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História You Know you're Right - Matar aula? - História escrita por C_A - Spirit Fanfics e Histórias
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História You Know you're Right - Matar aula?


Escrita por: C_A

Notas do Autor


Feliz 1964!!!!!

Capítulo 2 - Matar aula?


Fanfic / Fanfiction You Know you're Right - Matar aula?

Assim que a aula acabou, eu montei em minha bicicleta e comecei a pedalar, uma, duas, três pedaladas e uma voz atrás de mim chamou meu nome, parei e me virei para ver quem era, e era Kurt, o baixinho estava correndo em minha direção.

— Guz, onde você vai agora?

Fiz cara de quem não entendeu a pergunta.

— Para casa, igual todo mundo.

— Não, fala com a sua mãe que você vai chegar mais tarde.

— Por que?

— Eu tenho aula de boxe hoje, você pode vir comigo?

— Se eu avisar a minha mãe sim, mas eu vou ficar lá fazendo o que? Vendo você lutar?

Kurt deu um tapa cum a palma da mão na minha testa, doeu um pouco, eu fui reclamar, mas ele falou primeiro:

— Aí é que tá, eu vou matar aula.

Me espantei com a ideia, nunca havia matado aula antes, nem da escola.

— Por que?

— Odeio aquela merda, você vem ou não vem?

Eu já tinha quinze anos, quase dezesseis, já estava na hora da minha rebeldia começar a aparecer.

— Vou.

Kurt então monta na garupa da minha bicicleta e com um peso a mais começo a pedalar.

Já estava um quarteirão longe da escola, vi Garry com uns três amigos, andando na rua à frente, merda, podia encontrar qualquer aluno, mas tinha que ser logo ele?

Vou mais devagar com a bicicleta, virando a direita em um cruzamento, indo ao contrário da direção em que Garry estava, Kurt fala no pé do meu ouvido.

— Mas você náo disse que ia ligar pra sua mãe? Tem um orelhão na outra rua.

— Eu sei, mas olha quem está lá.

Kurt se virou e viu Garry com sua turma na rua do orelhão.

— Ele já está saindo, é só darmos algumas voltas e...

Kurt me interrompe, falando alto demais.

— Ah! É o Garry e sua turminha do barulho.

Porra Kurt! Já ia falar, mas o Garry se virou, atravessou a rua e veio andando em nossa direção.

— Então a bicha loira está com o seu namorado.

Kurt desce da bicicleta e eu faço o mesmo, a encostando em uma parede ao meu lado.

— E você está com seu trio de machos, quem é o alfa? — O loiro responde, se referindo aos amigos de Garry, todos mal encarados.

— Você cala s boca, seu merda, senão... — Garry ia responder, mas Kurt o interrompeu.

— Você e seus homens vão pra cima de mim? Ah, para né!

— Cala a boca sua bicha! — Um dos amigos de Garry jogou uma lata em nós, não acertou ninguém.

Parecia que Kurt estava gostando de provocar, mesmo sabendo que poderíamos apanhar, e muito.

— Eu quero estar vivo quando o Garry se assumir gay, certeza que ele ficou de pau duro quando eu beijei ele. — Agora o loiro tinha realmente irritado o bad boy.

Garry gritou "pega eles!" E ele e seus amigos foram correndo para alcança eu e Kurt, que já havíamos partido em disparada.

Estava trombando nas pessoas na rua, mas não ligava, fugir de Garry era mais importante, entrei em um beco, com uma parede no fundo, não era alta, dava pra pular, então eu fui com toda velocidade à parede e pulei, conseguindo alcançar sua ponta com meus dedos, subo com a ajuda das minhas pernas e caio do outro lado, era a mesma coisa do primeiro lado, só que com os muros em volta mais sem cor e algumas pessoas fumando, o que era normal, todas elas olham pra mim, me julgando.

Vejo uns cabelos loiros no alto da parede e logo Kurt cai no chão também, pelo seu tamanho, devia ser mais difícil pra ele.

Eu o vejo se esconder atrás de uma parede, sigo Kurt, encontramos um cara com um cigarro na boca, mas o cheiro daquele cigarro era diferente.

Ouço outras pessoas cairem no lugar onde eu caí, merda Garry já estava aqui! Ele passa na frente do lugar onde eu e Kurt nos escondiamos, mas dessa vez ele estava sozinho, ao perceber isso, Kurt andou devagar atrás de Garry e agarrou seu pescoço, em uma gravata* e o jogou contra a parede em que eu estava.

Garry meio tonto, tentou dar um soco em Kurt, mas o loiro se abaixou e devolveu dois cruzados, um de direita e outro de esquerda, deixam o bad boy sangrando sentado no chão.

— Aqui, eu não te fiz nada! Então me deixa em paz e para de chamar as pessoas de bicha. — Kurt disse nervoso — Estamos entendidos?

Garry não respondeu e Kurt lhe deu outro soco no rosto.

— Estamos entendidos?

— Sim!

— Ótimo.

