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Alguns frequentam estabelecimentos como Cafés pelo cardápio, outros pelo ambiente e outros justamente pelas pessoas que frequentam estes estabelecimentos pelos motivos anteriores.

Um local aconchegante, recanto para o mais diverso público.

Um local aconchegante cheio de pessoas reais, dotadas de imaginação para observar outras vidas.

Um local aconchegante para pedir um café e uma vida inventada. Quentes, por favor.

Shaka buscava viver uma noite sem amarras, esquecendo das raízes que ele mesmo havia cultivado, mergulhando em um País das Maravilhas numa aventura insólita.
Saga, desde a primeira vez que pusera seus olhos nele, desejou ser seu guia.

Onde o patriarca e seu conselheiro consomem-se em seus desejos.

Um delírio pessoal e solitário.
Sentido por dois.

O natal grego é muito particular. Tem barcos decorados com luzes, comidas típicas, crianças cantando de porta em porta, lareira ligada durante quase todo o mês para espantar os maus espíritos, dentre tantas outras coisas.
A árvore de natal não é o item mais popular, ainda assim Saga adora. Já Shaka é avesso às ornanentações do feriado que ele sequer celebra. Mas, a vida a dois é mesmo um estica e puxa, não?
Disposto a agradar ao marido, o imigrante indiano resolve montar a tal árvore natalina ocidental. Mas nada é tão simples quanto parece quando se tem gatos em casa.

"Viva, Las Vegas"!
Era praticamente possível escutar o clássico de Elvis, como se a canção emanasse pelas ruas.

Saga entrou na cidade para a despedida de solteiro de seu irmão, sem imaginar que talvez a última noite descompromissada fosse a sua

Tudo parecia bem, enfim. Ao menos para a fração de mundo que Saga conseguia observar ao redor. As pessoas estavam alegres, após um tenebroso período de guerra política e instabilidade. As ruas estavam repletas de comemoração, mas não para ele. Seguia em uma procissão solitária no sentido oposto, não havia festejo em seu cortejo.
Arrependido e resoluto, não se sentia merecedor de partilhar daquele espetáculo. As pessoas estavam em festa, mas o circo de cores no coração de Saga havia encerrado suas atividades.

Nada mais romântico do que passar o inverno junto de quem você ama em um lugar maravilhoso. Afinal, uma viagem de casal é a melhor escolha para se relaxar...

Para além da alcunha de Grande Mestre, Saga era um homem atormentado por seu próprio reflexo e julgava que deveria ser coberto pela escuridão e seguir sozinho. Todavia nunca esteve só, pois a cada súplica ele estava lá: seu guardião.
Sua luz.

Shaka imaginou que curtiria sua última noite de solteiro apenas na maravilhosa companhia dele mesmo, porém uma certa comemoração orquestrada para seu noivo por um de seus amigos pode mudar radicalmente seus planos.

Havia algo entre o complexo de perfeição de um e a sinceridade dos defeitos do outro que os unia mais do que poderiam medir.
E o que havia não podia ser explicado ou entendido: era apenas sentido.
E, com alguma sorte, seria sentido por dois.