Aglaite

"Com brilhos pálidos e risadas sóbrias, Harry descobria mais e mais sobre si e sobre o mundo, nessas conversas, momentos já inexistentes e pessoas já mortas voavam como fantasmas pelas ruas da cidade, acabando e relaxando sob a calmaria da lua. Harry, de tanto e tanto tentar descobrir e entrar no universo, não notou que a única coisa que estava sendo desvendada, era ele próprio."

Também não notou, até ser tarde demais, o quanto estrelas podem ser mimadas e insuportáveis. Harry até que gosta disso.

“Silêncio, nada além de silêncio, Harry não escutava mais nada, nada além dos seus pensamentos, essa parte de seu dia (a noite), era a que mais apreciava. Todos estavam dormindo à essa hora, roncos e barulhos incompreensíveis eram escutados no andar de cima, mas Harry não ligava. Ele estava escorado na janela suja da sala, a mão áspera sobre o vidro fechado, olhando a vista fora dela, mas Harry não olhava para as casas sujas do seu vilarejo. Oh não, ele olhava para um outro lugar em específico. O relógio, o grande relógio de Hogsmeade, onde os maiores dos maiores astrônomos e estudiosos de toda Hogwarts, descobriam e ultrapassavam os limites da ciências, cada dia, uma nova descoberta, cada dia um novo motivo para Harry se apaixonar pelo universo. Harry não podia ir lá, nenhum plebeu podia, mas quem disse que Harry se importa com isso? Bom, todo mundo menos ele parece se importar , sempre com o papo ‘desista Harry’ ou isso é ‘isso é impossível’. Harry era da plebe e ele tinha que lembrar do seu lugar, era o que todos diziam. Harry suspirou, suspirou e olhou para o céu brilhante e cheio de estrelas, cheio de mistérios, e cheio de beleza, toda a vastidão da Via Láctea o chamando, implorando para que Harry desvendasse seus enigmas, para que Harry o cobrisse de perguntas e então caminhasse entre as estrelas buscando uma resposta, e Harry iria, não importa como, mas ele iria. E Harry desviou o olhar por um momento, olhando as escadas de madeira cheias de cupins, Valter e Petúnia e Duda estavam lá em cima, um franzir de sobrancelha e uma dúvida e então o olhar de Harry caiu no vaso de flores em cima da mesa torta, e… Harry sorriu, sorriu para os lírios brancos e murchos do vaso. “Eles podem duvidar mamãe, mas eu sei que esse é o meu destino, eu sinto, eu prometo à você eu vou chegar lá, eu vou.” Harry afirmou, ele ia desvendar as estrelas, ele ia.”


Harry só não esperava que, as estrelas iriam querer o desvendar também.

Amor… uma palavra, duas sílabas, quatro letras, duas vogais e duas consoantes. Amor, uma palavra e significados infinitos. Amor, amor, amor, uma palavra que pode tanto aprisionar e libertar, uma palavra que escorrega com tanta facilidade pelos lábios e acaba com você e te liberta e te faz sorrir e chorar. Amor, amor, amor, amor…. Você não acredita nele, não mais, e por isso ao ouvir que, para passar na matéria maldita do profº Snape, você tem que escrever um romance, você quase desmaia, e carrancudo, você vai a uma cafeteria local para pensar em algo que não seja suicídio, e então…. “Bom dia, o que deseja?”.. Ah o amor…., ele é estranho não? E com um café com leite duvidoso e óculos remendados e cabelos de redemoinhos e pele cor de chocolate e muitos girassóis , Draco descobre da maneira mais desajeitada o que realmente significa amar.