Lista de leitura ✩ Oneshorts (ou quase isso).

Onde Jeon Jeongguk queria muito ser pai e, consequentemente, arrastava seu maridinho para as suas ideias pra lá de indecentes.

Atrás do balcão da cozinha dos sogros, no banco de trás do carro, na mesa do escritório, no banheiro da festa de noivado da cunhada...

Porque quando Jeongguk queria tomá-lo, o pensamento era certeiro: “dentro, Gukkie. Faz dentro.”

Porque, ora essa... Ele queria ser pai!

Sempre que Jeongguk atualizava seu Tumblr com mais uma de suas Fanarts belíssimas e bem feitas, eu sentia meu coração palpitar de alegria e minhas bochechas corarem em satisfação. Ele tinha talento para a coisa, era um artista, de fato. Eu gostava de como ele enchia seus desenhos românticos de Fluffy, era como se em cada um deles tivesse um pouco dos sentimentos do Jeon, suas visões sobre o amor. Com o passar dos meses ao seu lado, vi que estava certo. Jeongguk era um amor e seus desenhos eram quase tão fofos quanto o próprio. E para mim era isso. Jeon Jungkook era fofo.

Não pensei que um clicar na pasta ChimChim faria minha conclusão sobre ele mudar assim, do jeito que mudou. Mas eu também não sabia que Jeongguk me desenhava, e ainda me desenhava de maneira tão vulgar, que fez, em uma noite, o cima entre nós mudar completamente.

Eu sempre fui o tipo de cara que detesta rotinas, são repetitivas, entediantes e me deixam frustrado.

Mas aquele garoto mudou aquilo. Algo que eu almejava não possuir desde novo tornou-se uma coisa que eu queria viver. Ele era a minha rotina favorita, a única que eu não odiava, muito pelo contrário, o ruivinho passou a ser alguém que eu queria ver todos os dias. Comecei a esperá-lo ansiosamente e, acreditem, demorei para perceber que minha felicidade repentina era por causa do vizinho. Bendito seja ele por ser tão fascinante.

Jeon Jungkook é um belo e jovem ômega que namora secretamente Park Jimin, que também é um ômega. Os dois rapazes só queriam podem manter seu relacionamento sem os olhares julgadores, principalmente fazer suas famílias entenderem que eles jamais estariam marcados por um alfa.

E naquela noite em que Jimin começava a se auto-julgar não suficiente para seu ômega, Jungkook estava bastante disposto a mostrar para seu amado que ele o satisfazia e o amava como nenhum outro poderia.

"Oh queridos alfas, nem tentem se aproximar desses ômegas, eles realmente não precisam de um de vocês."

Jimin nunca escondeu o fato de ter uma queda enorme por garotos tatuados e cheios de piercings pelo corpo; na verdade, sempre deixou bem claro a todos esse seu gosto um tanto quanto peculiar. Ele só não esperava encontrar Jeon Jeongguk, o garoto que se encaixava em todas as características de seu tipo ideal, em uma feira literária com a temática de Harry Potter.

A forma que Jeongguk mexia os quadris era um pecado, o tipo de coisa que deveria ser ilegal para garotos como o mais novo. Mas a coisa é que: Não existia mais ninguém como Jeongguk. Não existia mais ninguém com covinhas tão convidativas no final das costas como o Jeon. Tão fundinhas, perfeitas para Jimin encaixar seus dedos.

Em uma realidade onde os padrões clichês de popularidade foram invertidos e ser alguém CDF te faz super popular e ser uma líder de torcida não te leva ao topo dos status de popularidade, o quarterback do time da universidade, Jeon Jungkook, apenas desejava ser notado pelo rapaz nerd de seu curso, Park Jimin, o seu crush supremo.

Porém o despojado e desinibido Park não parecia estar disposto a ter um relacionamento que fosse atrapalhar seus estudos, ainda mais com alguém que não demonstrava muita atitude como Jungkook, ou pelo menos era isso que o Jeon pensava...

Os olhos de Jimin estão fixos nos meus como se ele tivesse vontade de me desvendar. Vejo-me experimentando uma atípica ansiedade no estômago, um nervosismo que percorre o meu corpo como uma corrente elétrica vagarosa, me deixando curioso. Eu sou o seu professor e nada mais. No entanto, essa sensação inédita aumenta de forma catastrófica quando Jimin mordisca o lábio ao ter o rosto ruborizado, evidenciando sua timidez.
E esta é a primeira impressão que Park, o meu aluno acanhado, tem sobre mim. Algo intenso e marcante como um furacão.

Não era mentira que Park Jimin odiava números. Odiava adição, multiplicação, odiava variáveis e equações. Mas ao contrário do que se pensa, assim, logo de cara, Park Jimin não era ruim na matéria. De fato, não gostava de estuda-la, mas sabia muito bem o que fazer e como resolver as questões.

Apesar disso, todo o seu plano desde o início do ano consistia em não ir bem naquela matéria. Matemática? Álgebra? Aquilo pelos próximos meses não faria parte do seu vocabulário. Os X e Y, se dependesse de si, se misturariam por completo. Park Jimin possuía um plano – não tão bem elaborado – de como chegar no crush de jeito. E esse crush nada mais era do que Jeon Jeongguk, o maior nerd de todo o colégio, vencedor de todos os prêmios de matemática e péssimo com relações interpessoais.

Jeongguk o encarou dos pés a cabeça lentamente, enquanto o outro fazia seu melhor para enlouquecê-lo, balançando os quadris de uma forma que quase fez o moreno rosnar um gemido baixo ao olhá-lo. Aquilo estava ficando interessante, talvez não fosse tanto um mal negócio como ele pensava.