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História You'll Be In My Heart - Chapter Twenty Three - História escrita por little_ange-r-l - Spirit Fanfics e Histórias
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História You'll Be In My Heart - Chapter Twenty Three


Escrita por: little_ange-r-l

Notas do Autor


RRELOU BAIBIES

Entonce, mesmo motivo que eu não enviei essa semana, maaaas, tenho novidades:

SEMANA QUE VEM ESTOU DE FÉRIAS UHUUUU

Mds, ja me sinto livre

Tá, mas espero que gostem do cap e boa leitura!

Capítulo 24 - Chapter Twenty Three


- Lance, você é péssimo nisso! – Pidge gritou para o cubano assim que ele caiu no chão.

O maior grunhiu, sem tirar o sorriso debochado do rosto.

- Você deveria ser menos dura comigo, Gnomeu. Não faz nem dois dias que eu saí do hospital.

- Eu tenho uma breve certeza que nenhum dos Galras vão te deixar vencer só porque está machucado, Melman. – Falou, subindo com seu arpão e descendo onde o latino estava, tentando acerta-lo com o objeto.

O acastanhado desviou, atirando na roupa dela, que caiu para o lado.

- Eu sei, mas pelo visto, mesmo machucado eu sou melhor que você, Pidge. – A loira estalou a língua, se levantando.

- Você tem sorte.

- Com sorte, você quer dizer talento, né? – A italiana lhe olhou por cima do ombro, passando pela porta.

- Não enche. – E saiu, indo para outro lugar.

O mais alto deu um riso anasalado, a seguindo.

Enquanto saía, foi surpreendido por um braço em seus ombros, o que o fez dar um gritinho.

- Calma, cara, sou só eu! – Ouviu a voz do samoano, o que o acalmou.

- Não me assusta assim, caramba! Eu odeio levar susto e você sabe!

- Claro que eu sei, mas é muito legal te assustar e ver a tua cara de medo. Era incrível quando eu fazia aquelas pegadinhas com o Keith e a Pidge. Você caía sempre e o Keith sempre ficava zoando contigo junto a Pidge enquanto eu, me sentindo ‘mó culpado, me desculpava com você. – O mais novo riu, o que fez o menor revirar os olhos, cruzando os braços.

Estava com raiva, mas não deixava de ser verdade. Não admitia, mas gostava quando recebia um susto de seus amigos e o namorado se desculpava consigo depois. À noite. No quarto. Sozinhos. Lembrava de como o coreano reclamava de si quando acordava no dia seguinte com a bunda dolorida, mas sempre o mimava em seguida.

- Bons tempos, aqueles. – O oceânico falou, encarando o chão.

- Nossa, falando assim, você parece uma velha de oitenta anos. Cara, ‘cê ainda é novo! Para de falar como se você estivesse no fim da vida! Afe. – Rolou os orbes, se distanciando do amigo.

- Ei, aonde você vai? – O perguntou, gritando.

- Vou trocar de roupa! Acabou meu treino por hoje! Bye, bye! – Gritou de volta, acenando com a mão.

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Pidge entrou no carro, sem forças nem para fechar a porta. Já estava perto das quatro horas da tarde e só agora eles tiveram o descanso que precisavam.

A garota mal se aguentava em pé, e por isso mesmo, começou a xingar Hunk quando o mesmo disse que não iriam jantar em casa, mas em alguma lanchonete ali perto. Ela só cedeu quando ele disse que podia deixa-la em casa e ir comer com os outros, fazendo a italiana bufar e cruzar os braços.

O samoano sorriu, convencido. Conhecia Pidge demais.

Prestava atenção nas conversas de Lance e Acxa atrás de si. Toda vez que pensava nela, se sentia culpado por ter pensado que ela era uma má influência. Poxa, a mulher estava os ajudando desde o começo. Ela realmente podia ter mudado, certo? Afinal, todos merecem uma segunda chance. O oceânico tinha conversado com a europeia sobre isso e a mesma concordou com ele, com as bochechas coradas de vergonha. Por isso mesmo, ele respirou fundo e deu um sorriso.

- Ei, Acxa, o que você gosta de comer? – Perguntou, a olhando pelo retrovisor. A morena, ao perceber que era consigo, coçou a nuca, com vergonha.