Eu e ele saímos andando do beco, em direção à minha bicicleta e o orelhão, fiquei muito assustado com a reação de Kurt, não sabia que ele era tão bom de briga.

— Você bate, hein?

— Faço boxe, esqueçeu?

— Mas você não disse que...

— Eu não gosto —Ele me interrompe, aparentemente gostava de fazer aquilo — Mas aprendo algumas coisas.

Depois de ligar para a minha mãe,  ela deixou tranquilarmente eu sair com um amigo, não era comum um pedido daqueles vindo da minha parte, eu e Kurt vamos para um parque, onde nos sentamos e ele tirou um cigarro da mochila.

— Você fuma?

— Você não? — Ele levantou uma sobrancelha.

— Não gosto, normalmente não curto muito essas modas.

— Não gosta de moda? Então não gosta de rock n roll?

— Disso eu gosto, mas nem todas as bandas.

— Qual você não gosta?

— The Rolling Stones.

— Caralho, eu vivi pra conhecer alguém que não gosta de The Rolling Stones.

— E qual você mais gosta?

— Pixies.

— Já ouvi eles na rádio, e a música que você mais gosta?

— The man who sold the world, do David Bowie.

— Essa é boa.

Kurt tirou um isqueiro da mochila e acendeu o cigarro, ele tinha um cheiro estranho o mesmo cheiro do cigarro daquele homem no beco.

O loiro deu uma tragada e me ofereceu.

— Não, obrigado.

— Vamos lá, não é cigarro — Eu estava prestes a perguntar o que era, mas ele me respondeu — É maconha.

E isso ia me encorajar? Eu nunca tinha experimentado nada disso antes, apenas tinha bebido um shot de vodka uma vez na vida, mas fumar nunca. O que eu tinha a perder? Já estava na hora de deixar de ser cagão, peguei o cigarro e dei uma tragada, tossi muito, mas depois passou e até que era bom, o mundo ficou mais colorido, mais deferente, eu estava mais feliz, do nada e meus olhos começaram a lacrimejar, Kurt riu de mim.

— É normal, por causa da fumaça.

Eu apenas assenti e deu outra tragada, e assim ficamos, em silêncio até o cigarro de maconha acabar.

— Tem outro aí?

— Vai com calma, é a primeira vez que você fica chapado — Kurt me dá um tapa na nuca.

— Ei!

— Isso é porque você demorou muito, imbecil.

Nós dois caímos na gargalhada.

— Por que você não gosta de boxe?

— Não gosto de lutar, só o faço quando tenho vontade, tipo agora.

— E por que seus pais não te tiram do boxe?

— Porque não moro com eles — Não entendi é ele continuou — Eles se separaram quando eu era mais novo, na verdade nem me lembro direito como foi, só sei que depois disso eu fui morar com meu pai, depois disso com a minha mãe, aí ela perdeu o emprego e fui morar com a minha vó, só até ela se voltar a trabalhar, mas o tempo foi passando e ela casou de novo e esse novo cara não queria saber de mim, então fui morar lá no Arizona, com uma amiga da minha mãe e como eu era muito bagunceiro — Ele faz aspas com os dedos — Voltei pra Aberdee e vim morar com meu tio.

E pensar que ele só tinha quinze anos.

— E seu pai?

— Boa pergunta — Ele ri e eu o acompanho.

— Sempre mata as aulas de boxe?

— Não, só quando estou acompanhado, ou seja, essa é a primeira vez.

— Não tinha muitos amigos?

— Só tenho você, quem iria querer ser amigo da bicha loirinha?

— Como assim?

— Era o meu apelido na antiga escola, essa porra de apeludo ficou tão famoso que o diretor chamou meu tio na escola — Ele parceria querer falar com alguém, aparentemente já estava guardando aquilo há algum tempo — Um cara que me zoava disse que me viu beijando um homem.

— Mas você beijou?

— Não! Não sou gay, eu acho.

— Como assim eu acho?

— Porque nunca beijei uma garota também, mas contimuando, essa mentira se espalhou pela escola, e como toda mentira contada várias vezes vira verdade, eu virei a bicha loirinha.

Eu achei que vi algumas lágrimas escorrendo pelo rosto dele.

— Aí eles chamaram meu tio, ele me bateu muito naquele dia, era foda sabe? Na escola eles ficavam passando a mão em mim, apertando minha bunda e tal, um dia, um cara mais velho entrou na mesma cabine que eu e trancou a porta, tirou o pau pra fora e ficou falando "Cupa bicha! Cupa isso logo!" Ele agarrou meu cabelo e ficou tentando abaixar minha cabeça — Ele dá um longo suspiro — Não gosto nem de lembrar, só consegui me livrar dele dando um soco no seu saco e pulando a porta da cabine. Aí eu chegava em casa e meu tio me mandava pro boxe, segundo ele "não tinha uma bicha morando no teto dele" e eu apanhava mais lá.

Não tinha palavras pra descrever a história que acabara de ouvir.

— Agora vamos embora, tá ficando tarde.



Notas Finais


*Um mata leão.
Esse cap ficou grande, comentem aí!!


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