gotinacys

Você pode dizer a si mesma que não foi sua culpa, mas um trato é um trato, minha malfadada amiga, agora deixe este círculo mal desenhado de sal ou horrível será seu fim prematuro. Arrisque-se Olivia, o diabo não é uma mulher de trapaças.

Jinsoul nunca pareceu ter nascido em qualquer representação da realidade. Nenhuma de suas características poderia ser colocada dentro das linhagens definidas de humanidade fisicamente expressa. Ainda assim, em livros, canções, filmes, sonhos... na mais pura fantasia ou no telhado do seu prédio às duas da manhã; lá estava ela, fervendo até o âmago do seu eu divino. Uma artista solitária em um mundo onde panquecas são viáveis e música boa indispensável. E ali também Sooyoung estava, perto, saboreando aquele canudo fino de laranja de um Capris Sun (com sabor tropical) mastigado em pedacinhos e pendurado entre os dedos como um cigarro, admirada, olhando para a vasta paisagem lunar onde tão poucos se aventuraram. Apaixonada - não, extasiada! - por seu cenário imaculado que muitas vezes atraiu seus olhos para o destilado de poesia tão puro que só pode ser capturado no impasse melancólico gravitacional, onde de mãos dadas com a lua em lugar-nenhum um coração amarelo-âmbar se abre para brilhar e ouvir o sussurrar na sua orelha: "Ei, você pode me emprestar um isqueiro?"

Há apenas alguns segundos, seu coração foi arrancado. Seu pecado? Amar. O povo de Peabody não vai delatar que não conseguiram se livrar de uma bruxa; sua maldição ainda persiste, o que lhes causa dor nos dedos e uma coceira permanente. Haseul vive, e seu anseio pelo coração de Olivia também.