- Eu gosto de qualquer coisa.

- Não, não. Ninguém gosta de qualquer coisa. É a mesma coisa de dizer que a comida do Lance é boa. – A loira começou a rir descontroladamente, sendo seguida pelo maior e pela mais velha. O cubano fechou a cara, cruzando os braços e bufando. – E então, o que gosta de comer?

- Sei lá, acho que comida mexicana ‘tá bom.

- Beleza, então. Pidge, eu ganhei a aposta. – A menor revirou os olhos, pegando a mochila e tirando o dinheiro da carteira. – Obrigado.

- ‘Pera aí! – O latino interrompeu, o que fez os dois que estavam na frente o olharem. – Vocês fizeram uma aposta sem mim? Eu ‘tô me sentindo ultrajado. – Cruzou os braços de novo, com raiva.

- Você ‘tava muito ocupado não falando com a gente. – A mais nova murmurou e sentiu um tapa na cabeça, o que a fez xingar o mais novo. – Qual foi a necessidade disso?! – Perguntou, coçando o lugar machucado.

- Só cala a boca, Pidge. – Disse, dirigindo para o restaurante mexicano mais próximo.

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- ARDE!!!!! – O acastanhado gritou, chamando a atenção de todos para si ao correr em direção ao banheiro e colocar a cabeça debaixo da torneira, e a abrindo, deixando a água cair em sua boca.

- Lance estúpido. – A italiana murmurou, ajeitando o óculos em seu rosto. – Não sabe que pimenta preta arde ‘pra cacete? “Ah, não, eu aguento, afinal, nasci em Cuba”. – A menina tentou imitar a voz do latino, conseguindo escutar a risada da mais velha.

- Ótima imitação, Pidge. – Parou de rir, corando. – Posso te chamar de Pidge? É que é o seu apelido e você não queria que eu te chamasse assim. Se não gostar que eu te chame assim, posso te chamar Katie, sem problema algum-

- Pidge ‘tá bom. – A cortou, bebendo um pouco de seu suco. Percebeu que os dois amigos ainda não tinham voltado e suspirou, cruzando os braços.

Não estava nem um pouco confortável, afinal, a europeia demonstrou com todas as suas forças que não gostava da presença da americana e parecia que a outra também não estava bem. Ora coçava a nuca, ora olhava em volta, ora via algo no cardápio, tentando não encarar a mais baixa.

A menor suspirou e fitou o chão.

- Desculpa. – Sussurrou. A mais velha a olhou, com a sobrancelha arqueada.

- O que?

- Olha, me desculpa, ‘tá legal? Eu sei que fui uma idiota com você no começo por achar que você ia fazer alguma merda e tal, mas percebi que quem fez merda fui eu. Deixei o Lance puto comigo e deixei você desconfortável perto de mim. Me desculpa, de verdade. – Desabafou, dando um suspiro, por fim. Queria tirar aquele peso de suas costas desde o começo.

A morena arregalou os olhos ao ouvir aquela declaração e deu um pequeno sorriso.

- Não tem problema, Pidge. Eu entendo o seu ponto de vista, acredite. – Ditou, suspirando. A mais nova estava muito curiosa para saber como ela lhe entendia, mas decidiu ficar quieta, para não piorar as coisas. – E me desculpe também. Sei que não sou a melhor visita de todas. Na verdade, ninguém gosta que eu fique em suas casas. Pergunta ‘pra Krolia, ela pode te afirmar, e vai te afirmar com vontade. – Ambas riram, até perceberem que os garotos chegaram na mesa, voltando a comer.

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- Eu vou dormir.

- Mas, já? – A loira perguntou, olhando no relógio da parede assim que entraram na casa. – Nem deu dez horas ainda. E você nunca dorme cedo nas férias. O que ‘cê ‘tá tramando, hein? – Desconfiou, cruzando os braços e semicerrando os olhos.

O acastanhado quase fechou suas pálpebras, franzindo o cenho, enquanto subia a escada. Tinha subido apenas um degrau e sua mão esquerda estava segurando o corrimão dela.

