–Então, você é...
–Filha delas...- Belle ainda tinha um semblante confuso.- É, realmente, uma longa história.- Falou, esperando que a mulher desistisse de perguntar.
A mais nova começou a andar de um lado para o outro, tentando pensar nas suas opções.
-Como elas se conheceram aqui?- Belle respirou fundo.
–Bom, pelo o que eu soube, Henry fugiu de casa e foi atrás de Emma quando ele tinha dez anos.
–Espera... Dez anos?- Assentiu com a cabeça.- Agora eu entendi. Na minha terra, ela chegou na cidade quando o Henry tinha 8 anos.
Ficaram em silêncio por um tempo, tentando digerir toda aquela informação.
–Se quiser saber mais, terá que falar com Henry.- Alycia arregalou os olhos e sorriu largamente.
–Belle, você é um gênio!- Exclamou, dando um beijo na bochecha da mulher.- Quem melhor para fazer as minhas mães se declarem do que a pessoa que criou a operação SwanQueen?- A mulher franziu o cenho em sinal de confusão.- Outra longa história.- A menina pegou a mochila que tinha levado para a cidade e andou até a porta, parando a metade do caminho.- Já são mais de 22:00 horas. Se essa Regina é pelo menos um pouco parecida com a minha mãe, ela nunca irá deixar ele sair de casa.- Sorriu e voltou a andar até a porta.-E se esse Henry for pelo menos um pouco parecido com o meu irmão, ele arruma um jeito de sair. Aquele menino é o mestre em fugas.
A rua deserta de Storybrooke a noite, daria arrepios em qualquer outra pessoa, mas Alycia já estava tão acostumada com aquele visual "dark" da cidade, que nem se um dementador saísse do arbusto (de novo), ela se assustaria.
Andou até a mansão pelo caminho que tanto conhecia. Quando chegou em frente a casa, percebeu que ela não era nem um pouco diferente da casa em seu universo. Todas as luzes estavam apagadas e ela ainda não sabia se era algo bom ou não. Começou a jogar pedrinhas na janela, que julgava ser de Henry. Minutos depois, o menino aparece na janela em seus pijamas.
–Hey!
–Oi!- O menino se inclinou um pouco mais na janela.- O que está fazendo aqui?
–Só irá saber se descer.
Ele respirou lentamente e analisou a menina meticulosamente. Desapareceu por alguns minutos, mas como ele não havia falado nada, decidiu esperar para ver o que iria acontecer.
Ele descia pela janela com uma mochila e roupas normais. Alycia tentava não rir pelo "deja-vú" que estava tendo no momento. Eles já haviam "fugido" de casa algumas vezes na infância. Chegou ao chão abrindo os braços como quem dizia: "Aqui estou eu!"
-Eu preciso da sua ajuda!- Ele abriu um grande sorriso.
–Do que precisa?
*
–Então, precisamos fazer as minhas mães se apaixonarem?- Alycia assentiu com a cabeça.
Havia contado tudo que Henry precisava saber, deixando de lado a parte em que eles eram irmãos.
-Isso não será muito difícil.- Ela franziu o cenho ao ver que ele não estava nem um pouco surpreso.- O que? Eu já vi os olhares, não sou burro. Na verdade... Eu shippo totalmente.
–OTP supremo.- Se entreolharam e caíram na gargalhada.
Quando conseguiram parar de rir, Henry pegou sua mochila e a colocou na mesa.
–Acho que deveríamos dar uma olhada nas páginas que eu escrevi nos últimos meses. Pode ter algo útil lá.
–Páginas?
–O seu Henry não é o autor?
–Eu nem sei o que é isso. Mas se for algo realmente importante, provavelmente ele é esse tal de autor, mas ainda não descobriu.
–O autor é a pessoa que escreve o livro de histórias.- Disse tirando o mesmo de dentro da mochila.- Ele não deve criar os acontecimentos, como o último autor fez, e sim, registrar os momentos.
–Isso faz muito sentido.- Abriram o livro e uma folha caiu de dentro dele. -O que é isso?
–Eu não tinha percebido que fiz essa página.
A folha mostrava um desenho de Emma e Regina conversando. Algo estava errado pois Regina desviava o seu olhar da loira, que tinha seus olhos completamente molhados por lágrimas.
