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História You Are My Sweetest Dream - All for love - História escrita por mandy_lee - Spirit Fanfics e Histórias
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História You Are My Sweetest Dream - All for love


Escrita por: mandy_lee

Capítulo 25 - All for love


Fanfic / Fanfiction You Are My Sweetest Dream - All for love

“KyuHyun, integrante do Super Junior, é afastado das atividades do grupo sem data prevista para retorno”

Foi assim que a sensação fugaz de calmaria se esvaiu.Havia se passado um pouco mais de duas semanas desde que KyuHyun recebeu alta hospitalar. Tudo aparentemente havia retornado ao normal - o quão normal era possível estar nossa rotina após tudo o que ocorreu. Os comentários negativos sobre nosso relacionamento continuavam sendo proferidos em redes sociais, mas nenhum outro ataque a ele ou a mim ocorreu. Após alguns dias de folga para garantir que sua saúde estaria recuperada, KyuHyun havia retornado ao trabalho e às agendas do grupo, evitando o quanto podia perguntas sobre o acontecido em entrevistas. Ele me visitava com mais frequência, como se estivesse temeroso de que algo pudesse acontecer comigo - depois de tudo, ele ainda se preocupava comigo antes de se preocupar consigo mesmo. As suas visitas eram breves mas sempre me davam uma sensação de conforto e de segurança, o que me permitia continuar dia após dia naquele estado.

 Em uma dessas visitas, eu contei a ele sobre minha conversa com AhRa. Primeiramente, ele me repreendeu por pensar tão pouco sobre mim mesma. “Você e essa mania de sempre atribuir a culpa de tudo para si”, ele havia dito, balançando a cabeça negativamente e exibindo um olhar de reprovação, ao qual eu apenas suspirei, derrotada; sabia que ele estava certo, então nem tentei me defender. Após sua pequena bronca, ele passou a exibir um olhar doce e, pegando meu rosto entre as mãos, falou que eu não devia me preocupar, pois não estava sozinha e não havia nada que nós não pudéssemos superar enquanto estivéssemos juntos. No começo, eu ouvia aquelas palavras um pouco incrédula, mas ela as repetiu tantas vezes no decorrer dos dias seguintes que elas começaram a soar verdadeiras em meus ouvidos. Sempre que minha força de vontade vacilava e o medo voltava a se fazer presente, eu fechava os olhos e lembrava de tudo aquilo que me mantinha em movimento: as palavras tranquilizadoras de KyuHyun, a gentileza de AhRa, a presença revigorante de Amber e o apoio silencioso dos outros membros do grupo; tendo tudo isso em mente, eu acreditei, realmente acreditei, que tudo fosse ficar bem. Até aquela manhã.

Era de manhã cedo quando resolvi ligar a TV para ouvir as notícias de forma distraída enquanto fazia meu café. Foi aí que aquela notícia havia sido proferida. A minha reação imediata foi choque. Eu realmente não esperava que aquilo acontecesse, visto que tudo estava aparentemente calmo. Todos haviam voltado pras suas atividades normais e KyuHyun nunca havia mencionado nenhum tipo de problema no grupo por causa dos ocorridos. Após o choque, veio a tristeza, avassaladora, que chegava a causar dor física. Então, não bastava só ameaçar a vida dele, a carreira, a reputação, eu também iria retirar seu direito de fazer o que mais gostava, que era cantar? Após isso, veio a raiva, direcionada a mim mesma. Se eu pudesse, naquele momento, iria me retirar de minha própria presença, tamanho era o desprezo que sentia. Não adiantava mais repetir toda aquela conversa sobre eu não ter culpa, sobre as pessoas estarem erradas e não eu; a verdade é que era culpa minha sim, desde o início, sempre foi, mas eu havia procurado na bondade das outras pessoas motivos para pensar o contrário para que assim, de forma egoísta, eu pudesse viver o amor que tanto havia desejado por anos.

