História You Are The Love Of My Life. - Day Disappointment.

Eu discretamente trinquei os dentes, como assim? Essa era a garota que fez Castiel sofrer no passado? Rosalya estava com muita raiva no olhar, olhei para Castiel lá trás, ele estava com a cabeça abaixada enquanto todos olhavam para ele. A professora chamou a atenção e todos viraram para frente. Para Jonas não me reconhecer eu coloquei meu capuz, e assim eu passei a aula inteira, Debrah se sentou ao lado de Castiel e ficou o chamando de “meu amor” enquanto ele não dava a mínima para ela.

Quando o sinal bateu eu fui para o intervalo em um piscar de olhos meus amigos estavam fazendo rodinha e Debrah estava no meio. Menos Rosalya, Leigh e Lysandre que estavam perto, mas ao mesmo tempo estavam distantes. Fui ate eles.

Rosa – Ai Alyssa! Ainda bem que você chegou! Não aguento mais essa garota, acho que ela voltou para atazanar mais a vida de Castiel e agora a tua também. Nunca confiei nela e nem vou confiar, ela deixa Castiel no passado sem mais nem menos e mente para ele e depois volta com a maior cara de pau dizendo que precisa de um novo guitarrista... Que ódio!! – Rosalya estava mesmo irada, os garotos olhavam para ela assustados.

Eu – R-Rosa... – Gaguejei seu apelido. – Não quer se acalmar um pouco que eu saiba estamos perto dos outros e eu não quero arrumar briga. – Só pude ouvir uns chiliques.

Lety – Ain Deby-chan ♥.

Iris – Deby-chan você está ainda mais maravilhosa.

Alexy – Divastica miga ♥. – Na maior putaria de todas... Argh! Para que todo esse chilique? Que eu saiba só veio uma vaca procurar pastar por aqui. Eu percebo que Ambre está olhando para Debrah furiosamente... Olho para Castiel que pela primeira vez está sorrindo, ele nunca deu esse sorriso enquanto eu estava do lado dele... Será que...

“Desculpe-me... Desculpe-me.”

O que? Mas espera... O que aquela garota é?

Eu – Espera ai Rosa, tenho que checar uma coisa. – Ela me olhou.

Rosa – EU vou! Eu nunca participo da sua vida... Tenho que participar... Você nunca conta seus segredos para mim. – Disse ela fazendo bico.

Eu – Ok, ok. Vamos.

Rosa – E vocês dois vão junto. - Disse puxando Leigh e Lysandre que quase caíram pelo puxão que Rosalya deu.

[...]

Estávamos na biblioteca, mas dessa vez eu falei com a moça do balcão. Eu fui para a parte dos magos e Rosa estranhou.

Rosa – Aly... O que porras você estava fazendo aqui? – Eu encostei o dedo indicador nos meus lábios pedindo silencio. Eu fui procurar Edgar. Quando o achei eu mandei todos sentarem nos puffs e se aproximarem de mim. Todos estavam quietos e prestava atenção em tudo que eu fazia, cada gesto me aproxime do livro e chamei:

Eu – Edgar? Edgar? Você está ai? – Todos acharam que eu estava maluca.

Lysandre – Oq v... – Edgar aparece e todos em um pulo se afastam.

Edgar – Não vai me derrubar de novo não é? – Disse ele rindo, acompanhei sua risada.

Rosa – U-um... L-livro q-que f-fala!! – Disse ela se agarrando em Leigh que a segurou.

Leigh – O-o que qui ta acontecendo?!

Edgar – Oi... Rosalya Leigh e Lysandre... Hmm lembra-se de mim Rosa? -

Rosa – E-espera... Ed? – Edgar assentiu.

Rosa - EDGAAAAAAAAAAAAAAR! – Gritou histérica.

Lysandre – Eu me lembro de você.

Eu – De onde se conhecem?

Rosa – Eu o tinha em minhas mãos, ele que me ajudou a aprender o que sei hoje.

Edgar – Bom o que foi Alyssa?