- Eu não estou fazendo nada. E mesmo se eu ‘tivesse, não te contaria. – Ela o respondeu com um “hm, sei”, indo para a sala e jogando algo com Hunk e Acxa.

O cubano continuo o caminho para o quarto, trancando a porta atrás de si.

Pôs as mãos nos olhos, grunhindo.

Que merda tinha acontecido com o Keith?

Por que caralhos ele tinha ficado daquele jeito ao pensar em água? Ele tinha problema com água como os gatos, já que tinha sido injetado esse tipo de DNA em si? Não, porque ele tomava banhos demorados. Foi outra coisa. Alguma coisa maior.

Alguma coisa pior.

Tirou seus dedos de seu rosto, suspirando em seguida.

Andou em direção a sua escrivaninha, pegando seu notebook e o ligando.

Se sentou em sua cama, com as pernas cruzadas como índio e pegou seu óculos. Que foi? Ele não enxergava de perto direito. Praticamente ninguém sabia que ele usava óculos, afinal, seu grau era pequeno e ele não se sentia muito confortável com aquela coisa em seu nariz. Sempre escorregava e nos dias de chuva ficava tudo embaçado por conta das gotas. Ou seja, odiava usar óculos.

Colocou sua senha, esperando o objeto ligar, até ouvir um miado do outro lado da porta, se levantando e a abrindo, deixando Cielo entrar.

A gata entrou correndo e pulou em sua cama, ronronando.

O latino deu uma risada, voltando a trancar a porta e se sentando na cama. A felina chegou mais perto de si, deitando-se ao seu lado, enquanto era acariciada por ele e ronronava. Sua pata estava quase totalmente sarada, mas tinha uma consulta com o veterinário daqui a alguns dias.

Suspirou, cansado.

O que estou fazendo?, pensou.

Olhou as horas no relógio do notebook, percebendo ser quase onze horas e não ter encontrado nada.

Híbridos geneticamente modificados

- Qual a diferença entre orgânicos, transgênicos, híbridos?

- 10 incríveis animais híbridos que existem de verdade

- Salmão geneticamente modificado é considerado segura para comer

Nada.

Híbridos humanos com animais

- Monstros híbridos de humanos estão sendo criados por cientistas – YouTube 

- Híbrido de humano com ovelha é desenvolvido por cientistas

- Cientistas criam embriões híbridos de porcos e humanos

Nojento. E nada.                                                                                                                                 

Galra Empire híbridos

- Pesquisa não teve nenhum resultado

- Merda! – Gritou, batendo os punhos cerrados nas teclas do computador, assustando o animal. – Me desculpe, Cielo. – Lhe deu carinho, que foi recebido de bom grado, suspirando depois. – Mas eu não sei o que fazer. Daqui a pouco vai fazer uma hora que eu ‘tô aqui e não encontro nada. Nenhuma dica. Nenhum erro que eles fizeram. Nada. É como se não soubessem nada sobre o G.E.

E, finalmente, algo surgiu na cabeça do rapaz. Ninguém desconfiava do Galra Empire. Afinal, de longe, parece apenas mais uma empresa rica de cosméticos, nada além disso.

Mas eles não conheciam a Galra Empire que ele conhecia.

Decidiu procurar em mais alguns sites, tentando, de alguma forma, encontrar algo de algum ex empregado ou talvez algum policial, entretanto, não achou nada. De novo.

Jogou a cabeça para trás, dando um suspiro longo.

Começou a fechar os olhos, pensando em como seu pescoço estaria doendo no dia seguinte, contudo, estava com preguiça demais para se ajeitar.

Caía no sono, até ouvir seu celular tocar, o que o fez levantar o tronco e pega-lo, o atendendo.

- Alô? – Perguntou, coçando o olho esquerdo.

- Hola, Lance! – Escutou a voz animada da irmã mais velha do outro lado, o que o fez revirar os orbes, já com raiva.

- O que que ‘tu quer, caralho? São quase meia-noite e ‘cê ‘tá me ligando? O que aconteceu? O Einstein fugiu? Bom, ninguém merece te ter como dona. Se foi só isso, boa noite. – Já ia desligar o celular, até ouvir um grito da mais baixa, o que o fez revirar os olhos – novamente – e perguntar o que aconteceu.