“Um representante da empresa informa que, após vários ocorridos, inclusive uma ameaça à vida do artista, as ações da empresa estavam caindo e o grupo como um todo estava sendo alvo de comentários negativos dos fãs, sendo assim foi decidido por um hiato do integrante KyuHyun até que a situação se acalme. Não se sabe o tempo previsto para que o hiato acabe”

Com lágrimas molhando meus cílios e os olhos piscando rapidamente, busquei cegamente meu celular e disquei o primeiro número que me veio à cabeça. Amber atendeu já no primeiro toque, como se estivesse à espera da ligação:

-- Marie? Já estava indo ligar pra você! Escuta, não sei se você viu as notíc-

-- Vamos embora.

-- Embora? Pra onde? - ela perguntou, genuinamente confusa, como se tivesse esquecido que ali não era, de fato, nossa casa.

-- Para casa. Para o nosso país - eu disse, e me assustei com tanta convicção que era presente em minha voz. Levantei-me, enxugando os olhos e desligando a TV.

Amber ficou em silêncio por um momento, provavelmente chocada pela minha fala inesperada. Depois, cuidadosamente começou:

-- Você não havia dito que estava considerando se mudar pra cá? Arranjar uma bolsa numa universidade, trabalhar em algum turno possível? Reorganizar sua vida para vir para cá? - ela pausou sua fala por um momento, como se processando como a realidade estava mudando naquele momento - Você até tinha dito que iria conversar com sua mãe com mais calma quando tivesse a oportunidade.

-- Eu estava enganada, Amber. Deixei-me levar pelas falsas esperanças, mas essa notícia que vi na TV serviu pra jogar a realidade na minha cara. Não há esperança, as pessoas nunca vão aceitar, eu nunca serei parte do mundo dele. Eu só estou prejudicando a sua vida pessoal e profissional, destruindo as chances de ele ser feliz. Eu estou bagunçando tudo! Os seus sonhos, o relacionamento com os fãs e com os colegas de trabalho, até a sua saúde. Isso não pode continuar. Eu estou agora mesmo indo fazer minhas malas.

-- Marie! Espere! - ela falou, um pouco de desespero notável no seu tom de voz - Pense com calma. Tudo estava voltando a funcionar normalmente. Você não acha melhor ponderar sobre o assunto quando estiver com a mente mais calma? Você está nervosa por causa da notícia.

-- Não houve nenhum dia em que eu não pensei sobre isso enquanto estava aqui, Amber. Eu estou falando sério, estou indo arrumar minhas malas.

-- Ai! Espera, eu tô indo aí na sua casa - ela falou, um tom exasperado - Chego em meia-hora - e desligou, como se tivesse aceitado que aquela discussão por telefone não iria mudar minha opinião.

Larguei o celular em cima da cama e passei a fitar o nada. O silêncio preenchia o lugar, sendo interrompido apenas pela minha respiração calma. Respirei fundo, fechei os olhos e tentei avaliar em minha mente como me sentia em relação à decisão que, para Amber, parecia ter sido tomada sob o impulso de fortes emoções. Até parece que Amber não me conhecia e não sabia que eu era uma pessoa que quase nunca tomava decisões baseadas em impulsos, principalmente decisões importantes como essa. Abri os olhos. Eu nunca estive tão certa de algo em minha vida.

Acreditava plenamente que aquilo era o melhor a ser feito. Eu não conseguiria mais permanecer ao lado de KyuHyun sabendo que eu estava causando tanto prejuízo em sua vida. Havia considerado aquela decisão diversas vezes, principalmente após cada fato desagradável que acontecia. Destruir o seu sonho e privá-lo de fazer o que mais gostava na vida havia sido a gota d’água. Aquela decisão era maior do que eu; era necessária para que tudo entrasse nos eixos novamente. Dessa forma, eu estava decidida a não me deixar levar pelas emoções. Não mais. Meu coração lamentava e chorava, mas eu seria inabalável.

Algumas lágrimas começaram a cair, solitárias e carregadas com uma tristeza profunda que eu tentava a todo custo enterrar no fundo de meu peito. Enxuguei novamente os olhos e comecei a organizar minhas roupas funcionando praticamente no modo automático. Precisava fazer aquilo antes que algo enfraquecesse minha decisão.