Eu – Você já viu uma garota de cabelos castanhos olh... – Ele me interrompe mostrando a foto de Debrah.

Edgar – Essa não?

Leigh – De onde a conhece?

Rosa – Aly, se você queria saber o que ela é saiba que ela é um demônio.

Edgar – Ela não é só isso. – Lysandre parecia pensativo.

Rosa – Como assim?

Edgar – O pai dela é subchefe da guarda demoníaca, isso quer dizer que ela se voltou contra o sangue Nightmare... E ela está procurando a próxima princesa Nightmare que está aqui na escola... E o garoto que está com a foice ninguém sabe, mas ele habita outro corpo... Não sei de quem. E vocês sabem o que é um Oni?

Lysandre – Servente do Poder Supremo. – Disse Lysandre com a sobrancelha arqueada.

Edgar – Isso mesmo Lysandre, ele é uma classe que eu não sei que pessoa é se é menina ou menino, mas sei que é um mago. Ele está dormindo no corpo de um demônio e quando acordar se voltara contra o sangue Nightmare, ou seja, contra a princesa Nightmare que é a reencarnação de outra garota vampira. E Exceptions são exceções, por tanto não é você Alyssa. – Comemorei. Rosa, Leigh e Lysandre me olharam estranho.

Eu – Ahnn... Eu não contei para vocês?

Leigh – O que?

Eu – Hmm... Sou uma Exception. – Rosa pulou em cima de mim.

Rosa - DOIDA POR QUE VOCE NÃO ME DISSE?! VOCE METADE FEITICEIRA E A OUTRA METADE NÃO SEI AINDA E VOCE NÃO ME DIZ? EU PODERIA TE AJUDAR SUA VACA... Desculpe me exaltei – Disse ela rindo, eu ri também.

Edgar – Ok...

Eu – Graças a Deus, eu não queria estar no corpo desta pobre coitada.

Edgar – Não queira estar...

[...]

Estávamos saindo da biblioteca tranquilamente quando Ambre me para com uma mão.

Eu – O que foi? Veio me atazanar?

Ambre – Eu preciso da sua ajuda. – Disse ela relutante olhando para o lado... Eu e Rosalya começamos a rir.

Eu – Hahaha, nem fodendo minha filha. – Eu e Rosalya saímos rindo que nem umas malucas que acabaram de sair do hospício, deixando os meninos que ficaram para trás, confusos.

Rosa – Ajudar ela? Nunca! – Quando paramos de rir, estávamos na frente do meu novo dormitório onde entrei me despedindo de Rosa e minha expressão de felicidade se tornou seria e depressiva. Escorreguei pela porta ficando sentada no chão, minha cabeça estava cheia de perguntas, mas não vou saber a resposta nem tão cedo. Decidi sair dali, vai que Castiel entra ali de repente?

Fui para o meio do dormitório e fui tirar minha blusa, mas a porta se abre e em uma rapidez incrível eu me enfiei dentro do banheiro deixando uma pequena resta para eu enxergar o que se passava ali... Vi uma cena terrível... Castiel entrou, cuidadosamente e ele estava sujo de batom, seus olhos estavam cheios de energia e felicidade. Eu pensei que ele estava sozinho, mas quando eu vi Debrah com o batom todo borrado, meu mundo desabou. Eles estavam prestes a se pegar ali, senti uma coisa quente escorrer pelo meu rosto. Lágrimas.

Eu... Eu estava chorando... Chorando... Não sabia realmente o motivo.

Castiel – Estou tao feliz que voltou. – Disse ele feliz.

