Goulart dá um risinho em minha direção. – É muito jovem, recém formada, não deve ter tanta experiência e como disse...é uma garota...ficará mais fácil de ganhar. – Ele reúne suas coisas e sai junto comigo pela porta lateral. – Vem comigo? – Ele me chama em direção a saída.

- Não, eu...eu...preciso conferir uma coisa. Nos vemos depois. – Me despeço do advogado e adentro o corredor do pequeno fórum sem saber bem o que faria.

Francine

...

- Você foi incrível, Dra. Thompson. Finalmente achei alguém de coragem para lidar com aquele roqueiro mimado que se acha acima de todos e tudo. – Gabriele me elogia.

- Calma, isso foi só a primeira audiência. O que fiz foi apenas deixar claro que não temos interesse em uma conciliação. – Explico.

- Mas meus outros advogados todos eram uns bundas moles que assim que sabiam de quem se tratava tiravam o deles da reta. Obrigada por aceitar minha causa.

- Admito que não costumo pegar causa fora de Chicago, mas digamos que seu caso me despertou um certo interesse. – Digo.

- Pode ficar despreocupada que pagarei por todos os seus gastos. – Baker afirma.

- Não se preocupe com isso agora. Ah e Gabriele queria me reunir com você em seu apartamento para que você possa me contar toda a história, em detalhes para que eu monte a acusação contra o Bill...digo...Axl.

- Claro, a hora que quiser Francine, será bem-vinda. Eu quero que Axl me pague por ter me humilhado e me agredido.

- Me chame apenas de Fran. – Peço.

- Tudo bem, agora tenho que ir, marquei salão e minha unhas estão acabadas. Quer carona? – Ela oferece.

- Não, tudo bem. Vou pegar alguns papeis aqui no fórum e seguirei para o meu hotel. Eu pego um taxi, não se preocupe.

Gabriele sai apressada enquanto vou até os fundos atrás de alguns arquivos públicos que pudesse pegar para me preparar para esse caso.

...

Com as mãos cheias de pastas sigo rumo a saída, teria que passar o dia estudando para bolar a melhor estratégia. No entanto por um descuido meu, acabo por tropeçar e deixar minhas pastas caírem ao chão.

- Isso é bem típico de mim. Por que isso sempre acontece comigo? – Me abaixo reclamando enquanto recolho os papeis que se espalharam pelo chão.

De repente vejo alguém de tênis branco se aproximar de mim e se ajoelhar para me ajudar.

- Obrigada, mas já estou term... – Falo, mas assim que vejo de quem se trata. – O que ainda faz aqui? – O fito sem humor me levantando com meus papeis em mãos.

- Vejo que não perdeu o hábito de jogar suas coisas no chão. – Ele diz dando um sorriso de lado.

- Me dê isso aqui. – Tomo as duas pastas que ele segurava em mãos.

- O que faz aqui, Fran? – Ele me fita.

- Pensei que havia ficado claro, Bill...digo...Senhor Rose. Sou a advogada que irá processar você. – Falo.

- Como pode fazer isso? – Ele questiona. Mas era mesmo um maninelo.

- Como posso? – Rio incrédula. – Você só pode ser um mentecapto...um pascácio...

- Está nervosa? – Ele pergunta.

- O que?

- Sempre que fica nervosa...fala difícil. – Ele sorri convencido.

- Não estou nervosa se acha que sua presença tem tal efeito sobre mim...e não estou falando difícil...não tenho culpa pelo seu analfabetismo funcional. – Rebato.

- Ora sua... - Ele alteia a voz. – Depois de tudo que você fez...

- Depois de tudo...eu que me admiro você ter a cara de pau de me dirigir a palavra depois do que você me fez, Axl. – O fito nos olhos com rancor.

- Depois do que eu fiz? – Ele franze o cenho.

- Não se faça de desentendido. Já vi que sua cara de pau não tem limites e se me der licença não tenho tempo a perder com um ... – O olho de cima a baixo. - ...parvo. – Dou-lhe as costas e saio andando. – Ah...e para que não fique dúvidas para você...significa tolo. – Explico, saindo em seguida.

Por fim saio porta a fora atrás de um taxi.

...

Izzy

Eu estava atordoado. Admito que não esperava essa reação da Ellen, mas não a culpava.

Eu travei quando ela veio tirar satisfação, revivi toda a dor daquele fatídico dia. Como eu contaria ali para ela tudo que aconteceu. Tanto tempo havia se passado que pensei que aquela ferida já tivesse se cicatrizado, mas eu estava completamente errado.

Assim que ela foi embora da Escola de Artes peguei minha moto e saí como um doido pelas ruas. Eu não sabia mais o que fazer.