De repente, pude ouvir batidas na porta. Será que era Amber? Olhei o relógio e vi que apenas alguns minutos haviam se passado desde a nossa ligação. Estranho, pensei, dirigindo-me à porta. Ao abri-la, fui envolvida em um abraço firme, meu rosto foi acomodado em um pescoço morno e o cheiro confortante de KyuHyun invadiu meus sentidos. Senti meu coração acelerar, como já era esperado.

Retornei o abraço quase que por instinto, meu corpo se movendo antes que eu pudesse processar. Envolvi meus braços nos ombros dele e me permiti sentir a calma que aquele gesto me proporcionava. Depois de alguns segundos, separamo-nos. Ele olhava atentamente para o meu rosto, afagando a minha bochecha. Não consegui esconder a tristeza em minha voz quando falei:

-- Por que não me disse nada?

Ele piscou algumas vezes, pego de surpresa, logo se recuperando:

-- Então você já sabe... – falou, soando preocupado – Não contei antes porque sabia que você me olharia com essa expressão – enxugou uma lágrima que eu não havia percebido que caía sobre meu rosto.

Eu me soltei dele completamente, virando-me de costas e apertando as mãos contra meu rosto, frustrada, triste, enraivecida; nem sabia exatamente o que sentia naquele momento. Ouvi o seu suspiro, derrotado, e passos cautelosos se aproximando de mim:

-- Marie, eu sei o que você está pensando mesmo que você não me diga diretamente. Você está mais uma vez se culpando por algo que não está sob seu controle. Você vai criar cabelos brancos com essa sua mania – brincou. Olhei-o, incrédula.

-- Como você pode estar tão calmo com tudo isso? – perguntei, exasperada. Depois de tudo o que havia acontecido, ele não se dava o direito de se sentir furioso, contrariado, frustrado? Como isso era possível?

-- Estou calmo porque sabia que isso aconteceria em algum momento. É como as coisas são nessa indústria; eu aceitei a realidade há muito tempo. E também porque é uma medida temporária, não há motivo para desespero.

Continuei encarando-o, não convencida.

-- Eu vou apenas aproveitar as férias forçadas que me deram, já que insistem – brincou novamente. Eu revirei os olhos, frustrada com a atitude dele quando eu estava claramente desmoronando aos poucos. Ele deu de ombros e foi em direção à minha cama, como se quisesse se deitar, quando as minhas roupas espalhadas por cima da cama finalmente chamaram a sua atenção. Ele as fitou por alguns segundos, uma expressão séria, e virou-se para mim:

-- O que é isso?

Permaneci com uma expressão neutra, sem deixar transparecer o pânico que eu estava sentindo, e falei a primeira coisa que me veio em mente:

-- Estava muito preocupada com a situação e decidi ocupar a mente arrumando o guarda-roupa – falei com naturalidade, dando de ombros. Ele pareceu convencido a adotou uma expressão de alívio. Sentou-se na cama e deu tapinhas no espaço desocupado ao lado. Fiz-me de difícil por um total de 5 segundos e cedi, indo sentar ao lado dele, derrotada.

Encostei minha cabeça no ombro dele e segurei sua mão entre as minhas. Senti-o afagar meus cabelos com sua outra mão e plantar um beijo terno no alto de minha cabeça. Havia tanta coisa que eu queria dizer para ele. Queria dizer que eu o amava como nunca amaria ninguém de novo, e que eu estava orgulhosa da sua resiliência depois de tantas dificuldades colocadas em seu caminho. Queria pedir antecipadamente perdão, queria implorar para que ele não me odiasse, mesmo depois de eu ter ido embora. Acima de tudo, queria agradecer por ter me permitido viver, mesmo que por um período curto de tempo, o amor que eu sempre quis. Tinha sido mais, muito mais do que eu havia imaginado ou do que eu merecia. Aquelas lembranças seriam suficientes para me fazer seguir em frente. Sim, seria suficiente.