- Nada demais, é que – Deu um suspiro. O maior estranhou. A mulher não era muito de suspirar ou se preocupar com algo. Que merda ela fez? – eu ‘tô sentindo que você está me escondendo algo. – Corrigindo: que merda ele fez? – Mas eu sei que não pode ser verdade, afinal, por que você mentiria ‘pra mim, certo? – Conhecia aquele jogo. Ela iria ficar lhe pressionando até o mais alto abrir o bico. Mas ele não tinha mais oito anos. Não cairia nessa tão fácil.

- Veronica, você ‘tá doida. São praticamente meia-noite, eu ‘tava dormindo e você me acorda. Eu estava na maior paz. Sabe que eu não consigo mais dormir assim há um bom tempo. – Ela pareceu entender o que ele quis dizer, e a mesma pediu desculpas.

Sabia que usar a “morte” de Keith como motivo era covardia e babaquice, mas era a única maneira de ela lhe largar o pé.

- Mas, já que me acordou, como anda você e a Acxa? – Sentiu que tocou no ponto fraco quando a acastanhada começou a gaguejar, sem saber o que falar. Sorria travesso, sabendo o quão constrangida ela estava. – O que foi?

- Na- nada, seu idiota! Argh! – Ficou um tempo em silêncio, até dar um suspiro, falando baixo. – Ela me beijou.

O cubano mais novo ficou um tempo sem reagir, até o momento em que a latina teve que tirar seu celular de perto de sua orelha por conta do grito que o de olhos claros tinha dado. Díos mío, seu irmão era sempre tão exagerado assim?

- E como você não me disse isso antes?! Eu não acredito nisso! Você, finalmente, desencalhou! Isso aí, porra!

- Lance! – A ouviu repreende-lo. – Foi só um beijo de despedida e foi na bochecha! Ainda não nos beijamos de verdade. Mas eu ‘tô pensando em chamar ela ‘pra sair na sexta ‘pra algum café. O que você acha? – Perguntou, na expectativa.

- Eu acho que- – Se recordou do que tinha que fazer na sexta, engolindo em seco. – que na sexta não dá ‘pra ela.

- Hã? Por quê?

- Porque ela ‘tá trabalhando na sexta. – A respondeu, um pouco nervoso.

- Sexta de noite?

- É.

- Mas ela me disse que só trabalhava até as seis na sexta. Dá ‘pra gente ir ‘pra algum lugar.

- É que eu vou sair com ela! – Acabou afinando um pouco a voz, coçando a garganta. – É, a gente vai ir ‘pro cinema na sexta a noite. Depois do trabalho. Nós trabalhamos juntos.

- Ah. – Sentia uma pontada de tristeza na voz da irmã, todavia, decidiu deixar-lhe triste do que preocupada com o que faria na sexta. – Tudo bem. – Se silenciaram por um tempo, apenas escutando a respiração um do outro. – Lance? Você ainda ‘tá aí?

- ‘Tô.

- Será que nós dois poderíamos sair juntos amanhã? Tipo, só eu e você? Faz ‘mó tempo que a gente não conversa só eu e ti.

Pensou um pouco, porém lembrou que precisariam revisar o plano amanhã, além de ser o último treino deles.

- Amanhã não dá. Mas pode ser depois do final de semana.

- O que? – Sua voz estava misturada entre tristeza e surpresa. – Você só ‘tá livre semana que vem? Mas, Lance, eu-

- Lance? Você ainda ‘tá acordado?

- Só um minuto, Acxa! – Tirou a mão da tela do celular, o colocando novamente na orelha. – Olha, vou ter que desligar, porque tenho que dormir e trocar de roupa. Boa noite, Nica, te amo!

- Lance!- – Desligou a chamada antes de ouvir o que ela iria dizer.

Foi em direção a porta, a destrancando.

- Que demora da porra. ‘Tava cagando?

- Não demoro mais que você, imbecil. – Ralhou com a morena, semicerrando os olhos. Estava cansado para caralho, nem sabia direito o que estava falando. Sentia-se bêbado sem beber. Perdido sem sair de sua própria casa. Se sentia sozinho ao redor de vários.

