Capitulo 9
Mansão Wright
Pov's Samantha Wright
Resolvi visitar meus pais,na verdade eu precisava desabafar só com aquele que sabe do meu passado doloroso. Entrei na minha antiga casa,papai e mamãe logo abriram um grande sorriso eu sempre adorei ser recebida assim por eles.
— Olá meus velhos. —brinquei abraçando eles.
— Até que enfim veio nos ver. —papai diz sorridente.
— Eu quero muito comer o bolo da Sonia. —encarei a empregada da minha família por anos,ela sorriu para mim.
— Eu farei agora. —saiu,me virei para meus pais.
— Eu estou adorando sua visita. —mamãe diz sorrindo— Acho que lembrou-se de nós.
— Mãe. —abracei minha mãe— Você está tão sentimental.
Deitei minha cabeça no colo dela,mamãe sempre adorou fazer cafuné em mim enquanto conversávamos sobre algo.
— Linda. —ela diz,fazendo cafuné— Agora me diga filha,por que está com olheiras?
— Não estou com olheiras. —me defendi,mamãe arqueou uma sobrancelha— Ok,eu não estou dormindo bem por conta dos jogos importantes que estão chegando.
Na verdade não dormi bem esses dias por causa do maldito pesadelo,mais eu precisava arrumar isso até por que eu preciso dormir bem. Tenho jogos importantes,Barcelona estará na competição da UEFA feminina.
— Não devia ficar tão ansiosa. —mamãe deslizou os dedos por meus cabelos— O time tem que jogar bem e como você jogara não dormindo direito?
— Eu sei mãe. —falei rindo.
— Não é por causa de baladas. —revirei os olhos— Samantha Wright.
— Não é senhora Wright. —me levantei,sorri para ela— Não é por causa das baladas.
Papai,meu grande amigo fumava seu típico charuto norueguês,ele sempre afirmou que a Noruega inventou o melhor charuto da história,acho uma baboseira já que peço para ele não usar esse tipo de coisa que lhe prejudica a saúde.
— O que tanto me olha? —ele perguntou,deixou seu charuto no cinzeiro ao lado— Está me fuzilando.
— Perdão papai. —me sentei ao lado dele,papai sorriu para mim— Preciso de um ombro amigo agora.
— Você mentiu para sua mãe. —me encarou,suspirei— O que está tirando seu sono?
— Pesadelos. —olhei para vista que meu pai também olhava— Aqueles que não consigo parar de ter.
— Que tipo de pesadelos? Algo sobre o futebol? —cocei a nuca.
— O acidente. —dessa vez nos olhamos,ele estava com olhar preocupado— A garota do acidente que não me sai da cabeça.
— O que quer? —perguntou,suspirei— Quer se entregar a policia?
— Não devo isso pai. —fechei meus olhos,a imagem da menina estava na minha cabeça— Só não consigo esquecer e se eu me entregasse seria minha ruína no futebol.
— Sam.... —papai colocou a mão sobre a minha— Eu fiz de tudo para que você não se prejudicasse nisso,mais se tem pesadelos assim é por que você quer abrir o jogo a alguém.
— Eu preciso dar um jeito. —eu digo convicta,papai sorri fraco— Vou dar um jeito.
Em frente a minha casa o carro de Dulce parado ali,sai do meu veiculo fuzilando a ruiva com olhar,eu não queria mais olhar na cara daquela que me machucou. Ela sorriu de lado enquanto eu me aproximava,agarrei ela pelo braço com raiva.
— Não quero você aqui. —ela riu negando— Dulce,você não presta.
— Você sempre me adorou. —sorriu de forma maliciosa,suas mãos entraram por dentro da minha camisa,ela acariciava minha barriga— Adorava a ponto de gemer.
— Eu não quero você aqui. —rosnei,ela revirou os olhos— O que quer? Mostrar que você está por cima?
— Eu sinto sua falta. —fez beicinho,ri desdém— Não tenho culpa de você ser tão irresistível,me deixou excitada com as jogadas que fez no campo.
Fechei os olhos sentindo o hálito quente dela no meu rosto,seus lábios no meu pescoço estava me fazendo fraquejar em como eu amava o jeito dela me beijar,eram mais beijos torturantes do que eu pensava. Respirei fundo virando meu rosto,ela me olhou estranha.
