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Jeon Jungkook não era o tipo de pessoa que acreditava em seres sobrenaturais.
Até a noite que é desafiado por seus amigos a invocar um demônio e acaba trazendo para terra um ser que irá virar sua vida de cabeça para baixo. Arrogante, carente; essas não deveriam ser características de um demônio, porém Park Jimin nunca gostou de ser igual a ninguém mesmo.

Uma vida normal, era o que Taehyung havia planejado para Park Jimin e Jeon Jungkook ao fazer um pedido ao criador.
Porém, o destino gostava de lhes pregar peças e nem tudo saiu como planejado.
Park se vê diante de uma confusão quando descobre que havia sido um demônio em outra vida e que seu relacionamento com Jungkook estava em perigo graças a um individuo que havia fugido do purgatório.
Com ajuda de seus amigos, Jimin iria lutar para proteger seu amado e sua filha.

[JIKOOK (Menção de outros otps) - +18 - SOBRENATURAL - SECOND SEASON]

Eu, Kim Taehyung, acho — não, eu não acho — Eu tenho é certeza que Jimin e Jungkook foram feitos um para o outro e se amam. Mas como os dois são mais cegos que... Que... Uma pessoa que realmente não enxerga, alguém tem que fazer a linha do cupido e juntar.

E quem vai fazer isso? Eu, claro, sempre eu. Eles deviam agradecer por me ter como melhor amigo.

A sociedade é dividida entre Alfas, Betas e Ômegas, essa configuração social era muito preservada e rígida e para que os alfas fossem exemplares, líderes e ômegas submissos foram criadas escolas. Escolas de comportamento para alfas e ômegas. Para você ser aluno dessa escola, seus pais o deixariam em alguma escola desse cunho com poucos meses de vida e dali para frente você seria criado nessa escola com regime de internato, sem sair um dia sequer até que alguém o compre, acredite ou não, as escolas ganham muito dinheiro com isso. Com a venda de alfas e ômegas perfeitos para a sociedade da mais alta classe.
Em uma dessas escolas na Coreia do Sul existe um garoto, Jungkook. Ele era considerado pelas pessoas que conviviam no internato, como professores e compradores, como ômega perfeito. Ele era tudo o que queriam, doce, delicado, gentil e submisso, porém seu nível se submissão era extremo ao ponto do garoto não ter ideais, Jungkook não era capaz de dizer o que ele gostava ou não, o que o irritava ou não, sequer que tipo de música gostava, para o ômega o que seu dono quisesse que ele gostasse ele gostaria. Jungkook era uma casca vazia. Era o ômega mais valioso do Sul Coreano, era o único que podia escolher seu comprador, mas que até então não havia escolhido nenhum.

Eu deveria falar sobre isso? Eu não sei. Sabem aquela sensação de que algo parece mais real quando falamos sobre aquilo? Quer dizer, nossa mente sabe que é real, que está ali, mas enquanto deixamos aquilo só em nossa cabeça, quase conseguimos fingir que não existe.

As coisas começaram há quase 5 anos atrás, quando Jimin e Jeongguk ainda estavam na escola. Ambos com 16 anos, o Park havia acabado de se mudar para a vizinhança, e embora tivesse feito amigos com bastante rapidez, digamos que seu estilo não era exatamente algo que chamaria a atenção de Jeongguk.

Enquanto o Park usava suéteres, gravatas, um óculos redondo e tênis all star, Jeongguk optava por jaquetas grandes, calças rasgadas e vans. Ele não era exatamente o renegado da escola, só não fazia questão de conversar com todo mundo, tinha seus próprios amigos e isso bastava. Então foi certamente estranho quando, em uma terça feira qualquer, no intervalo das aulas, Jeongguk parou perto da mesa onde Jimin estava sentado e murmurou algo do tipo:

‘’— Óculos maneiro.’’

Mal sabia Jimin que aquele garoto seria o maior plot twist da sua vida.

Eu não sei exatamente quando nos perdemos um no outro, mas em um momento estava indo lá para ser tatuado e aprender mais sobre Jeongguk, e no outro ele estava em meu colo, praticamente devorando minha boca. Eu não reclamei, é claro, eu queria aquilo há semanas. E então, daí em diante, ele continuou a me tatuar, mas as sessões eram muito mais agradáveis.

— Não estou vendo caras maus por aí. — Jeongguk murmurou.

— E é exatamente por isso que devíamos nos divertir um pouco. Vamos lá, só hoje. Eu vou fazer um trato com você, ok? Você me deixa te dar um pouco de diversão, e eu prometo que não fico no seu pé por, hm... Uns dois dias.

— Dois dias?

— Uhum, dois dias, promessa de dedinho.

— Tudo bem. — Jeon deu de ombros. — Como começamos essa diversão?

Quando saiu para ir ao banheiro, ficou um bom tempo pensando no porquê de estar tão afetado de repente. Por que aquele dia? Por que naquela situação? Seria por causa das roupas que Jeongguk estava usando? Jimin era bissexual, mas não achava que uma roupa fizesse muita diferença. Se sentiu confuso então, mas naquele momento foi quando encontrou sua resposta:

Não era por causa da roupa. Muito menos tinha a ver com o dia ou o momento. Não, era só... Só Jeongguk. Era por causa de Jeongguk, simples assim.

Jimin tinha certeza que o melhor acontecimento de sua vida havia sido discutir com um rapaz naquela loja pelo único busto do Darth Vader a venda, já que aquela situação havia lhe presentado mais tarde com um namorado e um bebê a caminho.

O único problema era ter que contar a sua mãe que havia engravidado um cara mais velho e com uns miolos a menos na cabeça.