ZONA DE PROTEÇÃO
Namorar. Com certeza, essa palavra é comum para muitos, mas para Renjun essa palavra é nova de muitas maneiras. Não tinha lembranças tão boas com namoros, porém com o passar do tempo, Lee Jeno lhe mostrou o lado bom de “namorar”. Era divertido poder ficar na casa de Jeno sempre que possível. As vezes saía com o Lee e Jaemin e o resto dos amigos do coreano. Quando lhe convém as vezes chama Chenle para ir consigo ao mercado. Estavam sempre juntos também, e Chenle mais do que Renjun, estava feliz pelo amigo ter tomado enfim uma decisão boa. Afinal de contas namorar Jeno era a melhor coisa existente. — A época dos jogos escolares havia chegado para os alunos do colégio. Jeno como era muito esportivo optou por jogar nos campeonatos, e Renjun tratou de ficar em seu cantinho, até porque, não era muito fã de esportes. Torceria pelo namorado da arquibancada mesmo.
Estar junto de seus amigos era cotidiano e por contas do jogos, Jeno não estaria muito com os mesmos. E aquilo era de certa forma ruim, no entanto não impedia Renjun de pensar que logo, logo as férias chegariam e enfim poderia ficar com o Lee e passar a metade do tempo consigo. Com o tempo Doyeom foi esquecido pelos garotos, não visto mais como uma ameaça certamente. Renjun não poderia dizer que tudo que passou estava esquecido ou cicatrizado, porque só de pensar aquilo lhe abalava um pouco. — Os corredores e salas estavam vazios quando Doyeom tratou de passar por ali junto com algumas garotas. Todos em total silêncio já que do lado de fora os alunos gritavam nas arquibancadas por conta da gincana que ocorria no gramado.
— Doyeom Oppa… — A mais nova das garotas chamou o rapaz. — Sobre oque queria conversar com a gente.
— Eu preciso contar algo pra vocês três. — Doyeom parou de andar assim que chegou perto de outro corredor. — Vocês podem achar estranho… No entanto não é nada de mais. Eu quero que vocês me ajudem em uma coisa.
— Pode falar. — A menina falará novamente, deixando clara que estava interessada no assunto.
— Vocês com certeza sabem quem é Huang Renjun né?
— O namorado do Jeno?
— É isso mesmo. — Doyeom soltou um mumuxo enquanto revirava os olhos. — O Renjun e eu já namoramos há um tempo atrás e terminamos por conta de alguns problemas. Só que aí está! Eu sei que vocês três gostam do Jeno, e bom, por que não juntar o útil ao agradável?
— Oque quer dizer com isso?
— Hoje terá uma comemoração no restaurante do senhor Choi. E eu acredito que o Renjun e o Jeno vão. Com certeza o Jeno não vai dar toda aquela nescessária ao Renjun, e então é aí que vocês entram sabe. Irão jogar charme pra cima do Lee, e como eu sou um bom especialista, com certeza o Renjun vai ficar encomodado, e então eu vou ajudar ele enquanto vocês aproveitam com o Jeno.
— Isso é uma boa idéia… — As três disseram juntas. — Então nos vemos na festa?
— Com certeza… — Doyeom sorriu.
[…]
— Parabéns Jeno! Venceu mais uma partida de futebol. — Haechan deu uma risada contagiante enquanto sorria para o amigo.
Jeno apenas agradeceu enquanto via Renjun correr em sua direção. Abriu um sorriso aberto o bastante e abraçou seu chinês no mesmo seguinte, o rodopiando no ar.
— Como eu me saí? — Jeno falou ao colocar o garoto de volta no chão.
— Perfeito nono! Não existe melhor pessoa do que você. — Jeno riu no entanto foram questão de segundos até pegar a própria mochila. — Iremos ao restaurante do senhor Choi?
— Comida grátis! É claro que vamos.
O Lee agarrou a mão do chinês. Juntamente os quatro amigos saíram da escola, andando calmamente até a esquina a onde ficava o restaurante. O huang sentia um pouco de frio, porém apenas se escolheu um pouco ao sentir Jeno abraçar seus ombros enquanto deixava um carinho leve em seus cabelos. De primeira vez no restaurante, Jeno foi comprimentando pelos alunos, sendo parabenizado por todo mundo ali. Renjun ficou ao lado de Chenle enquanto tentava não sumir em meio a bagunça de alunos.
Os quatro se sentaram em uma mesa a onde conversaram até Haechan sair andando até Jaemin que estava ali por perto. Jeno e Renjun apenas aproveitavam para ficar um pouco juntos enquanto conversavam. Chenle saiu logo depois indo conversar com outros garotos. Era deverás engraçado estarem apenas os dois ali, trocando algumas risadas baixinhas enquanto zuavam os professores. Era até engraçado de certa forma. Jeno pediu algumas garrafas de refrigerante e Kimchi para comerem. Estava tarde, na base das oito horas. — Comeram até estarem de barriga cheia o suficiente para se levantar e se juntar há outro grupo de pessoas. Alguns veteranos também estavam ali, bebendo uma boa quantidade de álcool enquanto riam alto.
