Lista de leitura Draquito

"Olhei para os inúmeros papeis que estavam ainda espalhados sobre a mesa. O meu pulso latejava de tantas rígidas regras que eu transcrevera. Levantei os olhos um momento, deparando-me com Draco sentado do outro lado da mesa. Antes que pudesse tomar noção do que fazia, os meus olhos já se tinham focado nele, na maneira como os seus olhos acinzentados brilhavam com a concentração e o seu rosto anguloso e pálido tomara uma expressão séria enquanto ele escrevia afincadamente. Draco é tão lindo! Pena que é um idiota!
«Pela barba de Merlin, porque não consigo parar de olhar para ele como uma perfeita demente mental?»
Sem desviar o olhar dos papeis na sua frente, Draco disse calmamente:
- Viviane, sei que me achas lindo e charmoso, mas o teu olhar fixo está a desconcentrar-me.
Claro que tive que ficar vermelha como um pimentão, ou não seria eu quem sou.
- Eu não estava a olhar para ti. - Neguei, quase me engasgando com a própria saliva. - E... Como assim lindo e charmoso? Só nos teus sonhos!
Ele ergueu um olhar que misturava gozo e desafio, o que fez o meu sangue borbulhar de raiva. Esta detenção não vai acabar bem!"

Viviane vai para o terceiro ano em Hogwarts e este promete ser cheio de aventuras e surpresas.
Querem exemplos?
1 - Um certo loirinho por quem sempre sentiu um ódio profundo e uma paixão inegável, mete na cabeça conquistá-la, já que ela é a única que não cai aos seus pés.
2 - Uma certa ciumenta obcessiva engendra planos obscuros para matar (no melhor dos casos) a nossa protagonista e acorrentar Draco a ela como se este fosse seu cachorro.
3 - certas amigas sempre a pressionarem e a intrometerem-se na sua vida amorosa.
4 - dementors, premonições e hipogrifos!
No meio de tanta confusão, será que dá tempo para pensar nos estudos?

Existe destino?
Tudo indica que sim. Por que outro motivo poderiam Viviane e Draco se conhecer pertencendo a mundos tão diferentes?
Viviane Melmarine é uma rapariga pobre, com, aparentemente, um fraco talento para feitiços mas magníficos e carismáticos olhos dourados e personalidade doce e alegre.
Draco Malfoy é um rapaz mimado, arrogante que cresceu a odiar «sangues de lama».
Claro que quando se encontram, com personalidades tão opostas, começa uma grande rixa. Será que esse ódio tão forte que os envolve tem um outro nome?

Viviane, elfa doméstica de Draco?
Mas como isso pôde acontecer? Estaremos numa dimensão paralela?
Tudo começou quando Viviane decide ajudar o trio na sua busca pela câmara dos segredos. E quem mais pode ajudá-la senão o "príncipe dos Slytherin"?
Este segundo ano para Viviane vai ser difícil. Além de ter de conviver com os Slytherins e com os seus preconceitos, de passar as noites a sonhar com um misterioso monstro de olhos amarelos, de aturar o ciúme de Pansy Parkinson, aquela buldogue insuportável, ainda vai ter de aprender a lidar com sentimentos que a confundem.

"Para o meu principezinho irritante,

Draco, espero que estejas a adaptar-te bem à tua vida em Durmstrang. Estás feliz, não? Ouvi dizer que nessa escola só são admitidos puros sangue. Deve ser uma alegria poderes respirar ar não contaminado. Deves estar tão agradecido ao teu pai por ele te ter arrancado de Hogwarts. Ah, espera, não foi ele, foi a tua escolha, já me lembro!
Já encontraste alguém para suprir a minha falta? Senão, deverias começar a pensar nisso. Ou o teu pai ainda te arranja uma pretendente. Vá, não deve ser difícil encontrar uma mulher para continuares a linhagem "oh, tão perfeita" dos Malfoy! Só precisa de ter sangue puro a correr nas veias, não é?
Desculpa-me se tudo o que disse acima te pareceu carregado de ironia. É-me impossível não te espicaçar um pouco depois de tudo o que aconteceu.
Muito tem ocorrido desde que te foste embora. Coisas obscuras. Algumas delas devem ter-te chegado aos ouvidos, mas outras só eu as sei. Ou melhor, não sei. O que quero dizer é que tu não sabes quem sou. Nunca soubeste. E eu própria ando a procurar-me.
O que dirias se te dissesse que, afinal, não tenho uma gota de sangue Muggle a circular no meu corpo?
Não é que isso seja verdade! Não é! Apenas pode ser..."

Viviane amarrotou o papel com uma fúria desesperada e atirou-o para a banheira cheia de água. Lentamente, as palavras tornaram-se borrões. A sua mente também estava cheia de borrões.