duckbea-chan

'' Nunca diga seu nome a ele;

Nunca acredite em suas palavras;

Nunca deixe ele te ver;

Nunca toque nele;

Ele é o tipo de pessoa que pode deixar seu médico tão doente quanto ele...''

Eu deveria ter acreditado...mas não fui forte o bastante, agora já é tarde demais.

O que ele estava fazendo?

Abri minimamente a porta para poder ter uma visão mais ampla da cena.

Sua boca estava entreaberta, e vez ou outra suspirava profundamente. A pele avermelhada suava, seus suspiros aumentaram, tomando a forma de gemidos...

Não...eu não poderia estar vendo aquilo.

Eu sabia exatamente o que queria ser, na verdade eu sempre soube; e para que meu sonho se tornasse realidade eu precisaria estar disposto a lutar por ele.
Mas exatamente quando meu sonho se transformou em meu pior pesadelo?
Muitos diriam que foi quando o orgulho subiu pela minha cabeça, outros diriam que foi quando eu aceitei as mudanças.
Mas eu digo, que foi quando acreditei que valeria a pena sacrificar tudo pelo meu objetivo, inclusive o meu próprio eu.
Eu deveria ter imaginado que, existem coisas que simplesmente não podem ser sacrificadas.

Queria apenas voltar para casa. Achei que estaria mais seguro aqui, eu me enganei.
Existe algo em meio a escuridão. Eu vejo ele. Eu ouço ele. Eu só queria voltar para casa...

Kouyou, pequeno e inocente, belo e indefeso, uma criança aparentemente sem futuro, mas ainda assim era sonhadora.
O motivo para continuar a sonhar era apenas um: Shiroyama Yuu, um homem formado, que mesmo vendo o menor raras vezes, prometera protege-lo até que seus sonhos fossem realizados, mesmo que todos a sua volta fizessem de tudo para impedi-lo.

O verdadeiro tom de azul, apenas o céu consegue mostrar.

O mais natural verde, só pode ser encontrado nas folhas mais saudáveis.

O amarelo, laranja e rosa, são inesquecíveis feitos pelo por do sol.

Mas o vermelho... Ah, tantas comparações podem ser feita. Mas o inigualável vermelho, a cor mais sincera, só pode ser mostrado através do sangue.

Sangue no qual banhava seu corpo e sua face que exalava pavor e medo.

Lá estava mais um exemplo de lixo que apontava uma arma em direção ao menor.

Uma sensação que nunca sentira antes se apossou de mim.

Sem pensar em consequências levei meus lábios aos seus e selei-os levemente.

Mesmo sendo um beijo consideravelmente inocente, pude sentir meu corpo se aquecer e pedir por mais.

Queria mais que um simples beijo.

Precisava de mais.


Ao nos separar, pude ver o rubor tomar conta de sua face.

Seus olhos revelavam surpresa e susto, mas sua boca pedia pela a minha.

Não pude ignorar aquele pedido silencioso ao mesmo tempo convidativo.