Debrah – Meu gatinho eu disse que ia voltar. – E voltaram a se beijar ferozmente, meu estomago embrulhou, eu queria vomitar e gritar para parar com aquilo, mas que contive e presenciei aquilo tudo chorando silenciosamente sentada naquele chão frio e impecavelmente branco limpo pelas empregadas de Sweet Amoris que eu não sei quando entram aqui e limpam. A cama estava batendo na parede e eu estava de costas para essa mesma parede enquanto abraçava meus joelhos fortemente enquanto ouvia os barulhos pervertidos e os xingamentos altos que Castiel gritava para Debrah enquanto a mesma só gemia e o chamava de “cachorro”.  Minha garganta estava queimando, ansiando pela vontade de gritar, de chorar alto. Aquilo para mim era como uma tortura. Estou prestes a gritar e colocar tudo que tenho para fora.

Meu rosto estava totalmente encharcado e meus joelhos estavam com uma mini poça de lagrimas quentes que saiam como um pedaço de mim a cada gota, por que sabia que estava sendo fraca e que eu não suporto uma decepção. Essa foi a conclusão que eu cheguei, eu os senti chegarem ao ápice, pois ouvi Castiel cair sobre a cama apertada de solteiro... Sem soltar um suspiro, pelo que ouvi não tinha respiração... Nenhuma. Depois de praticamente HORAS ali Castiel saiu, disse que iria pegar alguma coisa para beber. No momento em que ele saiu... Debrah perguntou:

Debrah – Gostou do show? – Perguntou ela cínica... Ela estava falando comigo?

Debrah – Sim Alyssa, eu estou falando com você... – Ela ouve meus pensamentos? Está de sacanagem comigo?

Eu – Como sabe que estou aqui? – Perguntei fria.

Debrah – Demônios ao contrario de vampiros podem sentir almas e como elas estão... Sua alma... Cheira muito bem... Quero come-la. – Disse ela praticamente arrombando a porta do banheiro, quando viu meu estado gargalhou que nem uma louca enrolada em um lençol.

Eu – O que é tão engraçado? – Mantive o tom de voz firme e frio.

Debrah – Não entre na defensiva, eu não vou me intimidar com essa voz de carrancuda. – Disse ela deixando a voz um pouco mais grossa. Sarcástica. Pelo que entendi, ela estava rindo da minha cara.

Eu – Não estou na defensiva.

Debrah – Queridinha, eu só quero que entenda: Castiel é um meu cachorrinho, ele faz de tudo para me manter feliz... Ele é um fofo. Talvez pudéssemos ser amigas e se você ficar quietinha sua vida pode ser um sonho que se realizou. Eu pensei em ate fazer meu teatrinho para você, mas como você já tinha descoberto tudo, eu resolvi mostrar minha verdadeira personalidade amore. – Ela ouviu a porta se abrir e rapidamente se sentou sobre a cama. Só senti os passos de Castiel se aproximando de Debrah, quando ele a chamou de “meu amor” meu estomago embrulhou ainda mais. Ela retribuiu as palavras, senti uma vontade enorme de vomitar, ela era tão falsa... Debrah disse que iria vestir suas roupas.

[...]

E aqui estou eu vagando pelos corredores que nem um zumbi, sem alma... Esbarrei-me em alguém, esse alguém era nada mais nada menos que Rosalya que ao analisar meu estado perguntou preocupada:

Rosalya – Menina onde você estava? O que aconteceu? – Olhei para ela querendo já chorar, mas contive.

Eu – Foi só aquele demônio... Só isso.

Rosa – SO ISSO? Não você tem que me contar. Vamos! – Disse ela me puxando para trás da escola.

Eu contei tudo a ela que prestava atenção em cada palavra, cada silaba e cada gesto meu. Tudo que ela fez foi-me abraçar, e eu pude com um pingo de vergonha desabar em lagrimas.

Rosa – EU vou matar aquela vadia, não vou a deixar roubar o seu Crush assim. – Disse ela decidida do que fazer. Eu apenas sorri, sabia que poderia contar com ela para tudo. Eu estava feliz e triste ao mesmo tempo.

[...]

