Lista de leitura Yaoi Medium🧭 com o gênero Literatura Feminina

Ela via beleza em tudo, porque toda forma de vida era bela a seus olhos.

[Drabble | Rose Quartz | Steven Universe]

Elizabeth sentiu uma movimentação estranha na cama e abriu os olhos curiosa. O garoto estava sentado em seu colo lhe encarando estranho, morto e vazio como sempre.

Era estranho o jeito como ele agia, o loiro tinha a mesma idade dela e mesmo assim parecia como uma criança.

— O que foi? – Ele nada respondeu, olhou para a TV e se concentrou no filme que passava.

A protagonista do filme estava beijando o homem por quem ela era apaixonada, de forma bonita como sempre acontecia nos filmes, Meliodas se aproximou e beijou o canto dos lábios vermelhos e inchados de Elizabeth, copiando como a mulher fazia.

O beijo demorou alguns minutos,os dois sentiam uma vibração estranha em seus interiores e quanto o clima começou a ficar mais quente, decidiram que era hora de se separarem embora eles realmente não quisessem.

— Meliodas, você é meu e não deixarei ninguem levar você para longe de mim – O garoto novamente não respondeu apenas corou em um vermelho intenso e deitou-se encima dos seios fardos dela que começou a fazer um cafuné nos cabelos dourados.

Elizabeth voltou para sua a cidade natal,e em sua casa nova encontrou uma porta suspeita e dela começou a ouvir murmúrios e choramingos.

Assim que a abriu, desceu as escadas e viu algo não que podia, sua vida mudou dramaticamente e teve que aprender a fingir que tudo estava bem mesmo ao descobrir uma verdade terrível sobre sua família e sobre sua própria identidade.


Capa: elizLove_oficia

Eu já tinha perdido a noção consciente dos dias. As grandes olheiras que orbiculavam meus olhos denunciavam o meu cansaço e o quanto eu me dediquei nessa luta. Eu não aguentava mais aquele grupo de pessoas que acreditavam cegamente que a ditatura cívico-militar seria derrotada com passeatas de cunho pacífico. O incessante pedido pela volta do regime democrático através de cartazes e aglomerações civis não geravam frutos positivos para a nossa organização política, pelo contrário. As manifestações só serviam para que os oficiais do exército localizassem as lideranças militantes e as prendessem e torturassem até a morte.

Os números de desaparecidos e presos políticos aumentavam a cada ato que fazíamos e, pra ser bastante honesta, não sei até hoje como esse grupo resiste com um número considerado de membros ativos. Talvez o motivo principal de eu nunca ter sido pega era porque ninguém ali sabia meu nome verdadeiro, ou onde eu morava. Eu também tinha o hábito de cobrir meu rosto com máscaras ou lenços, assim como alguns camaradas dali. Muita gente que foi parar nos centros de tortura não teve esse mesmo zelo com a própria segurança.

(...)

Meus novos camaradas me olhavam com atenção e curiosidade.

- Tá, mas qual é o plano? - Ricardo foi o primeiro falar. Desde o dia em que o conheci ele era ansioso, e a cada ano que passava ele ficava mais e mais sedento por vingança.

- O primeiro passo é abandonarmos nossos nomes falsos e adotarmos outro. Também precisamos adotar codinomes de guerrilha, pois usaremos os novos nomes falsos no dia a dia. -falei.

Márcia encarava a chama do isqueiro quando resolveu falar.

- Vamos nos armar, certo?
- Urgentemente. - respondi.
- Como vamos fazer isso? - perguntou Lucas.
- Tenho um plano, escutem com atenção.