–O que significa?- Perguntou Alycia.
–Eu não faço a mínima ideia. Talvez devemos deixar para amanhã.- Disse Henry ao se ver bocejando. A menina apenas assentiu com a cabeça.
–Bem, eu só tenho um dia e meio para descobrir mais sobre isso. Você deveria ir para casa, eu vou ficar aqui com a página, tentando descobrir o que significa.
–Eu posso ficar com você.
–Henry.- Seu olhar disse tudo para o garoto que pegou sua mochila e saiu andando de costas até a porta, deixando apenas o livro para trás.
–Tá, calma, já estou indo. Boa noite.- Abriu a porta, mas antes de sair, Alycia ainda conseguiu o ouvir reclamar.- Parece até que é a minha irmã.
Aquilo tirou um pequeno sorriso da garota.
Ficou a noite inteira analisando a página. Estava tão concentrada que nem percebeu quando caiu no sono, mesmo com o braço enfaixado lhe incomodando.
Acordou com o barulho de livros caindo na mesa, a fazendo quase cair da cadeira.
–Isso foi realmente necessário?- Perguntou com voz de sono.
–Não.- Respondeu Henry com um sorriso no rosto, ocupando a cadeira ao seu lado.
Ela olhou pela janela e viu que já era manhã. O menino trajava seu uniforme escolar, informando Alycia que, provavelmente, era segunda-feira. Henry trazia dois copos nas mãos, um foi dado para ela. Quando a primeira gota de café passou pelos seus lábios, ela quis abraçar e apertar o seu "irmão". Só achou estranho ele saber que ela gostava de café.
-Descobriu algo sobre a página?
–Nada.- Suspirou, dando outro gole em sua bebida.
–Que bom, porque eu descobri.- Tirou uma folha de dentro da mochila.- Escrevi isso enquanto eu dormia.
Ela leu cada linha meticulosamente. Seus olhos se arregalaram quando chegou ao ponto final.
–Henry... Isso significa...
–Precisamos falar com a minha mãe.
Andaram apressados pelas ruas, estavam correndo contra o tempo.
–Ela deve estar na delegacia.- Falou Henry.
Alycia o parou, olhando para um ponto preto no céu que se aproximava cada vez mais.
-Mas o que...?
–Você deve estar de sacanagem comigo!- Exclamou Alycia, empurrando Henry para fora do caminho.
A criatura deu um rasante em Alycia, que conseguiu desviar de suas garras a tempo. Lançou um raio em sua direção que a fez cair, atordoada.
–Uou! Como você fez isso?- Perguntou Henry.
Antes da menina responder, mais três criaturas surgiram no céu.
–Explico depois garoto! Corre!
Henry não exitou em fazer o que era pedido.
Com apenas um braço, Alycia fez o que podia. Mesmo machucada, seus reflexos eram ótimos. No final, ela lançou uma rajada de raios forte o suficiente para derrubar duas das criaturas.
-Tink é uma ótima professora.- Disse, orgulhosa de si mesma.
Mais criaturas apareceram, e dessa vez, ela correu.
Henry gritava pelo seu nome da delegacia. Quando ouviu, correu o mais rápido que podia para lá. Passou pela porta, que foi fechada as pressas atras de si.
Henry, Emma, Regina e Hook estavam lá dentro.
Ficaram em silêncio por um tempo, até não ouvirem mais os berros dos monstros.
–Nós vamos checar lá fora.- Falou Emma em um tom mais baixo.
–Querem ajuda?- Perguntou Alycia no mesmo tom.
–Não será necessário.- Respondeu Regina.- Tente não mata-lo.- Falou olhando para a menina e apontando para Hook. Ele olhou para a Alycia com o cenho franzido.
–Eu não gosto de você.- Admitiu
–Pensei que a minha outra versão na sua terra era seu amigo.
–Ele é. Eu não gosto de você.
–Reconfortante.
–Promete que não vai matar ele.- Reforçou Regina.
–Prometo.- Alycia olhou para baixo e sussurrou, mais para si mesma.-Dobby quer apenas mutilar ou ferir gravemente.
–Alycia.- A menina revirou os olhos.
–Tá bom. Prometo não dar uma de Dobby para cima dele.- Emma e Regina se entreolharam e respiraram fundo, saindo do local logo em seguida.
