Lista de leitura Kuroko No Basket - Classificação Dezoito sem o gênero Mistério

Aquela foi a primeira vez em muito tempo que me senti vivo jogando basquete. Talvez fosse até a primeira vez que me senti vivo de verdade... Não sei dizer...

Doeu, com certeza. Foi humilhante perder, mas ao mesmo tempo foi libertador. Finalmente encontrei alguém capaz de me vencer além de mim mesmo!

Kagami Taiga, o único que foi capaz de me derrotar!
No fundo eu sempre soube que ele iria incomodar no basquete, mas não esperava que fosse passar disso... Dessa maneira!

Já faz alguns meses desde o final da Winter Cup, quando tudo começou. No início eu não aceitei aquilo de maneira alguma, só podia estar ficando louco. Mas depois... Bem... Depois foi inevitável!

- Por que você fez isso, seu bastardo? - seus olhos ainda estavam arregalados por conta do que havia acontecido.
- Ainda não entendeu? - sorriu de canto e voltou a prensar o ruivo contra a grade - Eu quero você, idiota!

Antepaixão. Decididamente não existe nada mais ambíguo no mundo do que a construção dessa palavra. Ao contrário do que sugere, ela nada tem a ver com repulsa ao amor ou algo do gênero. É irônico ao extremo que o termo 'paixão' esteja presente ali no finalzinho — soa quase como uma indireta —, pois antepaixão na verdade significa 'preconceito'; e preconceito, até onde sei, é uma gigante barreira dentro de uma paixão. Pelo menos para mim estava sendo...

A única coisa que posso dizer é que tudo, absolutamente tudo o que eu idealizava foi posto à prova quando aquele idiota entrou na minha vida — mais uma vez. Com um mísero toque, Aomine Daiki levava todos os meus princípios e convicções ao chão. Foi quando vi minha antepaixão bater de frente com minha paixão.
Mesmo sendo errado, parecia tão certo... Eu já não sabia mais o que pensar.

As pessoas costumam dizer que existe uma tênue linha entre o amor e o ódio... Talvez seja assim mesmo. Não. Decididamente é assim!

Coisas opostas tendem a se atrair, mas até que ponto elas se suportam? Quer dizer... Qualquer um sabe que o fogo e o gelo não podem conviver em harmonia, mas e se — de repente — eles tentarem? Qual a chance daquela linha tênue continuar intacta? É complicado... O calor intenso irá derretê-lo em pouco tempo. O gelo vira água, evapora e então some.

Dessa forma o fogo vermelho fica sozinho... A menos que encontre uma chama mais quente, com a qual possa conviver: a chama azul.

Tortura...

Existe a possibilidade de assimilar essa palavra com algo bom?

Digamos que eu, Aomine Daiki, achei uma brecha bem interessante e praticamente consegui... Isso só aconteceu porque a tortura não era comigo, lógico! Mas, na boa, não queria estar na pele de Tetsu naquele dia.

Odiavam-se tanto... Como foi acabar assim?

Desde quando sentia atração por homens?

Era tudo meio surreal, não esperava que aquilo fosse chegar tão longe... E muito menos que fosse gostar tanto assim.
O desejo era palpável. Como inventaria uma desculpa para isso?

A Geração dos Milagres foi um time especial que fez história e criou sua própria lenda.

Todos conhecem a fama dos seis prodígios do basquete, mas ninguém sabe da verdade por trás de tanto talento.

Um novo gênio chega a Tokyo e a roda da fortuna começa a girar. Os tempos vão mudar.

A paz acabou.

“Porque não jogamos verdade ou desafio?” - Uma frase e todos passaram a encarar Kise Ryouta, com o mesmo questionamento em mente:
Ele sabia quão demoníaco esse jogo poderia ser?”


Verdade ou desafio.
Um jogo aparentemente inocente, perfeito para perder o bv, descobrir bafos, pagar micos e talvez até seduzir o @.
Junte isso a um grupinho de gays encubados.
O que pode dar errado?

Aomine não suporta a ideia de ter sido derrotado. Seu desejo mais profundo é devolver a dor e a humilhação.

E ele encontra um jeito...

Alex sempre lhe dizia para carregar seus medicamentos dentro da bolsa e ficar com ela sempre por perto. Era melhor precaver.

Kagami sempre lhe dizia que aquilo não era necessário. Nunca precisou usar aquela merda fora de casa antes e não seria agora que precisaria. E assim, mesmo a contragosto, sempre levava o medicamento dentro da bolsa.

E como uma brincadeira de péssimo gosto, no pior momento possível, precisou desesperadamente daquele maldito supressor. Infelizmente, agora ela estava longe de mais para ser alcançado.