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Na infância eu costumava correr despido sozinho pelos lírios.
Em minha adolescência Tsuki corria pelas flores.
Minha namorada que “fugia” de mim por aquele campo florido caiu no chão e eu sobre ela, rolando juntos sobre os lírios, abraçados e rindo, não me importei. Gostei muito na verdade.
E desde que Tsuki esteve na minha vida, podia admirar os lírios da fazenda com ela sempre ao meu lado nos bons e nos mais momentos.

Não era mais o mesmo.
Tive um pesadelo.
Tinha ido dormi sobre os livros na escrivaninha do quarto do Nathaniel.
Ele era pior do que quando puxava minhas tranças e os cabelos da Ambre.
Era rude comigo. Tinha uma cicatriz no seu lábio superior, correntes em seu pescoço, jaqueta quente e botas pesadas.
Então aquele Nathaniel feria meu coração. Agradecia que se importasse comigo e me protegesse dos perigos da noite, mas… ele me machucava psicologicamente de propósito.
Ele real não seria capaz disso…

Castiel estava acostumado a passar certas celebrações apenas com seu cachorro. Afinal era emancipado porque seus pais não poderiam estar sempre com ele. No natal era pior, porque se dava conta que estava só. Mas tudo muda quando em um natal ele conhece uma garota meio maluca, que estava dando uma bronca na sua família barraqueira. E desde então, ela foi o motivo das risadas do ruivo rabugento.

Nathaniel não era do tipo que era contra o natal, que o odiava, entretanto esse ano tinha uma interrogação lhe perseguindo.

Os outros natais não tinham esses problemas. Tinha outros para se preocupar. Como ficar horas cozinhando para a família na noite sagrado, tentando evitar a fúria do seu pai. Nessas épocas ele ficava mais irritadiço e se precavia em surrar seu filho em lugares diferentes para não ficarem visíveis na festa da empresa, o almoço natalino.

Havia uma época em que Nathaniel quando criança saia para brincar com a irmã na neve.

Pelo menos naquela época as coisas não eram como ficaram depois daqueles incidentes do seu pai.
Naquela manhã como de costume, Viktor chegou novamente na sua residência para tomar café da manhã, porque Nathaniel sabia cozinha e ele não.

Jogava a panqueca para cima perdido em todos nesses pensamentos, porque após essa virada na sua vida:
A volta da sua paixão de infância, se apaixonar por ela de novo, namora-la e num momento intimo esquecer de seus hematomas. Mesmo mentindo para Anne dizendo que se machucou na academia, ela descobriu indo na sua casa e dormindo no quarto da Ambre. E junto de Viktor denunciou seu pai.
Por isso será o primeiro Natal longe daquele inferno, entretanto era sua família que agora não teria a companhia nessa data.

O que vai fazer no Natal?

Onde vai passar o Natal?

[Especial de Natal]
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Nathaniel e Ambre são gêmeos. Algo que seus amigos viviam esquecendo, por serem tão diferentes em personalidades, pela forma diferente que a criação lhes afetou. Como de formas diferente aquela casa com seus pais não parecia um lar para ambos, como o pai era violento com o filho descontando nele o estresse do trabalho ao ponto dele se emancipar e se mudar, e como a mãe era rigorosa com Ambre, mesmo que lhe "mimando", porque a garota era incapaz de ser uma modelo como a mãe foi um dia.
Mas nesse parentesco tóxico, um tinha o outro e sentiam falta um do outro, harmonizando finalmente a relação de irmãos que tinham entre si, porque acima de tudo era a família que tinham.