- Meu Deus, acalma o cu, cara. Só ‘tô brincando contigo. – Disse, passando por ele e pegando seu pijama.

O latino trocou de roupa no seu quarto. Já tinha deitado na cama, tentando dormir, sem sucesso.

Até escutar o barulho da porta do banheiro se abrindo e sentir um cafuné em sua cabeça.

Deu uma respirada profunda, apreciando o carinho. Fazia tempo que não relaxava assim.

Conseguiu escutar um suspiro por parte da menor, seguido por um risinho sem emoção.

- Não fique como eu, ‘tá? Continue sendo esse raiozinho de sol que você é. Sempre tentando ajudar a todos. Continue sendo você. – Sentiu um beijo no topo de sua cabeça. – Boa noite, Lance. – Falou, por fim, se deitando no colchão e começando a dormir.

O de orbes azuladas sorriu pequeno, dormindo no final.

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O portão tinha acabado de fechar e Keith tinha olhado por Lance o tempo todo, até o mesmo ir embora e o moreno descer da árvore e ir para perto do laguinho.

Deixou o envelope de lado e entrou na água, relaxando o corpo um pouco. Mais ou manos a essa hora, os Galras aqueciam a água. Não sabia porquê, mas nunca se importou muito, já que era bastante relaxante.

Ficou um tempinho ali, até decidir sair da água e abrir o papel.

Chacoalhou o corpo, tentando tirar o acúmulo de água que tinha em si.

Pegou o objeto e o abriu e, estranhamente, ele estava pesado demais para ter apenas papel. E descobriu o motivo: tinha um mp3 ali, e, ao seu lado, um post-it verde.

Pegou o papelzinho, lendo o que estava escrito.

Oi, babe!

Pensei que talvez pudesse ser um pouco estressante ficar aí sozinho, então talvez isso ajude!

Te amo S2

- Lance ;3

O coreano deu um sorriso pequeno, suavizando o olhar.

Pegou o aparelho eletrônico, colocando os fones de ouvido que já tinham vindo plugado nele.

Apertou o botão, o ligando e colocando a primeira música.

She says the world is a broken mess

It’s always on her mind

She cries at the news when the shots ring out

Every single time

(Ela diz que o mundo é uma bagunça quebrada

Está sempre na mente dela

Ela chora com o noticiário quando os tiros soam

Toda a vez)

Imagine Dragons, Lance? Jura? Ainda é fanático por essa banda?

Não que o asiático também não fosse, afinal, já tinha ido em dois shows deles, um com o Shiro e o outro com Lance, Pidge, Hunk, Shiro, Allura e Coran. Deuses, só agora percebeu o quanto ganhou novos amigos daquele tempo para cá.

 

- Vamos logo, Lance! Nós vamos chegar atrasados por sua causa! – O menor gritou, com os braços cruzados e batendo o pé no chão, impacientemente.

- Se acalma, estressadinho! Só falta o batom!

- Você não usa batom! – Disse, subindo as escadas para o banheiro, vendo o namorado colocar a blusa.

- Eu sei, mas é isso o que as mulheres falam quando estão atrasadas. – Riu sem ser acompanhado. – Ah, não fica assim, vai! Só falta pentear o cabelo. – Falou, se virando para o espelho e pegando a escova de cabelo.

- Ah, nem vem com essa! – Puxou o mais novo pelo colarinho da camisa, o levando consigo para o andar debaixo. – Eu já ‘tô indo, mãe! – Gritou para a morena, que o respondeu um “me ligue quando chegar e eu te amo” – Vamos, Lance.

Empurrou o garoto para o lado de fora, trancando a porta e esperando pelo samoano os buscar.

De minuto em minuto olhava o relógio de pulso, batendo com o pé na calçada.

Bufava, resmungava, olhava os lados, encarava o céu.

- É uma noite bonita. – Ouviu o de orbes azuis comentar, o que o fez olhar para cima.

- É. Tem razão. – A noite estava estrelada, com poucas nuvens e a lua estava quase desaparecendo do céu.

- É o sorriso do Gato Risonho! – O acastanhado falou de repente, quebrando o clima silencioso e gostoso que estava.

- Sério, Lance? Que bosta. – Disse, encarando a lua novamente.

