Fanfics com a tag Sagaxshaka sem o gênero Mistério

Apos a grande guerra santa, Atena trouxe seus cavaleiros dourados a vida novamente... Porem, isso não quer dizer que eles se esqueceram dos ocorridos que viveram.
Shippers:
Saga x Shaka
Aiolos x Shura
Milo x Camus
Aldebaran x Mu
MdM/Carlos x Afrodite
Dohko x Shion
Radamanthys x Kanon

Saga é colunista em um jornal de notoriedade nacional, já morou em muitos lugares do mundo e se relacionou com muitas pessoas. Há dez anos fixou morada e casou-se com um homem mais jovem.
Ao tomar tal decisão, sabia dos desafios à frente: além do peso da temida rotina, teria que lidar com sua tendência nômade e domar suas oscilações de humor. Não obstante às suas batalhas pessoais, precisaria aprender a conviver com o excesso de manias e o jeito autoritário de seu parceiro. Estava ciente que com o peso do tempo a relação poderia não dar certo por uma série de motivos. Mas quando tudo começou, aos trinta, ele certamente não contava que, após uma década, o que iria lhe atingir em cheio seria uma crise de meia idade, o tomando de insegurança por estar envelhecendo mais depressa que seu esposo.

Como se não fosse o bastante sentir-se inseguro com relação ao futuro, o passado parece ressurgir, trazendo à tona antigas dores de ambos, os colocando frente à situações desafiadoras, mostrando que sentimentos verdadeiros podem ser tão fortes que não perecem com o tempo.

O que Shaka buscava entre os corpos dos gêmeos não era simplesmente conforto físico. Era uma busca desesperada e visceral de humanidade que apenas corações destroçados como os de Saga e Kanon poderiam almejar compreender. Ali, os três homens se perdiam e encontravam tentando sobrepujar a solidão que lhes acometia tão profundamente que lhes parecia uma sentença de morte. Ou quiçá de vida. Da nova vida que lhes fora concedida sem sequer lhes consultarem se era de seu desejo regressarem às suas mazelas e sentirem a cada contração involuntária do músculo que lhes bombeava sangue por entre as veias a dor de existir e ocupar um lugar no mundo roto onde simplesmente não lhes era permitido demonstrar seus anseios.

É sexta-feira 13 e Antares está sumida.

Shaka é um humano que procura desesperadamente sua gatinha preta.
Saga é um cara estranhamente supersticioso… Sendo seguido por uma gata preta.

Era uma dádiva que lhes caía tão bem como uma maldição. Servir à deusa e à Terra. As histórias se repetiam cíclicas através das encarnações, mas duas almas, quando se encontram, se recusam a fingir que não se reconhecem, não importa por quantas vezes.
Havia um rumor macabro sobre os santos de Gêmeos. Uma predestinação à queda, como se não comportassem o poder que lhes era oferecido e sucumbissem à ganância, como se apenas afastados tal mal pudesse ser evitado. E haviam os santos de Virgem, conhecidos por trabalharem no departamento dos milagres. Talvez, o milagre maior aqui, fosse enxergar através das máscaras, as físicas e as da alma.
Forjados em e para um mundo de guerra, eram soldados, as armas dos deuses, os destruidores de estrelas e salvadores do universo. Suas vidas eram apenas estilhaços. O mundo era de fato feio e roto, mas eram a beleza um do outro.

Milo apenas se preocupava com seu amigo. Obviamente Shaka precisava fazer alguma coisa que não fosse trabalhar! Faria bem em socializar e ver a vida para além daquele escritório, afinal, onde ele pretendia encontrar um grande amor? Na fila do pão?

O Grande Mestre deitou mais um olhar em seu soldado e salvador. Sim, adorava-o. E o adoraria ali, naquele exato momento, da única maneira que um homem como ele conseguia adorar algo sagrado: profanando-o.

-Shaka, o que foi?

-Na... Nada!

Shaka saiu correndo sem sequer olhar para trás.

-Eu fiz alguma coisa? -Saga se perguntou sem o mínimo de entendimento da situação.

A cada ano de vida, um novo ciclo se inicia, com outra onda de planos e expectativas.

O ano é 2013 e Shaka Giannakopoulos está às vésperas de seu vigésimo oitavo aniversário. Casado há seis anos com Saga, herdara muito mais que seu sobrenome grego e um visto de permanência no país onde o imigrante construira sua vida. Contudo, o momento não é dos melhores. Saídos de um terrível 2012, que pôs a prova todo o sentimento e força do casal, Shaka não parece muito animado para comemorações.

Ainda assim, ter a data esquecida pelo marido parecia um pouco demais. Saga não se lembraria?
Não se importava mais?

O dia a dia de um casal é um aprendizado diário.
É com dedicação, devoção, paciência e, claro, amor, que relações se tornam mais fortes que o tempo.

"Mas é o lugar perfeito para se começar"

Se Saga e Shaka eram morada um do outro, mesmo que tudo ruísse ainda teriam um lar.
Apenas precisavam se convencer mutuamente que juntos poderiam enfrentar o mundo.

Ao menos sabiam que o ardor com o qual se consumiam poderia aplacar qualquer solidão. E que, somados, eram mais fortes que o tempo.