–Você realmente não vai dar uma de Dobby para cima de mim?- Perguntou o homem receoso.
–Claro. Se você não dar uma de Bellatrix, tá tudo ótimo.- Respondeu, apoiando as costas na parede.
Poucos minutos depois e as mulheres estavam de volta.
–Acho que está tudo limpo...- Falou Emma. Segundos depois, um grito de uma das criaturas foi ouvido, a fazendo suspirar, derrotada.- Deixa pra lá.
–O que foi aquilo? Por que tem Harpias tentando nos matar?- Perguntou Alycia.
–Esquecemos de comentar que estamos em uma quase guerra com a Black Fairy.- Disse Emma.
–Quem?
–A mãe do Rumple...- Respondeu Regina.
–Ah, claro. Obrigado por avisar tão em cima da hora.
–Você devia ter visto a cidade quando a Evil Queen estava aqui.- Falou Emma se sentando no chão e recebendo um olhar confuso da menina.- Elas se separaram.- Explicou.- Foi ainda pior quando ela e o Rumple ficaram juntos.
–Juntos... Juntos?- A loira assentiu.
–Nós tínhamos uma certa... Química no passado.- Regina tentou justificar.
–Isso não é uma imagem bonita.- Alycia fechou os olhos, tentando esquecer essa imagem.
–Se é traumatizante pra você, imagina pra mim. É a minha mãe e meu avô. Tive pesadelos durante semanas.
Ali, ela teve pena de Henry, assim como todos na sala.
–Acho que agora está tudo limpo.-Disse Emma após segundos de silêncio total.- Como fez aquilo? Com os raios?
–Quanto menos vocês saberem, melhor.- Todos ainda a olhavam com expectativa. Ela apenas bufou baixinho.- Eu sou uma semideusa, filha de Zeus.- Arregalaram os olhos.- E é só isso que vão saber.
Abaixaram a cabeça, decepcionados. Mas eles entendiam o porquê daquilo. Começaram a sair da delegacia.
–Emma!- Chamou a sua atenção.- Preciso falar com você.- A loira chegou mais perto.
–Sobre?
–Eu sei o que aconteceu.- Emma franziu a testa.- Você se declarou para ela.- A loira ficou estática por um momento e quando foi se explicar, Alycia a interrompeu.- Não precisa explicar.
Emma respirou fundo e sentou na calçada, vendo Henry ir em bora com Regina.
–O Robin tinha acabado de morrer. Hook também...- Alycia não tinha entendido. Como assim morreram?- É uma longa história.- Completou a loira. Parecia que estava lendo a mente dela.
–Sempre é.- Quando se diz "É uma longa história'' nessa cidade, é melhor desistir.
–Foi precipitado demais.- Abaixou a cabeça.- E ela não sentia o mesmo.
–E se ela sentisse? Agora, nesse momento?- Emma riu sem humor.
–Kid, eu estou com Hook agora. E acredite em mim, ela não sente.- Se levantou e começou a andar.- E se ela sentir... É ela quem tem que fazer algo sobre isso, eu já tentei fazer a minha parte.
Deu as costas e saiu do local.
Henry e Alycia já não sabiam o que fazer, estavam ficando sem opções.
–Podemos falar com a minha mãe Regina.
–Parece até que você não a conhece. Ela nunca vai admitir.- Riu secamente.
–Eu sinto muito.
–Não vou desistir.- Disse convicta.- Só preciso achar outro jeito.
–Eu ajudo.
–Henry... Não precisa. Vá passar um tempo com a sua namorada.
–Como sabe sobre ela?
–Eu conheço o outro Henry. Eles ainda não estão namorando, mas estão no caminho certo. Vá, eu ficarei bem.
O menino deu um sorriso triste e saiu pela porta. Minutos depois Alycia ouve o sino da porta.- Henry eu já disse que ficarei bem.- Se surpreendeu quando olhou para cima e não era Henry.- Oi...
–O que aconteceu com ele?-Franziu co cenho- O Robin do seu mundo.
–Não gosto de falar sobre isso Regina. Ele não é uma pessoa boa. Não é como o seu Robin.