Cheguei em meu apartamento e derrubei alguns objetos que estavam na mesa no chão. Segui para o minibar e peguei uma garrafa de whisky dando um gole generoso e sentindo a bebida queimar em minha garganta.

Sentei-me no sofá pensando em tudo. Tudo que aconteceu naquele dia e em tudo que aconteceu nesses últimos dois dias.

Abri minha carteira e fiquei fitando a foto um pouco desbotada que carregava comigo desde o dia que saí de Lafayette.

Dei outro gole em minha bebida e então resolvi. Não podia mais fugir disso, eu tinha que enfrentar o passado.

Peguei novamente as chaves da moto e segui para o seu hotel. Ela não queria respostas, pois agora iria ter.

Ellen

Segui pelas ruas a passos lentos, durante o caminho passei na joalheria retirando meu pedido e ainda consegui comprar o perfume da mamãe, tudo para me distrair, mas em vão. Logo retornei para o hotel onde fiquei deitada o resto da tarde até o horário de ir para a aula. Talvez o que pudesse me distrair do dia de hoje.

...

A aula foi boa, até conseguir sorrir de alguns fatos e interagir com alguns colegas, minha mente teve um momento de paz que acabou assim que coloquei meus pés para fora da escola. Não me animava para mais nada então segui para o hotel.

Apesar de triste pelo que aconteceu, talvez isso fosse o melhor. Finalmente eu havia colocado para fora tudo que queria, talvez tivesse até falado mais, mas já me dava por satisfeita. Esse reencontro foi um erro, e para começar eu nem devia ter aceitado sair com Jeffrey, afinal era um erro em tantas circunstâncias.

Cheguei no hotel e nem me animava em jantar, mas resolvi pedir uma sopa para não ficar com o estômago vazio durante a madrugada. Tomei um banho, coloquei um baby doll e um hobby enquanto aguardava minha refeição.

Olhei para as sacolas na escrivaninha e fui dar uma arrumada. Separei o perfume da mamãe colocando-o junto com o presente que comprei para tia Ayla, um kit com sabonete, esfoliante e hidratante, acho que ela ia gostar. Por fim peguei meu pedido da joalheria conferindo se havia ficado do jeito que havia solicitado, o fito por alguns segundos e o coloco para experimentar e ver se tudo estava conforme solicitado. 

De repente ouço uma batida na porta.

- Já vai. – Digo indo receber minha sopa.

No entanto, novamente para minha surpresa, dou de cara com Jeffrey parado no corredor.

- O que faz aqui?

- Temos que conversar. – Ele diz sério.

- Não temos mais nada para conversar. – Vou fechando a porta, mas ele a segura com o pé, a empurrando e entrando em meu quarto. – Saia agora! – Mando.

- Eu não vou sair. – Ele fala me encarando.

- Pois eu vou chamar o segurança. – Ameaço.

- Pode chamar, mas eu não saio daqui até conversarmos. Você não queria saber o que houve no dia do baile, pois falaremos do dia do baile. – Ele me fita sério.

...

Amy

...

Estava em meu apartamento quando ouço a campainha tocar. Assim que abro a porta para minha surpresa vejo Steve.

- Adler...o que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? – Questiono.

- Na verdade ...eu...eu estava passando...e resolvi parar para...para saber como o Axl está. – Ele diz.

- Ah...o Axl. – Não escondo minha frustração. – Bem, o apartamento dele é no andar de cima, mas ele não está, foi para uma audiência.

- Ah...que pena. – Popcorn suspira.

- Pera aí...mas você sabia, não? Que o Axl ia para uma audiência hoje? Eu desmarquei uma sessão de fotos e avisei vocês. – Recordo.

- É...é....eu acabei me esquecendo. – Ele diz enquanto eu o fito desconfiada. – Tá...tudo bem...foi mentira...eu sabia que o Axl não ia estar aqui agora e resolvi vim te ver. – Ele confessa.

- A mim? – Deixo um sorriso largo tomar minha face.

- É sabe...eu fiquei pensando...sabe...tomar um café...irmos na cafeteria e...conversarmos. – Ele me convida.

- Acho uma ótima ideia. – Aceito pegando minha bolsa.

Saio juntamente com Adler pelo prédio e seguimos para uma cafeteria no centro de Los Angeles. Admito que estava feliz pois era a primeira vez que saíamos sem ser negócios e principalmente sem estarmos rodeados pelos outros garotos da banda e meu irmão.

...

Ellen

- Não precisa mais falar nada, Jeffrey. Você não tem explicações, ficou claro mais cedo. Quis fugir com a Loren e fim.

- Eu não planejei fugir com a Loren se é o que pensa. Aconteceu.

