Lista de leitura - read - sem o gênero Famí­lia - Mais recentes

Meu maior sonho seria ser notado por Hoseok, meu crush, ou quem sabe me tornar próximo dele. Porém, sempre tem um porém, ele tinha um amigo que complicava tudo.

Jeon Jungkook era o meu pesadelo em forma de pessoa, que fazia de tudo para me provocar e me deixar confuso. Eu o odiava, nunca desgruda de Hoseok e não me deixa chegar perto o suficiente para alegrar o meu dia.

Ah, eu mereço isso. Agora além de ter um crush, disputado por todos, tenho um demônio super gato em minha cola.

E sabe qual é a pior? Jungkook era só o amigo do popular Hoseok, de cabelos extremamente descuidados e longos, e agora, por minha culpa, ele se tornou o rival de meu crush. Tudo porque eu resolvi cortar seu cabelo como uma forma de irritá-lo.

[ Jikook / vhope ]

Eu deveria falar sobre isso? Eu não sei. Sabem aquela sensação de que algo parece mais real quando falamos sobre aquilo? Quer dizer, nossa mente sabe que é real, que está ali, mas enquanto deixamos aquilo só em nossa cabeça, quase conseguimos fingir que não existe.

Jeon havia deixado Busan por conta das brigas da família para viver na Califórnia, só não imaginava que teria Jimin, seu rival de infância, indo junto consigo, que aprenderia a amá-lo e que viveriam muitas adrenalinas, ambos compartilhando a paixão pelas máquinas potentes e pelo ronco alto dos motores.

Jungkook divide sua atenção entre estudar fotografia, vender carros e admirar Kim Taehyung, seu colega de classe.
Sendo um dos únicos vendedores do novo SUV da Hyundai, Jungkook se vê frente a frente com seu grande crush da faculdade, quando ele se torna responsável por levar Taehyung no test drive do Palisade.

Este corpo respira?
Este corpo relaxa?
Apenas ao trancar a porta ele vira
o frenético movimento dos pulmões
quebrando a caixa torácica.

Kim Taehyung e Kim Seokjin poderiam até ser um clichê, do tipo bem contra o mal, policia e ladrão, detetive e investigador; poderiam se chamar de opostos que se atraem, mas nenhum deles era muito adepto a termos como estes. Preferiam considerar que acabaram sendo, de uma forma muito torta, a redenção um do outro.

Seokjin faria o que fosse preciso para cumprir a missão que havia sido estabelecida para ele, levaria aquele que era procurado por toda Coreia até o tribunal a todo custo, mas não era como se Taehyung estivesse disposto a se entregar tão fácil. Pelo menos não a uma ordem de prisão sem sentido e anos atrás das grades.

Ele só não poderia garantir que conseguiria fugir da atração que o puxava feito um ímã na direção que deveria lutar contra.

Não, eles não eram um clichê. Mas eram bem mais do que esperavam.

Seja rosa, cravo ou capim, todos voltam ao mesmo estado por fim. Insignificante ou ego inflado, seremos todos, novamente, carbonos do mesmo saco.

Fazer promessas nunca tinha sido o estilo de Taehyung, mesmo que tivesse uma tendência a cumpri-las, apenas tinha ficado totalmente indefeso as próprias inseguranças e a de seu namorado virtual. Ambos ainda não estavam prontos para se mostrarem um para o outro e compreendia totalmente isso. Entretanto, um pouco de álcool numa festa universitária o fez enviar uma foto para seu namorado e mostrar o quão próximo ele estava.

Se considerarmos o fato de que eles gastavam três cadernos por mês para conseguirem conversar, com mensagens mostradas através dos vidros sujos da janela, Seokjin e Namjoon tinham absolutamente tudo para não se apaixonarem, para quebrarem, para se tornarem memórias guardadas nos cofres de suas mentes.

O problema era que Namjoon era Namjoon, Seokjin era Seokjin e o destino sempre canalizou aleatoriedade (e o amor dos dois era a mais singular de todas elas).

Seus sentimentos
São ondas fortes.
São maremotos.

Não és sereia,
Nem cristalina.
És maré cheia.