–Ele ainda está vivo?- A menina assentiu com a cabeça e respirou fundo. Teria que contar alguma coisa.
A mulher ocupou a cadeira ao seu lado.
–Eu não posso falar muito. O que eu posso dizer é que ele fez algo ruim. Muito ruim, tanto que todos os habitantes o odeiam.- Regina apenas, prestava atenção.- E "você", o prendeu no hospital psiquiátrico. Nesse momento ele está preso dentro de sua própria mente. Eu não aprovei isso, mas não era como se eu pudesse fazer alguma coisa. Eles não são a mesma pessoa. Acredite em mim.
–Obrigada.- Com os olhos marejados, se levantou.
–Espera.- Aquela poderia ser a sua única oportunidade.- Emma.
–O que tem ela?
–Você gosta dela.- A morena suspirou.- Não vai nem tentar negar?
–Não dessa vez.
–Você é um pouco diferente da minha Regina.- Deu fraco sorriso.- O que te impede?
–Ela está com Hook e... Está feliz. Não posso fazer isso com ela.
Uma loira entra na loja lentamente.
–Feliz?
–Emma?- Perguntou Regina, se virando.
–Você acha que eu estou feliz? Regina, eu me declarei para você meses atrás! Eu disse que te amava! Como pode pensar que eu te esqueci tão facilmente?!
–Swan.
–Não comece Regina.- Começou a andar de um lado para o outro com as mãos na cabeça.- Meu Deus! Eu digo que te amo e você me ignora por dias! Agora vem dizer que não está comigo porque eu estou "feliz" com o Hook?- Riu secamente e abre a porta da loja, já saindo.- Vai tomar no cú, Madame Prefeita.
–Regina...- Tentou Alycia.
–Não... Por favor.
Viu a mulher saindo da loja, apressadamente. Ela não tinha se virado, mas sabia que ela estava chorando.
Aquela briga tinha quebrado Alycia por completo. Não sabia o que fazer para aquelas duas cabeças ocas se aproximarem.
–Como está indo?
Belle entrou na loja quando já era quase noite. A barriga da mulher já estava se amostra. Sentiu saudade da Belle do seu mundo naquele momento.
–Estou ficando sem tempo...- O espelho que estava em sua mão voou, se quebrando na parede.- Faz horas que estou tentando ligar para a minha família e... Nada!- Disse com raiva. Respirou fundo e pegou sua mochila, saindo da loja.- Isso não pode ficar assim.
–Alycia! Onde você vai?!
–Fazer essas duas idiotas revelarem o que sentem uma pela outra!
*
–Killian.- Emma entrou na sala.- Precisamos conversar.
Ela tinha passado horas andando e pensando. Sabia que ficar com Killian naquele momento não era certo. Não podia o enganar desse jeito.
-Eu não sei como fazer isso...
–Emma.- Ele a chamou para sentar ao seu lado no sofá.- Você quer terminar o noivado.
–Como você...?
–Emma, eu não sou bobo.- Falou com um sorriso triste.
–Você é meu melhor amigo Killian- Disse com os olhos marejados
–Mas é só isso não é? Só um amigo…
–Killian, não se engane, eu te amei. Te amei com tudo que eu tinha. Você foi o primeiro com quem eu me senti…"normal" depois do…Neal -Desviou o olhar junto com Killian quando disse o nome de seu primeiro amor. -Eu sei que pode parecer cliché e tudo, mas não é você, sou eu…acredite, sou eu. Eu ainda te amo, mas…
–Não como ama ela…-completou
–É…
–Você realmente ama ela?- Ela assentiu e ele deu um beijo casto em sua testa.- Então, Emma Swan. Vá buscar a sua felicidade.- Ela sorriu com lágrimas nos olhos.- Vá.
Ela saiu pela porta correndo. Não podia deixar o seu amor escapar dessa vez.
–O que te impede?!- Alycia chegou como um furacão na prefeitura. Iria enfrentar Regina.
–Como?
–O que te impede de ficar com ela agora? Não me diga que é o que ela falou.- A prefeita a olhou de um jeito que Alycia já conhecia.- Você está com medo. Eu conheço esse olhar.
–Ela... Nós. Não vai dar certo. Nunca dá...
