Notas iniciais por favor.
O silêncio é a melhor forma de esconder seus sentimentos, e a pior forma de suportá-los.
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Capitulo 64
Memories, Memories... Only Dark and confused memories.
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Seus longos cabelos negros esvoaçavam-se ao vento frio daquela noite infernal. Pequenas gotas de chuva caiam sobre o solo daquele lugar sombrio. Em seus braços estava uma delicada mulher de cabelos ruivos caindo-lhe sobre os ombros. Então, sobre o desespero da noite ele se transportou para um local seguro onde sua mulher pudesse ficar sem ser atacada pelo enorme ser que destruía todo seu reino tornando-o um lugar sem esperanças naquela noite. Colocou-a sobre a cama ao lado do recém-nascido que dormia tranquilamente sem saber o que estava acontecendo lá fora. Colocou-a cuidadosamente ao lado de seu filho dormindo. A mulher se virou para a pequena criança e acariciou lhe o pequeno e delicado rostinho do menino que ali dormia. O homem virou-se para o guarda-roupa e de lá tirou uma capa onde escrito estava “Ketsueki Naitsu”. A vestiu rapidamente e virou-se para a mulher que o olhava.
- Vai ficar tudo bem. – dizia tentando confortar a mulher que deu um sorriso fraco.
- Tome cuidado Hideki... Por favor... – dizia fraco. – Não nos deixe. – sussurrava fraco.
O homem sorriu confortando a mulher.
- Não irei, não irei... Vai dar tudo certo... Eu sou o Rei de Ketsueki Naitsu. Não vou deixá-los. – dizia decidido. – Eu logo voltarei. – nisso ele some em um brilho laranja.
A mulher sorriu e a pequena criança se mexeu logo começando a chorar. A mulher desviou sua atenção do brilho laranja que caia sobre o piso de madeira e olhou para o bebê.
- Shii, shii, vai ficar tudo bem... Tudo bem Nathan... Tudo bem... – sussurrava vendo o pequeno se acalmar. Suspirou ouvindo o rugido que vinha de lá de fora. Encolheu-se assustada abraçando cuidadosamente o menininho que dormia profundamente. Estava disposta a proteger seu pequeno Nathan á todo custo.
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Despertava o garoto de cabelos brancos. Sua garganta doía mais do que tudo, seus olhos abriram-se. Doloridos pela luz que vinha da janela. Quando se acostumou com a luz perguntou-se onde estava. A primeira coisa que fez foi olhar para seu lado esquerdo. Viu a garota de cabelos alaranjados dormindo ao seu lado, com olheiras por conta da noite mal dormida. Estranhou, afinal, por que ela estaria ali? Sua cabeça ficou mais confusa quando fitou suas mãos delicadas, mas estas agora estavam machucadas e calejadas. Não entendeu o motivo de fazer isso, mas apenas se virou de frente á ela e cuidadosamente acariciou lhe as mãos quentes. E fitou seu rosto, e então, pelos seus olhos fechados escorreu uma lágrima. O menino curou o corte que marcava a delicada pele da menina adormecida ao seu lado. O pescoço da garota tinha marca de garras e ele logo se lembrou do que fez. Sentiu-se, pela primeira vez, culpado. Não sabia o que lhe deu na cabeça. Naquela hora, uma força dominava seu corpo e ele apenas se entregou sem saber o que fazer. Suas mãos se afastaram das mãos machucadas da menina que dormia encolhida ao seu lado. Passou suavemente seu polegar na pele macia da menina. Então notou que escondia entre os lençóis estava uma máscara, que a mesma segurava. Estranhou e pegou cuidadosamente a máscara das mãos da menina e logo notou que era a mesma máscara que estava em seu rosto quando perdeu o controle. Ele olhou para a mesma que ainda dormia e apertou a máscara fortemente, com raiva.
Afinal, o que estava acontecendo? Por que a ruiva estava ali? Ele tinha dormido á quantas horas? Suspirou, embora não precisasse daquilo. Escondeu a máscara de volta por debaixo dos lençóis para não notar que ele tinha a pego. Virou-se novamente para cima e seus olhos bicolores fitaram o teto, e então logo reconheceu:
Aquele era o quarto de seus pais. O que eles estavam fazendo lá? Parou de fazer perguntar em sua própria mente, pois sabia que era inútil, ele sabia que não iria conseguir uma resposta. Por isso, ele começou a fitar o teto, sem desviar os olhos do mesmo, apenas sentindo a ardência em sua garganta por conta da sede, ele não tinha bebido sangue á alguns dias, então deduziu que estava desacordado há mais ou menos duas semanas. Ouviu alguém suspirar e logo olhou para o lado. A menina se mexeu e logo seus olhos abriram-se lentamente mostrando os orbes azuis da menina ruiva que corou ao ver os olhos bicolores do garoto a olhando confuso. Logo a voz grossa do garoto a chamou:
- Angeline? – acordou ao ver que o menino a chamava.
Ela logo se sentou na cama e envergonhada fitou o menino.
- V-Você está bem? – perguntava com sua voz baixa.
- Um pouco. – disse tentando se levantar, mas a menina desesperadamente fala:
- Não! – disse empurrando o menino de volta para se deitar. Corou ao ver que estava com as mãos no peito largo do garoto.
- Que foi? Tô tão mal assim? – perguntava sarcástico.
- S-Sim... – disse com suas mãos tremendo. Ele logo se levantou se sentando na cama, como ela estava de frente para ele, o menino apenas colocou suas mãos por cima das da garota que corou e ia perguntar o que ele estava fazendo, mas sua pergunta logo foi respondida quando uma luz verde fluiu de suas mãos, assim, curando as macias e delicadas mãos da garota de cabelos laranjas.
Angeline ainda não entendia o que estava acontecendo com ele. Ele estava tão manso com ela, não usava seu jeito sarcástico de ser, será que ele bateu a cabeça?
A menina observava a expressão serena do menino albino que mantinha seu olhar fixado no que estava fazendo e então, logo veio á pergunta que ela não queria ter que responder:
- Onde fez isso? Onde machucou as mãos? – perguntou calmo, ainda não desviando seus lindos olhos bicolores das mãos da garota.
Ao ver que ela ficou calada, desviou seus olhos das mãos da garota e olhou nos olhos da menina que desviou, ele já tinha sentindo que ela não queria responder.
- H-Hum... – ele suspirou.
- Ok, deixa, o que importa é que já está curada. – disse com voz fraca, como ele precisava de sangue, usar a cura era muito cansativa para ele. Suspirou se levantando da cama, sem ser impedido pela menina que ainda o olhava envergonhada. O mesmo se perguntava por que estava agindo daquele jeito, e por que ela estava olhando para ele preocupada? Tudo estava na máxima paz possível naquela manhã, era assim que ele pensava, mas mal sabia ele que a luta para a liberdade iria começar em breve.
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