- Ah claro, aconteceu...de repente você resolveu vir para cá e ela caiu sentada na sua garupa no meio da estrada. – Falo com escárnio.

- Você fala de mim com a Loren, mas não me pareceu ficar tão desolada assim quando eu cheguei atrasado na sua casa e eu a vi chegando com aquele engomadinho do Patrick. Eu não apareci e você foi logo tratando de arrumar um substituto com quem pareceu se divertir muito aquela noite. Fala da Loren, mas não agiu muito diferente... – Ele diz e eu não aguento, acabo por dar um tapa na sua cara.

- Nunca mais diga isso. Eu estava com raiva, magoada, me sentia humilhada porque já sabia que mais cedo você havia saído com aquela oferecida do cabelo amarelo, me deixando sozinha no dia do baile para depois descobrir que estavam combinando de irem embora juntos...

- Não foi o que aconteceu, Ellen. – Ele me interrompe.

- Se demorou esse tempo todo inventando uma mentira, perdeu seu tempo vindo aqui, eu não vou acreditar. Pode ir embora. – Aponto para a porta.

- Não vim aqui contar mentiras, vim lhe dizer a verdade. – Ele segura meu braço me puxando para junto dele. – E você vai me ouvir Ellen Carollyne.

- Não me inter...

- Naquele dia eu quase morri. – Ele fala me calando.

- O que disse? – Questionei.

- Eu estava tão ansioso para o baile. Acha que não sonhava em te levar para a festa? Eu contava os dias, mas infelizmente aquele maldito dia chegou. Eu saí sim com a Loren mais cedo. – Ele diz e eu rolo os olhos. – Ela bateu no meu portão desesperada, preocupada com uma burrada que o Jhonas havia cometido. Eu tentei ignorar, mas ele me ajudou em vários momentos da minha vida e sei que ele teria feito o mesmo por mim, ele era meu amigo. Aconteceu que tudo não passou de uma armadilha. Jhonas havia se metido com Falcon, chefe do tráfico no Valey, eu tentei alertá-lo, tirá-lo de lá, mas quando ele me ouviu já era tarde.

- Eu ouvir falar do Jhonas...ele morreu...

- Sim, ele foi vítima de uma emboscada na estrada quando estávamos voltando para o centro de Lafayette. A moto dele apagou e os caras do Falcon o alcançaram, eu só não morri porque fiquei escondido por trás de um arbusto e a Loren não me deixou ir até lá. Eu fui um fraco, um covarde que não... – Se lamenta. - Talvez se eu tivesse tentado ir ajudá-lo, voltado para pega-lo... - Jeffrey abaixa a cabeça contendo o choro.

- Você não podia fazer nada. – Digo.

- Eu voltei transtornado para Lafayette, fui imediatamente até a sua casa e sua mãe me recebeu. – Ele me disse me deixando perplexa.

- Ela nunca me disse.

- Ela nunca foi minha fã, não é mesmo? Mas digamos que ela me abriu os olhos quanto algumas coisas... – Ele fala entre incógnitas.

- O que?

- Isso não vem ao caso agora. Acontece que eu fui falar com você e foi quando eu vi...

- Eu chegando com o Patrick. – Abaixo a cabeça me recordando.

- Depois disso eu resolvi vir embora. – Ele diz.

- Mas isso não explica a Loren ter vindo com você. – Falo. – Isso ainda deixa algumas lacunas, Jeffrey...

- O que? Ela veio comigo porque estava com medo, estava amedrontada de ser a próxima vítima do Falcon e procurou por ajuda, quando soube que eu vinha embora me implorou para vir comigo porque tinha certeza que ele ia matá-la. – Conta.

Olho para todo o quarto enquanto penso em tudo que ele me diz. Era muita informação, muitas coisas ainda não pareciam fazer sentido ou...

- E por que você não me disse? – Questionei.

- Achei que você ficaria bem com o Patrick. – Ele diz com a voz cheia de mágoa. Cerro os olhos o encarando.

- Não aconteceu nada entre mim e o Patrick naquela noite. Nós saímos é verdade, ele me viu despedaçada na calçada de casa ao saber que você tinha saído com a Loren. Ele parou o carro para me ajudar e eu pedi que me levasse para longe dali por causa da briga que tive com a minha mãe. Nós saímos, ele me levou para o alto da colina, tentou me acalmar e... nós beijamos, não vou mentir. – Conto.

- Sabia que aquele babaca ficava como abutre atrás de você... – Ele fecha a cara.

- Mas não passou disso. Eu pedi para ele me levar de volta para casa e quando eu te vi, por raiva, o fiz pensar que algo a mais havia acontecido entre a gente. Depois daquela noite eu só o vi mais uma vez e depois soube que ele se mudou com o pai militar para outro estado. – Conto.