- É sério! – O mais alto apontou para o satélite. – Olha!

O de orbes violetas semicerrou os olhos, sem conseguir ver o que o outro via.

- Ó, vem cá. – O latino chegou perto de si, pondo seu corpo atrás de suas costas e encostando o queixo em seu ombro esquerdo, o que o fez sentir um leve arrepio na nuca. – Segue a minha mão. – Fez o desenho de um sorriso na lua, a contornando.

- Ah. Agora eu vi. – Disse, se virando para o tórax do mais novo.

- Vai me dizer que não parece o sorriso do Gato Risonho? – Perguntou, dando um sorriso mostrando os dentes. Era debochado, era, mas o mais baixo já tinha visto outros sorrisos sem ser de deboche.

- Sim, parece mesmo. – Olhou a mancha branca no céu, voltando a encarar o parceiro, dando um sorriso sem mostrar os dentes e quase fechando os olhos. – Mas parece mais o seu.

Percebeu as bochechas do maior se avermelharem aos poucos, até as mãos do mesmo irem para o rosto, se escondendo, enquanto murmurava algo.

Deu uma risada, segurando as mãos do cubano e as tirando de sua face, se inclinando para beijar seus lábios.

Foi apenas um selinho, mas nada mudou o fato de o mais alto o segurar pela cintura, o puxando para mais perto.

Após pararem, o cubano escondeu a cabeça na curvatura do pescoço do menor, ainda murmurando algo incompreensível, o que fez o de olhos escuros rir.

Começou a fazer um cafuné no rapaz, até ver o carro de Hunk estacionar e se afastar do mais novo, lhe puxando pela mão.

- Desculpa pela demora, pessoal, a Pidge acabou esquecendo o celular e a gente teve que ir voltar e buscar.

- O que? A tão poderosa e tecnológica Katie Holt, aka Pidge, esqueceu o celular? Díos, é você? Acho que morri e estou em outra dimensão, onde a Pidge não é uma nerd e o Keith é um namorado fofo. – Sentiu uma cotovelada em seu abdômen, falando um “ai” e encarando feio o mais velho.

- Idiota. – A italiana disse ao mesmo tempo que o coreano, bufando em seguida.

- Keith, é esse endereço mesmo?

- É sim, Hunk. O Shiro vai se encontrar com a gente lá depois. – O mais baixo disse, tirando seu celular do bolso, enquanto sentia o braço do namorado rodear sua cintura. O encarou, vendo que o mesmo olhava para o lado de fora.

Sorriu, beijando sua bochecha rapidamente, voltando a mexer em seu celular.

Sentia o olhar do maior em si, mas fingia não ligar – e não ligava mesmo –. Depois de um tempo se acostumou a suas olhadas nem um pouco discretas, como nas vezes em que se deparava com o acastanhado encarando sua bunda quando se abaixava para pegar algo ou quando fitava seu tórax nu, quando tirava a blusa ou a colocava.

A música do rádio que tocava era calma, fazendo com que ninguém quisesse falar algo para quebrar o silêncio reconfortante.

Chegando no destino, os rapazes saíram do carro, indo em direção a entrada do lugar na qual seria o show. Estava praticamente lotado, mas conseguiram achar Shiro quando escutaram a voz estridente de Coran gritando que tinha uma vaca no gramado.

- E aí, Keith? – Perguntou o japonês, prendendo o pescoço do irmão com o braço, bagunçando seu cabelo – que já era bagunçado –, enquanto o coreano tentava se desvencilhar do aperto.

- ‘Tá bom, ‘tá bom, já chega, já chega. – Disse, tentando arrumar seus fios negros. - ´Tô bem. E você?

- Ah, ‘tá tudo bem comigo. A mãe ‘tava querendo te ver. Ela disse que ‘tava com saudade de ver o filho caçula dela. E pensar que ela prefere você a mim. – Falou, cruzando os braços e resmungando.

- É que eu sou um ótimo filho. Pode perguntar a minha mãe. – O respondeu, convencido.

- Os anos com Lance estão te fazendo mal, Keith. Muito mal.

- Eu ouvi isso! – O latino gritou, enquanto conversava com Allura e Coran.