Senti seus dedos em meu queixo, me fazendo olhar para o seu rosto. Fitei seus olhos e lá encontrei tanta ternura que senti novamente meus olhos marejarem. Ele disse:

-- Eles vão continuar tentando, mas não vão conseguir nos vencer. Eu vou garantir isso. Então não se preocupe. A única coisa que deve fazer por mim é permanecer comigo. Isso já é mais do que suficiente para me dar força.

Deixei uma lágrima cair solitária e levei meus lábios de encontro aos dele, beijando-o com paixão. Ele pareceu surpreso pela reação, mas logo retribuiu após alguns segundos, segurando minha cintura com firmeza, a outra mão segurando meu rosto carinhosamente. Beijei-o profundamente, meus dedos entrelaçados nos cabelos de sua nuca, meu rosto molhado por mais lágrimas que agora caiam fora de meu controle, meus olhos fechados com força, querendo me esquecer de tudo naquele momento e focar apenas no seu cheiro e no calor de sua respiração. Ele não sabia, mas aquele seria nosso último beijo. Eu tentava transmitir todos os meus sentimentos naquele ato e capturar cada detalhe daquele momento em minha memória – eu sem dúvida usaria tal memória para me manter firme no futuro. Iria precisar.

Depois de vários minutos, separamo-nos, sem ar. Apoiamos as nossas testas e permanecemos de olhos fechados. Ele ainda segurava meu rosto e o afagava levemente com o polegar. Começou a falar algo, mas eu o interrompi depositando um beijo leve em seus lábios. Abri os olhos e esperei que ele o fizesse também. Então, olhei-o firmemente e disse:

-- Não importa o que aconteça, lembre-se que eu te amo, mais do que tudo. Eu te amei por muitos anos, e continuarei te amando. Prometa que nunca irá se esquecer disso.

Ele pareceu confuso por um momento. Franziu o cenho, parecendo preocupado:

-- Por que está diz-

-- Prometa.

Ele pareceu sentir a seriedade em meu tom de voz e em meus olhos e assentiu.

-- Eu prometo.

Eu sorri, genuinamente, e o abracei, escondendo meu rosto na curva de seu pescoço. Senti-o afagar minhas costas. Permiti-me receber aquele carinho por mais um tempo. Sabia que seria a última vez.

Depois de alguns minutos, afastei-me dele. Juntei toda a minha determinação e tentei manter minha voz firme quando disse:

-- Eu preciso passar um tempo sozinha agora. Eu te ligo mais tarde, ta?

Precisava que ele fosse embora antes que percebesse algo estranho no meu comportamento. Além disso, sentia minha força de vontade se esvair a cada minuto que eu passava com ele; não poderia voltar atrás em minha decisão agora. Não poderia ser egoísta assim.

-- Tudo bem – ele disse, sorrindo de leve, como se já esperasse essa reação de mim – Não fique muito solitária sem mim, hein? – brincou. Eu ri de leve, tentando disfarçar o pesar que se alojava em meu peito. Você nem faz ideia, meu amor.

-- Tentarei o meu melhor – respondi.

Ele assentiu, beijou-me uma última vez, um beijo inocente mas firme, e sussurrou um “até mais”. Minha voz já não saía, então eu apenas assenti em resposta.

Permaneci fitando o chão, ouvindo os passos dele se afastando gradativamente de mim. Ouvi o barulho da porta fechando-se e então o silêncio ensurdecedor que pairava no ar. Tal silêncio foi quebrado por meus soluços, um choro audível que eu já não conseguia mais segurar. Encolhi-me e abracei a mim mesma, tentando amparar minha própria dor, sem muito sucesso. É a decisão certa, eu dizia para mim mesma, enxugando as lágrimas que caiam pesadas com a manga da minha blusa. É a decisão certa. Você não tem o direito de continuar causando tantos estragos na vida dele. Ele ficará melhor sem você. Tudo voltará a ser como antes, tudo entrará nos eixos, e ele receberá o amor que merece em vez do ódio que está recebendo de todos.

É a decisão certa.


Notas Finais


Infelizmente as atualizações serão demoradas, mas tenham paciência, não esquecerei da fic <3


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