Chegamos na escola todos juntos! Jongdae foi conversar com uns amigos dele que eram de outras séries, Baekhyun fez a mesma coisa, parecia que eles faziam questão que nós ficássemos "à sós". Por fim, só restou nós dois, que ficamos sentados num canto reservado da arquibancada que por sinal, não havia quase ninguém.
-Não esperava que o Jongdae fosse agir assim.
-Assim como? -sentei e apoiei o rosto entre as mãos observando as pessoas que entravam no pátio.
-Naturalmente.
-Eu fiquei surpresa também.
-Eu pareço apressado? -apoiou o braço no meu ombro.
-Na minha opinião, não. -segurei um dos dedos dele.
-As marcas saíram? -tirou o cabelo que cobria meu pescoço e ficou analisando.
-Eu passei base por cima.
-Não vai sair ?
-Acho que não.
-Ótimo. -voltou a posição anterior.
-Da próxima não faz com tanta força. -vi ele me olhar com um sorriso diferente no rosto.
Safado.
-Arrgh, eu preciso pensar antes de falar qualquer coisa.
-É muito melhor ser espontânea.
-Pra ficar passando vergonha? É melhor não.
-Qual o problema em comentar sobre uma coisa que fizemos? -me olhou com naturalidade.
-Mas eu fico meio sem jeito depois.
-Não precisa, sinta-se à vontade de falar qualquer coisa. Eu ainda fico um pouco tímido com você, mas na verdade.... -começou a rir.
-Na verdade o que? eu sei que você é safado. -empurrei seu ombro.
-Eu nunca escondi.
-Perceptível.
O barulho sinalizando o início da aula tocou. Todos iam subindo as escadas e eu continuei sentada, pra ser mais clara, com preguiça.
-Eu tô cansada ainda. -encostei a cabeça no ombro dele.
-Você disse ao Baekhyun que não estava!?
-Mas agora eu tô.
-Vamos pra minha casa.
-Você não perde a oportunidade né? -empurrei ele de leve e ri.
-Oportunidade de ficar deitado, você quis dizer ?
-Ai Chanyeol, como você é cara de pau. -comecei a rir mais.
-Não é verdade.
-Tá, agora levanta e vamos pra sala. -levantei mas logo fui puxada pra sentar novamente.
-NÃO! -implorou fazendo bico.
-Eu não posso matar aula, esqueceu que nós somos da mesma sala que o Jongdae?
-Tudo tem que pensar nele primeiro? ele até parece seu pai.
-Não é isso, mas matar aula é certo? -arqueei a sobrancelha para olhá-lo.
-Eu sei que não, mas pra tudo tem uma primeira vez. O mundo já é cheio de regras, quebrar algumas não faz mal.
Fiquei calada por uns segundos pensando nas palavras dele. Aos olhos dos meus pais e minha família em geral, eu sempre fui aquela garotinha estudiosa, quieta e bastante tímida, e não que eu não seja assim. Mas as pessoas crescem e mudam, e a família tem que lidar com mudanças, faz parte da adolescência.
-Vamos pra sua casa. -dei as costas saí andando na frente e rapidamente ele levantou também vindo logo atrás.
[....]
Ao chegarmos no corredor vazio do apartamento, o puxei para um beijo demorado e preciso. Ele pareceu surpreso, mas não hesitou em momento algum e só contribuiu para que eu ficasse com ainda mais vontade de continuar. Ele travava uma batalha pra abrir a porta e não conseguia.
-Abre. -parei o beijo para que ele pudesse abrir a porta.
Ao abrir a mesma, fui jogada pra dentro do apartamento e ele fechou a porta com um chute. As 2 vezes que ficamos sozinhos deu nisso, e a ao que tudo indica, a terceira não vai ser diferente.
-Deita. -o empurrei sofá ficando em cima de seu abdômen e ele me olhou bastante surpreso pelo meu ato inesperado. -na segunda aula a gente volta tá?! -falei perto da boca dele que estava sorrindo com os olhos fechados e concordando com o que eu dizia. Fui dando selinhos carinhosos lentamente em todo seu rosto. Talvez ele pensasse que eu fosse levar pra outro lado, pela forma que eu agi há pouquíssimos minutos atrás. Mas ele não forçou ou tentou mudar o que estava acontecendo, uma de suas mãos mexiam no meu cabelo e a outra segurava minha cintura.
-_______... -foi tirando os fios de cabelo do meu rosto e me olhando com aquele sorriso doce estampado.
-Hm?
-Namora comigo?
-Chanyeol...
-Espera, deixa eu falar antes. -expeliu o ar de seus pulmões antes de começar a falar. -3 anos certo? -me mostrou seus três dedos e eu concordei. -Eu não comecei a me interessar por você no começo de tudo, e sim depois de um ano e meio ou quase isso.
-Tudo bem, mas porque você me insultava tanto?
-Eu ainda vou chegar nessa parte.