Os asiáticos começaram a rir, mas logo em seguida o grupo foi escolher um lugar para sentar, pegando um com vista para tudo. Inclusive da vaca que caminhava pelo gramado do estádio.

- Eu disse que tinha uma vaca solta aqui! Mas ninguém me escuta, vocês me acham louco!

- Desculpa, Coran! – Os três amigos falaram, enquanto temiam a ira do mais velho.

Sim, eles estavam num estádio de futebol americano. Por quê? Porque o local que ia ser acabou tendo um problema, aí decidiram que ia ser ali mesmo.

Quando iam falar um com o outro, precisavam gritar, já que, pelo visto, as pessoas não podiam falar mais baixo.

Os garotos ficaram no centro da multidão, onde conseguiam ver o palco a pouco tempo montado.

Lance tinha ficado ao lado de Keith por motivos óbvios, conversando e acariciando seus cabelos, o que o fazia sorrir e se embolar com as palavras porque não conseguia prestar atenção em nada além do carinho.

Até as luzes se apagarem e as pessoas começarem a gritar mais e Keith e Lance se encaixavam direitinho nessas pessoas.

I’m waking up to ash and dust

I wipe my brow and I seat my rust

I’m breaking into the chemicals

(Uoh)

Já tinha ido para um show deles antes, mas nada se comprava a como estava agora: com seu namorado maravilhoso e seus amigos incríveis. O que poderia ser melhor do que isso?

I’m waking up I feel it in my bones

Enough to make my systems blow

Welcome to the new age, to the new age

Welcome to the new age, to the new age

Uoh, uoh, I’m radioactive, radioactive

Uoh, uoh, I’m radioactive, radiactive

A música já estava quase no final, quando sentiu a manga de sua camisa ser puxada e, quando se virou para ver quem era e o que queria, sentiu seus lábios serem pressionados.

Encarou o namorado que sorria, mostrando os dentes.

- ‘Pra que isso?

- ‘Pra nada. Só queria te beijar porque te amo. – Falou e sorriu de novo, fechando os olhos.

É. Lance realmente parecia a lua. Brilhando no céu estrelado que eram as sardas de seu rosto.

 

Turn your phone off, only look me in my eyes
Can we live that real life, real life?
Oh, hey, turn your phone off, only look me in my eyes
Can we live that real life, real life?

Oh, hey (real life, hey)
Real life, real life
Oh, hey
Real life, real life
Oh, hey

Essa música era nova, tinha certeza. Nunca ouvira na vida.

Ligou o aparelho novamente, procurando pelo nome.

Real life.

É. Até que o nome era bom e a letra também.

Olhou para cima, percebendo que daqui a pouco escureceria.

Respirou fundo, sentindo o sistema de ventilação aumentar, movimentando seus longos cabelos em uma direção, enquanto encarava o céu alaranjado misturado com azul escuro e rosa.

Observou as estrelas falsificadas que não deixavam de ser belas e não deixavam de lembrar dos olhos brilhantes de seu amado.

Fechou as pálpebras, rindo pelo nariz.

Você é incrível, Lance, pensou. Como não pode ver isso as vezes?

 

 

Venha voar comigo
Venha voar comigo
Venha voar comigo
Venha voar para longe comigo

Não tenha medo
Tudo irá mudar
você e eu
Saltando da borda
Eles dizem que os sonhadores nunca morrem

Então, venha e voe
Venha voar
Venha voar comigo

Estamos subindo, estamos caindo
Nós passaremos
Estamos subindo, estamos crescendo
Por mil visualizações

Em algum lugar, até o final, veremos
Se a lua e a água se encontram
Em algum lugar perto da harmonia
Quando o mundo está profundamente adormecido

Algo vai trazer uma mudança
Jornadas que devemos levar
Algo no limite do espaço
Chamando-nos para voar para longe –
Fly Away, TheFatRat


Notas Finais


E então? O que acharam?

Sentiram falta dos flashbacks fofinhos?

E sim, sou viciada em Imagine Dragons, como podem perceber kkk mesmo não sabendo todas as músicas

As músicas foram "Real Life" e "Radioactive"

Bom, espero que tenham gostado! Semana que vem tem mais!

Me desculpem por qualquer erro!

BAI BAI~


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