- Você foi bem convincente aquela noite, difícil acreditar que não aconteceu nada. – Ele me fita.

- Não aconteceu, não teria por que mentir. – O encaro. – Agora você? Me diz? Ficou ou não ficou com a Loren quando chegou aqui? - Indago.

Ele se vira de um lado para o outro e só pelo seu jeito eu já sabia a resposta.

- Sabia.

- Ela nunca teve nenhuma importância para mim... – Tenta se justificar.

- E pelo visto nem eu. – Falo. – Afinal você foi embora sem nem ao menos se despedir, sem tentar me explicar, sem...você podia estar com raiva por achar que eu havia transado com o Patrick, mas tinha que ter me contado o que havia acontecido, você não se importou comigo...

- Não me importei?! – Ele me interrompeu exasperado. – Como não me importei, Ellen? Será que você não entendeu ainda? – Diz alto.

- Entendi...você fugiu porque estava com medo do Falcon vir atrás de você...

- Não!!! – Ele leva as mãos a cabeça. – Eu estava com medo dele vir atrás de você! – Diz.

- De mim? – Franzo o cenho.

- Falcon era um sádico, que gostava de causar dor em seus desafetos, ele matou o Jhonas rindo e só não fez pior porque o Jhonas não tinha ninguém. Eu não sabia se ele realmente vinha atrás de mim, podia ter deixado apenas Jhonas como aviso, mas eu não podia arriscar. Não tinha como ter certeza que ele já não estava me vigiando, me seguindo, porque com ele era assim...quando menos esperava ele atacava.

- Mas o que eu tenho a ver com isso? – Questiono ainda confusa.

- Falcon por vezes foi atrás da família de seus adversários, as namoradas de seus rivais, os filhos...ele preferia fazer mal a alguém próximo só para ver um desafeto seu sofrer. Eu não me importava se ele viesse atrás de mim, e me dói dizer isso, mas não me preocupava tanto assim com minha família até porque não tínhamos uma boa relação, mas eu não suportaria se ele viesse atrás de você. Você, Ellen, era o mais importante para mim. – Ele conta.

Engulo em seco após ouvir suas palavras.

- Se eu pudesse voltar para aquele maldito dia, eu faria tudo diferente...

- Você devia ter me falado, Jeffrey. – Suspiro, abaixando minha cabeça e deixando duas lágrimas escorrerem livre pelo meu rosto.

- Bem, agora você já sabe... – Ele diz.

Penso por um instante refletindo tudo que ele me falou, mas acabo por me lembrar de um pequeno detalhe.

- Você não voltou. – Murmuro.

- Como?

- Falcon morreu um ano após você ir embora de Lafayette. Saiu no jornal local, me lembro porque Bill havia comentado comigo sobre a morte de Jhonas e que achava que tinha sido o Falcon. Ele não falou que você estava envolvido...

- Axl não sabia, ele mal sabe dessa história, naquele tempo não sabia de nada mesmo.

- Então eu gravei o nome...Falcon...e lembro de ver essa nota no jornal a respeito... – Me aproximo dele e pergunto olhando em seus olhos. – Você soube que ele havia morrido?

Jeffrey titubeia, olha para todos os lados, e por fim me encara nos olhos.

- Sim, eu soube. – Conta.

- Quando soube?

- Logo depois que aconteceu.

Torno abaixar novamente minha cabeça pensando.

- Então se era esse o impedimento...Por que não voltou? – Indago.

- Ellen...muitas coisas aconteceram...

- Claro, sua vida de rockstar, rodeado de mulheres...

- Não foi isso. – Ele nega.

- Difícil acreditar Jeffrey...é difícil...

Ele abaixa a cabeça respirando fundo.

- Você me conhece, Ellen. – Ele pega minha mão e coloca em seu coração. – Me conhece melhor que ninguém...acredita em mim. – Pede fitando meus olhos.

- Eu, eu não sei... – Caio no choro novamente.

- Tudo bem. – Ele dá meia volta e vai em direção a porta. – Sei que falhei com você, e você tem razão de não acreditar completamente em mim, mas saiba que tudo que eu fiz...foi por que...eu...eu sempre faria o que fosse melhor para você, Ellen. – Diz saindo porta a fora.

Eu caio no choro e me desespero respirando fundo tentando assimilar tudo que ele havia me contado e por um impulso corro até a porta do quarto.

- Jeffrey!!!! – Grito em meio ao corredor. Ele se vira assustado.

Corro até ele e pulo em seu colo lhe dando um beijo longo e apaixonado.


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤️
Até o próximo 😘


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