— O que?! Tem nojo de mim? —comentou me olhando,seus braços rodearam meu pescoço.
— Eu não tenho nojo de você. —ela sorriu,tirei os braços dela brutalmente do meu pescoço— É bem mais que isso,nojo seria até uma palavrinha bonitinha para definir o que sinto por você nesse momento.
— Por que isso agora? —perguntou,eu ri alto— Samantha Wright você está se achando superior.
— Você devia se enxergar Dulce. —ela franziu o cenho,sorri acertando o ponto fraco dela— Uma vagabunda de primeira.
— Você.... você me dá raiva. —gritou,eu ri de lado.
— Claire sabe que você está aqui? —questionei-a,ela suspirou— Não,então vá para sua “namorada” por que eu não estou querendo brigas.
— Ok. —Dulce sorriu.
Aconteceu muito rápido,Dulce colou nossos lábios eu fechei os olhos com o contato afastei meu corpo dela,a mesma sorria por ter conseguido me beijar. Limpei minha boca sentindo nojo dela,Dulce estava com Claire eu achei errado o que ela fez. Ainda sim aquele sorriso vitorioso estava ali,Dulce piscou e caminhou até o carro,mais foi ai que eu sorri com a mão na boca mais era por não ter sentido nada naquele beijo,era por não ter tido nenhuma boa nostalgia.
Na minha grande TV de plasma passava as tabelas dos jogos da UEFA,nosso primeiro desafio seria contra as garotas do Real Madrid irônico o time que recebi muitas propostas muitas delas foram bem pensadas ainda bem pensadas. Desliguei minha TV já cansada do dia de hoje era muita coisa para um dia.
(...)
7:30 já estava tomando meu café da manhã,eu dormi graças ao bom e velho calmante não era algo receitado por um médico mais me ajudou a dormir bem,hoje seria o dia mais pesado do treino o treinador sempre diz que pegar pesado faz um jogador ter um melhor desempenho no campo.
A caminho do clube,vasculhava a internet eu sempre gostei de pesquisar sobre as atacantes do time que tínhamos jogos contra,eu resumia a história delas na internet não estava muito afim de ficar ali lendo um grande texto dela. Chegamos ao clube pessoas tinham olhares e sorrisos para mim franzi a testa ajeitando minha mochila,ao chegar perto do gramado senti meu corpo ser empurrado bruscamente ao chão,era Claire Muniz com raiva de mim.
— Vou quebrar você Wright. —ela gritou,me levantei pronta para travar uma luta com ela. O treinador interveio a segurando,respirei fundo encarando ela— Eu juro que quebro você.
— Que violência grátis é essa? —perguntei,ela riu negando.
Sierra a companheira inseparável de Claire a naja amiga veio até mim com uma capa de revista,ela praticamente jogou a revista em mim. Encarei a capa negando com a cabeça era uma foto minha e da Dulce nos beijando logo ao lado uma mini-foto onde eu sorria com a mão no lábio. Claire estava nervosa me encarando ainda nos braços do treinador.
— Eu não beijei ela. —eu digo convicta,Claire gargalhou desdém— Eu não tive nada a ver com isso,ela me procurou alegando saudades.
— Vá pro inferno Wright. —Claire gritou com toda raiva. Neguei recolhendo minha mochila do chão e me afastando daquele caos.
Já uniformizada sai para o campo,me alonguei no gramado,Claire cochichava algo com Sierra não podia negar uma coisa as duas malditas estão no meu time não posso brigar com elas agora temos um jogo importante. A fotografa que me chama atenção é linda,Demetria estava lá com sua típica câmera fotográfica mais sem me olhar,eu sabia que ela tinha visto a revista,acenei para ela a mesma sorriu fraco segurando a câmera,suspirei.
— Claire. —olhei o treinador que a chamou— Você vai pro banco.
Claire não negou,ou gritou ela simplesmente cochichou algo com Sierra e saiu do campo saltitante,ali tinha algo Claire Muniz jamais sairia com o rabinho entre as pernas sem pestanejar. Muniz saiu do campo sentando ao lado de Demi,apertei meus punhos a vendo sorrir para mim.
— Vamos lá.
