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Meu deus! Eu era uma das piores da raça humana naquele momento.
Tentava me condenar enquanto mordia meu próprio lábio para cada detalhe que aparecia em frente aos meus olhos, mas mesmo assim eu simplesmente não conseguia sair dali.

Isso mesmo, eu estava cuidando meu vizinho.

[SASUSAKU - ONESHOT]

Desde tenra idade, sempre compreendi meu papel como mulher na sociedade aristocrática. Como filha e irmã de um respeitável marquês, estava inserida em um mundo onde os casamentos eram selados por interesses financeiros, títulos e conexões sociais. Uniões fundamentadas em meros afetos eram raridades, e o matrimônio entre aristocratas não passava de um elaborado jogo de negócios e contratos.
Contudo, ao descobrir o poder da escrita, percebi que as únicas histórias de amor genuínas que um dia poderia sonhar em viver, eram aquelas que eu mesma criava. Assim, desenvolvi narrativas sem limites na imaginação, ansiosa para compartilhá-las e levar outros para meu mundo de sonhos e desejos.
Após anos conformando-me com as normas sociais e criando uma nova persona, nunca imaginei que tudo que construí seria revelado pela última pessoa que esperava.

Entretanto, aquele que eu acreditava ser a fonte de minha ruína... Acabou por se revelar minha única salvação.

Amor.
Sentimento crescente que floresce de dentro para fora, trazendo o melhor em cada um de nós. Assim como uma rosa, ele desabrocha lindamente, trazendo a felicidade genuína em estar com aquele que nos faz bem. Por vezes pode machucar, tal qual os espinhos da roseira, mas sempre será belo, até mesmo em sua forma mais feia.

Até que ponto a necessidade nos faz agir?
Até onde podemos suportar?
Até que ponto o amor pode curar?