–Regina.- Chegou mais perto e se ajoelhou na frente na cadeira.- Por que você acha que estou tentando juntar vocês? Tem como dar certo, você só precisa tentar.- Tirou algumas fotos de sua mochila, mas apenas lhe mostrou uma.- Viu?- Era Emma e Regina de sua terra. Sorrindo e se beijando na sala da mansão. Alycia amava aquela foto.- É amor verdadeiro bobinha.
–Pode dar certo?
–Só se você arriscar.
–Regina!- A loira entrou ofegante em seu escritório.
-Emma? Você veio correndo até aqui?- Emma assentiu, tentando recuperar o folego.- Sabe que podia ter se transportado, não?
–Eu... Não pensei nisso.
–Emma, eu...- Ela se aproximou e colocou um dedo nos lábios da morena.
–Sempre que você fala sai coisa errada.
–Não dessa vez.- Riu, tirando o dedo. Henry entra nesse mesmo momento, confuso. Alycia faz um sinal para ele se aproximar dela, ficando ao seu lado.- Desculpe. Desculpe por te ignorar. Desculpe por ter sido tão idiota.- Emma deu uma leve assentida com a cabeça, levando um pequeno tapa logo em seguida.- Não concorde com isso.- Riram.- Eu tinha tanto medo de não dar certo, de te perder...
–Tinha?
–Sim. Não tenho mais. E agora eu posso dizer sem medo. Eu também te amo Emma Swan.- Disse, colando seus lábios logo em seguida.
Henry e Alycia só podiam sorrir diante daquela cena. Se entreolharam e a feição de felicidade de Henry passou a ser de preocupação.
–O que?- Perguntou a menina, chamando a atenção das duas mulheres.
–O livro.
Ele havia sentido algo de errado com o livro. Correram até a mansão, onde o livro estava.
Quando chegaram, o livro estava coberto de raios azuis.
–Mas o que...?
–AH!- Gritou Henry ao tentar pegar o livro.- Eu não consigo tocar!- Disse, mostrando sua mão queimada.
Parecia que o raio não ficou muito contente com aquela tentativa e partiu para cima do garoto.
–Não!- Alycia se jogou na frente dele, tentando absorver a energia.
Os raios começaram a se focar cada vez mais nela, a fazendo usar seu braço ruim. Ela se forçava para frente, tentando chegar mais perto.
Chegou mais perto, usando toda a força que tinha, conseguindo fecha-lo. Ele parou com os raios no mesmo momento.
–Acho que realmente era você que deveria toca-lo.- Falou Henry, se aproximando.
–Pois é...- Um papel surgiu de dentro do livro, brilhando.
–O que é isso?
–A profecia...
–O que diz?
–"Na luta contra o mal, quatro serão nomeados:
O que começou a história;
O que será a salvação;
O que lutará no campo de batalha, ajudando quem necessitar;
E o único que não sobreviverá, o que um sacrifício fará.
O que mais poderá ajudar, não estará disponível;
Ele será removido do caminho, por conta do destino.
Se o sacrificado não fazer seu dever
Todos irão morrer
E o mundo, em caos
Irá viver."
–O que significa?- Perguntou Regina.
–Eu não sei...- Pegou a folha e colocou em sua mochila.- Preciso voltar, agora.
Todos que ajudaram foram até o portal com a menina, inclusive Hook, que olhava tudo de longe.
–Muito obrigada pela ajuda de todos vocês.
–Nós que temos que agradecer.- Falou Snow.
–Você fez essas cabeças duras enxergarem a verdade.- Completou Charming, recebendo um olhar confuso de sua filha.- Nós não somos cegos.
–Boa sorte com a sua Black Fairy.- Falo Alycia, tentado segurar o riso.
–Você também. É possível que ela esteja na sua terra também.
Olhou para todos ali presentes, percebeu que iria sentira falta deles. Quando se virou, Henry a surpreendeu com um abraço.
–Até mais... Mana.- Sussurrou em seu ouvido, a fazendo sorrir.
–Até mais irmãozinho.
Se separaram e ela não hesitou em entrar no portal, dando uma última olhada para trás. Eles estava ali, se despedindo. Deja-vú
Quando saiu pelo outro lado, o portal fechou no mesmo segundo.
Também estava de noite naquela Storybrooke, mas algo estava errado. Muito errado.
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