Começamos o treino,eu tocava a bola constantemente para Lorena ela tocava para Jessica e assim fazíamos,Sierra sempre chutava as bolas tocadas para o gol,ela sempre teve bom acerto nas bolas seus chutes já foram motivos de estudos pela força que ela põe neles. Fiz meu gol e sorri,desviei meu olhar para Demi e Claire as duas estavam se olhando na verdade conversando trinquei minha mandíbula de raiva.
— Wright.
Me virei,acabei recebendo uma bolada no nariz a dor era forte senti a tontura aparecer foi ai então que eu apaguei.
(...)
Pov's Demi Lovato
O que eu senti vendo a foto de Wright beijando a ex? Não sei,algo dentro de mim não gostou de ver aquela capa de revista jamais gostei de me sentir assim por alguém talvez uma pitada de ciúmes o pior foi vê-la negar aquelas acusações de beijo,estava na capa da revista.
Claire Muniz a criatura mais insuportável do mundo,as cantadas dela tinham uma malicia nojenta,coisa que Samantha Wright não tivesse jogado em mim na balada. Eu sabia que ela estava próxima a mim para atingir Sam.
— Será que pode não conversar comigo? —perguntei,ela riu debochada e negando.
— Eu gosto de conversar. —sussurrou,revirei os olhos,bufei— Agora vai me dizer que namora a Wright? —neguei— Então que tipo de relação vocês tem? Me responde.
— Não temos uma relação! —afirmei,ela riu vitoriosa.
— Wright.
O treinador havia chamado a atenção dela pela décima vez naquele treino,vi Wright se espatifar no chão assim que a bola atingiu seu rosto,Claire gargalhou. Corri até Wright que tinha o nariz sangrando,ela estava desacordada,o treinador logo chamou ajuda. Não demorou muito para que os médicos viessem até ela,jogaram uma água fria no rosto dela especificamente no nariz,aos poucos ela despertou.
— Tudo bem? —o médico perguntou,Wright assentiu com os olhos entreabertos— Vamos,precisamos fazer uma check-up.
Fiz as fotos do dia,pensava na jogadora que ainda não tinha saído da sala do médico,guardei meus equipamentos ainda ouvindo as risadinhas de Claire Muniz e Sierra Pardo sobre o ocorrido eu não entendo como duas garotas tão más gostam de ver a colega quase ferrada.
Caminhei pelo corredor indicado que dava acesso a tal sala do médico,dei duas batidas na porta o doutor Antony atendeu sorrindo. Wright estava sentada com a mão no nariz entrei na sala sorrindo pra ela que apenas desviou olhar para a janela que tinha como paisagem o campo de futebol.
— Ela está bem caso queira saber. —sorri para o médico— Só foi um machucado dentro do nariz,mais nada que uma boa pomada não resolva.
— Será que agora eu posso ir? —a jogadora questionou arqueando uma sobrancelha,o médico riu entregando a ela uma receita.
— Evite os calmantes. —franzi a testa para Wright,como assim calmantes?
— Tchau doutor Hanson.
Acompanhei Wright caminhando com a mochila nas costas,o motorista dela Cortez a esperava.
— Não irá mesmo falar comigo? —questionei,ela apenas colocou óculos escuro— Que infantil,tudo isso por ciúmes?
— Quem disse que estou com ciúmes? —suspendeu as sobrancelhas,eu ri negando,ela suspirou— Cuida de mim? —fez bico,eu ri.
— Eu estou de carro. —informei,ela colocou pano no nariz— Posso ir até sua casa. —Wright se virou para mim e sorriu.
— Eu aceito.
Seguia com o carro até a casa da jogadora,ela tinha um jeito esquisito de me convidar nossa relação era algo que não conseguia distinguir direito. Parei em frente a grande casa da Wright,ela estava de pé parada na porta,sorriu abrindo a porta então eu a segui.
— Sierra fez aquilo de propósito. —ela afirma,balancei a cabeça concordando— Elas planejaram aquilo.
— Eu não sei o que dizer. —sentei no sofá,Wright sentou ao meu lado rindo— O que foi?
— Você disse que cuidaria de mim. —piscou,revirei os olhos pegando o pano e colocando em seu nariz— Não.... assim ó.
Seus lábios se chocaram com os meus,Wright deitou o corpo sobre o meu no sofá nossos lábios já se conheciam de uma forma carnal. Eu não sabia que relação nós tínhamos era uma duvida na minha cabeça ainda ecoa a pergunta de Muniz na minha cabeça,e até agora eu não tenho a resposta.
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