Lista de leitura .fav 💌 com o gênero Ficção Adolescente

Doyoung achava engraçado que, sempre que rebatia a uma das ofensas homofóbicas de Jung Jaehyun — dizendo que o que Jaehyun queria de verdade era ficar com ele —, Jaehyun se calava e o observava de cima a baixo com um sorrisinho que evidenciava suas covinhas e enlouquecia Doyoung de mais de uma forma. Mas não era como se Doyoung, o melhor aluno da sala e o representante, fosse realmente cair na lábia daquele babaca. Mas seria divertido brincar com ele e vê-lo ajoelhar aos seus pés.

capa por @zemile

Cada vez que Jung Wooyoung olhava para Choi San, se dava conta de que não combinavam nenhum pouquinho.

Entre outras causas e briguinhas, isso se devia ao fato de que: Jung Wooyoung era um confeiteiro, dono da Corações Açucarados, e Choi San trabalhava na sorveteria em frente, denominada Corações Congelados. E, desde que havia começado naquele emprego de quinta categoria, San sempre fazia questão de desviar seus clientes.

A partir daí, Wooyoung decide que é hora de mandar San embora da sua rua, colocando em prática seu plano infalível, só não contava que o sorveteiro tinha suas cartas na manga e que seu plano ia sair muito diferente do imaginado.

woosan | capa por: @hyein

Kang Yeosang é um bom rapaz que trabalha na maior peixaria da sua cidade. Nem é um emprego tão ruim assim: o salário é ótimo, bastante gordo, o suficiente para que ele mimasse seu irmão mais novo Jongho com várias skins no Free Fire. No entanto, como nem sempre tudo é um mar de rosas, Yeosang foi amaldiçoado a sempre emanar um fedor satânico de peixe podre impregnado nas suas vestes, assim afastando todas as possibilidades de achar a Metade Da Sua Laranja, embora não fosse tão interessado no assunto “relacionamento”. Kang Jongho, preocupado com a reclusão do irmão — que só queria saber de assistir Pesadelo Na Cozinha —, cria um perfil no site NemResfriadoEuToPegando.com, recebendo, então, a “ajuda” de Song Mingi, a fim de encontrar A Madame Perfeita.

Kang Yeosang conheceu Kim Hongjoong no Festival do Eclipse, apesar de ele se recusar a usar esse nome, preferindo carinhosamente chamá-lo de “Encontro dos Amores Impossíveis.” Mesmo tendo visto o Kim apenas ali, um esboço de sua figura sublime e cabelos vermelhos, já ocupava seus sonhos há tempos. Enquanto o tempo passava no Festival, o Kim começou a contar-lhe uma história sobre um amor aparentemente tão impossível quanto aquele que o Sol e a Lua já tiveram. Ele falou sobre dois amantes que só podem se encontrar uma vez por ano, durante o Eclipse, pois estão separados pelo tempo — uma artimanha do Destino, onde um vive no futuro e o outro está preso no passado.

Num baita dia enfadonho, em um papelzinho amassado e com letras meio desajeitadas, Jungwon escreveu uma lista com regras a serem seguidas para ser possível viver no mesmo mundo — ops! talvez, universo — que Jay.

Em certo período da faculdade, Jungwon acreditou que o “chato de galocha” — também conhecido como Jay — havia largado de seu pé, afinal, há tempos não tinham suas famosas trocas de farpas.

Contudo, não poderia imaginar que, numa terça-feira trivial, Park Jay chegaria até ele dizendo as seguintes palavras: “O que você fez com minha guitarra, Yang Jungwon?” e, até mesmo, iria propor uma investigação de meia-tigela para encontrá-la.

jaywon | capa por: @ttyeol

Era como se houvesse uma linha invisível, mas bem marcada, entre Hongjoong e Yeosang. Yeosang, com seus vibrantes 18 anos (ou seriam apenas anos de monotonia?), passava os dias enclausurado em sua bolha de tédio, consumindo uma maratona de filmes de comédia romântica de quinta categoria, sempre acompanhado por seu gato que, segundo ele, tinha um excelente gosto para cinema. Sua coleção de livros de fantasia e suas playlists nostálgicas dos anos 90 eram as únicas coisas que faziam seu mundo, até então, um tanto quanto monocromático, parecer um pouco mais vibrante.

Do outro lado dessa linha, havia Hongjoong — o cara que fazia Yeosang suspirar e anotar tudo no seu “caderno-anota-coisas-diárias” (que, acredite, não era um diário). Para Yeosang, Hongjoong era o clássico amor platônico: a cereja do bolo, o arco-íris em um dia nublado, um universo repleto de cores. Porém, tudo mudou naquela quinta-feira ensolarada, que marcava o início da primavera. Com uma coragem digna de um super-herói, Yeosang decidiu se inscrever no clube de futebol. E, sem que ele soubesse, aquele simples gesto começaria a colorir seu mundo em um tom inesperado, misturando sua paleta sempre monocrática com as nuances brilhantes do universo de Hongjoong.