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O Dia da Pizza Fria era o feriado mais esperado por todos na cratera, excerto por Yerim, a filha do melhor pizzaiolo da comunidade, que precisava ajudar a montar todos os pratos do festival e Yeojin, que teve o azar de nascer alérgica a glúten. Felizmente, em meio a comilança, a cantoria e as fitinhas coloridas, elas ainda tinham a companhia uma da outra.

Caminhar por horas a fio é cansativo e Yeojin não é exatamente preparada para isso, mesmo assim, não há nada além que possa ajudá-la a lidar com o peso da saudade e das memórias recém colhidas. Por isso, quando as pernas parecem querer ceder, ela respira fundo e continua só mais um pouquinho, em mais uma tentativa de seguir em frente.

Heejin saia de casa todo dia antes do necessário para que sua ligação para Calisto fosse feita, e ao seu lado, em um orelhão duplo, Hyunjin fazia a mesma coisa. E foi entre letras de músicas pichadas na parede e recortes de conversas, que elas estabelecem uma conexão que faria emergir algumas certezas e muitos sentimentos.

Haseul brinca em sonhos, observando a vida em preto e branco, dançando no sono REM de olhos ferozes com lapsos, cenas, decisões de um destino, saudando os clientes da Loja do Dorminhoco com bons fones de ouvido, estátuas peculiares, pêndulos de cristal e algumas dicas úteis para a vida toda.

Morar em uma cidade tranquila demais não estava nos planos de Sooyoung. Ao terminar seus estudos para ser uma boa Policial Militar e conseguir um trabalho na maior delegacia de Busan, pensou em dias cheios e que teria várias missões difíceis, como acionar a sirene do carro, correr atrás de bandidos por aí e não ter que passar praticamente o dia todo mexendo em papéis e mais papéis. Ela de alguma forma, queria salvar o dia, afinal era uma policial.

Toda vez que Wong Kahei fechava os olhos, a imagem de Jo Haseul aparecia em sua mente. Os olhos negros misturados com aquele rosto que é só dela, a feição doce transbordando delicadeza… mas não era só o externo que a encantava, ela possuía o coração mais gentil do mundo. Não havia como não se apaixonar.

Kim Jiwoo era conhecida pelos parlamentares nada amigáveis como uma adolescente mimada e antissocial que não gostava de sair de seus aposentos e não se dava bem com os outros Selenitas, muito menos terráqueos.
Porém, quando uma pedinte estranha chamada Ha Sooyoung resolve bater na porta do castelo sombrio que fica no alto da colina para evitar a chuva de ácido, as coisas mudam.

Im Yeojin era a única rainha que vivia fora do seu reino, pois ele era tão pequeno que cabia na palma de sua mão, no bolso ou até mesmo no seu colar favorito. Ela era jovem, no auge dos seus exatos vinte anos, iniciando a sua vida adulta, no meio de uma faculdade de jornalismo e tinha um dever muito importante: proteger aquela Lua minúscula e todos os seus destinos.

Nem todo o conhecimento de Haseul sobre magia conseguiu salvar seu próprio corpo de todo o colapso que viria a seguir para si e seu povo. Numa última tentativa de salvar a sua tão amada vida, transmuta sua jovem alma para um lindo pássaro branco que voava livremente próximo ao topo das grandes árvores.

Como um bom exemplo de criança nascida nos anos 2000, Yerim cresceu assistindo os filmes da Barbie e seus preferidos sempre foram aqueles que retratam as aventuras da boneca loira no mundo das fadas. Mesmo com o passar dos anos, seu amor pelas histórias só parecia crescer e foi encanto à primeira vista quando ela conheceu Jinsoul, uma cosplayer com asas realistas até demais.