Eu estava muito mal, ninguém se preocupou em saber o que estava acontecendo comigo, Castiel estava me ignorando e as poucas vezes que nos encontrávamos ele mudava de direção. Rosalya era a única que estava lá comigo, sempre comigo... Ate Doomsday sumiu, Nathaniel teve que fazer algum tipo de viagem e Melody uma garota que eu não falava muito tomou o lugar dele ate ele voltar. Martin mudou de escola, Armin sumiu, Lysandre anda muito pensativo e Leigh estava de recuperação e o resto estava com Debrah, toda vez que eu os encontrava era só Debrah para cá e Debrah para lá, nem sequer um minuto paravam de falar dela, o assunto era sempre essa garota “Debrah”. Tinham se passado exatamente QUATRO semanas QUATRO semanas, essas foram às semanas mais dolorosas e longas da minha vida. Eu sempre chorava quando ficava sozinha e Rosalya sempre me abraçava sem saber o que fazer. Esse era o caso nesse exato momento

Jonas – Aly?! – Eu me soltei de Rosalya rapidamente vendo Jonas vir em minha direção. Eu me afastei do seu abraço apertado rapidamente.

Eu – Por que voltou? – Disse com os olhos vermelhos de tanto chorar, acho que hoje é o meu dia da decepção.

Jonas – Eu voltei! Voltei por você Ly... Você sabe que eu nunca te deixei, eu disse que era apenas uma despedida. – Rosa me puxou dando uma desculpa deixando o garoto totalmente zangado pela interrupção de Rosa que agora me puxava. Tudo que eu via em minha frente era só a minha cama, queria me deitar na minha cama e dormir esquecendo todos esses problemas. Disse a Rosa que queria entrar no meu dormitório... Ela disse para eu tomar cuidado, eu sorri, pois ela parecia minha mãe falando. Despedi-me dela entrando no dormitório, Castiel por incrível que pareça estava no dormitório. Estava deitado de barriga para cima com os olhos totalmente ativo. Suas mãos estavam em sua barriga, ele continha um sorriso estampado em seu rosto, o ignorei totalmente e entrei no banheiro. Ele parecia totalmente perdido em seus pensamentos, só foi perceber minha presença de zumbi depois que eu fechei a porta. Eu não tomei banho não fiz nada, apenas sentei no vaso sanitário por cima da tampa que tinha um tipo de pano costurado a mão vermelho com flores amarelas pintadas com tinha por cima. Fiquei lá por alguns minutos com as mãos na cabeça.

Tomei coragem para sair, mas me olhei no espelho antes de sair e vi que minha expressão estava horrível, eu estava toda feia, eu estava irreconhecível. Meus olhos estavam “mortos” sem brilho nenhum, eu estava branca que nem um papel. Meu cabelo estava bagunçado e sem cor, o preto intenso de meu cabelo juntamente com o azul que eu tinha pintado estava desgastado e sem brilho. Meus lábios rubros e carnudos por natureza estavam esbranquiçados, eu não tinha me arrumado recentemente. Sai de lá que nem uma morta e me deitei na cama de barriga para baixo, não antes de ver Castiel se assustar totalmente com meu estado. Não queria ver sua cara de tacho... Só queria ficar sozinha. Senti sua mão fria tocar meu ombro nu, pois eu estava de regata. Eu me arrepiei pelo seu toque.

Com uma voz abafada por conta de eu estar com a cara enfiada no travesseiro perguntei preguiçosamente:

Eu – O que foi? – Ouvi o ruivo suspirar.

Castiel – Quero falar com você. – Dei uma risada sarcástica.

Eu – Depois de todo esse tempo me ignorando você vem falar comigo? – Disse rindo.

Castiel – Eu nunca te ignorei. – Disse ele se fazendo de desentendido... Eu sabia que ele estava fazendo isso, não tinha como dizer que não... Se uma pessoa não fala com você há dias e quando você fala com ela ou acena ela te deixa no vácuo, quando ela vê você andando em sua direção e ela muda de direção... Se isso não é ignorar eu não sei o que é... Só sei que parece que eu tinha morrido por dentro... Já me disseram que eu parecia uma rosa vermelha que ficou branca e estava sangrando... Eu já estava começando a acreditar nessa hipótese idiota.