— Ei Jeno! Nos fale, como você se interessou pelo Ren… Renjun? — Um dos caras que estavam em volta perguntou. Jeno no mesmo instante acariciou a mão de Renjun que estava junto há sua.
— Na verdade, eu sempre achei o Renjun muito bonito. E com o passar do tempo eu acho que acabei me apaixonando por ele, e hoje estamos aqui.
A partir daquele momento várias perguntas começaram. Renjun aos poucos foi notando que todos estavam quase encima de Jeno, até mesmo garotas. Naquela medida o Huang já não aguentava mais estar rondado por aquelas pessoas, e assim que saiu daquele meio apenas suspirou e passou a mão nos cabelos.
— Ei Jeno! Bebe um pouco, uma cervejinha não faz mal!
Renjun nem ao menos esperou uma resposta. No meio daqueles gritos e risadas só soube sair andando para fora do restaurante. O frio parecia três vezes pior do que da última vez. Procurou por Chenle e por Haechan, no entanto não encontrou nenhum dos dois e se sentou na calçada do restaurante, respirando fundo enquanto juntava as mãos e respirava fundo na tentativa de se aquecer um pouco. Olhou a hora em seu celular e logo viu que já era nove horas. Tinha que voltar pra casa e nem seus amigos estavam ali para lhe levar, ou lhe acompanhar. — Renjun levantou-se da calça e respirou fundo antes de se virar para entrar no restaurante, só que dessa vez se assustando com Doyeom lhe encarando. O coração acelerou no mesmo instante e só teve a ação de tentar sair correndo, só que dessa vez sendo impedido por uma mão em seu pulso.
— Eu só quero te fazer companhia, já que seu namorado não está te dando atenção. — Renjun se viu perdido. Sentiu o cheiro de álcool de Doyeom de uma forma nunca sentida antes. — Qual é Renjun…
— Droga! Me solta! — Renjun falou antes de ter o pulso levantado no ar, e cada vez sentindo mais aquele aperto se intensificar em volta de seu pulso.
— Não complica, eu sei que você também sente falta. — Doyeom sorriu segurando a bochecha do chinês, acariciando aquele local.
— Não toca em mim! — Renjun falou dando um tapa forte na mão que estava em sua bochecha. — Eu tenho nojo de você!
— Você continua marrento e desobediente. Não mudou nada daquele garoto inútil que namorei. — Doyeom empurrou o corpo do Huang em direção a parede que tinha ali do lado de ambos.
Renjun sentia que a qualquer momento teria um ataque do coração quando sentiu as costas se chocando contra parede. Doyeom olhou o chinês com raiva, e Renjun via aquilo, na verdade mais do que qualquer um.
— Graças há você Huang Renjun, minha vida se tornou a droga de um inferno. — Doyeom riu, dessa vez encarando completamente o corpo do chinês. — Perdi várias oportunidades na minha vida por conta da merda da sua denuncia.
— Você é um monstro! Quem transformou minha vida em um filme de terror, foi você!
— Cale a droga da boca! Inútil! — Doyeom segurou o pescoço do chinês com toda força que tinha. — Acha mesmo que alguém como você pode me chamar de monstro? Eu tenho mil vezes mais eficiência que você, eu sou mil vezes mais importante que você! E adivinha. Enquanto você tá aqui tremendo de medo, a merda do seu namorado tá ali conversando com várias garotas. E acho que já deve ter percebido que nem pra namorar você serve. É feio, chato, insuportável e não passa de um encosto pras pessoa--
— Solta ele! — Jeno gritou empurrando Doyeom e desferindo um soco no rosto do mesmo logo em seguida. — SE VOCÊ TRISCAR NO MEU NAMORADO MAIS UMA VEZ, EU MATO VOCÊ!
Jeno deixou claro enquanto outras pessoas saíam para fora do restaurante para ver oque estava acontecendo. Renjun sentia o corpo inteiro ser abraçado por Jeno, e não conteve e retribuir. O medo e as lágrimas já tomavam conta de si de forma avassaladora.
— Shii… Eu tô aqui… Não chora príncipe. — Jeno apertou Renjun em seus braços e olhou Doyeom que era segurado por outras alunos enquanto outros chamavam a polícia. — Não chora bebê…
O Lee deixou alguns beijos pelo ombro do chinês, notando que o mesmo se encolhia. Sentiu o coração apertar como nunca antes, e mais uma vez seu chinês chorava por conta de uma pessoa completamente babaca. No entanto estava decidido que aquela seria a primeira e a última vez que alguém tocava em seu Renjun.
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