-Bem, continuando, como eu já disse nunca tive namorada ou algo do tipo e também nunca consegui algo além de uma troca de números por que eu sempre fiz caquinha antes de rolar pelo menos um encontro. Mas voltando à você: eu te detestava, não me pergunte o porque, nem eu sei. Talvez eu sentisse ciúmes de como você tratava o Jongdae e as pessoas ao seu redor lá na escola. Depois de um tempo, eu comecei a pensar muito em você e eu me odiava por isso, não queria aceitar que estava gostando logo de você. Eu queria me aproximar mas não sabia como, a única solução que minha cabeça estúpida encontrou foi te fazer mal, apenas pra estar perto de você, sentir seu cheiro e te tocar nem que fosse por alguns míseros segundos. Eu já me mostrei arrependido por ter sido covarde e também pedi desculpas por tudo diversas vezes. ________ você é uma garota incrível por ter me aguentado todo esse tempo e estar comigo agora! Você tem noção do tamanho que seu coração é?
-Eu não sei como reagir a isso. -enterrei meu rosto na curva de seu pescoço.
-Só responde a pergunta que eu fiz há uns minutos atrás.
Eu quero e ele quer. Ele gosta de mim e eu gosto dele, porque recusar?
-Sim.
-De verdade, sem brincadeira?
-É sério.
-Espera um pouco, eu já volto. -levantou apressado e entrou no quarto e logo voltou sentando ao meu lado com uma pequena caixinha na cor vinho e aveludada.
Meu Deus, o que tá acontecendo?
-Esse é um pá de anéis que meu pai me deu ano passado no meu aniversário. -me mostrou dois anéis simples prateados com pedras pequenas ao redor. -Ele disse que eu o usasse quando eu tivesse um par. -pegou minha mão. -Agora eu tenho, então posso usar. -colocou no meu dedo e depois colocou no dele.
Isso tá acontecendo! eu agora tenho um namorado, e uso um anel com ele.
-Seu pai queria que você namorasse? -perguntei olhando para o anel e o arrumando direito.
-Sim, mas minha mãe já tem um pé atrás com isso e não sei o porque.
-Ciúmes, você é filho único. Meu pai é assim comigo também.
-É bonito.. -sorri encarando o anél.
Eu estava muito feliz e qualquer um que me olhasse perceberia.
Eu sentia o olhar dele sobre mim já tinha um tempo, mas não o olhei de imediato. Ele se mantinha parado e eu só ouvia sua respiração. Quando eu resolvi olhar, vi que seus olhos seguravam lágrimas.
-Chanyeol, porque você tá chorando? -me virei totalmente para a direção dele em pânico por não saber o que fazer. -Não chora, tá? -o abracei imediatamente e ele fez o mesmo me apertando bem forte. -Porque você tá chorando? -repeti a pergunta.
-Muitas coisas passaram pela minha cabeça. -secou os olhos.
-Que tipo de coisa? -ajudei a secar suas poucas lágrimas.
-_______ eu já fui rejeitado diversas vezes, eu nunca pude compartilhar minha vida com um outro alguém sabe... Eu sempre falei só básico com meus pais.
-Você tem à mim agora e poderá compartilhar qualquer coisa comigo. Só sinta-se à vontade. -continuei o olhando tentando passar confiança.
-Eu me sinto muito bem ao seu lado _______. Você é tão bonita por dentro quanto por fora, eu tô tentando mudar ainda mais, por você.
Por mim.
-Eu tô muito feliz em ouvir isso, de verdade. -dei um sorriso largo e um selinho longo.
Seria o relacionamento dos meus sonhos? Será que pode permanecer assim?
-Temos mesmo que voltar pra escola? -deitou no sofá.
-Temos. -me espreguicei. -eu quero água.
-Eu vou buscar. -foi até a cozinha e voltou com um copo enorme cheio d'água. -toma.
-Aqui tem água pra sobreviver à uma seca. -ri e comecei a beber.
-Hoje de manhã no caminho da escola eu tropecei e quase caí. -com água na boca eu segurava a risada pra não cuspir tudo.
-Você é muito idiota. -depois que engoli a água comecei a rir muito e ele também.
Eu sou aquela típica pessoa que dá risada de tudo.
-Que vergonha. -cobriu o rosto ainda rindo.
-Eu pagava pra ver você tropeçando. -bati no braço dele.
-Cuidado pra não tropeçar também.
-Ah não, vira essa boca pra lá!
-Você fica aí rindo da desgraça alheia.
Brincamos, conversamos rimos e deu a hora de voltar para a escola.
Que saco..
No caminho, fomos reparando numas bobeiras que nos distraíam na rua, e quando realmente prestei atenção: estávamos de mãos dadas.
Não me causou nenhum desconforto e ele parecia não se importar também, mas meu estômago estava gelado.
Somos oficialmente um casal.
Um casal bonito? Fisicamente eu posso afirmar. Estar entre as mais bonitas da escola vale? Park Chanyeol é incrivelmente bonito, então.. Um casal bonito!
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